ALEMANHA
O
uso de sacolas de pano ou de papelão para carregar compras é hábito de boa
parte da população alemã. Sacolas plásticas são vendidas nos supermercados por
0,05 e 0,10 euros. Ainda assim, somente em Berlim, 30 mil sacolinhas deixam
lojas e mercados por hora. Em toda a Alemanha, em torno de 17 milhões de
sacolas plásticas são consumidas por dia – ou 6 bilhões por ano.
ARGENTINA
Assim
como na Alemanha, é hábito de muitos portenhos levar sacolas próprias para
carregar as compras. Em setembro de 2008, o governo da Província de Buenos
Aires (território à parte da capital, mas com quase 40% da população do país)
aprovou lei para banir o uso e a comercialização das sacolas plásticas. A
intenção é eliminá-las completamente até 2016.
BANGLADESH
O
país asiático foi o primeiro do mundo a banir completamente a utilização e a
comercialização de sacolas plásticas, em 2002. A exemplo de outros países em
desenvolvimento, como Quênia e Ruanda, Bangladesh baniu as sacolas plásticas
depois que resíduos originários delas ajudaram a inundar até dois terços do
país em enchentes que ocorreram em 1988 e 1998.
CHINA
A
China baniu o uso de sacolas plásticas em 1º de junho de 2008. Quatro anos
depois, o governo chinês declarou que o país economizou 4,8 milhões de
toneladas de petróleo, o equivalente a 6,8 milhões de toneladas de carvão, sem
contar as 800 mil toneladas de plástico não utilizadas.
ESPANHA
O
governo espanhol aprovou o Plano Nacional Integrado de Resíduos, em 2010. Uma série
de regras pretendia diminuir e possivelmente banir o uso de sacolas plásticas
até o fim de 2015. Com isso, supermercados começaram a planejar ações para
reduzir o consumo, como dar desconto aos cliente para cada sacola não
consumida.
ESTADOS
UNIDOS
São
Francisco foi a primeira cidade americana a banir sacolas plásticas, em 2007.
Seguindo a linha, o estado da Califórnia aprovou, no ano passado, uma lei que
proíbe a distribuição gratuita – e consequente utilização – das sacolas.
Problema: o lobby industrial. A medida só será aprovada em referendo em
novembro de 2016.
FRANÇA
Para
frear a poluição e reduzir a produção de lixo, em junho de 2014 o governo
francês resolveu agir rumo ao banimento das sacolas plásticas. Nos
supermercados franceses, elas devem desaparecer a partir de janeiro de 2016.
Não será a primeira vez que os comerciantes vão encarar uma drástica redução no
consumo de sacolas: em 2002, elas eram 10,5 bilhões; em 2011, 700 milhões.
IRLANDA
Em
2002 a Irlanda introduziu uma taxa de 15 centavos de libra por sacola plástica
e, com isso, diminuiu em até 94% o consumo do produto. Em 2007, a taxa ainda
subiu para 22 centavos de libra.
ITÁLIA
Desde
junho de 2013, a Itália obriga estabelecimentos comerciais a vender sacolas
plásticas biodegradáveis. A medida levou a uma disputa com o Reino Unido, que
questiona a validade da lei perante as regras no mercado interno da União
Europeia. Especialistas criticam ainda o real benefício dessas sacolas para o
meio ambiente.
MAURITÂNIA
O
país do noroeste da África proibiu, no início de 2013, a comercialização e
utilização de sacolas plásticas. O principal motivo é nobre: a preservação
ambiental e proteção dos animais. Até o fim de 2012, constatou-se que pelo
menos 70% das mortes acidentais de bois e ovelhas no país ocorriam devido à
ingestão de plástico
REINO
UNIDO
Desde
setembro de 2013, o Reino Unido cobra 5 centavos de libra por sacola do
consumidor. O motivo é óbvio: apenas em 2013, os supermercados distribuíram
gratuitamente mais de 8 bilhões de sacolas plásticas, o que significa 130
sacolas por pessoa. Mais: o número equivale a 57 mil toneladas de sacolas
plásticas durante um ano. Fonte: Deutsche Welle – 16.04.2015
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Comentário:
O tamanho do problema
Entre
500 bilhões e 1 trilhão de sacolas plásticas são consumidas em todo o mundo
anualmente. No Brasil, cerca de 1,5 milhão de sacolinhas são distribuídas por
hora! Achou muito? A natureza também.
Sacolas
plásticas não são o maior vilão do meio ambiente, mas o seu consumo excessivo
é. As sacolinhas, tão práticas e gratuitas, têm um alto custo ambiental: para
sua produção são consumidos petróleo ou gás natural (ambos recursos naturais
não-renováveis), água e energia, e liberados efluentes (rejeitos líquidos) e
emissões de gases tóxicos e do efeito estufa. Depois de usadas, muitas são
descartadas de maneira incorreta, aumentando a poluição e ajudando a entupir
bueiros que escoam as águas das chuvas ou indo parar nas matas e oceanos, sendo
ingeridas por animais que morrem sufocados ou presos nelas. Pouquíssimas chegam
a ser recicladas.
Consumir
sacolas plásticas de maneira consciente significa refletir antes de aceitar uma
sacolinha. A compra é pequena? Será que não cabe na sua bolsa ou bolso? Você já
tem uma sacola retornável? Que tal adquirir uma e economizar 6 sacolinhas
plásticas? Está certo que reutilizamos as sacolinhas plásticas como sacos de
lixo, mas pense bem: você não pega muito mais sacolinhas do que realmente
precisa?
Desenvolver
este olhar sobre as sacolas plásticas é o primeiro passo para transformar os
nossos hábitos de consumo. O consumo consciente leva em consideração o impacto
individual de um produto – quanto consumiu de matéria-prima e insumos, quanto
provocou de poluição em sua produção, se pode ser reciclado, etc. – e também o
impacto coletivo do consumo somado de todos os cidadãos. A atitude responsável
de cada um faz enorme diferença para a qualidade de vida de todos.
Recusar,
reduzir, reutilizar
Quanto
se trata de sacolas plásticas, a primeira atitude é RECUSAR sempre que
possível. Novos hábitos vão ajudá-lo nesta tarefa e logo será estranho aceitar
uma sacola plástica no comércio. Dizer simplesmente "Não, obrigado" é
o primeiro passo.
Caso
não seja possível recusar a sacola plástica, porque você esqueceu a sacola
retornável, porque o produto é molhado ou por outro motivo, entra em ação a
segunda atitude: REDUZIR o consumo. Aproveite toda a capacidade da sacolinha,
distribua bem as compras entre as sacolas e utilize apenas a quantidade
necessária.
Mesmo
assim você ainda tem várias sacolinhas plásticas em casa? Então REUTILIZE-as.
Usar sacolas plásticas como saco de lixo é um hábito antigo do brasileiro e não
está errado: o saco plástico ainda é a melhor forma de acondicionar o lixo. Fonte:
Ministério do Meio Ambiente