A ocupação de unidades de
terapia intensiva (UTIs) para covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) está em
“situação extremamente crítica", com 15 capitais superando os 90%, aponta
a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Pesquisadores do Observatório
Fiocruz Covid-19 publicaram na terça-feira, edição extraordinária do boletim
que acompanha a evolução da pandemia no país para alertar sobre o agravamento,
que vem causando recordes de mortes desde fevereiro. Ontem, pela primeira vez,
a média diária de mortes em sete dias ultrapassou 1,5 mil casos.
O boletim aponta que 25 das
27 capitais brasileiras estão com a taxa de ocupação no patamar considerado
zona de alerta crítico, com mais de 80% dos leitos ocupados. Na maior parte
dessas cidades, a ocupação passou dos 90%. Belém e Maceió, apesar de estarem na
zona de alerta intermediário, apresentam ocupação de UTIs acima de 70%.
Estavam na zona de alerta
crítico segundo dados coletados em 8 de março:
Porto Velho (100%), Rio Branco (99%), Manaus (87%),
Boa Vista (80%),, Macapá (90%), Palmas (95%),
São Luís (94%), Teresina (98%), Fortaleza (96%),
Natal (96%), João Pessoa (87%), Recife (85%),
Aracajú (86%), Salvador (85%), Belo Horizonte (85%),
Vitória (80%), Rio de Janeiro (93%), São Paulo (82%),
Curitiba (96%), Florianópolis (97%), Porto Alegre (102%),
Campo Grande (106%), Cuiabá (96%),
Goiânia (98%) e Brasília (97%).
ESTADOS: Quando a análise se
concentra nas unidades federativas, 20 estão com a ocupação de UTIs acima de
80%, sendo 13 delas com mais de 90% das vagas preenchidas por pacientes graves
de covid-19. A ocupação é maior em Rondônia, Acre, Tocantins, Ceará, Rio Grande
do Norte, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do
Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.
Os pesquisadores avaliam que
o quadro atual aponta para a sobrecarga e o colapso de sistemas de saúde e
reforçam que é necessário ampliar e fortalecer as medidas de prevenção à
transmissão da doença, com distanciamento físico e social, uso de máscaras e
higienização de mãos.
"Nos municípios e
estados que já se encontram próximos ou em situação de colapso, a análise
destaca a necessidade de adoção de medidas de supressão mais rigorosas de
restrição da circulação e das atividades não essenciais. Além disso, é
necessário o reforço da atenção primária e das ações de vigilância, que incluem
a testagem oportuna de casos suspeitos e seus contatos", afirma a Fiocruz.
Fonte: Fonte: Agência Brasil -
Publicado em 09/03/2021