terça-feira, 22 de outubro de 2019

Händel-Lascia Chio Pianga

Rinaldo (HWV 7) é uma ópera em três atos escrita pelo compositor alemão naturalizado britânico Georg Friedrich Händel (1685-1759) apresentada pela primeira vez em Londres em 1711. O libreto é de Aaron Hill (1685-1750) e se baseia no poema de Torquato Tasso (1544-1595) Gerusalemme Liberata, de 1580.
O texto foi traduzido para o italiano por Giacomo Rossi. Rinaldo foi a primeira ópera londrina de Händel e a primeira ópera italiana composta especialmente para os palcos daquela cidade.
Rinaldo contém algumas das árias mais famosas de Händel, executadas isoladamente em diversas versões mesmo antes do completo resgate da obra operística do autor. Exemplos inquestionáveis são Cara sposa, Venti turbini (Rinaldo) e Lascia che io pianga (também de "Rinaldo"). Fonte: Wikipedia

Cinco belas vozes e interpretações diferentes
 Julia Lezhneva

 Joyce DiDonato 


 Patricia Petibon.
  
 Cecilia Bartolli


 Ewa Malas-Godlewska
  


domingo, 20 de outubro de 2019

Como aprendemos a comer plantas tóxicas como mandioca

A mandioca é muito perigosa se não for preparada adequadamente, então como as pessoas desenvolveram e compartilharam esse conhecimento?

Em 1860, os exploradores Robert Burke e William Wills lideraram a primeira famosa expedição europeia pelo interior desconhecido da Austrália. Mas a sorte não esteve ao lado deles. Devido a uma combinação de falta de comando, mau planejamento e azar, Burke, Wills e um terceiro integrante, John King, ficaram sem comida na viagem de volta.

Burke e Wills ficaram presos às margens do rio Cooper's Creek, e não conseguiram pensar em um jeito de transportar consigo água suficiente para atravessar um trecho de deserto até o posto de controle colonial mais próximo, no Mount Hopeless.

As adversidades enfrentadas pelo trio, contudo, não pareciam afetar o cotidiano do povo nativo, os yandruwandha. Os yandruwandha deram aos exploradores bolos feitos a partir de vagens esmagadas de uma samambaia chamada nardoo. Burke brigou com eles e, imprudentemente, os afastou ao disparar sua pistola.

Mas talvez o trio já tivesse aprendido o suficiente para sobreviver? Eles encontraram nardoo fresco e decidiram fazer seus próprios bolos. No começo, tudo parecia correr bem. Os bolos nardoo satisfaziam seu apetite, mas eles se sentiam cada vez mais fracos.

Dentro de uma semana, Wills e Burke estavam mortos. Acontece que o nardoo requer um preparo complexo. O nardoo, um tipo de samambaia, é coberta por uma enzima chamada tiaminase, que é tóxica para o corpo humano. A tiaminase impede a absorção pelo corpo da vitamina B1, que tem entre suas principais funções o metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas e a estimulação de nervos periféricos.

Em outras palavras: embora tivessem comido, Burke, Wills e King continuavam desnutridos.
Os yandruwandha, por outro lado, recorriam a um longo preparo para tornar a tiaminase menos tóxica.

Praticamente morto, King buscou ajuda dos yandruwandha, que o mantiveram vivo até a chegada da ajuda de outros exploradores europeus meses depois. Ele foi o único membro da expedição que sobreviveu.

Como comida, a nardoo é mais uma curiosidade. O que não é o caso da mandioca, que é uma fonte vital de calorias em várias regiões do mundo, em particular na África e na América Latina.

À rigor, há dois tipos de mandioca, a mandioca mansa, também chamada de mandioca de mesa (conhecida também no Brasil pelos nomes de macaxeira e aipim), e a mandioca brava, conhecida como mandioca de indústria. As duas são extremamente parecidas, mas a mandioca brava é altamente tóxica - e requer um procedimento industrial ou um ritual de preparação tedioso e complexo para torná-la um alimento seguro. Ela libera cianeto de hidrogênio.

Nos centros urbanos, a mandioca comercializada como alimento é sempre a mansa. Mas em zonas rurais, em lugares mais remotos na África, a mandioca mais comum pode ser a brava, e, por isso, se não fora preparada adequadamente, pode causou sérios problemas de saúde.

Um deles é uma condição chamada konzo, com sintomas que incluem paralisia súbita das pernas.

