sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Zelaya: Ser ou não ser, eis a questão?

As opções do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, para deixar a embaixada do Brasil em Tegucigalpa são;
·         sair do país como asilado político ou
·         entregar-se à Justiça, onde tem processos pendentes, disse hoje o ministro do Interior do Governo de fato, Oscar Matute.
"Que opção resta a José Manuel Zelaya Rosales? Sair com um pedido de asilo de uma nação irmã ou se submeter às autoridades judiciais para que seus advogados (...) façam as defesas pertinentes", disse Matute.
O ministro lembrou, em declarações à rádio "HRN", que "é de público conhecimento que Zelaya tem ações judiciais pendentes nos tribunais da República" por crimes políticos e comuns.
Matute reiterou que o Governo de fato se negou ontem à noite a outorgar um salvo-conduto a Zelaya, solicitado pela embaixada do México, porque "não definiram o status sob o qual pretenderam amparar" o líder deposto pelo golpe de Estado no dia 28 de junho.
"Era um simples salvo-conduto", mas "se o México fizer uma solicitação com todas as formalidades e requisitos que estabelece a Convenção de Caracas (sobre asilo) o Governo do presidente Roberto Micheletti está disposto a considerá-la", disse.
"Se houver algum pedido formal de asilo para José Manuel Zelaya Rosales, com muito gosto o atenderemos, sem demora alguma", afirmou Matute.
Zelaya, no entanto, reiterou que não solicitou nem quer asilo político de nenhum país, mas, se sair de Honduras, que seja como presidente da República.
Matute lembrou que no dia 2 o Congresso Nacional rejeitou a restituição de Zelaya.
O ministro e o diretor da Academia Diplomática da Chancelaria, Rafael Leiva, lembraram que o Brasil considera Zelaya somente um "hóspede" em sua embaixada, onde está abrigado desde 21 de setembro.
Fonte: UOL Noticias - 10 de dezembro de 2009
Comentário:
Honduras está dando exemplo para os políticos respeitarem  a Carta Magna e não fazer dela um projeto político onde predomina o absolutismo. Esse é um grande defeito da América Latina, pois os políticos  acham  que estão acima da constituição. O que temos na América Latina; ditaduras e autoritarismos de toda sorte; repúblicas populistas e/ou nacionalistas; democracias tuteladas e não consolidadas.
Como disse Oscar Arias, enquanto seguimos discutindo sobre ideologias e sobre todos os ismos, qual é o melhor? Capitalismo, Socialismo, Comunismo, Liberalismo, Neoliberalismo, Social Cristão.. etc.,— os asiáticos encontraram um ismo muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o pragmatismo. A América Latina é um imenso laboratório de ideologias, sem resultados concretos.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Os melhores filmes da década

A conceituada revista norte-americana Entertainment Weekly fez uma eclética lista dos 10 melhores filmes da década (2000 a 2009). Os três longas da franquia O Senhor dos Anéis, baseada na obra de J.R.R. Tolkien, levaram juntos o primeiro lugar.
Abaixo, confira a relação completa:
1. O Senhor dos Anéis – trilogia (2001, 2002, 2003, de Peter Jackson)
2. O Segredo de Brokeback Mountain (2005, de Ang Lee)
3. Gladiador (2000, de Ridley Scott)
4. Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008, de Christopher Nolan)
5. Wall-E (2008, de Andrew Stanton )
6. Moulin Rouge – Amor em Vermelho (2001, de Baz Luhrmann)
7. Filhos da Esperança (2006, de Alfonso Cuarón)
8. O Virgem de 40 anos (2005, de Judd Apatow)
9. Encontros e Desencontros (2003, de Sofia Coppola)
10. Quase Famosos (2000, de Cameron Crowe)
Qual o seu favoritor?
Revista Monet -  08/12/09
Comentário:
Cada revista especializada tem seu ranking dos melhores filmes da década.
O jornal britânico The Times publicou uma lista com os 100 melhores filmes da década. O longa brasileiro Cidade de Deus aparece na 66ª posição.
Considero a obra de filmes de Charles Chaplin
O discurso no filme O Grande Ditador é muito atual para Geração Baby Boomer de tecnologia, celular ,etc. e  principalmente uma reflexão para a escola bolivariana que pretende recriar a demo-ditadura. 

