El blanco Luis Lacalle Pou llegó a los votos necesarios para
tener una ventaja que Martínez no puede superar y será el presidente. Martínez
reconoció la derrota y anunció que mañana lo irá a saludar. Luis Lacalle Pou
sumó sobre las 12 del mediodía de hoy jueves 3.090 votos (que luego se
incrementó) en una primera revisión del segundo escrutinio lo que le dio una
ventaja sobre Daniel Martínez ya insuperable y lo convirtió en el próximo
presidente de Uruguay a partir del 1° de marzo. El País - Jueves, 28 Noviembre
2019
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
Uruguai:Lacalle Pou anuncia la victoria y Martínez no admite la derrota
Escrutado el 100% de los votos, el candidato blanco recogió
1.168.019 sufragios contra 1.139.353 del postulante oficialista; 28.666 votos
de diferencia con 35.229 observados que se empezarán a contar el próximo
martes. Fuente: Lunes, 25 Noviembre 2019
domingo, 24 de novembro de 2019
O que Charles Darwin achou do Brasil do século 19
No dia 29 de agosto de 1831, o jovem Charles Robert Darwin,
então com 22 anos, recebeu uma carta que mudaria sua vida. Um de seus
professores na Universidade de Cambridge, o botânico John Stevens Henslow,
indicara seu nome para participar de uma expedição científica ao redor do
mundo.
Prevista para durar pouco mais de três anos, a viagem de
circum-navegação levou quase cinco. Nesse período, a tripulação do Beagle
enfrentou abalo sísmico no Chile, doença misteriosa na Argentina — alguns
especialistas cogitam a hipótese de Doença de Chagas — e tempestade tropical no
Brasil.
Sim, o Brasil estava entre os mais de dez países, como
Austrália, Nova Zelândia e África do Sul, visitados pelo navio de pesquisa da
Marinha Real Britânica — o HMS, a propósito, significa His Majesty's Ship
("Navio de Sua Majestade") —, ao longo de quatro anos e nove meses.
OBSERVAÇÕES SOBRE O BRASIL
■Darwin ficou encantado com a nossa biodiversidade. A Mata
Atlântica foi o bioma mais rico que ele conheceu. Por outro, ficou revoltado
com a escravidão. Sua família lutava contra o comércio de escravos",
afirma o biólogo Nélio Bizzo.
■"Nunca é agradável submeter-se à insolência de homens
de escritório, mas aos brasileiros, que são tão desprezíveis mentalmente quanto
são miseráveis as suas pessoas, é quase intolerável", reclamou, em 6 de
abril de 1832. Darwin levou um dia
inteiro até conseguir autorização para excursionar pelo interior fluminense.
■Darwin reclama muito da burocracia e chega a dizer que é
interminável", diz o biólogo Charbel El-Hani, coordenador do Laboratório
de Ensino, Filosofia e História da Biologia da Universidade Federal da Bahia
(UFBA).
■A cavalo, Darwin e uma comitiva de seis homens empreenderam
uma viagem de 16 dias, entre 8 e 24 de abril, até Conceição de Macabu, a 227 km
da capital. De maneira geral, a impressão deixada pelos donos de pousada não
foi das melhores. Alguns demoravam até duas horas para servir a refeição.
"A comida estará pronta quando estiver", respondiam os mais
atrevidos. Outros, sequer, tinham garfos, facas ou colheres para oferecer.
■Na Fazenda Campos Novos, em Cabo Frio, os viajantes deram
pela falta de uma bolsa com alguns de seus pertences. "Por que não cuidam
do que levam?", retrucou o hospedeiro, mal-humorado. "Talvez tenha
sido comida pelos cachorros".
■No dia 3 de julho, chegou a rotular os brasileiros de
"ignorantes", "covardes" e "indolentes".
"Até onde posso julgar, possuem apenas uma fração
daquelas qualidades que dão dignidade ao homem", queixou-se. "Não
importa o tamanho das acusações que possam existir contra um homem de posses, é
seguro que, em pouco tempo, ele estará livre. Todos aqui podem ser
subornados."
■A primeira parte da passagem de Darwin pelo Brasil chegou
ao fim em 5 de julho de 1832. Daqui, a expedição seguiu para o Uruguai e, de
lá, para a Argentina. Em setembro de 1835, chegou às Ilhas Galápagos, no Oceano
Pacífico, o ponto mais famoso da viagem.
■ Darwin não teria colocado mais os pés no Brasil se, em
agosto de 1836, ventos contrários não tivessem obrigado o capitão FitzRoy a
atracar novamente no país: de 1 a 6 de agosto em Salvador e de 7 a 12 no
Recife. Apesar de agnóstico, Darwin deu "graças a Deus" por estar,
finalmente, deixando as costas do Brasil. "Espero nunca mais visitar um
país de escravos",
■ O diário de bordo e as anotações de viagem de Darwin,
ricos tanto em descrições geográficas quanto em comentários sociológicos, não
se perderam no caminho. Em 1839, viraram livro, Viagem de Um Naturalista ao
Redor do Mundo, e, em 2015, ganharam uma edição brasileira, O Diário do Beagle,
um calhamaço de 528 páginas lançado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Fonte: BBC News Brasil-23 novembro 2019
Criado-mudo termo racista
Lojas de móveis mudam nome de criado-mudo após considerar
termo racista. Redes aderiram à campanha lançada pela Etna para substituir
palavra por mesa de cabeceira
A decisão da Etna de abolir o termo criado-mudo em suas
lojas e catálogos e adotar a expressão mesa de cabeceira foi seguida por suas
concorrentes na semana passada.
“Dois séculos depois, sem nos dar conta, ainda carregamos
termos racistas como esse, mas sabemos que é sempre tempo de mudar e evoluir”,
diz o comunicado. Fonte: Folha de São Paulo - 24.nov.2019
Comentário: Que tal mordomo-mudo? Ou para geração mais
virtualizada, colocar Alexa Assistente virtual.
Estamos criando a Novilíngua
brasileira. Tem a função de condensar ou
remover palavras ou algumas delas com objetivo de restringir o escopo do
pensamento.
O romance 1984 chegou atrasado. A situação guarda perigosa
semelhança com o romance "1984", de George Orwell, em que a
novilíngua definia as novas palavras aceitáveis. Certas coisas deixariam de
existir. Controle de pensamento: "Seja como eu. Concorde comigo. Diga o que
eu quero ouvir. Ou você é da minha turma ou é meu inimigo". Sem meio
termo.
sábado, 23 de novembro de 2019
Saqueos, incendios en Santiago, Antofagasta, Valparaíso y Concepción
Una violenta jornada de saqueos e incendios se desarrolló
este jueves en varias ciudades del país, entre ellas Santiago, Antofagasta,
Valparaíso y Concepción.
En la capital, el mall Arauco Quilicura, que permanecía
cerrado desde el inicio de la crisis social, sufrió un incendio de gran
magnitud, además de saqueos de las tiendas por parte de encapuchados.