Em 1981, em Nampula, Moçambique, um jovem médico sueco chamado Hans Rosling não sabia disso. Como resultado, passou por uma situação profundamente intrigante.
Mais e mais pessoas batiam à porta de sua clínica com paralisia nas pernas. Poderia ser um surto de poliomielite? Não. Os sintomas não estavam descritos em nenhum livro.

Com o início da guerra civil em Moçambique, poderiam ser armas químicas?
A mulher e os filhos de Rosling deixaram o país, mas ele decidiu continuar suas investigações in loco.Foi uma colega de Rosling, a epidemiologista Julie Cliff, que acabou descobrindo o que estava acontecendo.

As refeições de mandioca que eles ingeriam haviam sido processadas de forma incompleta. Já com fome e desnutridos, não podiam esperar tempo suficiente para tornar a mandioca segura. E, como resultado, desenvolveram o konzo.

Plantas tóxicas estão por toda parte. Às vezes, processos simples de cozimento são suficientes para torná-las comestíveis. Mas como alguém aprende a elaborada preparação necessária para a mandioca ou o nardoo?

Para Joseph Henrich, professor de biologia evolucionária humana na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, esse conhecimento é cultural, e nossas culturas evoluem por meio de um processo de tentativa e erro análogo à evolução em espécies biológicas.

Assim como a evolução biológica, a evolução cultural pode - com tempo suficiente - produzir resultados impressionantemente sofisticados.

Funciona assim, segundo Henrich: em algum momento, alguém descobre como tornar a mandioca menos tóxica. Com o passar do tempo, outras descobertas são feitas. Esses rituais complexos podem, assim, evoluir, cada um ligeiramente de forma mais eficaz que o anterior.

Na América do Sul, onde humanos comem mandioca há milhares de anos, as tribos aprenderam os muitos passos necessários para desintoxicá-la completamente: raspar, ralar, lavar, ferver o líquido, deixar a massa repousar por dois dias e depois assar.

Quando questionados sobre por que fazem isso, poucos vão dizer que se trata de cianeto de hidrogênio. Eles simplesmente vão dizer "esta é a nossa cultura".

Na África, a mandioca foi introduzida apenas no século 17. Não veio com um manual de instruções. O envenenamento por cianeto ainda é um problema ocasional; as pessoas recorrem a técnicas porque o aprendizado cultural ainda está incompleto.

Henrich argumenta que a evolução cultural é muitas vezes muito mais inteligente do que nós.

Seja construindo um iglu, caçando um antílope, acendendo uma fogueira, fazendo um arco longo ou processando mandioca, aprendemos não porque entendemos os princípios básicos, mas imitando.

Em 2018, um estudo desafiou os participantes a colocar pesos nos raios de uma roda para maximizar a velocidade com que ela descia uma ladeira.
Os conhecimentos adquiridos eram passados para o próximo participante, que, assim, se saíam muito melhor. No entanto, quando questionados, eles não mostraram nenhum sinal de realmente entender por que algumas rodas rodavam mais rápido que outras.

Estudos realizados posteriormente mostram que o comportamento de imitar é instintivo entre humanos.

Testes revelam que chimpanzés de dois anos e meio e humanos têm capacidades mentais semelhantes - a menos que o desafio seja aprender a imitar alguém. Crianças são muito melhores em imitar do que os chimpanzés.

E os humanos imitam de uma maneira ritualística que os chimpanzés não seguem. Os psicólogos chamam isso de superimitação.
Pode parecer que os chimpanzés são mais inteligentes. Mas se você estiver processando raízes de mandioca, a superimitação é de extrema importância.

Se Henrich estiver certo, a civilização humana se baseia menos em inteligência bruta do que em uma capacidade altamente desenvolvida de aprender um com o outro.
Ao longo das gerações, nossos ancestrais acumularam ideias úteis por tentativa e erro, que foram copiadas pelas gerações seguintes.

Sem dúvida, algumas ideias menos úteis foram misturadas com elas, como a necessidade de uma dança ritual para fazer as chuvas chegarem, ou a convicção de que sacrificar uma cabra fará com que um vulcão não entre em erupção.
Mas no geral, aparentemente, fizemos melhor copiando sem questionar do que supondo, como os chimpanzés, que éramos suficientemente inteligentes para dizer quais etapas poderíamos ignorar com segurança.

É claro que a evolução cultural pode nos levar até um determinado patamar. Agora temos o método científico para nos dizer que sim, realmente precisamos deixar a mandioca descansar por dois dias, mas, não, o vulcão não se importa com as cabras.