domingo, 6 de dezembro de 2009

Natal


Comentário:
Foi inaugurado no Parque Ibirapuera a árvore de Natal. Hoje como é domingo teve muitos fogos e músicas. No Brasil observa-se total descaracterização de  símbolos pátrios, solenidades cívicas, e datas históricas. Por exemplo, o governo atual dá mais importância ao símbolo do partido como promoção do que os símbolos pátrios, pois o governo é de todos não de uma agremiação partidária.. Enquanto aqui, o presidente profere, eu faço, eu mando, nos Estados Unidos o presidente profere, a Nação, a sociedade, etc. Nosso símbolos pátrios  atuais são o carnaval e futebol, pois tudo termina em festa. Com essa mentalidade o Brasil pretende ou procura fazer parte dos países  que tem alguma influência no mundo. A nossa formação histórica é tão descaracterizada pela mídia, qualquer data passa em brancas nuvens, com exceção dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que publicam fatos históricos ocorridos nessas regiões. Não cultuamos a cultura histórica do país, que reflete na própria sociedade brasileira,  que olha para o futuro sem referência do passado. Parece um modelo de celular sempre buscando satisfação tecnológica..
Hoje teve muita música, samba,  muita música baiana. etc. Nada de música para reflexão, coral, música natalina, etc. É mês de Natal.    
Natal e Advento
Começa com as vésperas do domingo mais próximo ao 30 de novembro e termina antes das vésperas do Natal. Os domingos deste tempo se chamam 1º, 2º, 3º, e 4º do Advento. Os dias 16 a 24 de dezembro (Novena de Natal) tendem a preparar mais especificamente as festas do Natal.
O tempo do Advento tem uma duração de quatro semanas. Este ano, começa no domingo 01 de dezembro, e se prolonga até a tarde do dia 24 de dezembro, em que começa propriamente o Tempo de Natal. Podemos distinguir dois períodos. No primeiro deles, que se estende desde o primeiro domingo do Advento até o dia 16 de dezembro, aparece com maior relevo o aspecto escatológico e nos é orientado à espera da vinda gloriosa de Cristo. As leituras da Missa convidam a viver a esperança na vinda do Senhor em todos os seus aspectos: sua vinda ao fim dos tempos, sua vinda agora, cada dia, e sua vinda há dois mil anos.
No segundo período, que abarca desde 17 até 24 de dezembro, inclusive, se orienta mais diretamente à preparação do Natal. Somos convidados a viver com mais alegria, porque estamos próximos do cumprimento do que Deus prometera. Os evangelhos destes dias nos preparam diretamente para o nascimento de Jesus. Com a intenção de fazer sensível esta dupla preparação de espera, a liturgia suprime durante o Advento uma série de elementos festivos. Desta forma, na Missa já não rezamos o Glória. Se reduz a música com instrumentos, os enfeites festivos, as vestes são de cor roxa, o decorado da Igreja é mais sóbrio, etc. Todas estas coisas são uma maneira de expressar tangivelmente que, enquanto dura nosso peregrinar, nos falta alo para que nosso gozo seja completo. E quem espera, é porque lhe falta algo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, haverá chegado a Igreja à sua festa completa, significada pela Solenidade do Natal.

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Golpe em Honduras: Olhar da esquerda

