quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Ataque hacker expõe dados de 500 mi de hóspedes da rede Marriott

A rede de hotéis Marriott, maior conglomerado global do setor, informou na sexta-feira (30 de novembro) ter sofrido um ataque hacker e que dados pessoais de 500 milhões de hóspedes foram comprometidos, segundo notícia publicada no jornal The New York Times.

A empresa foi informada sobre a tentativa de ataque em setembro e, após uma investigação, foi confirmado o acesso não autorizado às informações. A ação pode ter ocorrido no dia 10 de setembro ou antes dele.

Foram comprometidos dados pessoais, como nome, data de nascimento, endereço, número de passaporte e email de quem fez reservas desde 2014.

A invasão teria ocorrido no sistema de reservas da rede Starwood, comprada pela Marriott em 2016.
Os hackers também obtiveram dados criptografados de cartões de créditos. Segundo o The New York Times, não está claro se essas informações poderão ser usadas de algum modo.

Em comunicado, o presidente executivo da Marriott, Arne Sorenson, afirmou lamentar profundamente o incidente. Segundo ele, a empresa não esteve à altura das expectativas de seus hóspedes e do que ela própria espera para si. "Estamos fazendo tudo o que podemos para ajudar nossos hóspedes e aprendendo lições para melhorar no futuro", disse.

A companhia informou as autoridades sobre o vazamento de dados e buscará clientes para informar a situação. "Ainda estamos investigando a situação, então não temos uma lista de hotéis específicos. O que sabemos é que isso só impactou a rede da Starwood", disse o porta-voz da Marriott, Jeff Flaherty, à Reuters.

A Marriott disse que era cedo demais para estimar o impacto financeiro da violação e que isso não afetará sua saúde financeira de longo prazo. A empresa também disse que estava trabalhando com suas seguradoras para avaliar a cobertura. Fonte: Folha de São Paulo - 30.nov.2018 

sábado, 8 de dezembro de 2018

Fim do ensino primário: O modelo de diferenciação do sistema de ensino alemão

Fim do ensino primário é um momento decisivo para o futuro das crianças na Alemanha. Aos dez anos de idade, alunos são distribuídos em diferentes tipos de escolas. Modelo divide especialistas.
   
Dez anos de idade é muito cedo para decidir o futuro profissional de uma criança? No sistema educacional alemão, essa avaliação começa já no fim do ensino primário (Grundschule). Os alunos são distribuídos em três diferentes tipos de escolas no ensino secundário, dependendo do desempenho escolar, da recomendação de professores e, muitas vezes, também da opção dos pais.

Para ingressar no Gymnasium, o aluno tem que ter boas notas. Trata-se de uma formação de oito ou nove anos de duração, que é considerada o caminho natural para quem estará apto a entrar na universidade. Após concluir os estudos, os alunos fazem uma espécie de exame vestibular (Abitur), que só pode ser prestado uma única vez. A nota obtida servirá para o resto da vida em qualquer tentativa de ingressar na universidade. Os estudantes fazem provas específicas de acordo com a área que pretendem seguir: humanas, exatas ou biológicas.

As outras duas opções para os alunos aos dez anos de idade são as escolas que garantem uma formação para profissões técnicas. Na Hauptschule, os alunos adquirem uma formação básica de cinco a seis anos, que irá prepará-los para ingressar numa instituição de ensino profissionalizante.

A Realschulecostuma durar seis anos e combina uma orientação tanto profissional quanto científica. Pode ser definida como algo entre a Hauptschule e o Gymnasium. Se seguir na Realschule até o décimo ano, o aluno obtém um certificado (Mittlere Reife) que lhe possibilita ingressar numa instituição de ensino profissionalizante ou seguir para o Gymnasium e fazer o Abitur.

Esses dois modelos mostram o vínculo do sistema educacional alemão com o mercado de trabalho e a valorização do ensino técnico. Alguns estados federativos oferecem também as Gesamtschulen, que integram os três tipos de formação, sob o argumento que ao fim do ensino primário é muito cedo para dividir as crianças de acordo com o desempenho escolar.

O sistema não é completamente engessado. Dependendo do desempenho do aluno nos dois primeiros anos do ensino secundário, é possível conseguir uma transferência para um outro tipo de escola. Mais tarde, quando o estudante já ingressou na formação profissional, ainda há chances de entrar na universidade. É preciso passar por um curso preparatório de dois anos para o ensino superior.

