quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Coronavírus: Situação do Brasil até 11 de novembro

 

Obs: Problemas nos sistemas oficiais do Ministério da Saúde na sexta-feira (6) impedem a extração diária dos dados sobre os casos da doença
































































quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Coronavírus: Carne importada da Alemanha pode ter gerado caso de covid na China

 Mais de 77.000 pessoas foram testadas para o coronavírus na cidade chinesa de Tianjin, no norte do país, depois de um caso de transmissão local ter sido registrado no município no último domingo (08/11). A infecção foi ligada a um armazém frigorífico e reforça as suspeitas de que o vírus pode estar se alastrando por meio de embalagens de alimentos congelados importados.

Segundo a imprensa local, o paciente é um funcionário do porto da cidade e teria sido infectado após manusear uma embalagem de carne de porco congelada importada da Alemanha.

O vírus teria vindo em um carregamento de joelhos de porco congelados oriundos do porto alemão de Bremerhaven. Uma amostra da embalagem do produto coletada em Dezhou, na província de Shandong, que também foi importada através de Tianjin, também tinha traços do coronavírus, segundo as autoridades locais.

Os vestígios do vírus foram encontrados durante uma inspeção aleatória de embalagens oriundas da Alemanha e que desembarcaram no porto de Tianjin em 19 de outubro passado, o que pressupõe que o vírus sobreviveu na embalagem por pelo menos 19 dias.

Um porta-voz da ministra alemã da Agricultura, Julia Klöckner, levantou dúvidas sobre o caso. "Até onde sabemos, um joelho de porco alemão é um motivo improvável para um caso de coronavírus na China", afirmou. Ele mostrou dados do Instituto Federal para Avaliação de Riscos que indicam não haver provas de contaminações através do consumo de carne ou do contato com embalagens.

AEROPORTO: Já na terça-feira, autoridades da cidade de Xangai, capital financeira da China, disseram ter registrado um novo caso de infecção, dessa vez em um homem de 51 anos que trabalha no aeroporto de Pudong, o principal da cidade. Ainda não se sabe como ele contraiu o vírus.

Até o momento, 186 pessoas foram colocadas em quarentena na cidade, e mais de 8.000 foram testadas em ligação com o caso. O aeroporto opera normalmente. Até então, a última transmissão do vírus registrada em Xangai havia sido em 29 de junho.

PORTO: Em 24 de setembro, dois estivadores no porto oriental de Qingdao contraíram também o vírus ao entrar em contacto com embalagens que continham vestígios de covid-19. A infecção resultou, semanas depois, num surto na cidade, segundo as autoridades chinesas.

VÁRIOS PRODUTOS CONGELADOS: Nos últimos meses, vários produtos congelados oriundos de países como o Equador ou o Brasil colocaram em alerta as autoridades chinesas.

Em agosto passado, a província central de Shanxi anunciou a proibição da compra, venda e uso de camarão branco do Equador, após detectar vários casos do coronavírus em embalagens.

A cidade de Shenzhen, no sudeste, detectou vestígios do vírus em pacotes de asas de frango congeladas do Brasil e, um mês antes, também em frutos do mar do Equador.

PANDEMIA SOB CONTROLE: A China mantém a pandemia sob controle dentro de suas fronteiras após a doença ter sido registrada pela primeira vez no mundo na cidade de Wuhan e se espalhado pelos demais continentes. Ainda assim, surgiram casos esporádicos em cidades como Qingdao e Xinjiang.

Segundo dados divulgados na terça-feira pelas autoridades nacionais de saúde, a China continental soma 86.267 casos de covid-19, e o total de mortes permanece sendo de 4.643. Fonte: Deutsche Welle – 10.11.2020

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Coronavírus: Situação do Brasil até 7 de novembro

 



O site do Ministério da Saúde está com instabilidade desde 5 de novembo. Por causa disso os dados estão incompletos

sábado, 7 de novembro de 2020

Dinamarca quer abater visons após mutação do novo coronavírus

 Identificada em visons, mutação coloca em risco eficácia de vacinas em desenvolvimento. País decreta lockdown e fecha divisas da região afetada para evitar propagação.