También se reportaron incidentes en la comuna de Maipú, con
barricadas en el sector de Pajaritos y 5 de abril, en los alrededores de la
plaza.
INCIDENTES EN LA REGIÓN DE VALPARAÍSO
En tanto, en la Región de Valparaíso se han desarrollado
incidentes durante toda la jornada, los que comenzaron con una marcha al
mediodía que terminó con apedreos al Congreso Nacional.
Asimismo, se registraron ataques con piedras y palos a
microbuses en Quilpué que no plegaron a un paro durante la jornada.
También hubo saqueos a una tienda La Polar y a otra D-House,
ubicadas en el sector del nudo Barón.
Durante la tarde noche además se produjo el incendio en la
automotora Hernández Motores, en pleno centro de Valparaíso, siniestro que
cubrió de humo a la ciudad puerto, además de múltiples barricadas.
DESMANES EN CONCEPCIÓN
Situación similar se vivió en Concepción, ciudad donde se
produjo una marcha pacífica que culminó sin incidentes, no obstante durante la
tarde se vivieron múltiples enfrentamientos entre Carabineros y encapuchados.
Los manifestantes levantaron barricadas con adoquines en el
sector de la Plaza de la Independencia, unos verdaderos muros de contención que
impidieron el normal tránsito de vehículos, incluso de la Policía.
Durante la tarde además alrededor de cinco locales
comerciales de la esquina de Barros Arana con Aníbal Pinto fueron saqueados por
desconocidos e incluso una de las tiendas presenta fuego.
Pese a recibir el llamado, Bomberos no puede acceder al
lugar por la presencia de los mencionados "barricadas muros" en el
sector, mientras que los manifestantes levantaron una gran barricada en la
esquina recién mencionada. Fuente: Cooperativa.cl - Jueves, 21
de Noviembre de 2019
Tal exercício de reflexão se faz ainda mais necessário ao se constatar que a vida social não foi o suficiente para eliminar o espírito de lobo do homem, que continua, sob certa medida, avançando contra aquele que denomina igual
Desse modo, o egoísmo, a ambição, a luxúria, a inveja, a agressividade etc., não encontram freios que possam atenuar no homem tais comportamentos, uma vez que este não apresenta uma consciência voltada para o coletivo, mas somente para si, ou seja, o homem nesse estado busca a manutenção do seu poder e sobretudo da sua própria existência. Tal comportamento segue os princípios, por assim dizer, de uma determinada e particular forma de direito: o jus naturale:
O DIREITO DE NATUREZA, a que os autores geralmente chamam Jus Naturale, é a liberdade que cada homem possui de usar o seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação da sua própria natureza, ou seja, da sua vida; e consequentemente de fazer tudo aquilo que o seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios mais adequados a esse fim.
É o caos que prevalece quando o Estado deixa de usar o seu poder inerente.
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
Saques, incêndios e medo da falência: o impacto da convulsão social no Chile
Na sexta-feira em que a crise explodiu, dia 18 de outubro, o
empresário chileno Francisco Carreño decidiu ficar em seu restaurante a noite
toda, como um guardião.
"Eu estava disposto a me defender", diz ele,
lembrando o dia em que dezenas de lojas e supermercados em todo o Chile foram
saqueados e até queimados.
"Eu não podia simplesmente sair do meu restaurante,
tinha de salvá-lo se eles tentassem destruí-lo". A sorte jogou a seu favor
e seu restaurante, chamado Signore, não foi destruída pelos protestos. Mas, de
qualquer forma, o efeito veio depois.
Por estar localizado no setor de Tobalaba, que nas últimas
semanas tem sido um dos pontos de encontro dos protestos em Santiago, Carreño
foi forçado a fechar seu restaurante por dias, acumulando uma perda de 50% em
suas vendas no mês de outubro.
A situação, desde então, não mudou muito: Carreño só
consegue abrir as portas em alguns dias, a depender do tamanho dos protestos.
No entanto, Carreño — que também possui um pequeno empório
de produtos italianos chamado Tantano — precisa continuar pagando aluguel e
salários de seus funcionários, entre outras despesas do negócio.
"Esse é um terremoto silencioso. As reduções das vendas
estão destruindo a economia chilena", lamenta o empresário.
DESEMPREGO
A situação de Francisco Carreño não é isolada. Após três
semanas de manifestações incessantes — que começaram depois que o governo do
presidente Sebastián Piñera decidiu aumentar o preço da passagem do metrô —
milhares de micro, pequenas e médias empresas chilenas foram duramente afetadas.
A paralisação do comércio, serviços e turismo foi um golpe
econômico inesperado para quem não tinha reservas de dinheiro para se financiar
em momentos de crise.
Diante desse cenário, o temor é de que as pessoas percam
seus empregos.
"Até o momento, 70 mil empregos já foram perdidos, o
que equivale a quase um ponto (percentual na taxa) de desemprego. Se o país não
voltar a funcionar normalmente nos próximos 10 dias, ouso dizer que mais 500
mil empregos estão em jogo", diz Juan Pablo Swett, presidente da
Asociación de Emprendedores de Latinoamérica.
FALTA DE LIQUIDEZ
Carreño, por exemplo, teve que reduzir sua equipe em 30%.
"Não posso ser irresponsável e manter as pessoas se não posso dar a elas
segurança a longo prazo", diz ele.
De acordo com Swett, das pouco mais de um milhão de pequenas
empresas que existem atualmente no Chile, 15% hoje têm sérios problemas de
liquidez devido à crise.
"A economia está completamente bloqueada. Consumo,
decisões de investimento de grandes empresas e empresas estrangeiras e
contratação de pessoal estão paralisados. Em termos econômicos, uma tempestade
perfeita está ocorrendo no Chile", diz Swett.
Como exemplo, o presidente da Asociación de Emprendedores de
Latinoamérica diz que somente na indústria do turismo, composta por 9 mil
empresas que empregam aproximadamente 170 mil pessoas, as reservas caíram 51%.
"A imagem do país piorou muito, as pessoas não querem
mais vir para o Chile", acrescenta.
VESTUÁRIO
Outra área que está sendo muito afetada pela convulsão
social é a venda de roupas.
A empresária Heidy Valdivia tem uma loja de roupas há 15
anos no bairro Patronato, a poucos metros da Plaza Italia, o principal ponto de
encontro dos protestos em Santiago.
Desde o início da crise, ela foi forçada a manter sua loja
fechada e ficar "em guarda" para evitar saques. "Tivemos de nos
revezar para cuidar da mercadoria porque a polícia não garante isso"..
"Tenho medo porque acho que isso vai piorar. Não tenho
mais dinheiro e tenho medo de perder tudo o que foi difícil construir durante
anos", acrescenta.
Heidy diz que apenas com o aluguel gasta o equivalente a US$
1.900 (R$ 7,9 mil) por mês. Aos funcionários, paga US$ 126 (R$ 525) por semana.
As duas despesas continuam, apesar de nos últimos 20 dias não ter conseguido
vender quase nada.
