sexta-feira, 20 de junho de 2025

Coronavírus: Situação do Brasil até 19 de junho de 2025

 

Coronavírus: Situação do Estado de São Paulo até 15 de junho de 2025

 

Coronavírus: Situação da cidade de São Paulo até 18 de junho de 2025

 

Um em cada 9 adolescentes usa cigarro eletrônico no Brasil


 Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) divulgada esta semana apontou que um em cada nove adolescentes brasileiros afirma que usa cigarro eletrônico. O estudo ouviu cerca de 16 mil pessoas de 14 anos ou mais, de todas as regiões do país. 

Segundo o levantamento, a quantidade de usuários jovens que usam cigarro eletrônico já é cinco vezes o total daqueles que fumam o cigarro tradicional. A pesquisa utilizou dados de 2022 a 2024 do Terceiro Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad 3). É a primeira vez que cigarros eletrônicos entram no levantamento.

Apesar de o produto ser proibido no Brasil, a coordenadora da pesquisa e professora de psiquiatria da Unifesp, Clarice Madruga, ressalta que é muito fácil comprar o aparelho pela internet, o que amplia o acesso.  

Outro problema, aponta a pesquisadora, é o risco à saúde, já que a inalação de substâncias altamente tóxicas, como a nicotina, é muito maior no cigarro eletrônico, se comparado ao cigarro tradicional. Clarice lamenta o retorno do crescimento do uso de cigarro, após o sucesso de políticas antitabagistas, iniciadas na década de 1990, que tinham freado o consumo. 

"A gente teve uma história gigantesca de sucesso de políticas que geraram uma queda vertiginosa no tabagismo, mas que um novo desafio quebrou completamente essa trajetória. E a gente hoje tem um índice de consumo, principalmente entre adolescentes, muito superior e que está totalmente invisível”, afirma.

Os participantes ouvidos no estudo receberam a opção de serem encaminhados para tratamento no Hospital São Paulo e no Centro de Atenção Integral em Saúde Mental da Unifesp. Fonte: Agencia Brasil - Publicado em 17/06/2025 

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Um a cada 20 brasileiros não sabe ler ou escrever, mostra IBGE

 O Brasil registrou, em 2024, 9,1 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever —uma taxa de analfabetismo de 5,3%. Os dados são da Pnad Contínua Educação 2024, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O QUE ACONTECEU

A taxa de analfabetismo caiu de 6,7%, em 2016, para 5,3%, em 2024, redução de 1,4 ponto percentual, segundo o IBGE.

O indicador mostra que o Brasil atendeu parcialmente à Meta 9 do PNE (Plano Nacional de Educação), em vigor até dezembro de 2025, no que diz respeito à redução da taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais para 6,5% até 2015. No entanto, não cumpriu a meta de erradicação total até 2024.

·        Maior parte dos analfabetos está na Região Nordeste (55,6% do total): 5,1 milhões de indivíduos.

·        O Sudeste aparece em seguida (22,5%), com 2,1 milhões de pessoas.

ANALFABETISMO NO BRASIL AINDA ESTÁ FORTEMENTE ASSOCIADO À IDADE.

Em 2024, 5,1 milhões de analfabetos tinham 60 anos ou mais, o que equivale a uma taxa de 14,9% nesse grupo. Entre os mais jovens, os percentuais diminuem progressivamente: 9,1% entre as pessoas com 40 anos ou mais, 6,3% entre aquelas com 25 anos ou mais, e 5,3% na população com 15 anos ou mais.

A DESIGUALDADE DE GÊNERO TAMBÉM APARECE NOS DADOS.

A taxa de analfabetismo entre mulheres de 15 anos ou mais foi de 5,0%, enquanto entre os homens foi de 5,6%. Entre os idosos, o percentual de mulheres analfabetas (15,0%) superou levemente o dos homens (14,7%). Para o instituto, "apesar da leve oscilação, essa diferença segue como uma das menores da série histórica, indicando uma tendência de equilíbrio entre os sexos".

A ANÁLISE POR COR OU RAÇA ESCANCARA DESIGUALDADES EDUCACIONAIS.

Entre as pessoas de 15 anos ou mais, 3,1% dos brancos eram analfabetos, enquanto a taxa foi de 6,9% entre pretos ou pardos. A disparidade é ainda mais acentuada entre os idosos: 21,8% das pessoas pretas ou pardas com 60 anos ou mais não sabiam ler nem escrever, frente a 8,1% dos brancos. Mesmo com uma queda de 0,9 p.p. entre os idosos pretos ou pardos em relação a 2023, "a taxa permanece quase três vezes superior à observada entre pessoas brancas da mesma faixa etária, evidenciando um legado estrutural de exclusão educacional", destaca o IBGE.

DESIGUALDADES NO NÍVEL DE ESCOLARIDADE

Segundo o IBGE, 56% da população com 25 anos ou mais havia concluído, no mínimo, o ensino médio.

·        "Destaca-se o percentual de pessoas com o ensino médio completo, que passou de 29,9%, em 2022, para 31,3%, em 2024", aponta a pesquisa.

·        Entre os que não completaram o ciclo básico, 5,5% não tinham instrução alguma.

·        Outros 26,2% tinham ensino fundamental incompleto, 7,4% haviam concluído o fundamental e 4,9% interromperam os estudos no médio.

A DESIGUALDADE POR GÊNERO PERMANECE.

Em 2024, 57,8% das mulheres com 25 anos ou mais haviam completado a educação básica obrigatória, contra 54,0% entre os homens. Os dois grupos apresentaram crescimento em relação ao ano anterior, o que revela "uma tendência positiva no acesso à escolarização".

DISPARIDADE ENTRE BRANCOS E PRETOS SE MANTÉM.

"63,4% das pessoas de cor branca haviam concluído o ciclo básico educacional, contra 50,0% das pessoas de cor preta ou parda, resultando em uma diferença de 13,4 p.p. entre esses grupos", aponta a pesquisa. O número é praticamente o mesmo de 2023, quando a diferença era de 13,5 pontos percentuais.

O número médio de anos de estudo da população com 25 anos ou mais foi de 10,1 em 2024, frente a 9,9 em 2023.

As mulheres seguem com maior escolaridade média (10,3 anos) do que os homens (9,9 anos). A diferença por raça ou cor também persiste: pessoas brancas alcançaram 11 anos de estudo, enquanto pretas ou pardas atingiram 9,4 anos. A desigualdade, embora ainda significativa, caiu em relação a 2023, quando era de 2 anos. Fonte: UOL, em São Paulo - 13/06/2025