segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Coronavírus: Situação do Brasil até 7 de novembro

 



O site do Ministério da Saúde está com instabilidade desde 5 de novembo. Por causa disso os dados estão incompletos

sábado, 7 de novembro de 2020

Dinamarca quer abater visons após mutação do novo coronavírus

 Identificada em visons, mutação coloca em risco eficácia de vacinas em desenvolvimento. País decreta lockdown e fecha divisas da região afetada para evitar propagação.

Uma mutação do coronavírus Sars-Cov-2 originada em visons infectou 214 pessoas na Dinamarca, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (06/11) pelo Statens Serum Institut (SSI), centro de referência para doenças infecciosas no país. Essa mutação representa um risco para a eficácia das vacinas que estão sendo desenvolvidas contra a covid-19.

"A infecção entre as fazendas de visons está aumentando em número e extensão geográfica, sem que as medidas preventivas tenham funcionado", apontou o SSI. "Foram vistas novas variações de visons com covid-19, que mostram uma sensibilidade reduzida aos anticorpos de várias pessoas com infecções anteriores. Isso é grave, já que pode significar que uma futura vacina será menos eficaz, por causa dessas variantes", indica o órgão.

O Statens Serum Institut ainda destaca que infecções foram identificadas entre pessoas que trabalham nas fazendas de visons, mas também entre a população local.

Para tentar conter o avanço da mutação, o governo da Dinamarca anunciou um lockdown de quatro semanas que afeta os cerca de 280 mil habitantes da região da Jutlândia do Norte, que abriga mais de 1.100 criadouros de visons e onde a maioria dos casos foi detectada. Além de fechar as divisas da região, moradores estão impedidos de trafegar entre diferentes cidades, o transporte público foi suspenso, e atividades culturais e esportivas foram proibidas.

"Precisamos acabar com essa mutação do vírus", afirmou o ministro da Saúde dinamarquês, Magnus Heunicke.

MILHOES DE VISONS SERÃO SACRIFICADOS: O governo também pediu que todos os moradores da região façam o teste de covid-19. Na quarta-feira, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, anunciou que até 17 milhões de visons serão sacrificados no país como precaução. Maior produtor global de visons, cuja pele é usada para fazer casacos, a Dinamarca já havia abatido animais de fazendas anteriormente por causa de infecções pelo vírus, mas os surtos persistiram.

De acordo com o Statens Serum Institut, já foram detectadas cinco variações do Sars-Cov-2 no pequeno mamífero, e uma delas "exibe uma menor suscetibilidade aos anticorpos de múltiplos indivíduos com infecções passadas, em relação ao vírus não mutado". Essa variação, conforme indica o instituto, foi encontrada, especificamente, em cinco fazendas de visons e em 12 amostras de infecções em humanos, ao longo de agosto e setembro.

OMS EM ALERTA: A Organização Mundial da Saúde (OMS) está em contato com as autoridades da Dinamarca e acompanhando a situação. A agência da ONU está também analisando a biossegurança dos criadouros de visons ao redor do mundo para prevenir novos surtos.

A líder técnica para covid-19 da OMS, Maria van Kerkhove, disse que a transmissão do vírus entre animais e humanos é "preocupante", mas afirmou que mutações são comuns e estão sendo observadas no novo coronavírus desde que ele foi identificado no fim do ano passado.

A OMS indicou ainda ser precipitado avaliar as consequências do caso, por não haver evidência de impacto na propagação do patógeno ou na gravidade da infecção.

"É muito cedo para tirar conclusões sobre as implicações que têm essa mutação específica, seja na transmissão, na severidade ou para a resposta imunitária e a potencial eficácia de uma vacina", disse a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan.

A OMS lidera um grupo científico formado por biólogos evolucionistas e biotecnólogos, que seguem de forma permanente todas as mudanças do patógeno no planeta.

O diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, acrescentou ainda que a agência está preparando uma avaliação de risco sobre o incidente na Dinamarca que deverá ser divulgada em breve.

"Isso é preocupante porque espécies de mamíferos como os visons são hospedeiros muito bons, e o vírus pode evoluir dentro dessas espécies, especialmente se há uma concentração grande de animais num espaço pequeno", afirmou Ryan. Fonte: Deutsche Welle – 06.11.2020



quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Coronavírus: Voo de sete horas resulta em 59 infecções pelo novo coronavírus

 Um estudo mostrou que um voo internacional de sete horas e meia com apenas 17% de ocupação resultou em 59 infecções pelo novo coronavírus, incluindo 13 passageiros e 46 pessoas infectadas mais tarde, já no país de destino.

Os pesquisadores afirmaram que o caso demonstra o grande potencial de disseminação do vírus relacionado ao tráfego aéreo e que restrições de movimento após o desembarque e o rastreamento de contatos podem limitar as transmissões.

Segundo o estudo, publicado no site Eurosurveillance na semana passada, o voo tinha como destino a Irlanda e ocorreu no verão europeu de 2020. A origem não foi divulgada, nem a empresa aérea. No avião estavam 49 passageiros, de um total possível de 283, e 12 tripulantes.

Os 13 passageiros infectados fizeram conexão num grande aeroporto europeu e eram oriundos de três continentes. Um grupo de cinco infectados relatou ter passado a noite na área de conexão, totalizando 12 horas. Um segundo grupo de três pessoas compartilhou uma área de conexão separada, e mais cinco fizeram conexões curtas, de menos de duas horas, na área de embarque.

MÁSCARAS E DISTÂNCIA A BORDO: Dos 13 passageiros que testaram positivo, 12 apresentaram sintomas de covid-19 e um resultou assintomático. Ao menos nove deles usaram máscara durante o voo, e um (uma criança) não usou. Os pesquisadores não sabem se os outros três usaram máscara.

Os passageiros que testaram positivo tinham idade entre 1 e 65 anos. Quatro foram hospitalizados, e um deles acabou na UTI.

Os pesquisadores destacaram que quatro dos casos positivos no voo não estavam sentados perto de um outro caso positivo, não mantiveram contato na área de conexão e usaram máscaras no voo.

A origem do surto não foi identificada, mas um passageiro, que testou negativo e era parente próximo de um caso positivo do voo, declarou que havia testado positivo três semanas antes da viagem.

"Viagens aéreas aceleraram a pandemia global, contribuindo para a disseminação da doença do coronavírus (covid-19) pelo mundo", afirmaram os cientistas.

As conclusões contradizem estudos divulgados pelas empresas aéreas, que já afirmaram que os riscos de ser infectado a bordo são semelhantes aos de ser atingido por um raio ou que passageiros usando máscara no voo correm pequeno risco de contrair o vírus. Fonte: Deutsche Welle- 28.10.2020

Coronavírus: Situação do Brasil até 3 de novembro