"Quem vai se preocupar agora em comprar roupas?
Ninguém", diz ele.
"Ontem pude abrir a loja por um tempo e vendi apenas
três peças. Apóio as demonstrações porque acho que o Chile é muito desigual, às
vezes até vou lá. Mas isso já está me influenciando bastante e estou começando
a ver que afeta meu bolso também ", acrescenta.
Devido à sua localização, todo o bairro de Patronato (um dos
centros de vendas de roupas mais famosos da capital do Chile) tem sido afetado
por gás lacrimogêneo vindo da Plaza Italia.
Além disso, hoje suas paredes estão pichadas com parte dos
slogans dos protestos, como "Chega de abuso" e "O Chile
acordou". E, assim, as poucas lojas abertas estão cheias de ofertas de
última hora, tentando liquidar seus produtos.
Em um espanhol obstinado, um taiwanês proprietário de uma
das lojas diz: "Esses dias eu só chorei".
EMPRESAS SAQUEADAS
Pior ainda é a realidade das empresas que foram saqueadas
nas últimas três semanas no Chile.
De acordo com um estudo realizado pelo Ministério da Economia
chileno, existem quase 6.800 pequenas empresas que relataram roubo, saque ou
incêndio de seus negócios. De acordo com Juan Pablo Swett, com os últimos
eventos, esse número pode ter subido para 10 mil.
É o caso de Karina Cáceres, dona de uma farmácia de medicina
natural chamada Panul, que foi completamente saqueada no dia 20.
"Foi um pesadelo. Quando soube que eles haviam levado
tudo, quase desmaiei", lembra a farmacêutica, que está grávida de quatro
meses. O marido dela foi ao local tentar resgatar o pouco que restava.
No total, foram roubados aproximadamente US$ 12.800 (R$ 53,5
mil), além de computadores e televisões.
Desde aquele dia, a farmacêutica acha que seus negócios
podem ir à falência. O problema, ela diz, é que ainda tem dois empréstimos para
continuar pagando e, estando grávida, acha muito difícil encontrar outro
emprego.
"A incerteza é terrível. Estamos vivendo dia a dia,
tentando vender o que nos resta... estou angustiada", diz.
"Além da farmácia, criamos uma fundação, pensando nas
pessoas que nos saquearam. Vamos às comunidades ensinar as crianças a controlar
suas emoções. Então, a traição dói... porque também vendíamos nossos produtos a
preços populares", diz.
Karina deve continuar pagando o aluguel de US$ 2.280 (R$ 9,5
mil). No entanto, em outubro, ela recebeu
doze por cento do dinheiro que entra em um mês normal. Para a filha, não
poderá pagar pela educação no próximo ano. E foi assim que, de um minuto para o
outro, sua vida deu uma guinada completamente inesperada.
Os casos de Francisco Carreño, Heidy Valdivia e Karina
Cáceres são apenas alguns exemplos do que muitos pequenos e médios empresários
vivem no Chile após o surto social.
Os três empresários afirmam que são simpáticos à motivação
das manifestações: querem uma sociedade mais igualitária e justa, com melhores
aposentadorias e melhor qualidade em saúde e educação.
No entanto, eles temem que essa luta implique uma recessão
econômica que acabe com os negócios deles — apesar de o governo ter anunciado
na semana passada um plano de apoio a essas empresas, que inclui facilidades
para pagamento de impostos e flexibilidade para renegociação de dívidas.
"Os jovens estão brigando e não têm medo de nada. Mas
eu tenho. E quero que isso acabe", conclui Heidy. Fonte: BBC News Mundo-
quinta-feira, 14 de novembro de 2019
Comentário:
Se um indivíduo ou um grupo conseguem algo sem nenhum custo,
alguém acaba por pagar por isso. Se parece não haver nenhum custo direto para
um indivíduo isolado, há um custo social. De forma similar, alguém pode
beneficiar de "graça" de uma externalidade ou de um bem público, mas
alguém tem que pagar o custo de produção desses benefícios.
domingo, 17 de novembro de 2019
Acompanhe a Proclamação da República, hora a hora
Insatisfeitos com o Império, os militares planejavam para o dia
20 de novembro o golpe que proclamaria a República no Brasil.
Mas, no dia 14, começou a correr pelo Rio de Janeiro o boato
de que o marechal Deodoro da Fonseca, um dos líderes do movimento, havia sido
preso. Diante disso, os republicanos resolveram agir.
6h
Informados sobre a intensa movimentação que ocorria em todos
os batalhões militares do Rio de Janeiro, os ministros do gabinete de governo,
liderados pelo primeiro-ministro, o visconde de Ouro Preto, se reúnem para
discutir formas de enfrentar os militares.
Enquanto isso, as tropas republicanas começam a mobilizar-se
pela cidade. Uma grande parte do efetivo policial, vindo de Niterói, desembarca
no Rio para se unir ao marechal Deodoro.
Outra parte da força fica na ponte da Armação, a espera de
embarcações. O 7º e o 10º Batalhões, além do Corpo de Bombeiros, amanhecem
vazios. Os soldados começam a dirigir-se ao campo de Santana, no centro da
então capital federal.
7h
Uma força de fuzileiros navais sobe a rua do Ouvidor e
começam a ser ouvidos pela cidade as primeiras palavras de ordem em defesa da
República gritadas abertamente. Os soldados estão prontos para o confronto
armado. Todos os oficiais que acompanham o grupo levam revólveres nas cinturas.
8h
É quase impossível chegar ao campo de Santana devido ao
grande número de soldados que se dirige para o local com o objetivo de unir-se
aos líderes republicanos.
Uma força do 10º Batalhão, fiel à Monarquia, ocupa todo o
largo da Lapa para impedir a passagem de estudantes da Escola Militar, que
apoiaram maciçamente a Proclamação.
8h30
O marechal Deodoro da Fonseca encontra-se com o barão de
Ladário, que ocupava o cargo de ministro da Marinha, na entrada do ministério.
O barão, afirmando que tinha a obrigação de defender a
Monarquia, saca duas armas com o objetivo de atacar Deodoro. Um praça do
Exército que presencia a cena entra em ação e atira contra o nobre, que cai
ferido.
9h
Todas as estações de polícia são fechadas na cidade. A
movimentação de militares nas ruas é cada vez maior. À porta de uma taverna em
uma esquina da rua são Lourenço pode ser visto o barão de Ladário, ferido, à
espera de cuidados médicos.
9h30
Militares republicanos tomam a Secretaria do Império e
cercam a sala onde ocorre a reunião do gabinete ministerial.
Os revolucionários dão voz de prisão aos ministros e afirmam
que todos seriam liberados assim que renunciassem a seus cargos.
A situação torna-se tensa, até que Deodoro declara que
nenhum dos monarquistas sofreria qualquer agressão ou retaliação, desde que
concordassem em reconhecer o novo governo.
10h
Os integrantes do ministério monarquista, sem enxergar outra
saída, rendem-se e concordam em anunciar a renúncia coletiva.
