sábado, 6 de novembro de 2021
quinta-feira, 4 de novembro de 2021
Coronavírus: Alemanha registra recorde diário de novos casos
A Alemanha registrou nesta quinta-feira (04/11) um recorde diário de novos casos de covid-19 desde o começo da pandemia, superando a marca estabelecida em dezembro de 2020. O Instituto Robert Koch (RKI), a agência de controle e prevenção de doenças do país, contabilizou 33.949 novas infecções nas últimas 24 horas. Na quinta-feira anterior eram registrados 28.037 novos casos diários.
A notícia vem um dia depois
de o ministro da Saúde, Jens Spahn, dizer que a Alemanha está vivendo em uma
"pandemia de não vacinados", e que a quarta onda do vírus chegou
"com força total" em todo o país.
Diante de uma diminuição do
ritmo do programa de vacinação da Alemanha em relação a outros países europeus,
Spahn também alertou que aqueles que não desejam ser vacinados podem enfrentar
novas restrições, como ser impedidos de entrar em lojas e restaurantes.
Dados recentes do RKI mostram
que apenas 66,5% dos alemães estão totalmente vacinados, cifra inferior a de
outros países da Europa Ocidental, como Portugal (88%) e Espanha (81%). Segundo
uma sondagem recente, só uma minoria dos que não se imunizaram no país
pretendem fazê-lo.
PRESSÃO NOS HOSPITAIS: Os
hospitais também acusam um aumento da ocupação de leitos de unidades de terapia
intensiva, na maior parte por pacientes não vacinados contra o coronavírus.
Spahn tem agendada para esta
quinta e sexta-feira uma reunião com os secretários da Saúde dos 16 estados da
Alemanha. Principal assunto a ser debatido é a possibilidade de impor novas
restrições. Os últimos meses foram marcados pela gradual volta à normalidade na
Alemanha, com suspensão de restrições, embora a obrigatoriedade de máscaras
continue vigorando em espaços públicos fechados.
PREOCUPAÇÃO DA OMS: A
Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou "grave preocupação"
nesta quinta-feira sobre o ritmo crescente de infecções por coronavírus na
Europa, diante do recorde de novos casos diários registrado na Alemanha.
"Estamos, mais uma vez,
no epicentro", disse o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, em uma
entrevista coletiva. Ele alertou que, de acordo com "uma projeção
confiável", a trajetória atual pode levar a "mais meio milhão de
mortes de covid-19" em fevereiro. Fonte:
Deutsche Welle – 04.11.2021
quarta-feira, 3 de novembro de 2021
terça-feira, 2 de novembro de 2021
Coronavírus: Mundo supera 5 milhões de mortes
É como se as populações
inteiras de Goiânia, Manaus e Recife fossem dizimadas. EUA e Brasil somam
juntos mais de um quarto dos óbitos oficialmente notificados no planeta, embora
contem menos de 7% da população mundial.
Às 8h45 (horário de
Brasília), de acordo com o monitoramento feito pela Universidade Johns Hopkins,
dos Estados Unidos, o planeta
contabilizava 5.001.817 vítimas da pandemia, sendo que os EUA lideram o ranking
em números absolutos, com 745.836 óbitos. Ao todo, o mundo já registrou
oficialmente mais de 246,7 milhões de casos de coronavírus
O mundo atingiu a marca de 5
milhões de mortes confirmadas em decorrência da covid-19 nesta segunda-feira
(01/11), menos de dois anos após o início de uma pandemia que devastou países
pobres, mas também abateu nações ricas com sistemas de saúde de primeira linha.
Juntos, os Estados Unidos, a
União Europeia (UE), o Reino Unido e o Brasil – todos de renda média-alta ou
alta – respondem por um oitavo da população mundial, mas somam quase metade de
todas as mortes oficialmente notificadas.
Só os Estados Unidos
registraram mais de 745 mil óbitos, mais do que qualquer outra nação em números
absolutos. Em seguida aparecem Brasil (607.824), Índia (458.437), México
(288.365) e Rússia (235.318).
