sábado, 30 de setembro de 2017

Catalunha em clima de tensão na véspera do referendo

Polícia catalã fecha centenas de locais de votação na tentativa de impedir realização de consulta popular, enquanto separatistas ocupam dezenas de escolas. Manifestações contra e pró-referendo ocorrem em várias cidades.

O governo da Espanha informou neste sábado (30/09) que a polícia catalã, chamada de Mossos d'Esquadra, já fechou mais da metade dos prédios selecionados para funcionarem como locais de votação no referendo pela independência da Catalunha, previsto para este domingo.

"Dos 2.315 postos de votação, 1.300 foram fechados pelos Mossos d'Esquadra", afirmou Enric Millo, representante do governo espanhol na Catalunha. A operação é uma tentativa de impedir a realização do referendo, considerado inconstitucional pelo governo em Madri.

Millo acrescentou que, entre os locais bloqueados pelos policiais, 163 ainda permanecem ocupados. Essas pessoas terão permissão para deixar os prédios, mas ninguém poderá entrar neles.

Após as atividades escolares de sexta-feira, professores, pais e alunos permaneceram em dezenas de escolas previstas como locais de votação, dormiram em salas de aula e auditórios e realizaram atividades extracurriculares ao longo deste sábado, numa tentativa de manter os espaços abertos até domingo e garantir a realização do referendo.

Os Mossos d'Esquadra receberam ordens do governo em Madri para esvaziar todos os prédios até as 6h de domingo (hora local), três horas antes do horário previsto para o início da votação. Eles também foram instruídos a não usar violência durante a operação.
 "Confio no bom senso dos catalães e confio que as pessoas vão agir com prudência [e deixar os locais]", afirmou o representante do governo espanhol na Catalunha.

Além do fechamento de centenas de locais de votação, autoridades espanholas afirmaram que a infraestrutura tecnológica necessária para a votação e para a contagem dos votos foi desmantelada, tornando "absolutamente impossível" a realização do referendo, segundo Millo.

O representante informou que membros da Guarda Civil, portando mandado judicial, realizaram buscas na sede do centro de telecomunicações do governo catalão (CTTI) e desativaram o software que seria usado para gerir os mais de 2.300 locais de voto, bem como para divulgar os resultados.

Autoridades catalãs, por outro lado, garantem que o referendo pela independência será realizado neste domingo. Oriol Junqueras, vice-presidente do governo da Catalunha, assegurou que haverá "alternativas" em locais onde policiais impeçam a votação, sem dar mais detalhes.
Na consulta popular, os eleitores terão de responder "sim" ou "não" à seguinte pergunta: "Você deseja que a Catalunha seja um Estado independente sob a forma de República?".

Organizadores do referendo preveem que mais de 5 milhões de cidadãos votem entre as 9h e as 20h de domingo (hora local), em um modelo de urna de plástico e por meio de cédulas impressas. A apuração dos resultados deve ficar por conta de um grupo de acadêmicos e profissionais.

Os acontecimentos deste sábado correspondem a mais um episódio da tensão crescente entre o governo em Madri e separatistas da Catalunha. O referendo foi marcado para este domingo, 1º de outubro, pelo governo catalão, desafiando a decisão do Tribunal Constitucional da Espanha, que declarou inválida a lei de transição para criação de um Estado catalão, aprovada em Barcelona.

Também neste sábado, espanhóis foram às ruas em várias cidades do país em protesto contra a consulta popular, reinvidicando a "unidade da Espanha" e a validade da Constituição.
A manifestação em Madri foi uma das mais expressivas. Milhares de pessoas estiveram reunidas em frente ao prédio da prefeitura, levantando cartazes com dizeres como "Espanha unida jamais será vencida".

Em Barcelona, capital catalã, milhares de pessoas também foram às ruas contra a votação deste domingo. No centro da cidade, uma faixa dizia: "Catalunha é Espanha. Democracia, futuro e liberdade".
Cidades como Sevilha, Santander, Alicante, Valência e Málaga também registraram protestos. Em alguns locais, como em Vitória, no norte do país, manifestações contrárias ao referendo foram realizadas ao lado de atos separatistas, mas não houve incidentes.

