sábado, 28 de janeiro de 2017

Papagaio cubano

En Cuba, un niño regresa de la escuela a su casa, cansado y hambriento y le pregunta a su mamá.
- Mamá, que hay de comer?
- Nada, mi hijo.
El niño mira hacia el papagayo que tienen y pregunta:
- Mamá, por qué no papagayo con arroz?
- No hay arroz.
- Y papagayo al horno?
- No hay gas.
- Y papagayo en la parrilla eléctrica?
- No hay electricidad.
- Y papagayo frito?
- No hay aceite.
El papagayo contentísimo gritó:
P.Q.P! Viva Fidel! Viva la Revolución!

Comentário: Deve ser por isso que a America Latina ama Fidel, luta por um regime similar ao de Cuba, com eles na cúpula do poder, é claro. Afinal, na casa do camarada Fidel e de sua trupe - a de cima - não há penúria, não falta comida nem se forma fila com libreta para adquirir mensalmente gênero alimentício. Não há liberdade política ou de expressão na Ilha:. É a ilha de Fantasia ou Lost da esquerda.

Burocracia e funcionário público

O vídeo não é brasileiro, mas somos descendentes ibéricos, a burocracia é a mesma. É a realidade. Por causa disso, precisamos de advogados, contadores, despachantes, xerocópias, cartórios para reconhecer firma, dar presentes, etc. E o país dos escribas.

Eu me lembro uma vez, fui acompanhar uma amiga para fazer o boletim de ocorrência   de furto  de carro numa delegacia, à noite. Chegando lá não tinha ninguém para atender.
Veio um funcionário e mandou-me esperar, pois outro funcionário faria a ocorrência. . Passou vinte minutos, meia hora, ninguém para atender e fazer a ocorrência. Veio novamente o mesmo funcionário e reclamei que estava demorando muito. Ele foi para outra sala e disse para o outro funcionário, que a pessoa estava reclamando da demora. Escutei-o dizendo para o colega, ele que espere, vou assistir a novela. Realmente tive de esperar terminar a novela.
O Brasil das 181 mil leis. Em um dos mais anacrônicos regimes legais do mundo, o País bate recorde de leis, muitas das quais obsoletas –
Desde 05 de outubro de 1988 (data da promulgação da atual Constituição Federal), até 05 de outubro de 2008 (seu 20º aniversário), foram editadas no Brasil 3.776.364 (três milhões, setecentos e setenta e seis mil e trezentos e sessenta e quatro) normas que regem a vida dos cidadãos brasileiros. Isto representa, em média, 517 normas editadas todos os dias ou 774 normas editadas por dia útil.

NORMAS GERAIS FEDERAIS
No âmbito federal, foram editadas 150.425 normas desde a promulgação da Constituição Federal, passando por 6 emendas constitucionais de revisão, 56 emendas constitucionais, 2 leis delegadas, 69 leis complementares, 4.055 leis ordinárias, 1.058 medidas provisórias originárias, 5.491 reedições de medidas provisórias, 9.612 decretos federais e 130.075 normas complementares (portarias, instruções normativas, ordens de serviço, atos declaratórios, pareceres normativos, etc.).
Em média, foram editadas 21 normas federais por dia ou 31 normas federais por dia útil nestes 20 anos.

NORMAS GERAIS ESTADUAIS
Os Estados editaram 996.977 normas, sendo 227.973 leis complementares e ordinárias, 330.836 decretos e 438.168 normas complementares. Em média foram editadas 136,50 normas por dia ou 204,30 normas por dia útil, em nível estadual. Neste período, em  média, cada Estado editou 36.925 normas, o que dá 5,06 norma/dia ou 7,57 norma/dia útil.

NORMAS GERAIS MUNICIPAIS
Já os Municípios são responsáveis pela edição de 2.628.962 normas, divididas em 450.675 leis complementares e ordinárias, 499.432 decretos, e 1.678.855 normas complementares. Em média, os municípios brasileiros editaram 359,93 normas por dia ou 538,72 normas por dia útil. Assim, considerando que existem 5.565 municípios no Brasil, cada um deles editou, em média, 472,24 normas neste período, ou 0,06 norma/dia ou 0,10 norma/dia útil.

