quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal, Feliz Navidad

Feliz Natal, Feliz Navidad,
Merry Christmas, Joyeux Noël, Buon Natale


Feliz Ano Novo, Feliz Año Nuevo
Happy New Year
Bonne Année, Felice Anno Nuovo
O ano que vai entrar pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar.
Somos egoístas, mas podemos entender o outro. O ano que vai entrar pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular… ou… Pode ser puro orgulho!  Depende de mim, de você!  Pode ser. E que seja!!!
Feliz olhar novo!!!
Que o ano que se inicia seja do tamanho que você fizer. Que a virada do ano não seja somente uma data, mas um momento para repensarmos tudo o que fizemos e que desejamos, afinal sonhos e desejos podem se tornar realidade somente se fizermos jus e acreditarmos neles!” Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Presentes de corrupção

O conceito de corrupção
Existem no Brasil muitas palavras para caracterizar a corrupção: cervejinha, molhar a mão, lubrificar, lambileda, mata-bicho, jabaculê, jabá, capilê, conto-do-paco, conto-do-vigário, jeitinho, mamata, negociata, por fora, taxa de urgência, propina, rolo, esquema, peita, falcatrua, maracutaia, etc. A quantidade de palavras disponíveis parece ser maior no Brasil e em países onde a corrupção é visualizada cotidianamente. Originalmente, a palavra corrupção provém do latim Corruptione e significa corrompimento, decomposição, devassidão, depravação, suborno, perversão, peita.
A corrupção, entretanto, dependendo do contexto, nem sempre assume uma conotação negativa. Ela constitui, por exemplo, a base para o desenvolvimento da linguagem: a língua portuguesa resultou de um “corrompimento”, da modificação do latim, cuja variante brasileira é ainda mais dinâmica e viva (mais corrompida, portanto) do que o português de Portugal. Na linguagem política contemporânea, no entanto, a corrupção sempre assume uma conotação negativa, o que, visto numa perspectiva histórica, não foi sempre assim.
Historicamente, a corrupção esteve associada ao conceito de legalidade, ou seja, corrupto era caracterizados aquele que não seguia as leis existentes. Mesmo determinados termos extremamente negativos que atualmente são usados para designar formas de corrupção, como a peita, o nepotismo e o peculato, não tinham essa conotação até há poucas décadas atrás: a peita estava instituída como um pacto entre os fidalgos e a plebe nos regimes monárquicos para garantir o pagamento de tributos do povo aos nobres; o nepotismo era reconhecido como um princípio de autoridade da Igreja na Idade Média, segundo o qual os parentes mais próximos do Papa tinham privilégios sociais aceitos pela sociedade da época; o termo peculato,       originalmente, indica que o gado constituía a base da riqueza de determinados grupos sociais privilegiados e, posteriormente, a expressão “receber o boi” passou a ser usada para designar “troca de favores”, pois o gado servia como uma forma de moeda em certas regiões rurais.
O termo peculato, atualmente utilizado para caracterizar favorecimento ilícito com o uso de dinheiro público, continua com essa referência histórica de que para ter acesso a determinados privilégios é necessário um favor em forma de contrapartida. Fonte: Revista Espaço Acadêmico - setembro de 2006