CATALUNHA - HISTÓRIA
Localizada no nordeste da Península Ibérica, a Catalunha faz parte da Espanha desde o século 15. Mas os separatistas catalães argumentam que são uma nação com língua, cultura e história distintas. A língua catalã se desenvolveu em paralelo ao espanhol, derivando do latim falado pelos romanos que colonizaram a região no século 2 a.C. A ocupação romana harmonizou as várias culturas da região numa só.
Após a conquista muçulmana da Península Ibérica, no século 8, os habitantes da região pediram ajuda ao líder franco Carlos Magno. Assim nascia a província da
Marca Hispânica, que passou a servir de divisão entre a Hispânia muçulmana e a França cristã.
A Catalunha emergiu dos conflitos na Espanha muçulmana como um poder regional, à medida que líderes cristãos se estabeleciam na região. Tornou-se parte da Espanha no século 15.

Seguiram-se períodos de grande instabilidade, quando a Catalunha esteve sob proteção francesa, após se revoltar contra o domínio espanhol na Guerra dos Trinta Anos. Durante a Guerra da Sucessão Espanhola, a Catalunha se viu isolada e acabou dominada pelas forças espanholas em 1714.
Durante os séculos seguintes, a nação catalã perdeu seus direitos e teve sua língua banida. Seu renascimento foi apoiado pela revolução industrial.

POTÊNCIA ECONÔMICA
Os produtos catalães eram altamente procurados durante os séculos 18 e 19. A região prosperou com o comércio com a América. Barcelona se tornou conhecida como a "Manchester do Mediterrâneo".

Hoje a Catalunha é uma das regiões mais ricas da Espanha e ainda abriga grande parte dos setores industriais e financeiros do país, representando um quinto do PIB nacional.
A região reclama há muito que sua capacidade financeira está subsidiando áreas mais pobres e afirma que fornece 10 bilhões de euros por ano a mais a Madri do que recebe de volta.

Uma decisão do Supremo Tribunal de 2010 restringiu o controle da região sobre as finanças, alimentando ressentimentos num momento em que o país ainda lutava contra as consequências da crise financeira de 2008.
Os oponentes do argumento financeiro afirmam ser justo que a Catalunha apoie regiões menos desenvolvidas, considerando que a Constituição garante "autonomia de nacionalidades e regiões e a solidariedade entre elas".

MOVIMENTO DE INDEPENDÊNCIA
Os nacionalistas catalães pressionam há décadas por mais autonomia.
O ditador Francisco Franco suprimiu a autonomia e a identidade catalãs durante seu governo, entre 1938 e 1975. Mas a Constituição democrática que veio após a ditadura concedeu a autonomia à Catalunha em 1979.
O sentimento nacionalista foi inflamado após o Tribunal Supremo derrubar, em 2010, partes de um novo Estatuto de Autonomia de 2006, que havia sido acertado entre o Parlamento catalão e o governo espanhol, com o apoio de um referendo.

Entre os 14 artigos do Estatuto de Autonomia derrubados pelo Tribunal Supremo estavam aqueles que davam preferência à língua catalã e controle regional sobre as finanças. A decisão de que não havia base jurídica para descrever o povo catalão como uma "nação" enfureceu os nacionalistas.
Protestos de larga escala levaram a um referendo não vinculativo em 2014, apesar de Madri chamar a votação de ilegal. O referendo aprovou a independência por 80% dos votos, mas a participação foi inferior a 40%.
O referendo uniu os nacionalistas, que assumiram o controle do Parlamento local em 2015, após uma campanha prometendo um referendo oficial sobre a independência.
O presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, convocou um referendo de independência em junho. O Parlamento catalão aprovou em setembro a autorização para a votação em 1° de outubro.

PODERES ATUAIS DO GOVERNO DA CATALUNHA
A Catalunha é uma das 17 regiões autônomas da Espanha. O governo provincial tem uma gama de poderes, mas paga impostos ao governo em Madri.
A Catalunha é politicamente organizada sob a Generalitat de Catalunya, com um Parlamento, um presidente e um conselho executivo.
A região tem garantida autonomia considerável em setores como cultura, educação e saúde, parte do sistema judicial e do governo local.
Tem sua própria força policial, Mossos d'Esquadra, embora a polícia espanhola também tenha presença na região.
O governo local também pode cobrar impostos sobre riqueza, herança, jogo e transporte. O governo central cobra imposto de renda, impostos corporativos e sobre o valor agregado.

