A rede de hotéis Marriott, maior conglomerado global do
setor, informou na sexta-feira (30 de novembro) ter sofrido um ataque hacker e que dados
pessoais de 500 milhões de hóspedes foram comprometidos, segundo notícia
publicada no jornal The New York Times.
A empresa foi informada sobre a tentativa de ataque em
setembro e, após uma investigação, foi confirmado o acesso não autorizado às
informações. A ação pode ter ocorrido no dia 10 de setembro ou antes dele.
Foram comprometidos dados pessoais, como nome, data de
nascimento, endereço, número de passaporte e email de quem fez reservas desde
2014.
A invasão teria ocorrido no sistema de reservas da rede
Starwood, comprada pela Marriott em 2016.
Os hackers também obtiveram dados criptografados de cartões
de créditos. Segundo o The New York Times, não está claro se essas informações
poderão ser usadas de algum modo.
Em comunicado, o presidente executivo da Marriott, Arne
Sorenson, afirmou lamentar profundamente o incidente. Segundo ele, a empresa
não esteve à altura das expectativas de seus hóspedes e do que ela própria
espera para si. "Estamos fazendo tudo o que podemos para ajudar nossos
hóspedes e aprendendo lições para melhorar no futuro", disse.
A companhia informou as autoridades sobre o vazamento de
dados e buscará clientes para informar a situação. "Ainda estamos
investigando a situação, então não temos uma lista de hotéis específicos. O que
sabemos é que isso só impactou a rede da Starwood", disse o porta-voz da
Marriott, Jeff Flaherty, à Reuters.
A Marriott disse que era cedo demais para estimar o impacto
financeiro da violação e que isso não afetará sua saúde financeira de longo
prazo. A empresa também disse que estava trabalhando com suas seguradoras para
avaliar a cobertura. Fonte: Folha de São Paulo -
30.nov.2018