domingo, 20 de dezembro de 2009

Dr. Photoshop

Comentário: O uso abusivo do Photoshop para criar uma imagem da pessoa  que não aparenta na vida real, a imagem estampada em propaganda não tem limite, ultrapassando   a ética, induzindo o consumidor que aquele produto trará vantagens ou benefícios para seu problema. É uma propaganda enganosa, ultrapassando  o limite do bom senso.
A propaganda atribui a capacidade de estimular os consumidores para vislumbrar na aquisição de produtos e serviços, além satisfazer suas necessidades práticas e de utilização, manipula a subjetividade através das necessidades do lado emocional e social.
A propaganda manipula muito bem  essas necessidades do consumidor para estimular a aquisição de produtos, com artimanhas capazes de persuadir, induzir e aproveitar suas fraquezas, dificultando a sua capacidade racional de julgamento. O que vale  é a emoção,  falsa sensação do  bem estar. O marketing em geral se prevalece da fraqueza, do lado emocional das pessoas para comercializar a imagem de produtos.
Nem o cirurgião plástico conseguiria fazer esse milagre de eliminar as rugas, deixar a pele jovial de uma pessoa com quase 60 anos. Em geral a empresa utiliza a ética de acordo com seu interesse estratégico. Hoje está na moda no meio empresarial é a Responsabilidade Social Empresarial, cujo conceito está relacionado com a ética e a transparência na gestão dos negócios e deve refletir-se nas decisões cotidianas das empresas.
E um dos tópicos desse conceito, proíbe a empresa  de uso de técnicas comerciais antiéticas, como exageros sobre a potencialidade do produto e seu desempenho e sobre a quantidade necessária do produto para atender à demanda do cliente.
Outro tópico é evitar a publicidade "tóxica",  que proíba mensagens enganosas, que explorem as emoções ou que transmitam a eventual manipulação para a compra de seu produto.
A Responsabilidade Social Empresarial é um santinho que todas as grandes empresas possuem, mas a maioria esquece de praticar o que prega. Por que isto ocorre?
Artigo
Grã-Bretanha proíbe veiculação de anúncio de creme antirrugas com a modelo Twiggy retocada com Photoshop
 A proibição da veiculação de um anúncio de um creme antirrugas na Grã-Bretanha promete colocar mais lenha na fogueira na polêmica das correções digitais nas revistas femininas. A propaganda suspensa trazia uma foto da modelo Twiggy, de 60 anos, praticamente sem marcas de expressão, sugerindo que o creme poderia fazer milagres no tratamento das rugas e das olheiras. A suspensão do anúncio foi determinada pela Advertising Standard Authority, que recebeu mais de 700 reclamações das consumidoras. Segundo a ASA, o anúncio é "socialmente irresponsável" porque pode aumentar a percepção negativa que as mulheres têm do envelhecimento e da própria imagem.
Além disso, a propaganda é enganosa, já que promete algo que o produto não faz. "Não concordamos com imagens excessivamente tratadas em programas como o Photoshop".
Em nota, a instituição afirmou: "Consideramos que os consumidores poderiam ter uma expectativa irreal em relação ao produto com base nestas imagens. As mulheres sabem que modelos são maquiadas e produzidas antes das fotos, mas não concordamos com imagens excessivamente tratadas em programas como o Photoshop." Em resposta a proibição, a Procter&Gamble, fabricante do creme, disse que não achava que as imagens teriam tanto impacto, principalmente por se tratar de um produtos para mulheres mais velhas, geralmente mais bem-resolvidas com sua autoimagem. Além disso, a empresa lembrou que existe sempre "diferenças entre imagens feitas por paparazzi e as feitas por profissionais da indústria da beleza". A P&G admitiu que os olhos de Twiggy foram "levemente" retocados no computador. Outros anúncios também foram criticados
Em outubro, um anúncio da Ralph Lauren provocou polêmica nos Estados Unidos ao mostrar uma modelo com a cabeça maior do que seus quadris. A imagem, junto com a da atriz Jessica Alba, 'emagrecida' no calendário da Campari e o da Gisele Bunchen para a London Fog, que teve a barriga de cinco meses de gravidez removida após a edição de imagens, motivou o Parlamento Britânico a coibir anúncios ou matérias modificadas digitalmente.
Anunciantes e editores afirmam que homens e mulheres não gostam de ver corpos 'normais', de pessoas com alguns quilinhos a mais, nas páginas das publicações. Por outro lado, pesquisas feitas nos Estados Unidos apontam que a magreza excessiva retratada nas revistas e nos anúncios voltados para mulheres diminui a autoestima do sexo feminino, e aumenta os índices de anorexia, bulimia e intervenções estéticas desnecessárias entre as leitoras. Fonte: Globo Online - 16/12/2009

