quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Coronavírus: Situção do Estado de São Paulo até 16 de dezembro

 

Observação: O Estado de São Paulo não divulgou boletim com os dados da Covid-19 na quarta‑feira. De acordo com a Secretaria de Saúde, um problema no processamento total de dados de Covid‑19 devido a novas falhas no sistema SIVEP do Ministério da Saúde afetou a atualização dos casos e óbitos. Em nota enviada ao G1, o Ministério nega problemas: "O Ministério da Saúde informa que não há nenhum problema técnico que impeça o registro de novas notificações de Covid‑19 no SIVEP Gripe." Fonte: Por G1- 16/12/2020 


domingo, 13 de dezembro de 2020

Coronavírus: Ministério da Saúde confirma primeiro caso de reinfecção por Covid-19

 No último dia 9, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde recebeu um relatório do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo da Fiocruz/RJ - Laboratório de Referência Nacional para a Covid-19 no Brasil, - contendo os resultados laboratoriais de duas amostras clínicas de um caso suspeito de reinfecção da doença pelo coronavírus.

Conforme critérios estabelecidos na Nota Técnica Nº 52/2020-CGPNI/DEIDT/SVS/MS, esses resultados laboratoriais permitem confirmar o primeiro caso de reinfecção no Brasil.

O caso é de uma profissional da área da saúde, 37 anos, que reside em Natal/RN. Ela teve a doença em junho, se curou, e teve resultado positivo novamente em outubro - 116 dias depois do primeiro diagnóstico. As análises realizadas permitem confirmar a reinfecção pelo vírus SARS-CoV-2, após sequenciamento do genoma completo viral que identificou duas linhagens distintas.

As duas amostras foram enviadas ao Laboratório, onde houve a confirmação dos resultados via metodologia de RT-PCR em tempo real. No intervalo entre as duas amostras, foi realizada uma coleta em 8 de setembro de 2020, que apresentou resultado não detectável pela metodologia RT-PCR em tempo real, realizado no Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A Escola Técnica em Saúde da Universidade Federal da Paraíba, através do Laboratório de Vigilância Molecular, que é parceiro do Lacen da Paraíba, também atuou nas investigações laboratoriais.

Esse resultado foi fruto de um trabalho integrado entre vigilância epidemiológica e laboratorial das três esferas do governo, Universidades, Laboratórios Centrais de Saúde Pública e Laboratório de Referência Nacional.

O Ministério da Saúde alerta que o caso reforça a necessidade da adoção do uso contínuo de máscaras, higienização constantes das mãos e o uso de álcool em gel. O Governo Federal está buscando o mais rápido possível a vacina confiável, segura e aprovada pela Anvisa, para que todos os brasileiros que desejarem possam ser imunizados. Fonte: Ministério da Saúde- Publicado em 10/12/2020 09h42 

Coronavírus: Wuhan retorna a vida normal

 Moradores da cidade chinesa onde os primeiros casos da doença foram oficialmente divulgados, há quase um ano, dizem que disciplina e cautela são receita para evitar uma segunda onda de contágios. 

Grandes grupos de clientes fazem fila do lado de fora das lojas de marcas de luxo em uma tarde fria na cidade chinesa de Wuhan. Tirando as máscaras nos rostos, tudo parece ter voltado ao normal na cidade onde os primeiros casos de covid-19 foram diagnosticados há quase um ano.

Embora países ao redor do mundo estejam lutando para conter as últimas ondas da pandemia, os residentes em Wuhan não parecem muito preocupados com a possibilidade de um ressurgimento. "Após o surto inicial em janeiro, não acho que testemunharemos outra infecção em grande escala em Wuhan", diz Yen, uma professora de inglês de 29 anos.

"Mesmo que o número de casos confirmados suba novamente, sabemos como nos prevenir adequadamente de sermos infectados", acrescenta. "Se você olhar em volta, quase todo mundo na rua segue o protocolo do governo diligentemente. Se você se esquecer de colocar uma máscara em público, alguém o lembrará."

