sábado, 29 de dezembro de 2018

Smartphones causam crescimento da fotografia

Segundo estimativas da InfoTrends, um total de 1,2 trilhões de fotos digitais serão tiradas em todo o mundo este ano, ou seja, cerca de 160 fotos para cada uma das cerca de 7,5 bilhões de pessoas que habitam o planeta Terra.

Então, o que está causando esse boom repentino na fotografia? É uma epidemia de vaidade global? Bem, talvez, mas o fato de que mais de um bilhão de pessoas carregam constantemente um dispositivo que funciona como uma câmera digital é provavelmente o maior fator que contribui para a enorme quantidade de fotos digitais que estão por aí. O premiado fotógrafo Chase Jarvis uma vez cunhou a frase "a melhor câmera é a que está com você", e ele está certo. De acordo com as estimativas da InfoTrends, 85% de todas as fotos tiradas este ano serão capturadas em smartphones. Fonte: Statista - Aug 31, 2017
Comentário: Poderemos comparar com número de fotos tiradas por aparelho (2,4 bilhões de usuários no mundo)., 708 fotos tiradas. 

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Máquina engessada

Um servidor federal se aposenta. Em sua repartição, faltam funcionários, e o governo, obrigado a conter gastos, adiou concursos para contratação. Em outro escritório, há excesso de pessoal com habilidades semelhantes de gestor. O problema parece simples de resolver.
Não raro, entretanto, haverá empecilhos burocráticos, quando não impossibilidades legais ou decisões judiciais que impedirão a movimentação de profissionais entre setores da administração pública.
Esses são apenas alguns exemplos dos transtornos provocados pelas estruturas rígidas —burocráticas no pior sentido da palavra— das carreiras do funcionalismo. Trata-se de sistema em que prerrogativas funcionais para o bom exercício do cargo se estenderam até constituírem privilégios geradores de desperdício e ineficiência.

309 CARREIRAS NO EXECUTIVO FEDERAL
Segundo o governo, há 309 carreiras no Executivo federal, representadas por quase duas centenas de sindicatos. Tamanha especialização suscita dúvidas, decerto. Assessores da gestão de Michel Temer (MDB) avaliam que duas ou três dezenas seria um número razoável.
A questão não se limita à falta de mobilidade, que hoje já cria desequilíbrios consideráveis na alocação de pessoal.

SALÁRIOS ALTOS
 Os salários do setor público também são mais altos do que no setor privado, mesmo quando se consideram fatores como formação e experiência.
Vencimentos iniciais por vezes chegam a mais de 15 salários mínimos; muitas promoções são quase automáticas; penalidades por ineficiências ou descaso são infrequentes. De resto, em diversos setores, o servidor chega ao teto salarial de sua função em poucos anos.

FUNCIONÁRIOS
O Executivo federal conta com 632 mil funcionários civis. Em toda a administração brasileira, o número se aproxima dos 12 milhões na ativa, incluindo militares, celetistas e informais. Além de numerosas, as categorias são sobretudo organizadas e influentes.
Serviço público tem 12,6% da população ocupada

REFORMA
Uma reforma desse aparato é tão urgente quanto politicamente difícil, como apontou o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, que estará na equipe econômica do governo Jair Bolsonaro (PSL).
Na próxima legislatura, cerca de uma centena dos 513 deputados serão ligados diretamente ao serviço público, mas o lobby atinge número bem maior de parlamentares —em razão, inclusive, de vínculos profissionais e familiares.
Existem dúvidas sobre a disposição do presidente eleito, oriundo do meio militar, para enfrentar a resistência das corporações. As alternativas, todavia, são escassas. Fonte: Folha de São Paulo - 18.dez.2018  

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Família Civita vende Abril pelo preço simbólico de R$ 100 mil

A família Civita fechou a venda do Grupo Abril para o empresário Fábio Carvalho, das redes de lojas Casa & Vídeo e Leader, sediadas no Rio, e deixou a imprensa depois de 68 anos.
O valor do negócio, simbólico, é de R$ 100 mil. O grupo tem uma dívida de R$ 1,6 bilhão, sendo dois terços com Itaú, Bradesco e Santander, e está em recuperação judicial desde 16 de agosto. A expectativa é que a compra esteja concluída em um mês e meio.

Carvalho, que é advogado, tem um histórico de assumir empresas em dificuldades para buscar eventual retomada. Para viabilizar a nova compra, ele tem o suporte da Enforce, do BTG Pactual, que conversa com os três bancos para adquirir com desconto a dívida de R$ 1,1 bilhão.
O BTG está em seus planos também para investimento e parceria. "É um banco com o qual a gente tem relação há muitos anos", diz. "É o único banco de porte que tem área específica dedicada a financiamentos para empresas em reestruturação. Área da qual a gente já tomou muito dinheiro emprestado e já pagou muito dinheiro de volta."