COMPLICAÇÕES DE UMA CATALUNHA INDEPENDENTE
E, no entanto, os catalães sabem muito bem quão arriscado é o jogo em que estão se metendo. Pois está claro que serão consideravelmente mais complicadas as relações de uma Catalunha independente para com o restante da Espanha e com a União Europeia.
E não se trata apenas de que, no caso de uma separação, o Barcelona não poderá participar nem do torneio nacional espanhol nem na Liga dos Campeões. A região, tão grande quanto a Bélgica, terá que erguer sua própria estrutura estatal. A Catalunha terá que sair da UE. E o comércio, tanto com a Espanha quanto com os vizinhos europeus, necessariamente entrará em colapso. O júbilo esfuziante pelo novo Estado logo pode se transformar em lamúria.
O descontentamento de Madri com as pretensões de secessão é compreensível, já que a Catalunha responde por um quinto do desempenho econômico espanhol, e um desligamento poderia empurrar o país ainda mais em direção à depressão econômica. Igualmente compreensíveis são as apreensões da UE, pois uma independência catalã tem o potencial de desencadear movimentos semelhantes no País Basco, Irlanda do Norte, Bolzano, Escócia ou Flandres. Fonte: Deutsche Welle – 30.09 e 29.09.2017

Uma jovem e excelente baterista

Começou com 10 anos, alemã, nome artístico Sina. O repertório é uma surpresa  com clássicos do rock dos anos 70.




           
 



















Espumante brasileiro é escolhido o 5º melhor vinho do mundo

O espumante brasileiro Casa Perini Moscatel, da vinícola Perini, foi o escolhido como o quinto melhor vinho do mundo pela Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos e Licores (WAWWJ). Ele custa R$ 43,50.

No total, 11 vinhos brasileiros aparecem entre os 150 melhores do mundo na lista. Todos os brasileiros do ranking são espumantes. Seus preços variam de R$ 30 a R$ 117.

Confira os rótulos brasileiros na lista, e os preços sugeridos pelos fabricantes*:
5º - Casa Perini Moscatel, da vinícola Perini:
R$ 43,50
14º - Garibaldi Espumante Chardonnay Brut, da vinícola Garibaldi:
R$ 36
32º - Garibaldi Espumante Moscatel, da vinícola Garibaldi:
R$ 36
41º - Marcus James Espumante Brut, da vinícola Aurora:
R$ 29
43º - Garibaldi Espumante Prosecco Brut, da vinícola Garibaldi:
R$ 36
61º - Ponto Nero Brut Rosé de Noir, da vinícola Domno:
R$ 117,11**
65º - Ponto Nero Brut, da vinícola Domno:
R$ 55,77 **
83º - Aurora Espumante Moscatel Branco, da vinícola Aurora:
R$ 26,80
117º - Zanotto Espumante Moscatel, da vinícola Campestre:
R$ 40 a R$ 50
125º - Zanotto Espumante Brut, da vinícola Campestre:
R$ 30 a R$ 40
144º - Privillege Peterlongo Espumante Brut Rosé, da vinícola Armando Peterlongo
R$ 49 a R$ 65
* Trata-se de valores sugeridos pelas empresas, que podem variar de um lugar para o outro.
**Preço na cidade de São Paulo

O ranking é elaborado com base em concursos mundiais de bebidas disputados entre fevereiro de um ano e janeiro do ano seguinte. Assim, a lista de 2017 é elaborada com base em concursos disputados, em sua maioria, ao longo de 2016.

Entre esses concursos, estão o Vinalies Internationales, da França, e o International Wine Challenge, do Reino Unido. As pontuações dos vinhos variam de acordo com a importância relativa do concurso e a posição de cada rótulo dentro deles.

Australiano é primeiro da lista
O vinho tinto australiano Taylors Jaraman Shiraz 2014 encabeça a lista em 2017. Ele é produzido pela vinícola Wakefield, que também ficou com o segundo posto do ranking.

A Austrália teve destaque, com quatro vinhos entre os dez primeiros.

1. Taylors Jaraman Shiraz 2014
Australia
2. Taylors St Andrews Single Vineyard Release
Shiraz Clare Valley 2013
Australia
3. Noe Pedro Ximenez Vors
Spain
4. Taylors St Andrews Single Vineyard Release
Shiraz Clare Valley 2014
Australia
5. Casa Perini Moscatel
Brazil
6. Beronia Rioja Reserva 2011
Spain
7. Los Noques Finca Don Juan 2013
Argentina
8. Matusalem Oloroso Dulce Muy Viejo VORS
Spain
9. Taylors Shiraz Clare Valley 2015
Australia
10. Beviam Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2012
Argentina


No ranking dos melhores países produtores de vinhos, o Brasil aparece em 12º lugar entre 66 nações.

À frente estão: França, EUA, Espanha, Itália, Austrália, Portugal, Chile, Argentina, África do Sul, Nova Zelândia e Canadá.