Deodoro encaminha-se para o campo de Santana, onde
representantes das Forças Armadas o aguardavam, já festejando o sucesso do
golpe e o início da República.
10h30
Deodoro entra no quartel de Santana em triunfo, abraçado,
entre aclamações. O Exército dá vivas à República. Alunos da Escola Militar
conseguem passar pelo largo da Lapa, pois os soldados monarquistas já não
ofereciam resistência.
10h45
O marechal Deodoro é carregado em triunfo. O 2º Batalhão de
Artilharia dá uma salva de 21 tiros. Está instalada a República. Fonte: Folha de São Paulo - 15.nov.2019
República extinguiu privilégio só dos Braganças
República extinguiu privilégio só dos Braganças, diz
historiador Murilo de Carvalho. Historiador lembra que regime proclamado em 1889 não incluiu
o povo, e democracia ficou ausente até os anos 1940
O pecado original da República, na avaliação de José Murilo
de Carvalho, foi não ter incluído o povo. "A República extinguiu o
privilégio dos Braganças, mas não conseguiu eliminar os privilégios
sociais", afirma o historiador sobre a proclamação que completa 130 anos
nesta sext a-feira (15).
"Para os propagandistas, República e democracia eram
indissociáveis. Mas a democracia, isto é, a participação popular no sistema
representativo, ficou ausente até a década de 1940", diz Murilo de
Carvalho, 80, que é cientista político e imortal da Academia Brasileira de
Letras.
Em entrevista ao jornal, o historiador reflete sobre o caráter
autoritário e pouco inclusivo do início do período republicano no Brasil e
afirma que, 130 anos depois, nossa república "continua sujeita à
interferência 'moderadora' das Forças Armadas".
A AUSÊNCIA DE POVO, EIS O PECADO ORIGINAL DA REPÚBLICA,
SEGUNDO O SENHOR. COMO E POR QUE O POVO NÃO FEZ PARTE DELA? A afirmação refere-se
à origem de nossa República. Para os propagandistas, República e democracia
eram indissociáveis. Mas a democracia, isto é, a participação popular no
sistema representativo, ficou ausente até a década de 1940. Até essa data,
tínhamos uma participação eleitoral inferior à que existiu até 1881, quando foi
introduzido o voto direto. Era uma república patrícia, uma república sem
democracia.
QUAL O SIGNIFICADO DE UMA REPÚBLICA SEM POVO? Na Grécia,
Roma, Estados Unidos a República convivia com a escravidão e com a exclusão
política das mulheres. Mas todo homem livre era cidadão ativo. A partir da
Revolução Francesa, no entanto, a democracia passou a ser componente
indispensável das repúblicas. No Brasil, a efetiva incorporação de povo, homens
e mulheres, no sistema representativo só aconteceu após a queda do Estado Novo.
A partir daí houve rápida e massiva inclusão eleitoral de povo. Nossa República
não suportou a carga e desmoronou em 1964.
O FATO DE ELA TER VINDO POR UM GOLPE MILITAR E NÃO POR UMA
REVOLUÇÃO MUDOU O CURSO DELA? Só Silva Jardim acreditava em revolução do tipo
da Francesa e pregava o fuzilamento do conde d’Eu [marido da princesa Isabel,
descendente da dinastia Orleans]. Não foi nem avisado do golpe. Ninguém mais,
além dele, queria sangue. A busca do apoio dos militares do Exército foi
oportunismo dos civis, sobretudo de Quintino Bocaiuva.
O problema dos políticos na primeira década da República foi
livrarem-se dos militares. Floriano Peixoto garantiu o novo regime, mas era
incômodo por despertar um movimento popular jacobino. A posição dominante entre
os republicanos, sobretudo os paulistas, era esperar a morte do imperador e
então impedir que Isabel tomasse posse. A transição viria de preferência via
Constituinte, solução aceita até mesmo por monarquistas como Saraiva [José
Antônio Saraiva, que chegou a ser nomeado pelo imperador para formar um
gabinete na madrugada de 16 de novembro mas nunca assumiu].
A PARTIDA DA FAMÍLIA IMPERIAL FOI ANTECIPADA PARA EVITAR
CONFLITOS. MAS O BRASIL É UM PAÍS VIOLENTO, SUSTENTOU SÉCULOS DE ESCRAVIDÃO E
TEM SEQUELAS. QUAL O PAPEL DA VIOLÊNCIA NA NOSSA QUESTÃO REPUBLICANA? A
violência está embutida em nosso DNA, independentemente de regimes políticos.
Os dez primeiros anos da República foram violentos: revoltas militares, guerra
federalista no Sul, Revolta da Armada e, sobretudo, o terrível massacre de
Canudos.
Qual tem sido o papel dos militares na nossa República,
visto que vez ou outra eles assumem papel na política? O papel variou ao longo
do tempo. Após a consolidação do regime com Campos Sales até 1930, a
participação foi em boa parte antioligárquica, liderada por oficiais
subalternos do Exército. Depois do Estado Novo, o papel passou a ser de tutela,
quando não de intervenção direta, comandada pela cúpula militar.
ANTES DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA, TIVEMOS VÁRIAS REPÚBLICAS
QUE NÃO VINGARAM PELO BRASIL. O QUE LHES FALTOU? Eram manifestações locais e
provinciais, todas derrotadas pelas armas. A de maior êxito foi a Farroupilha
que separou o Rio Grande do Sul por dez anos e terminou por um acordo do
Império com os gaúchos. A repressão mais violenta verificou-se em revoltas que
envolviam segmentos populares, como a Confederação do Equador, a Cabanagem e,
já na República, Canudos e Contestado.
O QUE OS BRASILEIROS DESSE FINAL DO SÉCULO 19 ENTENDIAM
ENTÃO POR REPÚBLICA? Os republicanos, sobretudo os paulistas, queriam
autogoverno, isto é, eleição dos governantes, e federalismo à moda norte-americana.
A monarquia significava privilégio de uma família ou dinastia, marca do antigo
regime. A palavra democracia, significando governo pelo povo, fazia parte da
retórica, mas em nenhum momento foi ativada.
ESSE CONCEITO MUDOU DE ALGUMA FORMA ATÉ 2019? Hoje é difícil
saber o que as pessoas querem dizer quando falam em República, além de um
sistema de governo. O conceito confunde-se com o de democracia, como queriam os
propagandistas.
Os poucos que ainda o distinguem de democracia corretamente
o vinculam a certos valores como a igualdade perante a lei, a ausência de
privilégios, o bom governo, o cuidado com o bem público. Nesse sentido, pode-se
dizer que há hoje mais democracia do que República e talvez seja este um de
nossos principais problemas.