Por enquanto, o que antecipa é injetar, no fechamento da operação, esperado para fevereiro após a aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), R$ 70 milhões de recursos próprios.
Ele afirma que o Grupo Abril "vem evoluindo muito rapidamente no controle do desempenho financeiro", nestes quatro meses em recuperação judicial, e "com esse reforço vai atingir nova estabilidade". Não há previsão de cortar mais títulos de revistas.

"Queremos evitar que um processo de crise venha a afetar um dos grandes ativos do grupo, que é sua história, seus padrões de jornalismo", disse. "A gente quer manter e partir para melhor, com a adoção de novas plataformas para oferecer esse conteúdo."
Um dos projetos teria como parceiro o próprio BTG. "Onde existe uma demanda grande, não só do BTG, é por mais fluxos de visitantes digitais focados em investimento. Esse é o princípio por trás de empresas como Infomoney. É uma oportunidade que a gente vai explorar, sim."

Para tanto, o grupo "tem a Exame, tem uma tradição de cobertura de negócios". Embora repita não ser o único, Carvalho diz que "o BTG é manifestamente interessado nesse tipo de audiência". De maneira geral, o empresário diz que se trata de um conteúdo "de alta demanda, alta valorização", que será buscado também por todos os concorrentes, mas que, embora seja aquele "do momento, o que está em voga", há outros em evolução.

O objetivo maior, diz, é "encontrar novos paradigmas para a instituição imprensa". Trata-se de "desafio não só empresarial,  mas institucional, de encontrar a forma de fazer jornalismo com sustentabilidade e qualidade, devolvendo um pouco mais de racionalidade às conversas" no país. Ele deve assumir em fevereiro como presidente-executivo do Grupo Abril, no lugar de Marcos Haaland, sócio da mesma Alvarez & Marsal que foi chamado para iniciar a recuperação.

Ainda sobre as dívidas e o processo de recuperação judicial, Carvalho afirmou que "o privilégio legal e moral é dos mais necessitados, as [dívidas] trabalhistas". Paulo Zocchi, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, afirmou que "a recuperação judicial prossegue, com seus ritmos e prazos, e o sindicato tem uma posição clara". "Todas as dívidas trabalhistas e dos freelancers têm de ser pagas o mais rápido possível e na íntegra." Fonte: Folha de São Paulo - 20.dez.2018

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

A pouco conhecida história de 'Noite Feliz'

Em 24 de dezembro de 1818, o padre austríaco Joseph Mohr pediu ao amigo organista Franz Xaver Gruber que compusesse a melodia para um poema escrito por ele dois anos antes. Nascia assim Stille Nacht, heilige Nacht, uma das mais famosas canções natalinas, traduzida para mais de 300 idiomas e conhecida em português como Noite Feliz.

Naquela noite, Mohr e Gruber executaram a música pela primeira vez durante o serviço da igreja de São Nicolau em Oberndorf bei Salzburg, na Áustria. Hoje, a canção é quase onipresente no Natal, figurando desde 2011 na lista do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O poema foi criado em um período difícil para Salzburgo. O então principado eclesiástico independente sofreu diversas ocupações durante as Guerras Napoleônicas. Os conflitos trouxeram caos e fome - em especial no Ano Sem Verão de 1816, quando temperaturas extremamente baixas destruíram plantações na Europa e América do Norte.

Naquele mesmo ano, Salzburgo perdeu sua independência e foi incorporada à Áustria. "As palavras deste cântico foram escritas nestas circunstâncias. Elas expressam uma ânsia por redenção e paz",  explica Peter Husty, curador da exposição Silent Night 200 - The Story. The Message. The Present("Noite Feliz 200 - A História. A Mensagem. O Presente", em tradução livre), no Museu de Salzburgo.

O contexto local não impediu que a canção se tornasse um sucesso em todo mundo. Primeiro a música se espalhou em um manuscrito na região dos autores. Depois, o construtor de órgão Carl Mauracher a levou para Zillertal, um vale em Tirol, onde era cantada por corais. Dali, se alastrou pela Alemanha, Europa e Estados Unidos.

"O Cristianismo levou essa música para o mundo com missionários (protestantes e católicos). Ela virou acessível em muitas línguas e dialetos, tonando-se global", afirma Thomas Hochradner, chefe do Departamento de Musicologia da Universidade Mozarteum, na Áustria, e idealizador da exposição Silent Night 200.

A exibição traz informações detalhadas sobre a canção - como o fato de que ela é cantada por 2 bilhões de pessoas no mundo -, além de objetos que ilustram o estilo de vida no tempo da composição, autógrafos de Mohr e Gruber, e o piano usado para tocar a música.