Destaques mundiais
Mais de 700 mil rótulos foram avaliados para a formulação do ranking mundial. São vinhos inscritos em diversos concursos internacionais, de onde são escolhidos os 150 destaques, por pontuação específica. O Moscatel Casa Perini conquistou 344 pontos no ranking. Em primeiro lugar, o vinho australiano Taylors Jaraman Shiraz 2014 ficou com 628.31. Na lista específica dos espumantes, o representante gaúcho foi reconhecido como o melhor. Fonte:  G1 e UOL, em São Paulo 28/09/2017


sexta-feira, 29 de setembro de 2017

INSS gastou R$ 1,1 bilhão em benefícios pagos a mortos

O INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) registrou, em 2016, um rombo de pelo menos R$ 1,1 bilhão em aposentadorias e pensões pagas a beneficiários mortos --o deficit previdenciário fechou 2016 em R$ 149,73 bilhões, pior patamar desde 1995. A informação consta de um relatório elaborado por técnicos do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União ao qual o UOL obteve acesso. O documento indica que o rombo pode ser ainda maior e que há casos em que benefícios foram pagos em nome de pessoas mortas em 2005.

O governo começou, no segundo semestre do ano passado, uma revisão nos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
O relatório do Ministério da Transparência explica a origem do rombo de R$ 1,1 bilhão no ano passado. Ela pode ser dividida em duas partes.

A primeira é o pagamento indevido a beneficiários mortos. Os beneficiários do INSS, na sua grande maioria, recebem suas aposentadorias e pensões por meio de bancos cadastrados. O dinheiro é depositado diretamente na conta dos titulares.

Quando um beneficiário morre, os cartórios têm até o dia 10 do mês seguinte ao ocorrido para informar ao INSS sobre o óbito. Pelas normas técnicas, após receber a informação, cabe ao órgão suspender o envio do dinheiro ao morto.

O problema, segundo os técnicos, é que nem sempre a suspensão dos benefícios acontece de forma automática. Eles destacam que a demora para a suspensão dos benefícios é resultado de uma conjunção de fatores que vai desde a falta de infraestrutura adequada para o processamento das informações até a diminuição do quadro de pessoal do órgão.

Um levantamento feito entre janeiro e agosto de 2016 detectou que o INSS pagou benefícios a 101.414 pessoas que constavam como mortos no SISOBI (Sistema Informatizado de Óbito), operado pela Secretaria de Previdência Social. Esse mesmo levantamento identificou 1.256 beneficiários cujas mortes tinham sido constatadas em 2005, mas que recebiam benefícios em 2016.
Em média, segundo esse estudo, o INSS levou quatro meses para suspender o benefício. O prejuízo apenas nesse período dos oito primeiros meses de 2016 foi de R$ 460 milhões. Em dezembro de 2016, o rombo totalizou R$ 1,134 bilhão.

A segunda parte da explicação desse prejuízo é, segundo os técnicos, resultado da dificuldade do INSS em reaver os valores depois que eles já foram depositados. Do R$ 1,134 bilhão pago a mortos constatado em 2016, apenas R$ 119,1 milhões foram recuperados, em torno de 10,4% do total.
Essa dificuldade, diz o documento, decorre de uma série de fatores, como o entrave imposto pelos bancos onde os beneficiários mortos mantinham suas contas para devolver os recursos.

O relatório diz que os bancos alegam, em muitos casos, que não podem simplesmente devolver os recursos por conta do sigilo bancário.
Outro fator, diz o documento, é a fragilidade dos controles internos no processo de cobrança administrativa, evidenciada pela incapacidade da entidade de fornecer respostas aos auditores. O relatório diz, por exemplo, que o INSS não conseguiu nem sequer informar ao Ministério da Transparência a quantidade de processos que o órgão já moveu para reaver recursos pagos indevidamente a beneficiários mortos.

Além disso, os técnicos do Ministério da Transparência constataram que "há progressiva perda da capacidade de governança do INSS, que não dispõe de informações e meios para aprimorar a prevenção às fraudes na concessão e manutenção de benefícios".
Segundo o órgão, o INSS não tem formas "efetivas de recuperar os valores pagos indevidamente".