Quando entendemos os princípios básicos, podemos evoluir mais rapidamente do que por tentativa, erro e imitação. Mas não devemos menosprezar o tipo de inteligência coletiva que salvou a vida de King.
Foi o que tornou possível a civilização - e uma economia em funcionamento. Fonte: UOL Noticias - 10/09/2019  

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Arthur Nory é campeão mundial de ginástica

Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos, Arthur Nory agora é também um campeão mundial. No domingo (13), ele faturou, na última prova do Mundial de Stuttgart (Alemanha), a primeira e única medalha da seleção brasileira: um ouro, na barra fixa. Momentos antes, Flávia Saraiva foi quarta colocada no solo, ficando sem medalha por detalhes, e, antes ainda, sexta na trave de equilíbrio. Também, Bia Ferreira foi campeã mundial de boxe.

Nory, que na Olimpíada do Rio foi bronze no solo, chegou ao Mundial cotado para uma medalha na barra fixa, mas não era nem o principal favorito entre os brasileiros. Chico Barretto ganhou o ouro nos Jogos Pan-Americanos, com nota 14,566, logo à frente do próprio Nory. Nas eliminatórias do Mundial, porém, Chico caiu do aparelho e não conseguiu vaga na final.

No domingo, o ginasta do Pinheiros se superou. Depois de receber nota 14,600 nas eliminatórias, ele melhorou 0,3 em execução e subiu para 14,900. Quinto a se apresentar, assumiu a primeira colocação e passou a torcer para que os adversários não o superassem. Deu certo. Daiki Hashimoto, do Japão, teve várias falhas, e Tyson Bull, da Austrália, teve uma queda. Samuel Mikulak, estrela da ginástica norte-americana, também não brilhou, e deixou o ouro com Nory.

Com a medalha, Nory entra em um seletíssimo hall da ginástica brasileira. Antes dele, só Arthur Zanetti (um ouro e três pratas) e Diego Hypolito (dois ouros, uma prata e dois bronzes), entre os homens, haviam ganhado medalhas em Campeonatos Mundiais. No feminino também já foram ao pódio Jade Barbosa (dois bronzes, em 2007 e 2010), Daiane dos Santos (ouro em 2003) e Daniele Hypolito (prata em 2001).

No sábado (12), Zanetti não conseguiu cravar a chegada de sua apresentação na final das argolas, deu um passo a mais, e isso o tirou do pódio. Com nota 14,700, o brasileiro terminou apenas na quinta colocação, a 0,208 da medalha de ouro. O passo a mais lhe tirou 0,3.

MEDALHAS DO BRASIL EM MUNDIAIS

Ouro
Daiane dos Santos (solo) 2003
Diego Hypólito (solo) 2005 e 2007
Arthur Zanetti (argolas) 2013
Arthur Nory (barra fixa) 2019

Prata
Daniele Hypólito (solo) 2001
Diego Hypólito (solo) 2006
Arthur Zanetti (argolas) 2011, 2014 e 2018

Bronze
Jade Barbosa (individual geral) 2007
Jade Barbosa (salto) 2010
Diego Hypólito (solo) 2011 e 2014
UOL Noticias - 13/10/2019  

sábado, 12 de outubro de 2019

São Paulo monitora o avanço de barbeiros

As autoridades de saúde pública estão preocupadas com a dispersão do inseto barbeiro da espécie Panstrongylus megistus a partir de Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, para a capital.

O barbeiro transmite a doença de Chagas se estiver infectado pelo protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas. Atualmente, a espécie Panstrongylus megistus tem importância epidemiológica porque geralmente vem infectada pelo parasita.

SINTOMAS DA DOENÇA
·    Os sintomas iniciais da doença de Chagas são febre, dor de cabeça e fraqueza.
·    Na fase aguda, o fígado e o baço aumentam e aparecem distúrbios cardíacos.
·    Na crônica, compromete o coração e o aparelho digestivo.
·    Em crianças, a doença pode levar à morte.

Além dela, outra espécie de barbeiro também existe no estado: a Rhodnius neglectus, presente na região Noroeste, mas sem infecção pelo protozoário.

Mesmo que não ainda exista transmissão da doença de Chagas na região metropolitana e na capital paulista, a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) do Estado de São Paulo iniciará neste mês um monitoramento em quatro parques da capital:
·    Villa-Lobos, do Povo;
·    Água Branca (na zona oeste);
·    e Ibirapuera (zona sul).