UMA INFINIDADE DE TRADUÇÕES E ADAPTAÇÕES
A propagação de Stille Nacht em diversos idiomas resultou em traduções nada fiéis ao texto original. Muitas delas são, na verdade, adaptações. A versão em português, por exemplo, foi intitulada Noite Feliz, embora o título real seja algo como "Noite Silenciosa".

OS COMPOSITORES
Mohr nasceu em 1792 em Salzburgo, onde estudou e foi ordenado padre. Em 1815, o religioso tornou-se curador na pequena municipalidade de Mariapfarr. No ano seguinte, escreveu o poema que o tornou conhecido.
Em 1817, Mohr foi transferido para Oberndorf bei Salzburg. Na cidade, o padre conheceu Gruber, nascido em Hochburg em 1787 e que tocava órgão na igreja local. Eles cultivaram uma amizade por toda a vida.
Os dois são tão famosos na Áustria que os locais onde nasceram, trabalharam e morreram possuem memoriais e museus em sua homenagem.

Para celebrar os 200 anos do hit natalino, Hochburg, Mariapfarr, Arnsdorf, Hallein, Oberndorf, Hintersee, Wagrain, Fügen e Salzburgo fizeram uma parceria para uma exposição nacional. "Os austríacos gostam e cantam a canção, principalmente em sua versão original, que difere um pouco daquela mais comum no mundo. É mais uma tradição do que orgulho", afirma Hochradner.
Para Husty, Stille Nacht transcende a religião. "Ela conta a história do nascimento de Jesus. Então é um cântico religioso ao mesmo tempo em que é para a paz no mundo." Fonte: BBC Brasil - 24 dezembro 2018


domingo, 23 de dezembro de 2018

A origem do Natal

O Natal se transformou numa festa que mistura tradições de muitas origens com um consumismo desenfreado que, apesar do comércio eletrônico, continua mobilizando as cidades. As luzes, as árvores, as compras, as feiras e o jantar da empresa talvez não nos deixem ver o principal: o Natal é uma festa religiosa, em que os cristãos celebram o nascimento de Jesus. Mas, se pesquisamos um pouco mais, vemos que sua origem se perde na Antiguidade, nas primeiras e remotas crenças humanas, às quais, ao longo dos séculos, foram se incorporando novas tradições. Desde o Império Romano, o Natal tem sido uma luta entre elementos religiosos e pagãos, entre a festa e a liturgia, que se prolonga até nossos shopping centers.

POR QUE CELEBRAMOS O NATAL EM DEZEMBRO?
O solstício de inverno (no Hemisfério Norte) é a noite mais longa do ano, o momento em que os dias começam de novo a crescer, uma vitória simbólica do Sol contra a escuridão. Acontece entre 21 e 22 de dezembro e é comemorado desde tempos imemoriais. O historiador Richard Cohen relata, em seu livro Persiguiendo el Sol: La historia épica del astro que nos da la vida (perseguindo o sol: a história épica do astro que nos dá a vida) que “praticamente todas as culturas têm uma forma de celebrar esse momento”. “O aparente poder sobrenatural para governar as estações, que se manifesta nos solstícios, inspirou reações de todos os tipos: ritos de fertilidade, festivais relacionados com o fogo, oferendas aos deuses”, afirma Cohen. Nessa mesma época do ano, em meados de dezembro, os antigos romanos festejavam a Saturnália, festival em que eles ofereciam presentes entre si, mas também trocavam os papéis sociais, uma mistura entre nosso Natal e o Carnaval.

O QUE ACONTECEU EM 25 DE DEZEMBRO?
 “A data do Natal foi fixada em 25 de dezembro pelo imperador Constantino, porque nesse dia era celebrada a grande festa solar em Roma”, explica Ramón Teja, professor emérito de História Antiga da Universidade de Cantábria (Espanha), especialista em história do cristianismo e presidente de honra da Sociedade Espanhola de Ciência das Religiões. Assim, o imperador que transformou o cristianismo na religião de Roma, e que governou entre 306 e 337, identificava de alguma maneira sua figura com o divino, aproveitando o antigo festival do Dia do Nascimento do Sol Invicto. “Foi uma fusão do culto solar com o culto cristão”, diz Teja.