O SENHOR CITA EM SEUS ESCRITOS A EXCLUSÃO PELO VOTO —DE 30,6
MILHÕES DE BRASILEIROS, APENAS 2,4 MILHÕES PODIAM VOTAR NA VIRADA DO SÉCULO 19
PARA 20— E, ALÉM DELE, A QUESTÃO DA ABSTENÇÃO —NAS ELEIÇÕES DE 1910, CHEGOU A
40%. QUAL A IMPORTÂNCIA DO VOTO PARA UMA REPÚBLICA? Segundo a distinção
proposta, participação eleitoral tem mais a ver com democracia e menos com
República. Hoje, uma não pode existir sem a outra. Democracia sem república,
sem bom governo, sem igualdade civil, marcada por clientelismo, patrimonialismo,
nepotismo, é frágil. Assim como República sem ampla participação não tem
futuro.
DESDE 1930, SÓ CINCO ELEITOS PELO VOTO DIRETO CONSEGUIRAM
CONCLUIR SEUS MANDATOS [O ATUAL PRESIDENTE ESTÁ NO PRIMEIRO ANO DE GOVERNO];
QUATRO NÃO COMPLETARAM A GESTÃO E SETE PRESIDENTES NÃO FORAM ELEITOS PELO VOTO.
ESSA DEMOCRACIA É FRUTO DE FALHAS DA REPÚBLICA? É em boa parte fruto da entrada
tardia e rápida do povo no sistema político, da democratização da República. A
República patrícia não suportou o impacto e recorreu aos militares para conter
a onda democrática, aproveitando-se do conflito ideológico que dominava o
cenário internacional.
A REPÚBLICA ESTÁ EM CRISE? Quase todas as repúblicas estão.
A nossa continua sujeita à interferência “moderadora” das Forças Armadas.
COMO O SENHOR ANALISA A QUESTÃO FEDERATIVA? A Federação foi
uma das demandas mais fortes dos propagandistas, sobretudo dos paulistas e
gaúchos. O federalismo norte-americano era o modelo, embora ele tenha assumido
aqui sentido oposto.
Isto é, os federalistas norte-americanos eram os que queriam
salvar a união das colônias contra as tendências separatistas afinal adotadas
pelos sulistas para garantir a escravidão. O federalismo dos pais fundadores
acabou preservando a União e abolindo a escravidão, embora à custa de uma
sangrenta guerra civil, ao mesmo tempo em que dava ampla liberdade às unidades
federadas.
Entre nós, federalismo e centralização é um debate secular.
A enorme desigualdade das unidades da Federação leva a uma grande dependência
do governo central que, por sua vez, coíbe iniciativas estaduais.
POR VOLTA DE 1627, FREI VICENTE DO SALVADOR ESCREVE UMA
CITAÇÃO QUE VIROU CLÁSSICO SOBRE O BRASIL: “NENHUM HOMEM NESTA TERRA É
REPÚBLICO, NEM ZELA OU TRATA DO BEM COMUM, SENÃO CADA UM DO BEM PARTICULAR”. O
QUE NOS FEZ ASSIM? Apesar de ser lugar-comum, não é possível deixar de
mencionar a gênese de nossa economia e de nossa sociedade. Não é que o passado
nos condene. Mas as sociedades têm biografia, têm valores e práticas
arraigadas. Se não, como entender que com tanta desigualdade não tenhamos tido
qualquer revolução social? Como entender que com uma das maiores franquias
eleitorais do mundo não consigamos produzir políticas redistributivas,
limitando-nos ao assistencialismo distributivista?
O BRASIL DE HOJE TEM REPÚBLICOS? Nossos repúblicos podem ser
contados nos dedos. Olhando pelo ângulo da preocupação com o bem coletivo, só
os positivistas ortodoxos do início da República foram republicanos. Até
iniciativas republicanas acabam comprometidas. Veja-se a Operação Lava Jato.
Nada mais republicano do que igualdade perante a lei. Rico e
poderoso no Brasil nunca ia para a cadeia. A Lava Jato os mandou para lá.
Vitória da República. Mas aí vem a denúncia de práticas arbitrárias por parte
de promotores e juízes que ameaçam a validade das sentenças. Podemos voltar à
estaca zero. Derrota da República.
E NOSSA REPÚBLICA, TEM SALVAÇÃO? Só por milagre de frei
Vicente. Temos que avançar aos trancos e barrancos, combatendo sistematicamente
as desigualdades na economia e os privilégios na sociedade. A República
extinguiu o privilégio dos Braganças, mas não conseguiu eliminar os privilégios
sociais.
Temos pela frente o imenso problema de incorporar ao mercado
de trabalho os milhões de desempregados, subempregados e não empregáveis. Só
uma combinação de República e democracia, de bom governo e inclusão, pode
resolver o problema, se ainda tiver solução.
CONHEÇA 9 FIGURAS-CHAVE DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892)
Defensor da monarquia, sempre fez questão de declarar-se
amigo e súdito fiel do imperador dom Pedro 2º. Foi apenas dias antes da
proclamação que Deodoro passou para o outro lado. Ao receber os republicanos
Benjamin Constant e Quintino Bocaiuva em sua casa, foi convencido de que o
gabinete comandado pelo visconde de Ouro Preto, ministro de d. Pedro 2º,
pretendia reduzir gradativamente o poder do Exército e da Marinha. Contrariado
com este fato, o marechal decidiu-se a derrubar a monarquia
Marechal Floriano Peixoto (1839-1895)
Encarregado da segurança do então primeiro-ministro e aliado
de d. Pedro 2º, o Visconde de Ouro Preto, se recusou a atirar nos rebeldes que
pediam a República e respondeu ao visconde: "Sim, mas lá [no Paraguai]
tínhamos em frente inimigos e aqui somos todos brasileiros!". Escolhido
vice de Deodoro, assumiu a Presidência em 1891 com a renúncia do presidente
Ruy Barbosa (1849-1923)
Escalado por Deodoro para ministro da Fazenda, o intelectual
tinha a missão de modernizar a economia brasileira. Renunciou ao cargo em 1891,
porém, com inflação nas alturas decorrente da bolha especulativa criada com as
políticas de Barbosa
Benjamin Constant (1836-1891)
Ex-militar e adepto das ideias do positivismo, foi figura
importante no trabalho de aproximação dos republicanos e o marechal
Deodoro
Campos Salles (1841-1913)
Foi um dos três republicanos a conseguir se eleger deputado
durante o Império. Com a proclamação, foi nomeado ministro da Justiça por
Deodoro. Substituiu o Código Penal do Império pelo da República. Em 1898, é
eleito o quarto presidente da República
Quintino Bocaiuva (1836-1912)
Jornalista e político, fundou em 1870 o Partido Republicano.