Comentário:
Lendo este artigo nota-se que a esquerda ou comunismo não mudou quase nada, prevalecendo os chavões ideológicos desde a guerra fria. É o embate entre a burguesia e o proletariado.
Hoje a esquerda utiliza  armas mais refinadas para conquistar o poder através da democracia, buscando a  alteração da constituição através da consulta popular ou plebiscitária, transformando-a  numa demo-ditadura. Se a constituição é contrária ao projeto proletariado muda‑se. Parece-me um novo tipo de guerra social, muda-se o contexto de armamento com pressão social popular que não tem nada a perder para que uma minoria possa atingir seus objetivos e perpetuar no poder.  Para a esquerda é necessário a pobreza, pois é o novo exército social, sem armas, mas com muita pressão, com seus generais postados em pontos estratégicos do governo, tais como; mídia, ONG´s, políticos, etc. É a dialética na comunicação.  
O pensamento do filósofo  Herbert Marcuse  encaixa muito no pensamento da escola bolivariana;  distinção entre as necessidades falsas ( a elite da esquerda manipula) e as necessidades verídicas ( o que a elite da esquerda oferece ao proletariado, mínimo necessário). As necessidades falsas são determinadas por forças externas, a qual o indivíduo não possui controle algum. Tais necessidades são produto de uma sociedade totalitária, repressora dos pensamentos e comportamentos humanos. Por outro lado, as necessidades verídicas representam a realização de todas as necessidades vitais, reais, como ao alimento, roupa, teto.
Resumo do artigo
Apesar do golpe em Honduras ser mais um golpe dentre tantos ocorridos na América Latina, ele ocorre num momento distinto: a ascensão do bolivarianismo no continente, encabeçado pela Alternativa Bolivariana para as Américas, tendo a maior expressão no governo da Venezuela; e o enfraquecimento da política norte-americana para o continente, devido à crise mundial e ao atoleiro no qual se tornaram as duas guerras no Oriente Médio. Nessa conjuntura o fato é que toda a diplomacia internacional tem se manifestado contra o golpe de Estado, apesar do imperialismo pressionar à negociação com os golpistas. 
Neste momento se faz importante uma análise sobre os fatos, mostrando as semelhanças e diferenças do período anterior, para denunciar o governo fascista de Micheletti e nos armar para a luta socialista e internacionalista neste continente no próximo período.
O avançar no processo de lutas de classe nesse país e a crise financeira mundial fazem com que Honduras se incorpore nesse grupo no dia 10 de outubro de 2008. A partir da entrada na ALBA, a direita golpista hondurenha passa a conspirar de maneira mais incisiva contra o governo de Zelaya, ao mesmo tempo em que a ofensiva popular aumenta, exigindo uma mudança institucional profunda de um sistema que privilegia apenas as multinacionais e a oligarquia local. A resposta a essa batalha seria uma reforma constitucional que garantisse os direitos do povo hondurenho e radicalizasse a democracia.
Nossa posição deve ser de solidariedade internacional ao povo hondurenho, com apoio incondicional ao movimento popular desse país. Devemos fazer uma crítica contundente à elite golpista que governa a 500 anos aquele Estado e condena o povo à pobreza e à repressão, e a crítica àqueles que, embora condenem o golpe publicamente, aplicam uma política de frear os movimentos populares em curso na América Latina atualmente. É importante nos posicionarmos ao lado de governos progressistas como o da Venezuela, o da Bolívia, o do Equador e de outros que se contraponham ao processo de negociação com a oligarquia hondurenha, pois nessa nova aliança latino-americana se demonstra a principal alternativa do movimento anti-liberal e anti-capitalista em nosso continente. Assim , a bancada parlamentar do PSOL e seus militantes espalhados por todo o país deverão denunciar o regime opressor imposto em Honduras, ao mesmo tempo que se colocar ao lado da Alternativa Bolivariana a fim de destruir os golpistas sem ceder às negociações com o imperialismo e a oligarquia local.
Por fim reiteramos a declaração do Seminário Internacional "Crise do capitalismo, recolonização e alternativas populares" em La Paz , Bolívia: "NOSSO CHAMADO É A SOLIDARIEDADE INTERNACIONALISTA MUNDIAL COM NOSSO IRMÃO, O POVO HONDURENHO. TODOS E TODAS SOMOS HONDURENHOS. ESTAMOS EM PÉ DE GUERRA. NOS DECLARAMOS EM ESTADO DE MOBILIZAÇÃO PERMANENTE."
Fonte: Pravda - 26.07.2009  