ROTA DE DESLOCAMENTO.
O objetivo é fazer a busca ativa por exemplares do barbeiro, bem como identificar sua rota de deslocamento.
Segundo Rubens Antonio da Silva, biólogo, pesquisador e coordenador técnico do Programa de Controle de Doença de Chagas da Sucen, a hipótese é de que os corredores verdes estejam facilitando a dispersão dos insetos.
"Examinando os locais de ocorrência de barbeiros nos últimos anos, concluímos que eles podem estar se movendo através das conexões de matas e parques, a partir da região entre as rodovias Régis Bittencourt e Raposo Tavares."
Dos parques, os barbeiros invadem as casas, fazem colônias e usam as pessoas e os animais domésticos como fonte de alimentação.

“No caso do Parque da Água Branca, a situação é um pouco diferente. Já existe a possibilidade de ter espécies de barbeiros no local. Estes bichos precisam de sangue quente de pessoas e de animais, e lá há mais de 1.300 galinhas que podem servir de fonte de alimentação”, afirma Silva.
O monitoramento dos parques inclui ações educativas e orientação aos frequentadores e moradores do entorno destes locais.
“Quando tivemos a grande transmissão, entre as décadas de 1950 e 1970, a região metropolitana de São Paulo não vivenciou a endemia e, portanto, não possui conhecimento da doença de Chagas. O que isso tem de relevante? Por não estarem atentas ao monitoramento da espécie, as pessoas podem ter o bicho dentro de casa e desconhecer”, afirma Silva.

Os Panstrongylus megistus têm o corpo marrom com manchas vermelhas e mede de 2,5 a 4 cm de comprimento. Os bichos são de comportamento noturno e atraídos pela luz. Voam num raio de 400 metros, distância que pode ficar maior se houver corrente de vento.

Quem vive perto de matas e de parques deve fechar portas e janelas ao escurecer, além de vedar frestas.
A dispersão dos barbeiros começou em setembro, com a primavera, quando ficou perceptível um aumento de exemplares adultos, porque eles buscam novos ambientes para colonização.

TRANSMISSÃO DA DOENÇA
 A transmissão da doença se dá pelas fezes que o barbeiro deposita sobre a pele enquanto suga o sangue.
Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a penetração do protozoário pelo local. O parasita também pode entrar no organismo através da mucosa dos olhos, do nariz ou da boca ou de feridas e cortes recentes na pele.

Silva explica que atualmente não é este tipo de transmissão da doença de Chagas que preocupa as autoridades. A mais frequente é pela ingestão de alimentos à base de açaí ou de cana-de-açúcar, por exemplo. Em locais sem higiene adequada, o barbeiro pode ser triturado durante o preparo do alimento.

Também deve-se tomar um cuidado especial com os saruês (gambás), para que não permaneçam nos forros das casas. Eles são reservatórios do Trypanosoma cruzi. “Se os saruês servirem de fonte de alimento para os barbeiros, o risco de transmissão é amplificado”, diz Silva.

O RESSURGIMENTO
Desde 2016, foram encontrados 61 barbeiros Panstrongylus megistus no município de Taboão da Serra, todos em casas perto de matas, segundo a prefeitura.

Uma moradora achou três em sua residência. A família levou um susto, porque um deles estava no berço do filho dela. A Sucen foi acionada e esteve no local. Os bichos foram levados ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e a família tomou providências: a partir das 17h, os acessos à casa ficam fechados. As janelas e portas ganharam telas e protetores, respectivamente.

Itapecerica da Serra, Santana do Parnaíba, Embu das Artes e Carapicuíba também tiveram casos de barbeiro.
Em um caso em Embu das Artes, os bichos moravam num colchão e utilizavam um casal como fonte de alimentação.

Em Carapicuíba, o órgão coletou mais de 57 exemplares em diferentes estágios de desenvolvimento. Eles estavam associados a gambás que moravam nos forros de três casas dentro de uma mesma propriedade, mas nenhum apresentou positividade para o Trypanosoma cruzi, segundo a prefeitura.

Desde 2018, as equipes da Sucen registraram Panstrongylus megistus em áreas próximas a matas nos bairros Jardim Amaralina, Cohab Raposo Tavares, Jardim Esmeralda e Butantã (zona oeste).
Se houver uma expansão territorial dos barbeiros, a situação pode se agravar e no final deste ano os moradores do Tucuruvi e entorno do Parque da Cantareira [zona norte], e da região do Zoológico [zona sul], deverão encontrar exemplares dentro de casa.