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Mamma mia! A verdadeira pizza napolitana

A União Europeia reconheceu oficialmente hoje o selo STG (Specialitá Tradizionale Garantita – Especialidade Tradicional Garantida), concedido à verdadeira pizza napolitana.
Anote a receita: disco de massa à base de farinha de trigo e água de qualidade, com centro medindo no máximo 0,5 cm e borda alta, dourada e crocante. Na cobertura, molho de tomate do tipo san manzano ou vesuviano, típicos da região da Campânia, pedaços de mussarela de búfala e manjericão fresco. É assim que deve ser uma autêntica margherita.
Desde 2004, os pizzaiolos locais aguardavam pelo reconhecimento do estatuto com normas de procedimento de preparação das pizzas napolitanas –margherita e marinara (alho, azeite, tomate e orégano) – escrito por Antonio Pace, fundador da Associazione Verace Pizza Napoletana, e outros 17 pizzaiolos, e registrado em todos os cartórios de Nápoles.
A paixão napolitana pela pizza é como a nossa pelo arroz com feijão. A primeira margherita a sair do forno a lenha foi feita pelo pizzaiolo Raffaele Esposito para servir à rainha Margherita di Savoia e seu marido Umberto I, reis da Itália, em 1889.
Para apresentar a pizza como é feita na Itália, a Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro realiza até o fim do mês o 1º Festival Verace Napoletana, em pizzarias do Rio, como a Capricciosa, e de São Paulo, como a Speranza.
Fonte: Estadão - 09.12.09
Comentário: São Paulo tem uma afinidade com a pizza, pois é um dos poucos lugares onde o pessoal come pizza, sentado  em volta de uma mesa, com muitos amigos, com a família, etc. Pizza é a cara de São Paulo. Não há como comer uma pizza sozinho. Ela pede muitas  bocas, vozerio, alegria, etc Viva a pizza. E a pizza aí no Chile continua um empadão, estilo americano??? Ou melhorou? 
Hoje, São Paulo é a segunda cidade do mundo em pizzarias, só perdendo em quantidade para Nova Iorque. São aproximadamente 6.000 casas especializadas que servem 1.500.000 pizzas por dia, tradicionais, modernas, artesanais, massa fina, massa grossa, com queijos, tomates, azeitonas e muito amor, com água, fermento, farinha, pitadas de carinho, açúcar e sal.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Berlusconi é agredido e sofre fratura e corte no rosto

Silvio Berlusconi foi agredido por um homem com problemas mentais no domingo (13 de dezembro), durante um comício em Milão, e acabou internado em um hospital com cortes na boca, dentes quebrados e fratura no nariz.
O ataque aconteceu por volta das 18h30min (15h30min pelo horário de Brasília), quando Berlusconi dava autógrafos  a partidários. Antes, o discurso do primeiro-ministro, transmitido ao vivo pela TV, foi interrompido por opositores, que pediam sua renúncia e o chamavam de “palhaço”. Berlusconi se irritou e gritou de volta “vergonha” pelo menos três vezes.  O primeiro boletim médico indica que Berlusconi sofreu uma “pequena fratura” no nariz, teve dois dentes quebrados e sofreu lesões nos lábios ao ser atingido por uma pequena estatueta metálica lançada de pouca distância pelo atacante.
O agressor foi identificado como Massimo Tartaglia, 42 anos, e preso logo após o incidente. Segundo a polícia, ele não tem antecedentes criminais, mas sua carteira de motorista foi apreendida há alguns meses. Além disso, se submete a tratamento psicológico há 10 anos em um hospital de Milão. Policiais revelaram que Tartaglia jogou uma miniatura do Duomo (catedral) de Milão contra o premier. Inicialmente, fontes haviam dito que o político havia recebido um soco.
Fontes: Zero Hora e UOL Noticias - 14 de dezembro de 2009
 Comentário:A política italiana tem muita pizza e panetone. Mas aqui, além de pizza e panetone tem muita meia e cueca. 

