Observação: O Estado de São Paulo não divulgou boletim com os dados da Covid-19 na quarta‑feira. De acordo
com a Secretaria de Saúde, um problema no processamento total de dados de Covid‑19 devido a novas falhas no sistema SIVEP do Ministério da Saúde afetou a atualização dos casos e óbitos. Em nota enviada ao G1, o Ministério nega problemas: "O Ministério da Saúde informa que não há nenhum problema técnico que impeça o registro de novas notificações de Covid‑19 no SIVEP Gripe." Fonte: Por G1-
16/12/2020
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
Coronavírus: Situção do Estado de São Paulo até 16 de dezembro
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
terça-feira, 15 de dezembro de 2020
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
domingo, 13 de dezembro de 2020
Coronavírus: Ministério da Saúde confirma primeiro caso de reinfecção por Covid-19
No último dia 9, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde recebeu um relatório do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo da Fiocruz/RJ - Laboratório de Referência Nacional para a Covid-19 no Brasil, - contendo os resultados laboratoriais de duas amostras clínicas de um caso suspeito de reinfecção da doença pelo coronavírus.
Conforme critérios
estabelecidos na Nota Técnica Nº 52/2020-CGPNI/DEIDT/SVS/MS, esses resultados
laboratoriais permitem confirmar o primeiro caso de reinfecção no Brasil.
O caso é de uma profissional
da área da saúde, 37 anos, que reside em Natal/RN. Ela teve a doença em junho,
se curou, e teve resultado positivo novamente em outubro - 116 dias depois do
primeiro diagnóstico. As análises realizadas permitem confirmar a reinfecção
pelo vírus SARS-CoV-2, após sequenciamento do genoma completo viral que
identificou duas linhagens distintas.
As duas amostras foram
enviadas ao Laboratório, onde houve a confirmação dos resultados via
metodologia de RT-PCR em tempo real. No intervalo entre as duas amostras, foi
realizada uma coleta em 8 de setembro de 2020, que apresentou resultado não
detectável pela metodologia RT-PCR em tempo real, realizado no Instituto de
Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A
Escola Técnica em Saúde da Universidade Federal da Paraíba, através do
Laboratório de Vigilância Molecular, que é parceiro do Lacen da Paraíba, também
atuou nas investigações laboratoriais.
Esse resultado foi fruto de
um trabalho integrado entre vigilância epidemiológica e laboratorial das três
esferas do governo, Universidades, Laboratórios Centrais de Saúde Pública e
Laboratório de Referência Nacional.
O Ministério da Saúde alerta que o caso reforça a necessidade da adoção do uso contínuo de máscaras, higienização constantes das mãos e o uso de álcool em gel. O Governo Federal está buscando o mais rápido possível a vacina confiável, segura e aprovada pela Anvisa, para que todos os brasileiros que desejarem possam ser imunizados. Fonte: Ministério da Saúde- Publicado em 10/12/2020 09h42
Coronavírus: Wuhan retorna a vida normal
Moradores da cidade chinesa onde os primeiros casos da doença foram oficialmente divulgados, há quase um ano, dizem que disciplina e cautela são receita para evitar uma segunda onda de contágios.
Grandes grupos de clientes
fazem fila do lado de fora das lojas de marcas de luxo em uma tarde fria na
cidade chinesa de Wuhan. Tirando as máscaras nos rostos, tudo parece ter
voltado ao normal na cidade onde os primeiros casos de covid-19 foram
diagnosticados há quase um ano.
Embora países ao redor do
mundo estejam lutando para conter as últimas ondas da pandemia, os residentes
em Wuhan não parecem muito preocupados com a possibilidade de um ressurgimento.
"Após o surto inicial em janeiro, não acho que testemunharemos outra
infecção em grande escala em Wuhan", diz Yen, uma professora de inglês de
29 anos.
"Mesmo que o número de
casos confirmados suba novamente, sabemos como nos prevenir adequadamente de
sermos infectados", acrescenta. "Se você olhar em volta, quase todo
mundo na rua segue o protocolo do governo diligentemente. Se você se esquecer
de colocar uma máscara em público, alguém o lembrará."