NORMAS TRIBUTÁRIAS
Do total de normas editadas no Brasil nestes 20 anos, cerca de 6,36% se referem à matéria tributária. São 27.752 normas tributárias federais (11,55% das normas ributárias), 75.441 normas tributárias estaduais (31,41%) e 137.017 normas tributárias municipais (57,04%).
 
QUANTIDADE DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS EM VIGOR: PELA ÓTICA DAS EMPRESAS
Como a média das empresas não realiza negócios em todos os Estados brasileiros, a estimativa de normas que cada uma deve seguir é de 3.207, ou 56.015 artigos, 33.914 parágrafos, 23.798 incisos e 9.988 alíneas. Isto corresponde a 5,5 quilômetros de normas, se impressas em papel formato A4 e letra tipo Arial 12. Em decorrência desta quantidade de normas, as empresas gastam cerca de R$ 38 bilhões por ano para manter pessoal, sistemas e equipamentos no acompanhamento das modificações da legislação.

QUANTIDADE DE NORMAS POR HABITANTE
Dividindo-se a quantidade de normas editadas pelo número de habitantes do país, verifica-se que nos três anos anteriores à promulgação da Constituição de 1988 foi editada 1 (uma) norma geral para cada grupo de 300 habitantes. No período de 1989 a 2008 foi editada 1 (uma) norma para cada grupo de 50 habitantes.
No tocante às normas tributárias, verifica-se que no período compreendido entre 1985 a 1988 foi editada 1 (uma) norma para cada grupo de 4.617 habitantes, enquanto que no período de 1989 a 2008 foi editada 1 (uma) norma para cada grupo de 789 habitantes. Fonte: IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

The Swingle Singers

Swingle Singers é um grupo vocal, formado originalmente em 1962 em Paris, na França por Ward Swingle. O grupo consistia de oito vozes: dois sopranos, dois altos, dois tenores e dois baixos. O grupo francês tocou e gravou tipicamente com apenas um contrabaixo e tambores.
Em 1973, o grupo francês original dissolveu e Ward Swingle mudou-se para Londres e recrutou novos membros para o grupo.







Música portuguesa
























Macacos com melhores smartphones nunca deixarão de ser macacos

Vou contar uma história: a princesa do Reino Unido foi sequestrada. O criminoso, em vídeo divulgado pelo Youtube, fez as suas exigências. Não queria dinheiro. Não queria a libertação de prisioneiros. Não queria o fim das hostilidades em algum lugar do Oriente Médio.
Ele apenas exigiu que o premiê britânico fosse transportado até o centro de Londres para ter sexo com um porco em frente das câmeras. Caso contrário, bye bye princesa.
O premiê ficou atônito com a exigência. Intolerável. Impensável. A população apoiou o premiê e ficou tão atônita quanto ele. Sexo com miss Piggy? Melhor chamar a polícia.
O premiê chamou a polícia. A polícia tentou capturar o bandido em tempo útil. Sem sucesso. O bandido, como medida de retaliação, enviou um dedo cortado da princesa.

Horror no reino! O povo, que apoiava o premiê, começou a criticá-lo. Novas pesquisas mostravam que a maioria da população já apoiava o "rendez-vous" suíno. O que é mais importante: a vida da princesa ou a dignidade de um premiê?
A rainha telefonou para Downing Street. Não exigiu nada –explicitamente. Apenas pediu que tudo fosse feito –tudo?– para salvar a princesa.
Os assessores do premiê concordaram. "Tudo" significa tudo. Será assim tão degradante fazer sexo com um porco para salvar a linhagem real?

Essa pergunta não nasceu da minha cabeça doente. Ela inaugura "Black Mirror", uma das séries mais perturbadoras dos últimos anos. Não é uma história de folhetim, dividida em episódios, como as séries habituais. Cada episódio é um pequeno filme sobre o futuro humano e tecnológico.
Atenção às palavras: "humano" e "tecnológico". Que o mesmo é dizer: que tipo de vida teremos nós com as alterações promovidas pela tecnologia?
O caso do porco –uma óbvia evocação de um rumor sobre o comportamento de David Cameron quando era estudante em Oxford– é apenas um exemplo: hoje, a política "moderna" já se faz ao ritmo das exigências da turba. A tirania das enquetes; as discussões no "bas-fond" das redes sociais; a promoção da "vox populi" pela mídia tradicional –os bárbaros mandam.