domingo, 13 de dezembro de 2009

Filhos da democracia do Chile não participam de eleição

Obs: O artigo é muito extenso, mas muito interessante.
Quando o general Augusto Pinochet realizou um referendo sobre seu mandato em 1988, uma onda de jovens eleitores foi a diferença decisiva que marcou enfaticamente a transição do país para a democracia.
Mas quando os chilenos forem para as urnas neste domingo, com o destino da coalizão que governa o país há 20 anos na balança, os jovens eleitores provavelmente não terão um papel tão importante. Embora sua democracia tenha amadurecido e sua administração econômica estável tenha se tornado motivo de inveja na América Latina, o Chile desenvolveu um sério caso de apatia política entre os seus cidadãos mais jovens.
Apenas 9,2% dos chilenos entre 18 e 29 anos estão registrados para votar no domingo, o menor número para uma eleição presidencial desde que a democracia foi restaurada em 1990, e só um pouco mais baixo do que o número que registrado em 2005, quando os chilenos elegeram Michelle Bachelet, a primeira mulher a se tornar presidente do país.
"Espero que esses 9% se transformem em 0%", disse Gonzalo Castillo, um estudante de história de 18 anos na Universidade do Chile, que recusou-se a se registrar. "Todos os candidatos representam os interesses da oligarquia, os interesses das grandes empresas."
Os jovens do Chile estão frustrados por causa do sistema que exige que qualquer um que se registre seja obrigado a votar para o resto de sua vida, sob pena de ser multado. Eles dizem que o sistema, estabelecido sob o mandato de Pinochet, limita sua liberdade de expressão e motivou-os a não se registrarem.
Mas a geração mais jovem do Chile também é profundamente apática em relação ao processo político tradicional em geral, e ferozmente independente em relação aos assuntos que preocupam seus pais, que em sua maioria viveram na época da ditadura.
"A juventude do Chile hoje vê o discurso político como a língua de seus pais, não como a sua língua", diz Juan Eduardo Faundez, diretor do National Yourth Institute. "Eles são filhos da democracia, e têm outras opções e outras demandas em relação à sociedade chilena, e à classe política."
A juventude chilena deu uma amostra de seu poder em 2006, quando dezenas de milhares de estudantes do segundo grau protestaram em todo o país pedindo melhorias no sistema educacional.
Mas nem mesmo a energia jovem das ideias de um cineasta de 36 anos de idade, Marco Enriquez-Ominami, que está concorrendo como candidato independente, foi suficiente para fazer com que os jovens fossem às urnas este ano.
Enriquez-Ominami, que renunciou à sua vaga como congressista pelo Partido Socialista para concorrer à presidência, conseguiu sacudir a corrida eleitoral entre a coalizão Concertacion, no poder, e sua concorrente de direita.
Nas pesquisas da semana passada, Sebastian Pinera, um empresário bilionário de centro-direta, estava liderando com 44%, contra 31% de Eduardo Frei, um ex-presidente que pretende suceder Bachelet na contínua linhagem de presidentes apoiados pela Concertacion.
Enriquez-Ominami, que cresceu em parte no exílio na França, estava em terceiro lugar com cerca de 18%, de acordo com as pesquisas.
À véspera da eleição de domingo, nenhum candidato parecia ter mais de 50% dos votos, necessários para evitar um segundo turno em janeiro. Mas com 16% do eleitorado ainda indeciso - o maior número antes de uma eleição presidencial desde 1988 - os resultados são difíceis de prever, dizem os analistas.
A Concertacion, composta por socialistas, radicais e democratas-cristãos, construiu a democracia pós-ditadura e estabeleceu programas sociais e políticas econômicas estáveis e simpáticas ao mercado, tudo isso garantiu o respeito internacional ao Chile.
Nesta eleição, a Concertacion se recusou a realizar primárias para selecionar seu candidato, como fazia antes, negando aos candidatos de fora uma chance para competir.
Isso deu a Enriquez-Ominami uma oportunidade para divulgar a si mesmo como um candidato independente. Sua campanha ameaçou estilhaçar o sistema eleitoral deixado por Pinochet, que garantia que duas coalizões se enfrentariam em todas as eleições.