EPICENTRO DA COVID-19: Desde
que foi identificado em Wuhan em dezembro de 2019, o coronavírus infectou mais
de 68 milhões de pessoas, enquanto cerca de 1,5 milhão de pessoas perderam suas
vidas globalmente. Depois de relatar os primeiros 27 casos à Organização
Mundial da Saúde em 31 de dezembro de 2019, a cidade central da China foi
rapidamente engolfada pelo vírus misterioso, que infectou cerca de 50 mil
pessoas em poucas semanas.
Alguns residentes culparam o
esforço do governo para silenciar os denunciantes e sua relutância inicial em
revelar a escala total da pandemia como razões pelas quais dezenas de milhares
de pessoas na cidade de 11 milhões de pessoas foram infectadas pela covid-19.
"O governo local alertou a equipe médica para não compartilhar nenhuma informação sobre o vírus e, em seguida, eles não anunciaram publicamente que o vírus poderia ser transmitido entre seres humanos durante as primeiras semanas, o que levou à rápida disseminação do vírus entre os residentes de Wuhan", diz Li, uma habitante de Wuhan de 30 anos.
No final de janeiro, o
governo de Wuhan decidiu impor um bloqueio total na cidade. O transporte
público foi suspenso, e os cidadãos foram convidados a ficar em casa. O número
de casos confirmados foi reduzindo gradualmente. Então, em abril, o governo
regional suspendeu o bloqueio em toda a cidade e as empresas retomaram
lentamente as operações nos meses seguintes.
O surto inicial e o bloqueio
total de meses fizeram com que muitos residentes de Wuhan continuassem
cautelosos, apesar da diminuição do número de casos confirmados. "Temos
ido ao cinema, assistido apresentações ao vivo e até mesmo viajado para outras
cidades desde o início do verão", diz Lin, que pediu para ser identificada
apenas por seu sobrenome. "No entanto, todos ainda estão com suas
máscaras, e muitos de nós mantemos pequenos frascos de desinfetante em nossas
bolsas", ressalta. "Quando visitei Xangai no mês passado, vi que as
pessoas em outras cidades não são tão vigilantes quanto as pessoas em Wuhan.
Menos pessoas usam máscaras em público."
SIGA ORDENS, EVITE DOENÇAS: Enquanto
a vida volta ao normal em Wuhan, muitas cidades ao redor do mundo estão
entrando em outra onda de paralisações. Nos Estados Unidos, cerca de 15 mil
pessoas morreram em decorrência da covid-19 na semana passada. Vários países da
Europa implementaram restrições rígidas antes do feriado de Natal.
Para as pessoas em Wuhan,
testemunhar outros países lutando para manter a pandemia sob controle é algo
desconcertante. "Acho difícil entender por que os Estados Unidos não
conseguem controlar a pandemia, apesar das repetidas tentativas de implementar
medidas de distanciamento social ou lockdown estrito", diz Yen.
"Parece que o ímpeto
deles sempre foi interrompido por eventos nacionais, incluindo os protestos
Black Lives Matter, a eleição presidencial e as celebrações de feriado. Acho
que todos esses incidentes contribuem para sua incapacidade de conter o surto
de coronavírus."
Outros expressaram tristeza
pelos países que lutam para controlar a propagação do vírus. "Sinto muito
pelo resto do mundo, porque a pandemia surgiu em Wuhan em primeiro lugar",
afirma Lin.
"Acho que também podemos
ver a diferença em como as pessoas de diferentes países estão respondendo às
medidas preventivas”, acrescenta Lin. "Na
minha opinião, a pandemia reflete a natureza do povo chinês de seguir ordens,
enquanto as pessoas nos países ocidentais estão mais relutantes em sacrificar
sua liberdade e direitos."
PROTEÇÃO OU VIGILÂNCIA?: Alguns
residentes de Wuhan estão se perguntando se o "modelo chinês" é
realmente tão econômico e eficaz quanto o governo afirma. "Desde o surto
inicial, fui testado pelo menos cinco vezes e também me preocupo constantemente
em ser rastreado pelo governo por meio dos códigos QR que os cidadãos devem
instalar em seus dispositivos", diz Lin.