EPICENTRO DA COVID-19: Desde que foi identificado em Wuhan em dezembro de 2019, o coronavírus infectou mais de 68 milhões de pessoas, enquanto cerca de 1,5 milhão de pessoas perderam suas vidas globalmente. Depois de relatar os primeiros 27 casos à Organização Mundial da Saúde em 31 de dezembro de 2019, a cidade central da China foi rapidamente engolfada pelo vírus misterioso, que infectou cerca de 50 mil pessoas em poucas semanas.

Alguns residentes culparam o esforço do governo para silenciar os denunciantes e sua relutância inicial em revelar a escala total da pandemia como razões pelas quais dezenas de milhares de pessoas na cidade de 11 milhões de pessoas foram infectadas pela covid-19.

"O governo local alertou a equipe médica para não compartilhar nenhuma informação sobre o vírus e, em seguida, eles não anunciaram publicamente que o vírus poderia ser transmitido entre seres humanos durante as primeiras semanas, o que levou à rápida disseminação do vírus entre os residentes de Wuhan", diz Li, uma habitante de Wuhan de 30 anos.

No final de janeiro, o governo de Wuhan decidiu impor um bloqueio total na cidade. O transporte público foi suspenso, e os cidadãos foram convidados a ficar em casa. O número de casos confirmados foi reduzindo gradualmente. Então, em abril, o governo regional suspendeu o bloqueio em toda a cidade e as empresas retomaram lentamente as operações nos meses seguintes.

O surto inicial e o bloqueio total de meses fizeram com que muitos residentes de Wuhan continuassem cautelosos, apesar da diminuição do número de casos confirmados. "Temos ido ao cinema, assistido apresentações ao vivo e até mesmo viajado para outras cidades desde o início do verão", diz Lin, que pediu para ser identificada apenas por seu sobrenome. "No entanto, todos ainda estão com suas máscaras, e muitos de nós mantemos pequenos frascos de desinfetante em nossas bolsas", ressalta. "Quando visitei Xangai no mês passado, vi que as pessoas em outras cidades não são tão vigilantes quanto as pessoas em Wuhan. Menos pessoas usam máscaras em público."

SIGA ORDENS, EVITE DOENÇAS: Enquanto a vida volta ao normal em Wuhan, muitas cidades ao redor do mundo estão entrando em outra onda de paralisações. Nos Estados Unidos, cerca de 15 mil pessoas morreram em decorrência da covid-19 na semana passada. Vários países da Europa implementaram restrições rígidas antes do feriado de Natal.

Para as pessoas em Wuhan, testemunhar outros países lutando para manter a pandemia sob controle é algo desconcertante. "Acho difícil entender por que os Estados Unidos não conseguem controlar a pandemia, apesar das repetidas tentativas de implementar medidas de distanciamento social ou lockdown estrito", diz Yen.

"Parece que o ímpeto deles sempre foi interrompido por eventos nacionais, incluindo os protestos Black Lives Matter, a eleição presidencial e as celebrações de feriado. Acho que todos esses incidentes contribuem para sua incapacidade de conter o surto de coronavírus."

Outros expressaram tristeza pelos países que lutam para controlar a propagação do vírus. "Sinto muito pelo resto do mundo, porque a pandemia surgiu em Wuhan em primeiro lugar", afirma Lin.

"Acho que também podemos ver a diferença em como as pessoas de diferentes países estão respondendo às medidas preventivas”, acrescenta Lin. "Na minha opinião, a pandemia reflete a natureza do povo chinês de seguir ordens, enquanto as pessoas nos países ocidentais estão mais relutantes em sacrificar sua liberdade e direitos."

PROTEÇÃO OU VIGILÂNCIA?: Alguns residentes de Wuhan estão se perguntando se o "modelo chinês" é realmente tão econômico e eficaz quanto o governo afirma. "Desde o surto inicial, fui testado pelo menos cinco vezes e também me preocupo constantemente em ser rastreado pelo governo por meio dos códigos QR que os cidadãos devem instalar em seus dispositivos", diz Lin.