Ao lado de Benjamin Constant, é um dos responsáveis pela conversão do marechal
Deodoro, então monarquista, em defensor da república
D. Pedro 2º (1825-1891)
Segundo e último imperador do Brasil, foi derrubado pelo
golpe militar que proclamou a República em 15 de novembro de 1889. Dois dias
depois, com o banimento da família real, partiu para o exílio na França, onde
morreu, esquecido, aos 66 anos
Princesa Isabel (1846-1921)
Célebre por ter assinado a Lei Áurea, que um ano e meio
antes da proclamação da República aboliu a escravidão, tornou-se herdeira do
trono após a morte de seus dois irmãos. Partiu para o exílio com o pai em 17 de
novembro de 1889. Na França, posicionou-se contra as tentativas de monarquistas
no Brasil de restaurar o regime
Visconde de Ouro Preto (1836-1912)
Primeiro-ministro do gabinete de d. Pedro 2º, foi também
ministro da Marinha e da Fazenda. Nos últimos dias da Monarquia, tomou decisões
que enfraqueceriam o Exército, o que desagradou o marechal Deodoro e levou ao
decisivo alinhamento com os republicanos. Fonte: Fonte: Folha de São Paulo - 15.nov.2019
José Murilo de
Carvalho, formado em sociologia e política pela UFMG, mestre e doutor ciência
política pela Universidade de Stanford (EUA).
Comentário:
Pelo jeito ainda continua válida esta frase: “Nenhum homem
nesta terra é repúblico, nem zela ou trata do bem comum, senão cada um do bem
particular”. Frei Vicente do Salvador
terça-feira, 12 de novembro de 2019
Cronologia: La renuncia de Evo Morales
El presidente Evo Morales y el vicepresidente Álvaro García
Linera anunciaron ayer su dimisión, en un episodio que parece clausurar las
tres semanas de la crisis política y social más intensa y prolongada que vivió
Bolivia en este siglo.
Al cabo de 21 días de conflicto, Morales y García Linera
anunciaron que dimitirán. ¿Será éste el fin de la crisis?
CRONOLOGÍA DE LOS ACONTECIMIENTOS
HACE 21 DÍAS
La TREP se detiene
A las 19:40 del día de las elecciones generales, el sistema
TREP se detiene cuando el conteo había alcanzado el 83,79% de los sufragios,
45,28% para Evo Morales y 38,16% para Carlos Mesa.
21 DE OCTUBRE
LA IRA SE DISPARA
El TSE anuncia resultados con el 95,63% de los votos,
otorgando un 46,4% a Morales y un 37,07% a Mesa. Turbas indignadas incendian
los tribunales electorales en Potosí, Sucre y Cobija.
22 DE OCTUBRE
CONVOCAN A HUELGA GENERAL
El descontento y la desconfianza colectivos crecen y los
líderes cívicos, las plataformas ciudadanas y los opositores convocan a una
huelga general indefinida a escala nacional.
23 DE OCTUBRE
MORALES DENUNCIA UN GOLPE
El Presidente denuncia que los cuestionamientos a los
resultados electorales tienen un trasfondo “racista”, y que el paro general “es
político y un golpe de Estado”.
24 DE OCTUBRE
SE EVIDENCIA EL FRAUDE
El ingeniero de sistemas Édgar Villegas divulga los
resultados de una investigación realizada por un equipo de expertos y explica
cómo pudo realizarse el fraude electoral.
25 DE OCTUBRE
EL TSE DA EL TRIUNFO AL MAS
El TSE declara ganaador a Morales con el 47,08% de los votos
(Mesa, 36,51%), La oposición, la UE, EEUU, la OEA, Colombia y Argentina
demandan una segunda vuelta.
27 DE OCTUBRE
GOBIERNO SEGURO
Morales, que el día anterior había amenazado con un cerco a
las ciudades, descarta cualquier “negociación política”. Los bloqueos se
intensifican.
31 DE OCTUBRE
LA OEA AUDITA
A solicitud del Gobierno, la OEA inicia una auditoría al
recuento de votos, mientras que en las calles los bloqueos se refuerzan y se
organizan mejor.
2 DE NOVIEMBRE
ULTIMÁTUM
Cívicos de ocho departamentos dan un ultimátum de 48 horas a
Evo para que renuncie. Luis Fernando Camacho se convierte en las cara visible
de la resistencia.
4 DE NOVIEMBRE
BONO LEALTAD
El Gobierno desembolsó a cada uno de los más de 36 mil
efectivos de la Policía un bono de 3 mil bolivianos, para asegurar su lealtad.
8 DE NOVIEMBRE
MOTÍN POLICIAL
Una unidad policial de Cochabamba se amotina y pronto otras
la imitan, mientras la resistencia las respaldan y el Gobierno minimiza la
rebelión.
9 DE NOVIEMBRE
EL DESCONTROL
Los motines policiales se masifican y multiplican, los
agentes del orden desfilan protegidos por la gente y las FFAA anuncian que no
intervendrán.
AYER EN LA MAÑANA
ACEPTA INFORME
Luego de conocer el informe de la OEA, el Presidente
“acepta” ir a nuevas elecciones con otro TSE. Nadie lo toma en cuenta.
AYER EN LA TARDE
EVO RENUNCIA
Los jefes de la Policía y de las FFAA piden a Evo Morales
que renuncie y éste termina anunciando su dimisión, “para pacificar el país”,
dijo al justificar su alejamiento. La Prensa‑Lun, 11/11/2019 - 06:02
La odisea de Evo para llegar a México: se le negó espacio aéreo en
Bolivia, Perú y Ecuador
El canciller mexicano, Marcelo Ebrard, aseguró que el viaje
de Evo Morales a México, país en el que tendrá asilo político, fue un
"periplo por diferentes espacios y decisiones políticas" ya que se le
negó permiso para usar espacio aéreo en Bolivia, Perú y Ecuador.
El avión de las fuerzas armadas mexicanas viajó desde México
a Perú. Despegó desde Lima rumbo a Bolivia, pero ante la crisis política se le
rechazó el permiso para aterrizar en el aeropuerto de Chimoré, en el trópico de
Cochabamba.
La aeronave regresó a Perú y esperó autorización para
ingresar a nuevamente a territorio nacional, permiso que según el Canciller fue
otorgado por las Fuerzas Armadas de Bolivia. "Ayer nadie nos pudo decir
quién está a cargo", explicó.
El avión tenía previsto volver a Perú con Morales para luego
sobrevolar aguas internacionales y llegar a México, pero por "valoraciones
políticas" se canceló el permiso para aterrizar en territorio peruano.
Ebrard tuvo que recurrir a su "plan b" y hacer
negociaciones diplomáticas con Paraguay, que otorgó permiso para que el avión
mexicano recargue combustible en la ciudad de Asunción.
Dijo que antes de partir a Paraguay se temió por la vida de
Morales ante un "clima de tensión" porque afines al Movimiento Al
Socialismo (MAS) custodiaban el aeropuerto donde abordó el avión, en Bolivia.
Dijo que el avión tuvo "un milimétrico espacio" de
salida" y logró llegar a Paraguay. Ahí también se registraron
contratiempos que la cancillería mexicana logro solucionar.
Sin embargo, en Bolivia impidieron que la aeronave mexicana
use el espacio aéreo. Ebrard tuvo que solicitar permiso a Brasil y nuevamente a
Perú.
Cerca de las 4:00 horas, la aeronave partió rumbo a México
usando espacio aéreo brasilero, pero tuvieron un nuevo contratiempo.