Enquanto um pequeno número de
casos confirmados começa a ressurgir em várias partes da China, os residentes
de Wuhan vão ficando mais cautelosos sobre qualquer possível ressurgimento do
surto. "Depois que o governo encontrou traços de coronavírus em alguns
alimentos congelados importados alguns de meus amigos decidiram não comprar
nenhum produto congelado neste inverno", diz Yen.
"Começamos a usar
máscaras no trabalho novamente, e muitas pessoas também estão tentando acumular
máscaras, desinfetantes e outros equipamentos de proteção que serão úteis se
houver outro surto de covid-19", conta Yen.
Enquanto muitos países
depositam suas esperanças no lançamento da vacina contra covid-19, alguns
residentes de Wuhan temem colocar todas as esperanças num único projeto.
"Embora a notícia da vacina me deixe menos nervoso com o inverno que se
aproxima, acredito que não seja a cura definitiva para a pandemia", diz
Li. "Acho que a ciência será a única coisa com que podemos contar",
acrescentou ela. Fonte: Deutsche Welle – 11 12.2020
Comentário: COVID-19 na China
Casos confirmados: 86.701
Óbitos: 4.634
Recuperados: 81.774
Casos ativos: 293
Fonte: Worldometer - Last updated: December 12, 2020, 19:49 GMT
sábado, 12 de dezembro de 2020
Coronavírus: Alemanha teme que pior da pandemia ainda não tenha passado
Na Alemanha, o pior da pandemia parece ainda não ter passado. E o país, que nestes dias experimenta recordes de mortes e casos de covid-19, espera que as próximas semanas sejam ainda mais difíceis.
O alerta foi feito na quinta-feira
(10/12) pelo Instituto Robert Koch (RKI), a agência de controle e prevenção de
doenças do governo, e chega um dia depois de um apelo emocionado da chanceler
federal Angela Merkel aos cidadãos.
"A situação é muito
séria ainda e se deteriorou nas últimas semanas. Atualmente, estamos vendo uma
alta nas infecções", afirmou Lothar Wieler, chefe do RKI.
Na quarta-feira, a Alemanha teve seu dia mais letal desde o início da pandemia, com 590 mortes em 24 horas. Nesta quinta-feira, a cifra foi de 440, e o número de novas infecções alcançou um novo recorde: 23.679 registradas em 24 horas.
REDUZIR CONTATO EM PELO MENOS
60%: Segundo Wieler, o contato entre pessoas precisará ser cortado em pelo
menos 60%, a fim de diminuir as infecções. Ele desaconselhou viagens de Natal.
"Se as pessoas não conseguirem alcançar esta redução por conta própria,
outras medidas terão que ser consideradas", disse ele. "Se elas não
tiverem sucesso, não vejo outra opção."
O principal centro de
controle de doenças do país diz que o atual aumento das infecções é
preocupante. Os estados mais atingidos estão no leste do país - Turíngia,
Brandenburgo e Saxônia-Anhalt.
A maior economia da Europa,
que conseguiu controlar com relativo sucesso a primeira onda da pandemia, está
em lockdown parcial há quase seis semanas. Bares e restaurantes estão fechados,
mas lojas e escolas continuam abertas.
APELO DE MERKEL: Na
quarta-feira, Merkel, conhecida pela frieza e pragmatismo com que trata os
assuntos de governo, fez um raro apelo emocionado aos cidadãos e declarou apoio
a medidas mais duras de confinamento. O número de mortes, afirmou, é
inaceitável. "Faríamos bem se levassem a sério o que os cientistas
dizem", comentou Merkel.
Mas o sistema federal na
Alemanha é altamente descentralizado e concede a maioria desses poderes, como a
determinação de um lockdown, a seus 16 governos estaduais. Isso significa que o
endurecimento ou afrouxamento de tais restrições é feito a um ritmo muito mais
lento do que em outros países europeus.
Pesquisas mostram que a
maioria dos alemães apoia as medidas de distanciamento e a obrigação no uso de
máscaras, embora um pequeno, mas barulhento grupo, conhecido como Querdenken,
tenha organizado protestos contra elas. Fonte: Deutsche Welle – 10.12.2020