Enquanto um pequeno número de casos confirmados começa a ressurgir em várias partes da China, os residentes de Wuhan vão ficando mais cautelosos sobre qualquer possível ressurgimento do surto. "Depois que o governo encontrou traços de coronavírus em alguns alimentos congelados importados alguns de meus amigos decidiram não comprar nenhum produto congelado neste inverno", diz Yen.

"Começamos a usar máscaras no trabalho novamente, e muitas pessoas também estão tentando acumular máscaras, desinfetantes e outros equipamentos de proteção que serão úteis se houver outro surto de covid-19", conta Yen.

Enquanto muitos países depositam suas esperanças no lançamento da vacina contra covid-19, alguns residentes de Wuhan temem colocar todas as esperanças num único projeto. "Embora a notícia da vacina me deixe menos nervoso com o inverno que se aproxima, acredito que não seja a cura definitiva para a pandemia", diz Li. "Acho que a ciência será a única coisa com que podemos contar", acrescentou ela. Fonte: Deutsche Welle – 11 12.2020

Comentário:  COVID-19 na China

Casos confirmados: 86.701

Óbitos: 4.634

Recuperados: 81.774

Casos ativos: 293

Fonte: Worldometer - Last updated: December 12, 2020, 19:49 GMT

sábado, 12 de dezembro de 2020

Coronavírus: Alemanha teme que pior da pandemia ainda não tenha passado

 Na Alemanha, o pior da pandemia parece ainda não ter passado. E o país, que nestes dias experimenta recordes de mortes e casos de covid-19, espera que as próximas semanas sejam ainda mais difíceis.

O alerta foi feito na quinta-feira (10/12) pelo Instituto Robert Koch (RKI), a agência de controle e prevenção de doenças do governo, e chega um dia depois de um apelo emocionado da chanceler federal Angela Merkel aos cidadãos.

"A situação é muito séria ainda e se deteriorou nas últimas semanas. Atualmente, estamos vendo uma alta nas infecções", afirmou Lothar Wieler, chefe do RKI.

Na quarta-feira, a Alemanha teve seu dia mais letal desde o início da pandemia, com 590 mortes em 24 horas. Nesta quinta-feira, a cifra foi de 440, e o número de novas infecções alcançou um novo recorde: 23.679 registradas em 24 horas.   

REDUZIR CONTATO EM PELO MENOS 60%: Segundo Wieler, o contato entre pessoas precisará ser cortado em pelo menos 60%, a fim de diminuir as infecções. Ele desaconselhou viagens de Natal. "Se as pessoas não conseguirem alcançar esta redução por conta própria, outras medidas terão que ser consideradas", disse ele. "Se elas não tiverem sucesso, não vejo outra opção."

O principal centro de controle de doenças do país diz que o atual aumento das infecções é preocupante. Os estados mais atingidos estão no leste do país - Turíngia, Brandenburgo e Saxônia-Anhalt.

A maior economia da Europa, que conseguiu controlar com relativo sucesso a primeira onda da pandemia, está em lockdown parcial há quase seis semanas. Bares e restaurantes estão fechados, mas lojas e escolas continuam abertas.

APELO DE MERKEL: Na quarta-feira, Merkel, conhecida pela frieza e pragmatismo com que trata os assuntos de governo, fez um raro apelo emocionado aos cidadãos e declarou apoio a medidas mais duras de confinamento. O número de mortes, afirmou, é inaceitável. "Faríamos bem se levassem a sério o que os cientistas dizem", comentou Merkel.

Mas o sistema federal na Alemanha é altamente descentralizado e concede a maioria desses poderes, como a determinação de um lockdown, a seus 16 governos estaduais. Isso significa que o endurecimento ou afrouxamento de tais restrições é feito a um ritmo muito mais lento do que em outros países europeus.

Pesquisas mostram que a maioria dos alemães apoia as medidas de distanciamento e a obrigação no uso de máscaras, embora um pequeno, mas barulhento grupo, conhecido como Querdenken, tenha organizado protestos contra elas. Fonte: Deutsche Welle – 10.12.2020