Erro inadmissível, diz auditor de ministério
Para o coordenador-geral de auditoria da área de Previdência do Ministério da Transparência, Cristiano Soares Pinto, o pagamento a beneficiários mortos é "inadmissível". "Essa questão dos mortos é inadmissível. Já colocamos no relatório, fizemos recomendações e, na semana passada, oficiamos o INSS para ver que medidas eles tomaram. Estamos aguardando o posicionamento deles", afirmou.
Segundo o coordenador, o dinheiro gasto pelo INSS em pagamentos a mortos poderia ser revertido ao pagamento de beneficiários vivos. "Esse é um dinheiro que poderia estar no Tesouro, sendo usado para pagar pensões e aposentadorias a quem realmente precisa", disse. Fonte: Do UOL, em Brasília -18/09/2017

domingo, 17 de setembro de 2017

Coreia do Sul domina a indústria digital mundial

Toda vez que um orgulhoso proprietário de um iPhone puxa seu aparelho do bolso e desfruta da tela de alta resolução, ele pode agradecer aos técnicos e operários da LG Display na Coreia do Sul. Pois são eles que produzem os monitores touchscreen de alta qualidade. A marca Apple, dos EUA, é especialmente dependente das cadeias de fornecimento globais do Extremo Oriente.

Mas não só na China são confeccionados muitos componentes para iPhones, iPads e MacBooks. Boa parte dos chips dos dispositivos da Apple vem também da Coreia do Sul. Também outros fabricantes de smartphones são extremamente dependentes dos processadores e chips de memória made in South Korea.
E desde que, na China, fabricantes como a Huawei aumentaram sua produção de smartphones, a exportação sul-coreana de semicondutores para o mercado chinês disparou. Somando-se chips de memória, processadores, placas, monitores LCD e outros circuitos, a China importa da Coreia do Sul mais de um terço de seus componentes de TI, segundo dados do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Em julho, o governo em Seul elevou para 3% suas expectativas de crescimento econômico em 2017. A razão principal são as crescentes exportações e investimentos da indústria de semicondutores do país.

UM DOS MAIORES PRODUTORES DE SEMICONDUTORES E MONITORES
A Coreia do Sul é o segundo maior produtor mundial de semicondutores. Com chips de fabricantes como a Samsung e a SK Hynix, a indústria de semicondutores sul-coreana domina o setor, além de abastecer com chips de memória mais de dois terços do mercado mundial.
Os sul-coreanos lideram o mercado de chips de memória flash do tipo NAND, usados principalmente em smartphones e tablets, assim como o dos chips DRAM convencionais, empregados na memória de computadores pessoais e servidores. Sem os componentes da Samsung, o grupo Qualcomm, o maior fabricante mundial de semicondutores para celulares, sediado na Califórnia, poderia fechar suas portas.
Quanto aos monitores planos LCD, a Coreia do Sul ainda é o produtor dominante no mundo. 

ERA UM PAÍS SUBDESENVOLVIDO 
Durante a Guerra da Coreia, na década de 1950, a produção econômica sul-coreana caiu cerca de 80%. Na época, depois da Segunda Guerra Mundial e de um período de ocupação japonesa, o país era subdesenvolvido, sem praticamente nenhum papel na economia mundial.

De acordo com dados da Bloomberg, cerca de 12% dos fornecedores da Apple são da Coreia do Sul. E essa dependência pode aumentar ainda mais, pois o novo modelo de ponta iPhone X possui uma tela OLED de alta resolução da LG. Enquanto cerca de 40% da produção global de LCDs vêm dos fabricantes sul-coreanos, seu domínio das telas OLED é ainda maior.

Analistas financeiros como Alberto Moel, da Sanford C. Bernstein & Co., consideram difícil prescindir dos sul-coreanos: "Para substituir a capacidade de produção de monitores da LG e de seu concorrente principal, a Samsung, seriam precisos investimentos de cerca de 50 bilhões de dólares.” Fonte: Deutsche Welle - Data 15.09.2017

Comentário: Quem diria  na década de 80 o Brasil era melhor do que a Coreia do Sul em todos os aspectos. 
Até meados dos anos 80 e, principalmente, na primeira metade do século XX,  o Brasil apresentava um grau (e velocidade) de desenvolvimento superior ao da Coréia do Sul, mas a Coreia fez a opção pela educação e a industrialização de produtos com maior valor agregado  par exportação, (tecnologia, educação) e o Brasil optou pela industrialização de produtos com  mão de obra intensiva visando o mercado interno. Enquanto o Brasil preocupou-se  em proteger o mercado interno, a Coreia se preocupou com o mercado global com produtos com maior valor agregado.
Hoje o Brasil se preocupa com os pobres, inclusão social, educação, vale educação, etc. É tanto vales. O Brasil virou uma espécie de Santa Casa de Misericórdia. Só faz sucesso em programas sociais. O programa  do governo  é o PAS (Programa de Aceleração  Social). É o programa que vai modelar o Brasil?.
Enquanto isso a Coreia está no mundo global digital e o nosso país está no mundo do faz de conta.