quarta-feira, 8 de dezembro de 2021
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
Coronavírus: Atualizar vacina para ômicron levará meses, diz órgão alemão
O diretor da Comissão
Permanente de Vacinação da Alemanha (Stiko), Thomas Mertens, disse em
entrevista publicada no sábado (04/12) que levará "meses" para que
novas vacinas contra a variante ômicron do coronavírus Sars-Cov-2 estejam
disponíveis.
Ele também afirmou ser
plenamente possível que uma nova vacina seja necessária contra a nova variante.
"A ômicron tem muitas mudanças na proteína spike, o que pode tornar mais
difícil para os anticorpos combaterem o vírus", disse ao jornal Rheinische
Post.
"É provável que os
fabricantes precisem de três a seis meses no laboratório. Isso não é simples,
eles têm que criar uma vacina que funcione contra a ômicron e a delta, porque a
delta ainda está muito disseminada", afirmou.
Apesar do possível
desenvolvimento de novas versões da vacina, Mertens estimulou as pessoas a
tomarem doses de reforço dos imunizantes atualmente disponíveis.
"As doses de reforço
definitivamente valem a pena. A luta contra a variante delta continua",
disse. "E não haveria problema em ser revacinado alguns meses após receber
a dose de reforço para se proteger contra a ômicron, se for necessário."
PFIZER-BIONTECH: NOVA VERSÃO
EM 100 DIAS : O presidente da farmacêutica alemã BioNTech, Ugur Sahin, que
desenvolveu a vacina produzida em parceria com a Pfizer, afirmou na sexta-feira
que considera provável a necessidade de uma nova versão do imunizante para
combater a ômicron, e que ela poderia ser entregue de forma "relativamente
rápida".
"Acredito que, a
princípio, precisaremos de uma nova vacina contra esta nova variante em algum
momento. A questão é com qual urgência ela precisará estar disponível",
disse. Segundo Sahin, sua empresa já trabalha em uma nova versão do imunizante,
que poderia ficar pronta em cerca de 100 dias. Depois disso, ainda seria
necessário obter a autorização de agências governamentais.
Sahin afirmou que uma
confirmação de que a vacina atual protege contra casos graves provocados pela
variante ômicron daria aos cientistas mais tempo para desenvolver a abordagem
contra a nova mutação. Se as doses de reforço atuais ainda oferecerem de 85% a
90% de proteção contra a doença, "teríamos mais tempo para adaptar a
vacina".
Segundo Sahin, ele já
esperava que uma variante do coronavírus com muitas mutações surgiria em algum
momento, mas que isso ocorreu antes do previsto. "Esperava para algum
momento do próximo ano, e já está entre nós", disse.
Ele afirmou ainda que a
probabilidade de que as pessoas tenham que se vacinar anualmente contra a
covid-19 está aumentando, da mesma forma como ocorre com a vacina da gripe.
No início do ano, a BioNTech
e a Pfizer desenvolveram em 95 dias uma vacina eficaz contra a variante delta,
em meio a temores de que a fórmula inicial não funcionaria contra essa cepa.
Mas a nova versão acabou não sendo utilizada, já que a vacina atual se provou eficiente
para proteger contra a delta.
MODERNA: ATUALIZAÇÃO PRONTA
EM MARÇO: O presidente da farmacêutica americana Moderna, Stéphane Bancel, que
produz uma vacina contra a covid-19 com a mesma tecnologia usada pela
Pfizer-BioNTech, também afirmou na semana passada que espera uma queda da
eficácia dos imunizantes contra a ômicron, mas que ainda levará algum tempo
para medir qual será a magnitude.
Mesmo que ainda não haja
dados sobre o desempenho das atuais vacinas, ele disse ser provável que o alto
número de mutações da ômicron torne necessário o desenvolvimento de uma nova
versão da vacina
Ele disse que a Moderna já
trabalha em uma nova versão da vacina e que ela estará testada e pronta para
solicitar autorização a autoridades sanitárias em março. Essa versão combateria
especificamente as mutações da variante ômicron e seria aplicada como dose de
reforço. Segundo Bancel, seria a forma mais rápida de reagir à nova variante.
A Moderna também está
desenvolvendo uma vacina capaz de combater até quatro variantes diferentes do
coronavírus, incluindo a ômicron, mas ela levará mais vários meses para ficar
pronta.
OUTRAS EMPRESAS TAMBÉM
ANALISAM ÔMICRON: A Johnson & Johnson informou na semana passada que seus
pesquisadores "buscam uma variante da vacina específica para a ômicron, e
a desenvolverão conforme o necessário”.
A Universidade de Oxford, no
Reino Unido, que desenvolveu uma vacina contra a covid-19 com a farmacêutica
AstraZeneca, disse que ainda não há evidências de que as vacinas atuais não
evitariam manifestações grave da doença em pessoas infectadas pela ômicron, mas
que estava pronta para desenvolver uma atualização do imunizante se fosse
necessário.