Esse modelo escolar divide especialistas. Enquanto alguns defendem que a diferenciação entre os alunos causa frustração e acentua desigualdades sociais, outros argumentam que os diferentes modelos permitem justamente que a criança não se frustre caso não consiga atingir um nível mais exigente. Fonte:Deutsche Welle-07.12.2018

O valor social da formação técnica na Alemanha




Para jovens alemães, diploma acadêmico não é o único caminho que leva a um bom salário e ao reconhecimento da família e da sociedade. De curta duração, cursos técnicos garantem rápida entrada no mercado de trabalho.

Quando vi o orçamento de um pintor para renovar as paredes do meu apartamento, entendi por que quem vive na Alemanha valoriza a cultura do faça você mesmo.

Serviços gerais – despidos da ideia do "bico" – custam caro, e quem os faz recebe um salário suficiente para manter um bom padrão de vida. É por isso que ao terminar o equivalente ao Ensino Médio muitos optam por fazer um curso técnico, em vez de obter um diploma acadêmico.

Ingressar no mercado de trabalho sem frequentar a universidade, após uma formação de mecânico, motorista de ônibus, cabeleireiro ou pintor, garante dinheiro suficiente para cobrir as despesas, ir de vez em quando a um restaurante e viajar durante as férias.

O curso técnico, em alemão Ausbildung, oferece formação teórica e prática e exige que o aluno faça um estágio remunerado na área de estudo. Há vários tipos de formação técnica, que variam de um a três anos de duração. As áreas de especialidade vão de hotelaria a jardinagem, de design à química, de vendedor a produtor de cerveja, entre muitas outras.

Para estrangeiros, é preciso escolher um curso relacionado à uma profissão para a qual haja demanda na Alemanha. A lista com as profissões requeridas está no disponível na internet (ausbilding.de). Em 2017, entre as profissões com maior demanda estavam a de técnico em instalações, enfermeiro e cuidador de idosos.

A formação técnica é muito valorizada, especialmente pelo setor industrial. E formar-se como um profissional técnico não impede ninguém de depois entrar na universidade.

Em determinadas profissões, pessoas com diploma acadêmico acabam fazendo uma formação técnica para garantir a muitas vezes difícil entrada no mercado de trabalho.  Fonte: Deutsche Welle-25.05.2018



Comentário:
O Brasil é um dos países com o maior número de pessoas sem diploma do ensino médio: mais da metade dos adultos (52%) com idade entre 25 e 64 anos não atingiram esse nível de formação, segundo o estudo Um Olhar sobre a Educação, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Fonte: BBC Brasil – 11.09.2018
 

Veja como será o ministério de Bolsonaro

A três semanas de tomar posse, em 1º de janeiro, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), fechou seu governo em 22 ministérios. Para consolidar o primeiro escalão da Esplanada, resta anunciar o futuro chefe da pasta do Meio Ambiente.

Até o momento, o ministério de Bolsonaro é composto por duas mulheres (Tereza Cristina/DEM, na Agricultura; e Damares Alves, no da Mulher, Família e Direitos Humanos) e contempla três partidos políticos (PSL, DEM e MDB). O grupo ainda conta com cinco militares (Tenente Coronel Marcos Pontes/PSL na Ciência e Tecnologia; General Fernando Azevedo e Silva na Defesa; Almirante Bento Costa Lima em Minas e Energia; General Carlos Alberto dos Santos Cruz; e General Augusto Heleno no Gabinete de Segurança Institucional).

Na campanha eleitoral, Bolsonaro falou que reduziria as 29 atuais pastas do governo Michel Temer (MDB) para 15. Porém, após conversas com a equipe de transição, disse ter sido difícil enxugá-las ao número desejado para preservar a qualidade da gestão. O importante, defendeu, é que o governo funcione e não sofra interferências políticas. O governo de Dilma Rousseff (PT) chegou a ter 39 ministérios.

Na última semana, Bolsonaro recebeu as bancadas de deputados federais do MDB, PRB, PR e PSDB. Destes, somente o PR informou que integrará oficialmente a base do governo do pesselista. Tanto os líderes partidários quanto integrantes da transição negaram que houve pedidos de apoio em troca de cargos. Pelo contrário, pregaram uma nova forma de fazer política, sem “toma lá, dá cá”.

Lorenzoni estima que a base do próximo governo será formada por, pelo menos, 350 dos 513 deputados e 40 dos 81 senadores, o que não garante a aprovação completa de pautas de interesse do Planalto no Congresso Nacional. Fonte: Do UOL-08/12/2018