El Gobierno ecuatoriano negó el paso de la aeronave y
tuvieron que "rodear" Ecuador para llegar a aguas internacionales,
por donde hace su recorrido el avión que trasporta al expresidente, que tiene
previsto llegar a territorio mexicano a las 13:00 hora boliviana.
"Es como un viaje por la política latinoamericana, de
cómo se toman las decisiones y los riesgos que se corren", comentó Ebrard.
Morales recurrió al asilo político en México, luego de
renunciar a la Presidencia de Bolivia, ante el hallazgo de irregularidades por
parte de la Organización de Estados Americanos (OEA) que dan cuenta de un
fraude electoral en las las pasadas elecciones generales del 20 de octubre.
A esto se sumaron las constantes protestas ciudadanas en
todo el país, un motín de la Policía y el pedido de las Fuerzas Armadas para
que Morales renuncie. La Prensa‑Mar, 11/12/2019 - 10:01
Jeanine Áñez asume la Presidencia de Bolivia
La senadora de la bancada de Demócratas asumió esta tarde a
las la Presiencia de Bolivia, dos días después de la renuncia de Evo Morales.
Tras la renuncia del presidente Evo Morales, del
vicepresidente Álvaro García, de la presidenta del Senado, Adriana Salvatierra,
del senador Rubén Medinaceli y del presidente de la Cámara de Diputados, Víctor
Borda, Áñez, quedó dentro de la línea sucesora puede asumir el mandato del
Estado. La Prensa‑Mar, 11/12/2019 - 18:42
domingo, 10 de novembro de 2019
Megaleilão do pré-sal arrecada menos do que o previsto
O aguardado megaleilão do pré-sal não cumpriu as
expectativas do governo. Sem concorrência, o certame desta quarta-feira (06/11)
acabou sendo dominado pela Petrobras, que arrematou pelo preço mínimo duas das
quatro áreas oferecidas pelo governo federal. As outras não tiveram
interessados. No final, a arrecadação foi de 69,9 bilhões de reais, abaixo da
previsão inicial de 106,5 bilhões.
Nenhuma grande petroleira estrangeira participou ativamente
da disputa, que acabou sendo dominada pela Petrobras. A estatal comprou duas
áreas sem enfrentar concorrência.
Apesar de as expectativas não terem sido cumpridas, os 69,9
bilhões de reais ainda são o maior valor já arrecadado no mundo em um leilão do
setor petrolífero, em termos de bônus de
assinatura fixa (o valor que as empresas se comprometem a pagar à União pela
exploração dos campos).
No leilão foram ofertados os campos de Búzios, Itapu, Atapu
e Sépia. Um consórcio formado pela Petrobras e pelas chinesas CNODC Brasil e
CNODC Petroleum arrematou Búzios, considerado o bloco mais atraente. A
Petrobras respondeu por 90% da oferta pelo campo, que chegou a 68,19 bilhões de
reais. As chinesas entraram com participação de 5% cada.
A petroleira brasileira ainda arrematou sozinha Itapu, por
1,76 bilhão de reais. Os campos restantes, que tinham bônus de assinatura de
mais de 36 bilhões de reais, não receberam ofertas.
Nos leilões de pré-sal, o bônus de assinatura é fixo, e a
disputa entre as empresas se dá pelo critério de oferta de petróleo ao governo
durante a vigência dos contratos, o chamado lucro-óleo. No caso de Búzios, a
porcentagem da oferta vencedora liderada pela Petrobras foi de 23,24%, e em
Itapu, de 18,15% – nos dois casos, o lance mínimo.
Segundo o jornal Estado de S. Paulo, a ausência de grandes
multinacionais na disputa foi encarada com surpresa pelo mercado e pelo
governo. Das 14 empresas habilitadas a participar, apenas sete apareceram.
A falta de interessados em duas áreas acabou reduzindo pela
metade valores que o governo se comprometeu a dividir com estados e municípios.
Dos quase 70 bilhões de reais a serem divididos, 23 bilhões ficarão com a
União. Estados terão que repartir 5,3 bilhões de reais, mesmo valor que será
dividido entre municípios. O Rio de Janeiro, em cujo litoral estão localizadas
as reservas, ficará com 1,1 bilhão de reais.
A maior fatia, 34,2 bilhões de reais, ficará com a própria
Petrobras, como parte de um ressarcimento no âmbito de uma revisão do contrato
de exploração da área. Originalmente, os blocos haviam sido cedidos pela União
à Petrobras em 2010, em um regime chamado como cessão onerosa.
À época, a Petrobras recebeu o direito de explorar 5 bilhões
de barris nas áreas, mas ao longo do tempo, ao explorar a região, a estatal
percebeu que o reservatório de petróleo era maior do que o previsto
inicialmente. Foi esse volume excedente, que pode chegar a 15 bilhões de
barris, que foi a leilão nesta quarta-feira.
Após a divulgação do resultado, o presidente da Câmara
Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o leilão gerou
"frustração". "É informação negativa sem dúvida nenhuma. A nossa
expectativa era que o setor privado tivesse maior interesse. Agora vamos ver
com os analistas do setor por que o setor privado fugiu do leilão", disse
Maia.
Segundo especialistas ouvidos pela imprensa brasileira, o
preço fixado pelo governo foi considerado alto demais pelas petroleiras
estrangeiras por causa do bônus adicional exigido para ressarcir a Petrobras.
Como os blocos oferecidos já haviam sido explorados pela estatal brasileira, as
empresas teriam ainda de pagar a ela parte do investimento já realizado.
Oficialmente, o governo tentou minimizar a ausência de
grandes empresas estrangeiras e disse que os resultados ficaram dentro do
esperado. "Hoje foi um dia marcante, simbólico, de muito sucesso",
disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Segundo Albuquerque, as
duas áreas que ficaram sem interessados (Sépia e Atapu) serão oferecidas
novamente em 2020. Fonte: Deutsche Welle-06.11.2019
sábado, 9 de novembro de 2019
O dia em que o Muro de Berlim caiu
Em 9 de novembro de 1989, Günter Schabowski, porta-voz do
governo da então Alemanha Oriental, anunciou a nova legislação sobre viagens do
país numa entrevista coletiva que entrou para a história. Após um
mal-entendido, o político respondeu à pergunta de um jornalista sobre quando a
lei entraria em vigor com uma frase que se tornaria famosa: "Pelo que sei,
ela entra... já, imediatamente".
A entrevista foi transmitida ao vivo e acompanhada tanto na
Alemanha Ocidental como na Oriental. Portanto, logo em seguida, os cidadãos da
República Democrática Alemã (RDA), de regime comunista, peregrinaram até a
fronteira interna em Berlim. Durante três horas, os guardas de fronteira – que
não haviam sido informados do novo regulamento – contiveram o afluxo humano.
Quando a "TV do Oeste" montou suas câmeras e
confirmou a sensacional notícia, ficou claro que chegava ao fim a divisão da
Alemanha – marcada pela construção do Muro de Berlim, em 21 de agosto de 1961.