Assim, os dois países,
Estados Unidos e o Brasil juntos somam
quase 25% do total de mortes, embora contem menos de 7% da população mundial.
O total de mortes
oficialmente notificadas no mundo, calculado pela Universidade Johns Hopkins,
dos EUA, é aproximadamente igual às populações de Goiânia, Manaus e Recife
somadas.
A covid-19 é agora a terceira
principal causa de morte globalmente, depois de doenças cardíacas e derrame.
Diversas autoridades e
instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais de mortes na
pandemia devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala
e de pessoas que morrem em casa sem atenção médica, especialmente em regiões
mais pobres.
RANKING DE MORTALIDADE: Com cerca de 2,7% da população do planeta, o Brasil responde por pouco mais de 12% das mortes globais.
Em números relativos, o
ranking de mortalidade é liderado pelo Peru, com índice de 615,85 óbitos para
cada 100 mil habitantes, de acordo com a Johns Hopkins.
O Brasil tem a nona pior
taxa, com 287,94, atrás de Bósnia e Herzegovina (348,23), Bulgária (342,87),
Macedônia do Norte (341,79), Montenegro (337.55), Hungria (314,53), Moldávia
(291,65) e República Tcheca (288,07). (ANSA)
SITUAÇÃO ATUAL É PIOR NA
EUROPA: Os países em situação mais grave mudaram ao longo dos 22 meses desde
que o primeiro caso foi detectado na cidade de Wuhan, na China, transformando
diferentes lugares no mapa-múndi em "zonas vermelhas".
Hoje, o vírus afeta
principalmente a Rússia, a Ucrânia e outras partes do Leste Europeu,
especialmente onde rumores, desinformação e desconfiança no governo têm
prejudicado os esforços de vacinação. Na Ucrânia, apenas 17% da população
adulta está completamente vacinada. Na Armênia, apenas 7%.
Entre os continentes, a
situação é pior na Europa, cujos óbitos aumentaram 14% na semana passada em
relação à semana anterior, e na Ásia, com alta de 13%. Na África, por outro
lado, as mortes caíram 21%, apesar do lento ritmo de vacinação. Ao todo, as
mortes globais subiram 5% na última semana, segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS).
No Brasil, o mês de outubro
foi o que registrou menos mortes por covid-19 desde abril de 2020, ainda no
início da pandemia. Foram um pouco mais de 11 mil mortes no mês passado.
DESIGUALDADE: "O que é
singularmente diferente sobre esta pandemia é que ela atingiu com mais força os
países com muitos recursos", observou a epidemiologista Wafaa El-Sadr, da
Universidade Columbia, nos Estados Unidos. "Essa é a ironia da
covid-19."
Nações mais ricas com
expectativas de vida mais longas têm proporções maiores de idosos, de moradores
de casas de repouso e de sobreviventes de câncer, que são especialmente
vulneráveis à doença causada pelo coronavírus, pontuou El-Sadr. Já países mais
pobres tendem a ter mais crianças, adolescentes e jovens adultos, que são menos
propensos a adoecer gravemente.
Mas o padrão que se vê em
grande escala, quando os países são comparados, é diferente quando eles são
examinados de perto. Dentro de cada nação desenvolvida, quando as infecções são
mapeadas, regiões e bairros mais pobres são os mais atingidos.
Nos EUA, por exemplo, a
covid-19 teve um impacto muito maior nas populações negra e hispânica, que são
mais propensas a viver em regiões mais pobres e têm menos acesso a cuidados de
saúde.
A economia também desempenhou
um papel na campanha global de vacinação, com países ricos sendo acusados de
bloquear o abastecimento de imunizantes. Enquanto EUA e outros países já estão
administrando doses de reforço das vacinas, milhões de pessoas em toda a África
não receberam sequer a primeira dose.
A África continua sendo a
região menos vacinada do mundo, com apenas 5% de sua população de 1,3 bilhão de
pessoas totalmente vacinada. Fonte: Deutsche
Welle – 01.11 2021