Alguns projetos em andamento
Obs: Há atualmente mais de 150
projetos de vacinas em andamento. Cinco projetos estão na fase 3, que é a
final, após o teste em humanos – medida que é necessária para provar que a
vacina é segura e eficaz.
MODERNA
A empresa norte-americana
Moderna anunciou na segunda-feira (27 de julho ) que deu início ao estágio
final de testes da candidata a vacina contra o novo coronavírus Sars-CoV-2.
Essa é a terceira e última fase de ensaios clínicos em humanos.
O medicamento é desenvolvido
com o apoio do governo norte-americano, por meio do Instituto Nacional de
Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID), e será aplicado em cerca de 30
mil voluntários adultos que ainda não foram infectados pela Covid-19.
Metade do número total de
pessoas receberá duas doses da vacina, com um intervalo de 28 dias de uma para
outra. Já o restante dos voluntários receberá duas injeções de uma solução de
placebo.
A vacina, que ficará
disponível em 89 laboratórios do país, é uma das cinco que estão na fase 3 dos
testes, entre as 25 candidatas em estudo em humanos. O governo federal dos EUA
apoia o projeto com quase U$1 bilhão.
Batizado de "Cove",
o teste da empresa usa parte do mRNA do vírus para provocar a imunização.
Segundo a Moderna, se a vacina contra a Covid-19 for eficaz e segura, ela
poderá fornecer pelo menos 500 milhões de doses por ano, chegando até 1 bilhão
de doses anual, a partir de 2021.
PFIZER E BIONTECH
O governo dos Estados Unidos
acertou pagar 1,95 bilhão de dólares por 100 milhões de doses de uma potencial
vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer em
parceria com a empresa alemã de biotecnologia BioNTech, se a imunização se
provar bem‑sucedida.
A vacina da Pfizer e da
BioNTech, batizada de BNT162, mostrou resultados promissores em pequenos
estudos preliminares em humanos e, em breve, deve ser testada em larga escala,
inclusive em brasileiros.
A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, 12 de julho, a realização de ensaios clínicos de duas
variedades da BNT162 no país. Em todo o mundo, 29 mil voluntários participarão
do estudo, sendo mil deles no Brasil, nos estados de São Paulo e Bahia.
UNIVERSIDADE DE OXFORD E
ASTRAZENCA
O ensaio clínico com mais de 500 participantes
começou no final de abril. As autoridades de Oxford disseram que a vacina em
potencial tem 80% de chance de sucesso e pode estar disponível já em setembro.
A vacina usa um vírus modificado para acionar o sistema imunológico. A
universidade fez parceria com a empresa farmacêutica AstraZeneca. A empresa
informou em meados de maio que a vacina foi eficaz contra o COVID-19 após ser
administrada a seis macacos rhesus. A empresa iniciou o ensaio clínico em estágio avançado. O
Brasil também está participando da fase 3 da vacina..
CHINA
EMPRESA FARMACÊUTICA CHINESA
SINOVAC
A vacina CoronaVac é uma das vacinas contra o novo coronavírus em
fase mais adiantada de testes. Ela já está na terceira etapa, chamada de “etapa
clínica”, onde é feita a testagem em humanos. O laboratório chinês já realizou
testes do produto em cerca de mil voluntários na China nas fases 1 e 2. Antes,
o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em
termos de resposta imune contra as proteínas do vírus.
A vacina é inativada, ou
seja, contém apenas fragmentos inofensivos do vírus. Com a aplicação da dose, o
sistema imunológico passaria a produzir anticorpos contra o agente causador da
covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. No teste, metade das
pessoas receberão a vacina e metade receberá placebo, uma substância inócua e
sem efeitos químicos. Os voluntários não saberão o que vão receber. Esse método
de testagem é chamado de “testagem cega”, e permite saber se há realmente
efeitos físicos e químicos no uso da medicação ou se a melhora acontece
simplesmente por ação do organismo. A China está desenvolvendo 19
vacinas candidatas para o enfrentamento da pandemia.
Ao todo, 23 vacinas já estão
na fase clínica em todo o mundo. No entanto, apenas duas aparecem em estágio
mais avançado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ambas são testadas
no Brasil: a ChAdOx1 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a Astrazeneca,
e a Coronavac, do laboratório chinês Sinovac.
ETAPAS DO ENSAIO CLÍNICO
Fase I. O medicamento é
administrado a um pequeno número de pessoas saudáveis e pessoas com uma doença
para procurar efeitos colaterais e descobrir a melhor dose.
Fase II. O medicamento é
administrado a várias centenas de pessoas que têm a doença, procurando
verificar se funciona e se existem efeitos colaterais que não foram detectados
durante o teste inicial.
Fase III. Neste ensaio em
larga escala, o medicamento é administrado a várias centenas ou até 3.000
pessoas. Um grupo semelhante de pessoas toma um placebo ou composto inativo. O
julgamento geralmente é randomizado e pode levar de 1 a 4 anos. Esse estágio
fornece a melhor evidência de como o medicamento funciona e os efeitos
colaterais mais comuns.
Fase IV. Os medicamentos
aprovados para uso passam por monitoramento contínuo para garantir que não haja
outros efeitos colaterais, especialmente os graves ou a longo prazo.
VACINAS EM TESTE NO BRASIL:
1-A ChAdOx1 nCoV-19, desenvolvida
pela Universidade de Oxford e pelo AstraZeneca, está sendo testada em uma
parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp);
2-A CoronaVac, da Sinovac
Biotech, está em testes por conta de uma parceria com o Instituto Butantan e o
governo de São Paulo. A vacina teve os testes ampliados e começou a ser
testada em profissionais de saúde que atendem no Hospital Emílio Ribas, da
capital paulista.
3-A BNT 162b2 da farmacêutica
Pfizer e da empresa alemã BioNTech deverá ser testada nas cidades de São Paulo
e Salvador.
4-O governo do Paraná fechou
uma parceira com a China National Pharmaceutical Group (SinoPharm) para a
testagem de uma vacina candidata contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2).
O acordo, fechado por meio do
Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), prevê que o estado terá acesso aos
resultados das duas primeiras fases e que, em caso de sucesso, "haverá
repasse de tecnologia por parte da Sinopharm para que o Tecpar possa produzir a
vacina".
Conforme comunicado oficial
do governo, a expectativa é de que os testes comecem já no mês de agosto e que
durem cerca de três meses. Além do Brasil, a vacina candidata está sendo
testada em 15 mil pessoas nos Emirados Árabes Unidos.
A vacina da SinoPharm usa o
vírus inativado do Sars-CoV-2 e foi desenvolvida em uma parceria com o
Instituto de Produtos Biológicos de Pequim e o Instituto de Produtos Biológicos
de Wuhan - cidade que foi o primeiro epicentro da pandemia da Covid-19. Fontes: Ansa Brasil, Agência
Brasil, Deutsche Welle