Tarde da noite, os agentes de segurança deixaram de fazer
resistência, abriram as passagens de fronteira berlinenses e deixaram as
pessoas passarem do Leste para o Oeste e vice-versa, sem que fossem
controlados.
INSPIRAÇÃO DE GORBACHEV
Durante meses, milhares de cidadãos da Alemanha Oriental vinham
realizando passeatas e exigindo com veemência reformas políticas. As
"manifestações de segunda-feira" pelas ruas de Leipzig já tinham se
tornado famosas.
Os manifestantes gritavam: "Nós somos o povo!" e
"Gorbil! Gorbil!", referindo-se ao secretário-geral do partido
comunista russo, Mikhail Gorbatchev (1931). Desde 1985, ele vinha realizando
reformas na União Soviética, numa nova política que os habitantes da RDA também
desejavam para si.
Porém, por total falta de espírito reformista, o governo de
Erich Honecker (1912-1994) bloqueara as mudanças, precipitando, assim, seu
próprio fim.
Em 18 de outubro de 1989, Honecker fora substituído por Egon
Kreuz no cargo de secretário-geral do partido e presidente do Conselho de
Estado. Porém, nem isso foi capaz de conter a derrocada do governo comunista da
RDA.
Em 4 de novembro, cerca de meio milhão de pessoas
reuniram-se na praça Alexanderplatz, em Berlim Oriental, para protestar em prol
de uma reforma do Estado.
A partir dessa poderosa manifestação, ficou claro que o novo
governo não contava mais com a confiança popular. Ao mesmo tempo, tornavam-se
cada vez mais fortes as exigências de que se fundissem os dois Estados da
Alemanha. Cinco dias mais tarde, o Muro caiu.
ENTRE O POVO E AS POTÊNCIAS EUROPEIAS
Algumas semanas após a queda do Muro de Berlim e em meio ao
clamor crescente pela reunificação, iniciou-se, às vésperas do Natal de 1989,
um intenso tráfego diplomático na RDA.
A França e a Inglaterra, em especial, mostravam receio
diante da perspectiva de uma Alemanha grande e economicamente forte, no centro
do continente. Elas tentaram, se não impedir, pelo menos subordinar a certas
condições políticas a união da República Federal da Alemanha (RFA) e da RDA.
O chanceler federal da RFA, Helmut Kohl, registrou publicamente
tais temores num discurso acompanhado pelo mundo inteiro, diante das ruínas da
Igreja Frauenkirche, de Dresden, em 19 de dezembro.
Naquela noite, Kohl confirmou, por um lado, a intenção de
respeitar a vontade da população da RDA, qualquer que ela fosse. Por outro
lado, reconheceu que uma unidade alemã só seria possível "numa casa
europeia". A unidade alemã e do continente eram, portanto, dois lados de
uma mesma moeda.
Dessa forma, o chefe de governo rechaçava categoricamente
uma Alemanha reunificada neutra, num posicionamento que lhe valeu o aplauso
frenético dos cidadãos da RDA presentes.
Ainda assim, dois dias mais tarde, o então presidente
francês, François Mitterand, voou para a RDA a fim de evitar uma
"anexação" desta à RFA. No início de 1990, o processo de unificação
de ambos os Estados alemães foi integrado num processo internacional, o qual
considerava tanto os interesses dos alemães quanto os das potências aliadas
vencedoras da Segunda Guerra Mundial. Fonte: Deutsche Welle-09.11.2019
domingo, 3 de novembro de 2019
Fiat Chrysler e Peugeot Citroën anunciam fusão
O grupo francês PSA, proprietário das marcas Peugeot,
Citroën e Opel, e a montadora ítalo-americana Fiat Chrysler Automobiles (FCA)
anunciaram nesta quinta-feira (31/10) ter acordado "por unanimidade"
uma "fusão das atividades dos dois grupos" para criar uma nova
entidade com sede na Holanda.
"Os acionistas dos dois grupos passariam a deter,
respectivamente, 50% do capital da nova entidade e, portanto, iriam dividir
igualmente os lucros dessa fusão", informaram as montadoras em comunicado
conjunto.
QUARTA MAIOR MONTADORA DO MUNDO
O acordo definitivo poderá ser fechado "nas próximas
semanas", especificaram as empresas em comunicado. Com 8,7 milhões de
veículos vendidos por ano, a nova entidade se tornaria a quarta maior montadora
do mundo, depois de Volkswagen, Renault-Nissan-Mitsubishi e Toyota.
O conselho de administração será composto por 11 membros,
nomeados pela Fiat-Chrysler e pelo PSA, também conhecido como PSA Peugeot
Citroën. A fusão entre os dois grupos de montadoras será feita sem o fechamento
de fábricas, garantiram as duas sociedades em sua nota conjunta.
O ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, saudou o
início das negociações entre os dois grupos, mas prometeu que o Estado,
acionista em 12% do PSA, vai continuar "particularmente vigilante"
sobre o impacto na indústria francesa.
O CEO da FCA, John Elkann, e o diretor-executivo do PSA,
Carlos Tavares, vão manter suas respectivas posições na nova entidade
incorporada, que deverá alcançar sinergias anuais no valor de 3,7 bilhões de
euros (16,5 bilhões de reais), informaram as empresas.
Os principais acionistas da PSA são o Dongfeng Motor Group,
da China, a família Peugeot e o banco de investimentos Bpifrance. A FCA, com as
marcas Jeep, Ram, Dodge, Alfa Romeo e Maserati, é controlada pela família
Agnelli, fundadora da Fiat e que
concluiu sua fusão com a Chrysler em 2014.
Há muito que a FCA procura mais parceiros para dividir
investimentos dispendiosos em novas tecnologias, algo absolutamente necessário
numa indústria que rapidamente evolui em direção a veículos híbridos e
elétricos.
Sob o comando de Sergio Marchionne, falecido em 2018, a FCA
conteve esses investimentos, e a empresa agora oferece produtos antiquados como
SUVs a gasolina e caminhões RAM.
VEÍCULOS ELÉTRICOS-TECNOLOGIA
Segundo o professor Ferdinand Dudenhoeffer, do Centro de
Pesquisa automotiva da Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha, a FCA
precisava rapidamente de um acordo.
"A FCA não tem tempo, está numa situação muito difícil,
porque eles não têm veículos elétricos e apenas tecnologia antiga. Eles
precisam urgentemente de um parceiro", disse o especialista.
Para a PSA, a fusão poderá permitir que retorne ao mercado
americano graças ao Dodge e Jeep de seu parceiro, enquanto a FCA consolida suas
posições na Europa, onde está perdendo força.
Dudenhoeffer apontou que Tavares seria um "dirigente
forte", capaz de resolver os problemas da Fiat na Europa, ainda que à
custa de "duros cortes de postos de trabalho", como no caso da Opel.
Fonte: Deutsche Welle-31.10.2019
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