COVID-19 JÁ INFECTOU 10,1 MIL
PESSOAS NAS FAVELAS DO RIO
O vírus Sars-Cov-2 infectou
10.157 pessoas e já causou 1.477vítimas fatais nas favelas do Rio de Janeiro. É
o que mostra o Painel Unificador Covid-19 nas Favelas, iniciativa de uma rede
autônoma de movimentos sociais, que tem como objetivo apoiar os esforços de
prevenção realizados pelas comunidades, bem como informar os moradores e
pressionar por políticas públicas, além de fornecer uma visão mais precisa do
impacto da pandemia nesses territórios.
ITÁLIA DESCARTA NOVO
CONFINAMENTO DO PAÍS EM MEIO A SURTO DE COVID-19, ENQUANTO ENFRENTA PROTESTOS
DE "NEGACIONISTAS"
O primeiro ministro italiano
Giuseppe Conte disse neste sábado que "espera" que um novo
confinamento geral não tenha que ser decretado, apesar de novos surtos de casos
de coronavírus. "Não estaremos em uma situação em que um confinamento
geral tenha que ser ordenado. Na pior das hipóteses, teremos que intervir de
forma localizada, com restrições em áreas definidas", afirmou.
Conte também se recusa, por
enquanto, a autorizar o retorno dos torcedores aos estádios de futebol para a
nova temporada e rejeitou qualquer responsabilidade pela reabertura dos clubes
no verão. Em meados de agosto, o Governo central ordenou novamente o fechamento
desses locais em todo o país.
Com relação à manifestação
convocada para este sábado em Roma contra as restrições impostas para evitar o
contágio, como o uso obrigatório de máscaras ou as regras de distanciamento
social, Conte lembrou que o mundo está em meio a uma pandemia. "Hoje em
Roma há uma demonstração de pessoas que acreditam que não há pandemia.
Responderemos com dados", disse Conte.
Também o Ministro das
relações exteriores, Luigi Di Maio, pediu aos "negacionistas" que
"ao menos mostrem respeito pelas famílias dos mortos" durante um
evento na cidade de Foggia. Na sexta-feira, a Itália divulgou 1.733 novos
casos, o maior número de infecções desde 2 de maio. Entretanto, longe do pico
de 6.557 casos em 21 de março.
JAPÃO DIZ QUE ARCARÁ COM
CUSTO DE VACINAS CONTRA CORONAVÍRUS PARA A POPULAÇÃO
O Governo do Japão disse
nesta sexta-feira que arcará com o custo das vacinas contra o coronavírus para
toda a população, já que visa uma inoculação abrangente. O Governo ainda anunciou
que planeja estabelecer fundos de compensação para possíveis efeitos colaterais
das vacinas. Os planos foram delineados em documentos distribuídos pelo
ministro da Economia, Yasutoshi Nishimura, que também lidera a reação ao
coronavírus, em uma entrevista coletiva.
Com mais de 70 mil casos e
1.334 mortes até o momento, o Japão vem resistindo à pandemia melhor do que
muitos outros países. A meta do primeiro-ministro demissionário, Shinzo Abe, é
garantir vacinas suficientes para todos os cidadãos japoneses até meados do ano
que vem. Para isso, o país firmou acordos bilaterais com farmacêuticas
estrangeiras para obter centenas de milhões de doses de vacinas que ainda estão
sendo testadas. O Japão também concordou em participar da iniciativa da Organização
Mundial da Saúde (OMS) que almeja comprar inoculações e distribuí-las de forma
justa.
FARMACÊUTICAS SE UNEM PARA
GARANTIR A SEGURANÇA DA VACINA CONTRA A COVID-19
Várias empresas farmacêuticas
que trabalham em projetos para desenvolver uma vacina contra a covid-19 estão
planejando assinar um compromisso conjunto para não liberar produtos para o
mercado sem garantir totalmente que eles sejam seguros e eficazes,
independentemente de possíveis pressões políticas.
O Wall Street Journal e o The
New York Times noticiaram na sexta-feira que empresas rivais planejam lançar
uma declaração no início da próxima semana prometendo não buscar a aprovação de
nenhum governo até que tenham certeza de que suas vacinas são completamente
seguras e eficazes contra o coronavírus.
Entre as farmacêuticas que
assinarão o documento estão as norte-americanas Pfizer, Moderna e Johnson &
Johnson, segundo os jornais. O New York Times acrescenta que a empresa
britânica GlaxoSmithKline (GSK) e a empresa francesa Sanofi também
compartilharão o compromisso.
"NACIONALISMO DA
VACINA" VAI PROLONGAR PANDEMIA, DIZ DIRETOR-GERAL DA OMS
Tedros Adhanom Ghebreyesus,
diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), pediu aos países ao redor
do mundo nesta sexta-feira que unam forças para combater o coronavírus,
afirmando que o “nacionalismo da vacina” apenas vai retardar a resposta à
pandemia.
Tedros afirmou que 78 países
de alta renda aderiram ao plano global de distribuição de vacinas, conhecido
como Covax, elevando o número total para 170 países, e acrescentou que a adesão
ao plano garantiu a esses países acesso ao maior portfólio mundial de vacinas.
Ele fez um apelo a outros para aderir até 18 de setembro para compromissos
vinculativos.
A OMS e a aliança de vacinas
Gavi estão liderando um plano global de alocação de vacinas, que visa ajudar na
compra e distribuição de maneira justa ao redor do mundo. Mas alguns países que
garantiram seu próprio estoque por meio de acordos bilaterais, incluindo os
Estados Unidos, disseram que não vão aderir ao Covax.
“O nacionalismo da vacina
prolongará a pandemia”, disse Tedros a repórteres em uma entrevista na sede da
OMS em Genebra, sem mencionar nenhum país específico. O diretor-geral da OMS
agradeceu a Alemanha, Japão, Noruega e à Comissão Europeia por aderirem ao
Covax durante a última semana.
Uma porta-voz da OMS disse
nesta sexta-feira que a organização não espera que vacinas contra a covid-19
estejam disponíveis até meados de 2021, mencionando a necessidade de controle
rigoroso sobre sua eficácia e segurança.“Nenhuma vacina será distribuída em
massa até que os reguladores estejam confiantes, os governos estejam confiantes
e a OMS esteja confiante de que ela atingiu o padrão mínimo de segurança”,
disse a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde, Soumya Swaminathan.
(Reuters)
MUNDO ULTRAPASSA DE 26,6
MILHÕES DE INFECTADOS
O vírus Sars-Cov-2 infectou
26.651.696 pessoas em todo o planeta desde o início do surto, em janeiro, de
acordo com balanço da Universidade John Hopkins (EUA), que atualiza os dados em
tempo real com informações da Organização Mundial da Saúde e autoridades
sanitárias locais. A covid-19 também causou as mortes de 875.371 pessoas. Até a
manhã deste sábado, esta era a contagem de vítimas da doença no mundo:
1.
|
Estados Unidos: 187.777
|
2.
|
Brasil: 125.502
|
3.
|
Índia: 69.561
|
4.
|
México: 66.851
|
5.
|
Reino Unido: 41.626
|
6.
|
Itália: 35.518
|
7.
|
França: 30.730
|
8.
|
Peru: 29.554
|
9.
|
Espanha: 29.418
|
10.
|
Irã: 22.154
|
Fonte:
EL PAÍS-São Paulo / Brasília
- 05 SEP 2020