A capacidade de Enriquez-Ominami de representar um desafio sério sugere que alguns chilenos estão cansados da Concertacion, apesar do sucesso de Bachelet, cujos programas sociais e administração eficiente da economia garantiram-na uma taxa de aprovação de 74% nas pesquisas recentes. Frei, 67, cujo pai Eduardo Frei Montalva também foi presidente, é visto como parte da máquina política conservadora, dizem os analistas.
Independentemente de quem vencer no domingo, é pouco provável que as políticas econômicas do Chile mudem, já que nenhum candidato está propondo grandes reformas nesse campo, dizem os analistas.
Frei prometeu expandir os programas sociais que começaram com Bachelet, que melhorou as condições para as mulheres e aumentou dramaticamente o número de berçários. Pinera disse num discurso na sexta-feira que ele iria aumentar a segurança pública e atacar o tráfico de drogas, e falou sobre a necessidade de lidar com os problemas da classe média, que ele disse ter sido ignorada durante os anos de Bachelet.
Numa entrevista na sexta-feira, Enriquez-Ominami disse que ele pressionaria por reformas políticas e melhorias no sistema de educação.
A popularidade de Bachelet dificilmente foi transferida para Frei. Membros do governo de Bachelet esperavam que os jovens eleitores pudessem desempenhar um papel estratégico nestas eleições, que se mostraram uma das mais competitivas desde que as eleições livres foram retomadas em 1989.
Em 1988, 95% dos eleitores com menos de 29 anos eram registrados, representando 36% do total de eleitores naquele ano, de acordo com números do governo. Se todos os eleitores com menos de 29 anos fossem registrados no Chile hoje, eles somariam 32% do eleitorado, disse Faundez. Mas o número de jovens eleitores registrados veio caindo desde 1988 e, no último mês de abril, chegou a uma baixa histórica de 7,5%, fazendo com que Bachelet autorizasse o National Youth Institute a gastar US$ 1 milhão numa iniciativa de emergência para registrar eleitores. O instituto conseguiu registrar 170 mil eleitores em dois meses, fazendo com que o número voltasse a 9%, disse Faundez.
Enriquez-Ominami, apesar de suas tentativas de apelar para os eleitores mais jovens, mostrando-se como uma alternativa moderna e independente, também se mostrou incapaz de fazer com que o número de eleitores subisse.
Numa entrevista na sexta-feira, Enriquez-Ominami culpou o sistema de registro voluntário e voto obrigatório do Chile por desencorajar os eleitores jovens a participarem do processo político. "O voto deveria ser um dever, não uma obrigação", disse ele.
Bachelet tentou mudar o sistema em abril para que o registro fosse automático aos 18 anos e a votação fosse voluntária, e não obrigatória como é hoje. A medida não foi aprovada no Congresso, onde alguns temiam que isso pudesse reduzir ainda mais a participação do eleitorado.
Como os jovens chilenos não votam, isso encorajou os candidatos a ignorarem suas preocupações. "É um ciclo vicioso em que as pessoas que controlam o país, para perpetuarem-se no poder, falam apenas com a geração mais velha", disse Faundez.
Esse hiato era palpável na Universidade do Chile na sexta-feira.
"Os jovens do Chile nunca sentiram que estavam incluídos no processo político", disse Sebastien Alfaro, 19, que disse que se registrou e planeja votar para Enriquez-Ominami. "Somos vistos apenas como um número para os candidatos. Eles nunca criam projetos concretos, ou propõem políticas para os jovens."
Fonte: UOL Noticias-  The New York Times - 13/12/2009
Comentário: Na America Latina os eleitores acham que as eleições são uma forma de mudança, com esperança de mais emprego, mas programas de saúde, etc, porém  esquecem  que  através de uma sociedade forte, consciente,é que faz as mudanças necessárias. Hoje o jovem é da geração eletrônica, internet,   é a democracia tribal, liberdade irrestrita sem responsabilidade. O jovem pensa como um núcleo tribal e acha que esse núcleo pode expandir de forma harmônica na sociedade.  Mas esquece que esse núcleo provoca colisões, atritos. 
O jovem constrói sua ética conforme seu grupo, ajustada a seu capricho e a exigência do presente imediato, não existe fundamentos de valores, despreza as instituições tradicionais e desconhece o sentido das regras, normas, etc.
 O jovem atual lembra muito a essência da contestação dos hippies da década de 60, onde esses  jovens passaram a contestar a sociedade e a pôr em causa os valores tradicionais e o poder  econômico. Hoje é uma mistura de hippie e de Easy Rider, porém usufruindo de tecnologia e consumismo.