E COMO O PAPAI NOEL ENTRA NISSO TUDO?
A viagem do Papai Noel ou Santa Claus até o nosso Natal é longo e tortuoso. Os mais radicais entre os protestantes, os puritanos, proibiram o Natal porque consideravam, talvez com certa razão, que era uma festa que estava se “paganizando”. Além disso, o protestantismo defendia a iconoclastia, era contra a representação de figuras sagradas, o que não se encaixava muito nas tradições natalinas. O Parlamento britânico proibiu o Natal em 1644, restaurando-o apenas em 1660.
Os puritanos foram os primeiros colonos da América do Norte e levaram consigo aqueles costumes: em Boston, também proibiram a festa entre 1659 e 1681. Pouco a pouco, contudo, o Natal foi renascendo no Novo Mundo, embora os protestantes tenham buscado seu próprio caminho para diferenciá-lo do culto católico. Foi assim que se lembraram de um velho santo, São Nicolau. “Santa Claus é uma figura muito cristã”, explica Diarmaid N. J. MacCulloch, professor de História da Igreja na Saint Cross College de Oxford. “O nome é uma tradução holandesa de São Nicolau.

A ÁRVORE DE NATAL TAMBÉM É UMA INVENÇÃO DOS EUA?
O pinheiro de Natal também empreendeu uma estranha viagem de ida e volta da Europa aos EUA, mas não é, em absoluto, uma invenção americana. Ao contrário: como Santa Claus, é uma exportação. Nesse caso, como acontece com os solstícios, o culto às árvores se perde nas profundezas das nossas tradições culturais e religiosas. Mas, como explica o professor MacCulloch, “a árvore de Natal é uma tradição mais cristã do que as pessoas pensam”. “Todas as religiões utilizam as árvores como símbolos, e elas são um elemento essencial da história do Gênese. As primeiras árvores de Natal decoradas que conhecemos são da Alemanha do século XVI, na época da Reforma. O próprio Martinho Lutero incentivou esse costume”, prossegue o professor de Oxford. De novo, uma tradição relacionada com o protestantismo – a árvore de Natal evita as representações de figuras sagradas – cruza o Atlântico e volta transformada em símbolo universal. Na Espanha, convive pacificamente com a representação máxima de nosso Natal: os presépios.

QUANDO COMEÇAMOS A MONTAR PRESÉPIOS?
O primeiro presépio aparece numa lenda: na noite de 24 de dezembro de 1223, São Francisco de Assis organiza um presépio vivo numa gruta da cidade italiana de Greccio, e a figura do menino acaba se transformando no verdadeiro Jesus. Esse milagre foi plasmado por Giotto no final do século XIII num dos afrescos mais famosos da história da arte, que pode ser visto na Basílica de São Francisco de Assis. Fonte: El País - Madri 19 DEZ 2017 

Cantora italiana Caterina Caselli

Caterina Caselli é uma produtora italiana, ex-cantora, baixista e atriz. Em 1966 ela estreou no Festival de Sanremo com a música  "Nessuno mi può giudicare", vendendo mais de um milhão de cópias e recebeu  disco de ouro.  Fonte: Wikipedia






sábado, 22 de dezembro de 2018

China: enormes pilhas de bicicletas abandonadas e quebradas

No ano passado, o compartilhamento de bicicletas decolou na China, com dezenas de empresas de compartilhamento de bicicletas inundando rapidamente as ruas da cidade com milhões de bicicletas coloridas de aluguel. No entanto, o rápido crescimento superou amplamente a demanda imediata e sobrecarregou as cidades chinesas, onde a infraestrutura e os regulamentos não estavam preparados para lidar com uma enxurrada repentina de milhões de bicicletas compartilhadas.

Os ciclistas estacionavam as bicicletas em qualquer lugar, ou simplesmente as abandonavam, bloqueando ruas   e caminhos já lotados. À medida que as cidades apreendiam bicicletas abandonadas aos milhares, elas  agiram rapidamente para limitar o crescimento e regulamentar o setor.

Vastas pilhas de bicicletas apreendidas, abandonadas e quebradas tornaram-se uma visão familiar em muitas grandes cidades.

Como algumas das empresas projetaram o mercado muito grande e   logo começaram a desistir, seu enorme excedente de bicicletas pode ser encontrado acumulando em vastos terrenos baldios.

O compartilhamento de bicicletas continua muito popular na China e provavelmente continuará crescendo, provavelmente em um ritmo mais sustentável. Enquanto isso, ficamos com essas imagens de especulação enlouquecidas - as pilhas de destroços deixados para trás após o estouro da bolha de bicicletas. Fonte: The Atlantic - Mar 22, 2018

Comentário:

É a sociedade de consumo que domina o mundo desenvolvido, ofertando produtos que excede a procura. Este excesso de oferta, aliado a uma enorme profusão de bens colocados no mercado, leva ao desenvolvimento de estratégias de marketing extremamente agressivas. Tudo em excesso tem seu efeito colateral; lixo industrial, desperdício, impacto ambiental, etc.