Outras áreas também são vulneráveis ao aparecimento de barbeiros —Cotia e Osasco (Grande SP) e o ABC paulista.
Quem encontrar exemplares de barbeiro deve acionar a prefeitura e encaminhá-los, de preferência vivos, ao Centro de Controle de Zoonoses ou órgão semelhante. Fonte: Folha de São Paulo - 6.out.2019  



quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Por que as folhas caem no outono?

Vermelho, amarelo e laranja são as cores do outono na Europa, quando as árvores perdem a tradicional cor verde. Entenda o porquê dessa mudança.

MÁGICA TRANSFORMAÇÃO
Parece meio óbvio que folhas são verdes. Mas, na Europa, elas têm essa cor apenas na primavera e no verão. No outono, as folhas são marrons, vermelhas ou amarelas.


FOTOSSÍNTESE
O pigmento verde nas folhas é a clorofila. Ele absorve a luz do sol e possibilita que plantas produzam açúcares a partir da água e do dióxido de carbono. A estrutura da clorofila se parece com o pigmento vermelho do sangue humano.

QUANDO CHEGA O OUTONO
Quando os dias se tornam mais curtos e as noites mais longas, uma árvore sabe que chegou o tempo de se preparar para o inverno. O processo começa devagar, com a quebra da clorofila em moléculas menores e seu armazenamento no tronco e raízes.

SURGE O VERMELHO
Além de clorofila, a folha tem também pigmentos vermelhos e amarelos. Na primavera e no verão, eles não são visíveis, pois o verde da clorofila esconde todas as outras cores. Quando a clorofila desaparece, o vermelho e o amarelo podem brilhar.

PALETA DE CORES
Carotenoides são responsáveis pelas cores douradas e laranjas. As antocianinas dão o tom dos vermelhos e violetas. Mas essas cores só aparecem quando o verde profundo para de encobri-las.

PALETA DE CORES
Carotenoides são responsáveis pelas cores douradas e laranjas. As antocianinas dão o tom dos vermelhos e violetas. Mas essas cores só aparecem quando o verde profundo para de encobri-las.

TANTO DESPERDÍCIO
As células de uma folha têm muita água. Se essa água congelasse e formasse cristais no inverno, as folhas quebrariam de qualquer jeito. Com temperaturas congelantes, não há nenhum motivo para mantê-las.

CHEGA O INVERNO
No inverno, as árvores não recebem quantidade suficiente de água para fazer a fotossíntese: mais um motivo para se livrar das folhas. Nestse período, as árvores hibernam, esperando por dias mais longos e quentes para que as folhas possam crescer novamente.

NEM TODAS
Algumas árvores se comportam de forma diferente, como estas na Floresta Amazônica, que estão sempre verdes. Como o inverno não é congelante em algumas partes do mundo, elas não precisam hibernar e mantêm as folhas e a clorofila durante todo o ano. Fonte: Deutsche Welle - Data 04.10.2019

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Oktoberfest de Munique

Os números da maior festa da cerveja do mundo
Você sabe quantos litros são consumidos na Oktoberfest de Munique? Confira os números que a tradicional festa da cerveja na Alemanha espera atingir neste ano.
A Oktoberfest recebe anualmente mais de 6 milhões de visitantes, que bebem mais de de 7 milhões de litros de cerveja.
São instalados 14 grandes pavilhões no imenso terreno onde ocorre a festa.
Em duas semanas são consumidos cerca de 100 bois, 500 mil frangos fritos, 70 mil joelhos de porco, 120 mil pares de salsichas brancas e  inúmeros pretzels, 15% dos visitantes da Oktoberfest são estrangeiros.
Os organizadores oferecem mais de 200 atrações e brincadeiras no festival da cerveja. Entre eles, o famoso tobogã. Deutsche Welle – 20.09.2019

sábado, 5 de outubro de 2019

As dez cervejas mais fortes do mundo

UTOPIAS, FABRICADA PELA SAMUEL ADAMS – 28%
Nesta garrafa de cerâmica que parece uma miniatura de caldeira de cobre usada em cervejarias está uma cerveja envelhecida 22 anos em barris onde já repousaram xerez, conhaques e uísques. A Samuel Adams, cervejaria de Boston (EUA), lança um novo lote da bebida com 27% de potência alcoólica a cada dois anos. Com um preço no varejo de 200 dólares, esta é a cerveja mais cara dos Estados Unidos.