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Dilma no Céu

Caiu um forte raio em Brasília. Desses que o governo afirma que são capazes de causar um blecaute. Ele caiu justamente no Palácio do Planalto. Para espanto de alguns e alívio de outros, o raio deu de cair exatamente na cabeça da ministra Dilma Rousseff, que foi literalmente torrada. Sem nada o que fazer, ela se dirigiu ao Além.
Ela tinha certeza de que iria para o Inferno. Mas, como o capeta não veio buscá-la, resolveu tentar a sorte no Céu.
Já no portal, encontrou São Pedro com uma meia dúzia de assessores.
"Antes de entrar aqui, a senhora precisa passar por um julgamento", disse-lhe o guardião do Paraíso.
"Eu quero um advogado!"
"Não temos. Os advogados do tipo que a senhora precisa foram todos para o outro lado. A senhora vai ter de se defender sozinha."
"Está bem. Eu sei me virar!"
"Comecemos pela sua juventude. É verdade que a senhora foi guerrilheira?"
"Fui! Do Colina e da VAR-Palmares! E era líder! Pode perguntar lá embaixo que tem um montão de gente que confirma!"
"Eu não entendo. A senhora tem orgulho de ter sido terrorista?"
"No Brasil isso pega bem. Tem até um órgão do governo que paga indenizações."
"Consta aqui na sua ficha que a senhora se dedicava a tarefas que não têm nada que ver com uma guerra revolucionária. Roubar cofres, por exemplo."
"É, vai fazer o quê...? Nós expropriamos um que tinha nada menos que US$ 2 milhões!"
"E o que vocês fizeram com o dinheiro?"
"Uma parte nós repartimos com os companheiros dos outros grupos."
"E o resto?"
"Não tinha resto. Era para as nossas despesas. Era eu mesma que cuidava do dinheiro."
"Bom, vamos passar adiante. A senhora ficou alguns anos presa, depois tratou de estudar."
"Eu me graduei, depois fiz o mestrado e o doutorado. Pode ler na minha página na internet."
"Tem gente que diz que a senhora não fez nem uma coisa nem outra..."
"Eu vou lhe dar a mesma resposta que dei para a imprensa: fiz o curso de mestrado, mas não o concluí. Depois eu voltei para a escola, a Unicamp, para fazer o doutorado. Também não me formei porque virei ministra..."
"A Unicamp informou que a senhora nunca se matriculou lá..."
"Isso é mentira!"
"Hum, trata-se de uma carreira bem peculiar... Aqui, na sua ficha, consta também que em 1989 a senhora foi nomeada diretora-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre e foi demitida pelo presidente da Casa porque chegava tarde ao trabalho."
"Isso é mentira!"
"A senhora é conhecida como a mãe do PAC. E há quem diga que é, também, madrinha do apagão."
"Isso é mentira! Só porque eu fui ministra da área energética por alguns anos, eu sou agora responsabilizada por tudo!"
"Dizem que foi a senhora que formulou o atual modelo de energia."
"Isso é mentira! Quando eu assumi, todas as usinas hidrelétricas já estavam lá!"
"A que a senhora - que entende do assunto - atribui o apagão?"
"Vou-lhe dar a versão oficial do governo: eram três linhões. Acontece que caíram três raios ao mesmo tempo, um em cada um. Os três entraram em curto-circuito e deu no que deu."
"É uma visão, no mínimo, curiosa... No governo passado houve racionamento de energia porque as chuvas não vieram e os reservatórios de água das usinas hidrelétricas ficaram vazios. Vocês eram da oposição na época e exploraram eleitoralmente o fato. E agora?"
"O apagão do FHC se deu por incompetência. Já o nosso foi devido ao clima, conforme eu já expliquei..."
"Já sei, três raios caíram simultaneamente nas três linhas... E vai por aí afora. Há quem diga que houve sobrecarga do sistema e ele caiu..."
"Isso é mentira! Os raios caíram nos linhões e o assunto está encerrado. Não se fala mais nisso."
"Escute, para a senhora, tudo é mentira."
"Isso também é mentira!"
"Vamos mudar de assunto. A ex-secretária da Receita Federal depôs no Congresso afirmando, com todas as letras, que esteve em seu gabinete, no Palácio do Planalto, e que a senhora lhe pediu para aliviar a barra num processo..."
"Isso é mentira! Nunca estive com essa mulher!"
"Ela disse, recentemente, que tem como provar o que falou... Além do mais, o prédio é inteiramente monitorado. Basta procurar a gravação que a questão fica resolvida."
"Vamos encontrar uma versão conciliatória. Eu admito que a recebi no meu gabinete, mas foi para tratar de outros assuntos."
"Quais?"
"Não me lembro mais. Como canta o Roberto Carlos, "são tantas emoções..."
"Bom, dona Dilma, sinto muito, mas a senhora não preenche os requisitos mínimos para entrar no Céu. Eu não entendi porque Satanás não se dispôs a recebê-la. Aguarde um momento que eu vou telefonar para ele."
São Pedro saiu da sala, pegou o seu celular e ligou diretamente para o "coisa ruim".
"Oi, Lúcifer, porque é que você não foi receber a Dilma Rousseff?"
"Eu não quero nem saber dessa mulher!", explicou o príncipe das trevas. "Se ela vier para cá, em dois minutos vai estar mandando em todo mundo. Essamulher tem cabelo na venta, é nervosa, irritadiça e impaciente. Estou fora!"
"E o que é que eu faço com ela?!", desesperou-se São Pedro.
"Eu sei que foge dos regulamentos, não deixe o Chefão saber disso, mas o que se pode fazer é pedir desculpas e devolvê-la para o Ministério do Lula. Os dois se entendem bem porque, no fundo, se merecem..."
Fonte: O Estado de S. Paulo - 04/12/2009 - João Mellão Neto, jornalista

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Por que Manuel Zelaya foi deposto?