Na Rússia, o Instituto
Gamaleya e o Fundo Russo de Investimentos Diretos, que desenvolveram e
promoveram as vacinas Sputnik, anunciaram que deram início aos trabalhos para
adaptar o imunizante para combater a ômicron.
"O Instituto Gamaleya
acredita que a Sputnik V e a Sputnik Light irão neutralizar a ômicron, uma vez
que possuem a eficácia mais alta contra as outras mutações”, disse o Fundo
Russo em nota, acrescentando que, se for necessário modificar a vacina, ela
estaria pronta para produção em massa em 45 dias.
Até o momento, 40 países já
registraram casos da variante ômicron, incluindo Brasil, Estados Unidos, Reino
Unido, Alemanha, França, Espanha, Portugal, China, Índia e África do Sul. Fonte: Deutsche Welle – 05.12.2021
domingo, 5 de dezembro de 2021
Coronavírus: Taxa de internação de não vacinados na Itália é 10 vezes maior
Um relatório do Instituto Superior de Saúde
(ISS) da Itália mostrou no sábado (4)
que o risco de hospitalização para uma pessoa que não foi vacinada contra a
Covid-19 é 10 vezes maior do que para quem foi imunizado há menos de cinco
meses.
Segundo o ISS, a taxa de
internação em terapia intensiva é de 16 vezes maior, enquanto que o índice de
morte é nove vezes maior entre os não vacinados em comparação com os que
receberam o fármaco.
Os dados contidos no
monitoramento semanal faz um balanço da eficácia da vacinação nos cinco meses
após a conclusão do ciclo vacinal.
"Cinco meses após o
término do ciclo de vacinação, a eficácia da vacina na prevenção da doença,
tanto na forma sintomática quanto na assintomática, cai de 75% para 44%",
diz o texto.
O documento ressalta ainda
que a eficácia da vacina na prevenção de casos de doença grave permanece
elevada, pois a eficácia para vacinados com curso completo a menos de cinco
meses é igual a 93% em relação aos não vacinados. Já a taxa para vacinados a
mais de cinco meses é igual a 85% em comparação com pessoas não imunizadas. Fonte: Ansa Brasil - 04 Dez 2021
sábado, 4 de dezembro de 2021
Risco de pegar covid com máscara PFF2 é mínimo, diz estudo
Se usada corretamente, proteção facial oferece quase 100% de proteção contra infecção pelo coronavírus, concluem pesquisadores da Alemanha. Sem máscara, probabilidade de se infectar é de 90%, mesmo com distanciamento.
Máscaras do tipo PFF2
(equivalentes a outros padrões internacionais conhecidos como N95, KN95 e
máscaras P2) oferecem quase 100% de proteção contra a covid-19, aponta um
estudo do Instituto Max Planck, da Alemanha.
Se uma pessoa infectada pelo
coronavírus Sars-Cov-2, causador da covid-19, tiver contato com uma saudável
num espaço fechado – mesmo a uma distância pequena e após 20 minutos – o risco
de contágio é de apenas 0,1%. Se a pessoa estiver vacinada, o risco de contrair
a doença é ainda menor, apontam os pesquisadores.
No entanto, segundo os
cientistas, a redução do risco depende de a máscara ser usada da maneira
correta. Para ter a proteção ideal, o clipe de metal deve estar bem ajustado ao
nariz, pressionando-o lateralmente.
Se a máscara não estiver
corretamente encaixada ao rosto, o risco de infecção no mesmo cenário sobe para
cerca de 4%, aponta o estudo, publicado na revista científica PNAS, da Academia
Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
A análise também demonstrou
que máscaras PFF2 bem encaixadas ao rosto protegem 75 vezes mais que máscaras
cirúrgicas – as quais, no entanto, reduzem o risco de infecção para no máximo
10% se também forem bem ajustadas.
Os pesquisadores afirmaram
que seus cálculos são bastante conservadores. "Na vida cotidiana, a
probabilidade real de infecção é certamente de dez a cem vezes menor",
afirma Eberhard Bodenschatz, pesquisador que liderou o estudo.
SEM MÁSCARA, RISCO DE
CONTAMINAÇÃO É ALTO: Por outro lado, a análise de encontros entre duas pessoas
sem máscara apontou que, se um indivíduo saudável ficar por alguns minutos
diante de um infectado, mesmo a uma distância de 3 metros, há uma probabilidade
de 90% de ocorrer uma infecção.
Apesar da distância de 3
metros, os pesquisadores ressaltam que o risco é enorme quando se entra em
contato com infectados com uma carga viral alta, como ocorre no caso da
atualmente dominante variante delta do coronavírus, por alguns poucos minutos e
sem máscara.
"Nossos resultados
demonstram mais uma vez que o uso de máscaras em escolas e também em geral é
uma boa ideia", conclui Bodenschatz. Fonte:
Deutsche Welle - 4 de dezembro de 2021