TACTICAL NUCLEAR PENGUIN, DA BREWDOG – 32%
A cerveja é feita a partir de uma Imperial Stout (cerveja forte escura) congelada, o que inspirou o nome. A cerveja é congelada, e o gelo é removido, aumentando a graduação alcoólica, já que o álcool não congela. Os criadores sugerem que a bebida seja apreciada em pequenas doses, como "um bom whisky, um álbum de Frank Zappa ou a visita de um fantasma amigável".

BLACK DAMNATION VI MESSY, DA STRUISE – 39%
A Struise Brouwers é uma microcervejaria belga. A Black Damnation é feita a partir da Imperial Stout (cerveja forte escura). Entre as cervejas deles, a VI – Messy é a mais forte, com 39% de teor alcoólico. Ela nunca foi lançada comercialmente, mas quem a provou nos festivais de cerveja garante que o sabor é o mesmo de uma cerveja "normal", considerando as demais cervejas fortes desta lista.

SCHORSCHBOCK 40, DA SCHORSCHBRÄU – 40%
A Schorschbräu é uma séria concorrente da BrewDog na briga pela cerveja mais forte. Ela já havia demonstrado sua determinação com a Schorschbock 31%, uma Eisbock (a cerveja congela no tanque, e o gelo é retirado, daí o nome) mais forte do que qualquer outra, quando foi lançada em 2008. Sua versão de 40% foi fabricada no final de 2009, batendo a Penguin, da BrewDog.

SINK THE BISMARCK!, DA BREWDOG – 41%
A BrewDog respondeu em 2010 com esta, que batizou "Sink the Bismarck!" (Afundem o Bismarck!, maior navio de guerra nazista). Ela é descrita pela fabricante como uma IPA (India Pale Ale) quádrupla, com quatro vezes mais lúpulo, quatro vezes mais amarga e congelada quatro vezes. A 105 dólares a garrafa, também é pelo menos 40 vezes mais cara que uma cerveja convencional.

THE END OF HISTORY, DA BREWDOG – 55%
Para encerrar a batalha pelas cervejas mais fortes, a BrewDog lançou "The End of History" (o fim da história), com 55% de volume alcoólico. E deu também um toque controverso à embalagem: as garrafas vêm dentro de animais empalhados. Apenas 12 garrafas foram produzidas em 2010. Novas foram lançadas em 2016, e os apoiantes que investiram 20 mil dólares na empresa ganharam cada um uma garrafa.

SCHORSCHBOCK 57, DA SCHORSCHBRÄU – 57%
Em 2010, a Schorschbräu aumentou a graduação alcoólica da Schorschbock de 40% para 43%, e, no ano seguinte, lançou a Schorschbock 57%. A cervejaria alemã alega ser impossível aumentar ainda mais a potência alcoólica sem violar a Lei de Pureza da cerveja alemã, que existe há 500 anos e que segue em suas criações. Apenas 36 garrafas desta cerveja foram fabricadas, e cada uma custa 200 euros.

START THE FUTURE, DA KOELSCHIP – 60%
Também a holandesa Koelship criou uma série de cervejas fortes. Esta foi lançada um mês após a "The End of History", e por isso seu nome é "Start the Future" (comece o futuro). Apesar da produção limitada, o preço não disparou: 35 euros. Uma pechincha se comparada à da BrewDog em bichos empalhados, vendida a 750 euros.

ARMAGEDDON, DA BREWMEISTER – 65%
Outra fabricante escocesa, a Brewmeister, tentou o título de cerveja mais forte do mundo ao lançar a Armaggedon em 2012. Mas testes de laboratório comprovaram a adição de álcool ao produto. Desde então, ele não é mais produzida.

SNAKE VENOM, DA BREWMEISTER – 67,5%
Em 2013, a Brewmeister lançou a "Snake Venom" (veneno de serpente), que literalmente queima no estômago. O rótulo recomenda não exceder o consumo de 35 mililitros por vez. Com 67,5% de graduação alcoólica, realmente não é para puristas. O site RateBeer nem chega a classificar esta cerveja, pois também aqui teria sido adicionado álcool. A potência alcoólica de uma cerveja comum varia entre 4% e 7%. Fonte: Deutsche Welle- 01.10.2019