Comentário:
Interessante a mídia definiu a destituição do presidente de Honduras como golpe sem ao menos  ler a constituição do país. Analisa um fato grave sem embasamento legal.
A constituição é o marco legal que regulamenta a relação do estado com o cidadão. Todos devem respeitar e principalmente o presidente da república, que  durante sua posse jura defendê‑la . Atualmente a constituição é um mero apêndice dos políticos ou partidos para perpetuar no poder. Utiliza a massa popular que é amorfa para atingir seus objetivos.
A constituição de Honduras tem alguns artigos interessantes, como;
1.       Quem exerce cargo executivo, os parentes até de quarto grau não poderá candidatar-se ou exercer cargo no governo
2.       Quem exerce cargo executivo não poderá candidatar-se as próximas eleições
3.       Corrupção de políticos não existe foro privilegiado
A constituição de Honduras é bastante clara em relação as mudanças constitucionais
ARTICULO 5.- El gobierno debe sustentarse en el principio de la democracia participativa del cual se deriva la integración nacional, que implica participación de todos los sectores políticos en la administración pública, a fin de asegurar y fortalecer el progreso de Honduras basado en la estabilidad política y en la conciliación nacional. El ejercicio del sufragio en las consultas ciudadanas es obligatoria. No será objeto de referendum o plebiscito los proyectos orientados a reformar el Artículo 374 de esta Constitución.
ARTÍCULO 239: El ciudadano que haya desempeñado la titularidad del Poder Ejecutivo no podrá ser Presidente o Designado. El que quebrante esta disposición o proponga su reforma, así como aquellos que lo apoyen directa o indirectamente, cesarán de inmediato en el desempeño de sus respectivos cargos, y quedarán inhabilitados por diez años para el ejercicio de toda función pública.
ARTICULO 373.- La reforma de esta Constitución podrá decretarse por el Congreso Nacional, en sesiones ordinarias, con dos tercios de votos de la totalidad de sus miembros. El decreto señalará al efecto el artículo o artículos que hayan de reformarse, debiendo ratificarse por la subsiguiente legislatura ordinaria, por igual número de votos, para que entre en vigencia.
ARTICULO 374.- No podrán reformarse, en ningún caso, el artículo anterior, el presente artículo, los artículos constitucionales que se refieren a la forma de gobierno, al territorio nacional, al período presidencial, a la prohibición para ser nuevamente Presidente de la República, el ciudadano que lo haya desempeñado bajo cualquier título y el referente a quienes no pueden ser Presidentes de la República por el período subsiguiente.
Pelo jeito o aluno da escolinha bolivariana foi reprovado. O prof. Chávez deve estar uma fera??
Artigo
Presidente desde 2006, Manuel Zelaya (esq.) liderou um governo que se afastou gradualmente do Partido Liberal que o elegeu, aproximando-se de governos de esquerda da América Latina, como Cuba e Venezuela. Ao implementar medidas populares, como um drástico aumento do salário mínimo, foi alvo de críticas dos empresários locais e aos poucos perdeu respaldo do Congresso.
O ponto crítico veio com a proposta de reformar a Constituição, que Zelaya tentou encaminhar sem passar pelo poder legislativo, por meio de um referendo que perguntava aos hondurenhos se eles aprovariam uma mudança constitucional.
Juízes hondurenhos declararam a iniciativa ilegal, apoiados por uma cláusula legal que proíbe a alteração de certos trechos da Constituição (entre eles a proibição da reeleição presidencial). O exército então anunciou que não daria apoio logístico para o referendo, e Zelaya ordenou que seus aliados organizassem a eleição sem apoio militar.
A Justiça entendeu que a ação era criminosa e ordenou a prisão do presidente. No dia em que aconteceria o referendo, militares entraram na casa presidencial, tiraram Zelaya da cama e colocaram-no em um avião ainda de pijamas. No mesmo domingo, uma falsa carta de renúncia foi apresentada e poder foi entregue ao próximo na linha sucessória: Roberto Micheletti (dir.), presidente do Congresso
Por que Zelaya depois se abrigou na embaixada brasileira?
Após ter sido deposto, Zelaya passou dois meses visitando governos em busca de apoio internacional. Em 21 de setembro, entrou escondido no país e foi para a embaixada brasileira em Honduras, que é considerada território brasileiro - com isso, Zelaya se protegia das ordens de prisão emitidas contra ele em Honduras.
A intenção do presidente deposto ao voltar para o país era aumentar a pressão por um acordo, e chegou a clamar por protestos entre seus apoiadores desde o prédio da representação diplomática do Brasil. Segundo o governo brasileiro, que classifica Zelaya como "hóspede" e não impõe data para sua saída, a embaixada não tinha conhecimento dos planos do presidente deposto e não colaborou com seu retorno. Fonte: UOL Notícias-03/12/2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Com Evo Morales, mais cocaína no Brasil