Uma mutação do coronavírus Sars-Cov-2 originada em visons infectou 214 pessoas na Dinamarca, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (06/11) pelo Statens Serum Institut (SSI), centro de referência para doenças infecciosas no país. Essa mutação representa um risco para a eficácia das vacinas que estão sendo desenvolvidas contra a covid-19.

"A infecção entre as fazendas de visons está aumentando em número e extensão geográfica, sem que as medidas preventivas tenham funcionado", apontou o SSI. "Foram vistas novas variações de visons com covid-19, que mostram uma sensibilidade reduzida aos anticorpos de várias pessoas com infecções anteriores. Isso é grave, já que pode significar que uma futura vacina será menos eficaz, por causa dessas variantes", indica o órgão.

O Statens Serum Institut ainda destaca que infecções foram identificadas entre pessoas que trabalham nas fazendas de visons, mas também entre a população local.

Para tentar conter o avanço da mutação, o governo da Dinamarca anunciou um lockdown de quatro semanas que afeta os cerca de 280 mil habitantes da região da Jutlândia do Norte, que abriga mais de 1.100 criadouros de visons e onde a maioria dos casos foi detectada. Além de fechar as divisas da região, moradores estão impedidos de trafegar entre diferentes cidades, o transporte público foi suspenso, e atividades culturais e esportivas foram proibidas.

"Precisamos acabar com essa mutação do vírus", afirmou o ministro da Saúde dinamarquês, Magnus Heunicke.

MILHOES DE VISONS SERÃO SACRIFICADOS: O governo também pediu que todos os moradores da região façam o teste de covid-19. Na quarta-feira, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, anunciou que até 17 milhões de visons serão sacrificados no país como precaução. Maior produtor global de visons, cuja pele é usada para fazer casacos, a Dinamarca já havia abatido animais de fazendas anteriormente por causa de infecções pelo vírus, mas os surtos persistiram.

De acordo com o Statens Serum Institut, já foram detectadas cinco variações do Sars-Cov-2 no pequeno mamífero, e uma delas "exibe uma menor suscetibilidade aos anticorpos de múltiplos indivíduos com infecções passadas, em relação ao vírus não mutado". Essa variação, conforme indica o instituto, foi encontrada, especificamente, em cinco fazendas de visons e em 12 amostras de infecções em humanos, ao longo de agosto e setembro.

OMS EM ALERTA: A Organização Mundial da Saúde (OMS) está em contato com as autoridades da Dinamarca e acompanhando a situação. A agência da ONU está também analisando a biossegurança dos criadouros de visons ao redor do mundo para prevenir novos surtos.

A líder técnica para covid-19 da OMS, Maria van Kerkhove, disse que a transmissão do vírus entre animais e humanos é "preocupante", mas afirmou que mutações são comuns e estão sendo observadas no novo coronavírus desde que ele foi identificado no fim do ano passado.

A OMS indicou ainda ser precipitado avaliar as consequências do caso, por não haver evidência de impacto na propagação do patógeno ou na gravidade da infecção.

"É muito cedo para tirar conclusões sobre as implicações que têm essa mutação específica, seja na transmissão, na severidade ou para a resposta imunitária e a potencial eficácia de uma vacina", disse a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan.

A OMS lidera um grupo científico formado por biólogos evolucionistas e biotecnólogos, que seguem de forma permanente todas as mudanças do patógeno no planeta.

O diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, acrescentou ainda que a agência está preparando uma avaliação de risco sobre o incidente na Dinamarca que deverá ser divulgada em breve.

"Isso é preocupante porque espécies de mamíferos como os visons são hospedeiros muito bons, e o vírus pode evoluir dentro dessas espécies, especialmente se há uma concentração grande de animais num espaço pequeno", afirmou Ryan. Fonte: Deutsche Welle – 06.11.2020