sábado, 12 de dezembro de 2009

O adeus ao Bat Masterson, almofadinha do Velho Oeste

Quem andava por volta de 1960,  de calças curtas devem se lembrar de Bat Masterson, o lendário herói de telefilmes por volta de 1960. Era interpretado por Gene Barry e suas aventuras no West selvagem eram narradas em telefilmes em preto e branco, de meia hora de duração cada um. Carlos Gonzaga criou a versão brasileira para a balada que introduzia os programas e que virou hit - ""No Velho Oeste ele nasceu/e entre bravos se criou/seu nome lenda se tornou... Bat Masterson! Bat Masterson!!"
O herói viveu suas aventuras na série produzida pela NBC entre 1958 e 61. No Brasil, passavam na TV Rio, na Tupi e, mais tarde, na Globo e no SBT. Gene Barry, que fazia o papel, tinha pinta de galã. Ele morreu anteontem em Los Angeles, aos 90 anos, de causas não anunciadas. Foi modelo e isso o credenciou para dar estilo ao almofadinha que o Bat da ficção era. Além da pistola na cintura, usava bengala, chapéu coco e ternos bem cortados. É muito difícil que na realidade tenha sido assim.
O verdadeiro Bat chamava-se William Bartley Materson, não era xerife nem delegado e sim, auxiliar do célebre Wyatt Earp. O que ninguém discute é que era bom de briga e tiro, e obstinado defensor da lei. Na telinha, o herói também curtia as mulheres - dançarinas de cancã em saloons movimentados - e não resistia a uma roda de pôquer nem a outra de uísque. Gene Barry cantava. Em 1961, veio ao Brasil e fez shows no Rio e em São Paulo.
Fonte: O Estado de São Paulo - Sábado, 12 de Dezembro de 2009  
Comentário:
Mais um mito da  TV, do tempo do caixote, preto e branca esvai-se. É do tempo da calça far‑west ou rancheira, do toca disco, etc. Assistíamos  TV imaginando tudo colorido, hoje, tudo é colorido, mas as pessoas enxergam tudo em preto e branco. O cinema naquela época era festa,  a meninada aguardava a abertura do cinema, trocando gibis, jogando bafo com figurinhas, etc, hoje, o pessoal come pipocas.
Naquela época existia o famoso jingle dos cobertores Parahyba;
Já é hora de dormir
Não  espere a mamãe mandar
Um bom sono pra você
E um alegre despertar
Hoje, a meninada nesse horário está na balada.
Velhos tempos e novos tempos