A reintegração de posse do Pinheirinho deve ser finalizada no início da tarde desta quarta-feira com a demolição de todos os 1.700 barracos do acampamento, segundo a Polícia Militar.
A rapidez do processo causa revolta entre os moradores. Muitos ainda não conseguiram retirar seus pertences, e alguns se queixaram de que suas casas foram derrubadas antes que eles tivessem tempo de retirar seus móveis, o que foi negado pela PM.
Para acelerar o processo, a Urbam (Urbanizadora Municipal) aumentou o número de funcionários que trabalham na remoção e transporte de objetos que estão nas casas. O número de oficiais de Justiça que acompanham a retirada dos pertences também aumentou de 25 para 45.
Parte dos desabrigados do Pinheirinho estão na igreja do Campo dos Alemães. Alguns ameaçaram invadir uma nova área na zona sul da cidade, mas voltaram atrás.
Segundo o líder do movimento, Valdir Martins, conhecido como Marrom, os desalojados estudam a possibilidade de irem para o Poliesportivo do Morumbi ou até mesmo para o Vale do Sol, ambos na zona sul da cidade.
Ajuda
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou na tarde de ontem que as famílias retiradas do Pinheirinho receberão até R$ 500 mensais para que aluguem casas, até que as moradias populares previstas pelo governo sejam construídas.
A Prefeitura de São José dos Campos será a responsável por repassar os recursos aos moradores. Cerca de 950 famílias retiradas do Pinheirinho já foram cadastradas, segundo o governador.
As obras das moradias populares em São José ainda não começaram nem há prazo para que as casas fiquem prontas. O governo diz ter apenas os terrenos em que elas devem ser construídas.
Prisões
Policiais militares prenderam 11 pessoas entre as 18h de ontem e a madrugada desta quarta-feira durante operação próxima ao Pinheirinho. Segundo a polícia, três homens foram presos em um carro roubado. Com eles foi apreendida uma espingarda calibre 12, com cinco cartuchos. Outros seis eram foragidos condenados pela Justiça que receberam indulto do governo, mas não retornaram aos presídios e, segundo a polícia, estavam escondidos no Pinheirinho.
Outras 30 pessoas já tinham sido detidas pela polícia durante a reintegração, ocorrida no domingo, e no dia seguinte. Dentre os presos estavam dez pessoas que tinham invadido uma casa e tomado como refém um casal de idosos.
Uma van que transportava produtos de limpeza foi incendiada em uma rua próxima à área do Pinheirinho por volta das 20h de ontem (24). Não houve feridos. Com isso, ao menos 11 veículos, entre carros e caminhões, já foram incendiados desde a manhã de domingo em protesto contra a reintegração. Um dos veículos queimados era da TV Vanguarda, afiliada da TV Globo. Fonte: Vale Paraibano - 25 de Janeiro de 2012
Comentário: Parabéns a justiça estadual agiu com autoridade e ordem. Temos de acabar no país com invasão de terrenos com pretexto social, direito a moradia. A pessoa invade terreno particular ou público constrói sua casa, não gasta nada, enquanto a maioria dos trabalhadores economiza para comparar um terreno ou entrar no programa do governo de moradias populares.
O pobre acha que tem direito de ocupar qualquer terreno alegando falta de moradia. Quer legalizar o ilegal. Não é por causa disso a justiça não funciona direito no país? Não é só o rico que rouba? A invasão de um terreno que já tem proprietário é posse ilegal de uma propriedade.
Um terreno com 1,3 milhão de metros quadrados avaliado em 180 milhoes de reais pertence à massa falida da empresa Selecta, do investidor Naji Nahas. O terreno acumula ainda uma dívida de R$ 16 milhões em impostos.
Segundo o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury, o cadastramento feito após a desocupação mostrou que o número de habitantes era bem menor do que o anunciado pelos ocupantes. Foram cadastradas para receber atendimento da prefeitura 925 famílias, um total de 2,85 mil pessoas. Representantes da ocupação, iniciada em 2004, informaram que viviam no Pinheirinho cerca de 9 mil pessoas.
Para o prefeito, as ocorrências envolvendo o despejo foram mínimas em relação ao tamanho da operação, que teve 2 mil policiais. “Está bastante tranquilo, dado a gravidade do assunto”. Ele fez questão de frisar que não houve nenhuma morte na ação, ao contrário do que foi dito por um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no município. A prefeitura de São José disse que já acolheu em dois abrigos 760 pessoas (147 famílias), que entrarão na fila de programas de moradia. Cury espera o apoio dos governos federal e estadual a fim de garantir moradia para os desalojados.
O mais interessante de tudo isso o principal líder do Pinheirinho, Valdir Martins, o Marrom, não mora no local. É militante do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) e recebe cerca de R$ 3 mil mensais, como um dos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. Em 2008, o líder sem-teto também declarou ser proprietário de um Pálio ano 1998, de R$ 13 mil. Hoje, dirige um Gol, geração 5. Além dos bens declarados, Marrom mora em uma casa no Parque Interlagos. Trata-se de uma chácara, com uma casa de alvenaria Fonte: Jornal O Vale
Se a esquerda socialista está no poder, tem cunho social para a classe menos favorecida, por que não desapropria o terreno e pague o valor avaliado? Insere no programa Minha Morada. É muito simples. É mais fácil politizar, pois dá maior visibilidade midiática. Coloque como padrinho das moradias Lula e Dilma.
Mas o socialismo é assim:
Todo mundo tem emprego
Apesar de todo mundo ter emprego, ninguém faz nada
Apesar de ninguém fazer nada o plano é sempre cumprido. O PAC é assim
Viva a la Dolce vida socialista