Comentário:
É a inclusão social  oferecendo aos mais necessitados oportunidades de plantar coca, distribuindo trabalho e serviços , dentro de um sistema que beneficie a todos.
Como Evo Morales é craque na política, a plataforma econômica  é a produção de coca.
Esse deve ser o programa assistencialista, do tipo Fome Zero. É o lado obscuro da esquerda socialista do século XXI. 
 Resumo do artigo
A ideologia oficial do presidente é promover o uso tradicional da coca.
Problema: nem se mascassem uma montanha andina os bolivianos consumiriam tanta planta
Não há país na América Latina em que o discurso politicamente correto e demagógico possa produzir resultados tão desastrosos quanto a Bolívia. Não há país da região que possa ser tão afetado por causa disso quanto o Brasil. No poder desde 2006, Evo Morales prega uma versão local do socialismo, o indigenismo e o bolivarianismo.
Morales defende com veemência é a coca, planta típica da região andina usada desde os tempos pré-colombianos. A folha é mascada pelos bolivianos ou macerada no chá – aumenta a resistência à altitude e ao trabalho braçal, embora em nada se compare aos efeitos eufóricos do seu derivado mais poderoso e deletério, a cocaína.
Na nova Constituição escrita sob seu comando, a planta ganhou o status de "recurso natural renovável da biodiversidade da Bolívia e fator de coesão social". Nenhum problema, exceto pelo fato de que as folhas destinadas ao uso proibido, como matéria-prima do crack e da cocaína, ultrapassam vastamente as do uso permitido e tradicional. Em quatro anos, a produção de pasta-base de coca e de cocaína na Bolívia aumentou 41%. A maior parte é traficada para o território brasileiro, onde abastece o vício, a criminalidade e a corrupção. Muita droga entra no Brasil, proveniente dos vizinhos produtores e destinada a outros consumidores, mas a que fica é, majoritariamente, a boliviana, de pior qualidade. Das 40 toneladas de cocaína consumidas anualmente no país, mais de 80% são da Bolívia.
No próximo dia 6, Evo Morales deverá se reeleger presidente praticamente sem oposição. A vida da maioria dos bolivianos melhorou muito pouco, ou nada, mas o estilo populista e a identidade aimará – um dos grandes grupos indígenas da Bolívia – alimentam a sua popularidade. A defesa da coca também. O principal reduto eleitoral de Morales é a região do Chapare, onde está a maior parte do cultivo da coca.
No discurso, ele diz que é a favor da coca e contra a cocaína. Na prática, mais de 95% das folhas cultivadas no Chapare viram droga. Para atender ao uso tradicional, bastariam 7 000 hectares. Morales já anunciou que o limite legal deveria ser de 20 000 hectares. "O presidente prometeu que ampliaria os cultivos de coca e está cumprindo", constata Franklin Alcaraz, diretor do Centro Latino-Americano de Investigação Científica (Celin) e autor de um trabalho sobre a receita proporcionada pela folha de coca, legal e ilegal.
A mais drástica medida adotada como parte da política de promoção da coca foi expulsar a agência antidrogas americana, a DEA, em novembro do ano passado, sob a falsa acusação de fomentar o golpismo. A agência auxiliava a Força Especial de Luta contra o Narcotráfico (FELCN), unidade da polícia boliviana responsável pela erradicação de cultivos e laboratórios ilegais.
No Chapare, o programa antidrogas agora extinto também tinha um braço social, através da Usaid, que financiava projetos sociais e promovia a plantação de abacaxi, cacau, café, melão e banana, voltados para exportação. A ideia era dar aos paupérrimos camponeses da região uma via de saída do cultivo da coca. Em qualquer país é difícil incentivar esse tipo de substituição, mas na Bolívia foi impossível. No ano passado, os cocaleiros expulsaram a Usaid. Em um ano, as exportações de frutas da região caíram 41%..
Desde 2007, a atividade de refino tem se propagado em fábricas clandestinas com tecnologia trazida pelos maiores especialistas no assunto: os traficantes colombianos. Seus rivais em brutalidade e conhecimento do ramo, os mexicanos, também estão prospectando o território.