O líder, em rigor, já não lidera; ele é liderado pelas massas. E, se assim é, haverá ainda lugar para conceitos arcaicos como "dignidade", "independência intelectual" ou "coragem" para ser impopular?
"Black Mirror" é feito dessas perguntas. E de outras, que já podemos intuir em 2017. Devemos ter direito ao esquecimento e à privacidade das nossas memórias? Ou será preferível ter acesso permanente ao passado –acesso visual, detalhado, partilhável, como se a existência fosse um filme facilmente rebobinável?
E a morte? Sim, nenhuma civilização temeu tanto a morte como a nossa. Mas será desejável que os nossos mortos possam ser "ressuscitados" pela tecnologia em simulacros de voz e corpo que nos poupam as dores do luto?

E se um dia a forma como somos avaliados no Facebook transbordar para a vida cotidiana? Até onde estaremos dispostos a ir para receber mais "likes" e subir na hierarquia social?
Todas essas demandas convidam a uma reflexão inversa. Um político que é escravo da opinião popular pode facilmente transformar-se em simples marionete dos piores instintos da maioria.
O esquecimento e a privacidade são a última barreira que nos protege da destruição e da autodestruição.
O luto não é apenas feito de dor e sofrimento; é uma pausa necessária para reencontrar sentido e reconciliação depois do naufrágio.

E a obrigação de sermos permanentemente alegres e felizes para subir na hierarquia dos "likes" é uma forma de tortura. Não por excluir a infelicidade (isso é impossível); mas apenas a expressão pública dessa infelicidade. Como acontece em regimes totalitários.

A maior proeza de "Black Mirror" está na forma como mostra duas realidades contrastantes, que os fanáticos da tecnologia são incapazes de vislumbrar: de um lado, a fluidez amoral da criação tecnológica; do outro, a permanência da natureza humana.
Podemos imaginar um mundo de mil possibilidades técnicas; mas o "software" de que somos feitos –sentimentos primitivos como o medo, a inveja, o ciúme, a vergonha– não se altera com uma simples mudança de cenário.
Macacos com melhores smartphones nunca deixarão de ser macacos. Apenas se tornam mais patéticos ou mais perigosos.Fonte: Folha de São Paulo - 03/01/2017 -João Pereira Coutinho-escritor português

domingo, 22 de janeiro de 2017

Ministério da Saúde confirma 25 mortes por febre amarela

Óbitos ocorreram em Minas Gerais, estado com mais de 270 casos suspeitos da doença. Após apenas sete registros de infecções em 2016, país enfrenta surto do vírus desde janeiro.
Vírus da febre amarela          

O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira (20/01) 25 mortes por febre amarela no estado de Minas Gerais, outros 71 óbitos podem estar relacionados com o vírus. O ministério anunciou ainda que, desde o início de janeiro, foram registrados 272 casos suspeitos da doença somente neste estado.

Além de Minas Gerais, o Espírito Santo registrou 11 casos suspeitos de febre amarela. Uma explosão no número de infectados pelo vírus ocorreu no início deste ano. Em 2016, foram confirmados somente sete casos da doença, sendo três em Goiás, dois em São Paulo e dois no Amazonas. Do total, cinco resultaram em morte.

Na semana passada, o governo de Minas Gerais decretou situação de emergência em saúde pública em regiões atingidas pelo surto de febre amarela no estado.

A febre amarela tem vacina e é causada pelo vírus da família flaviviridae. A doença infecciosa febril aguda pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. Ela é transmitida por mosquitos, entre eles o Aedes aegypti – o mesmo da dengue, zika e febre chikungunya –  e é comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus.

A doença é considerada endêmica em regiões rurais e de florestas do país. De acordo com o Ministério da Saúde, não há registros da transmissão da febre amarela em áreas urbanas no Brasil desde 1942. Fonte: Deutsche Welle – 21.01.2017

sábado, 21 de janeiro de 2017

O sexo da esquerda

À custa de insistir nos direitos de alguns grupos, ela deixou de ser vista como representante da sociedade em seu conjunto

Diferentemente dos anjos e dos partidos de direita, a esquerda tem um sexo. Declara-se feminista, como o PSOE espanhol desde a liderança de José Luis Zapatero; ou quer feminizar a política, como o Podemos, partido fundado na Espanha em 2014. A esquerda ganhou rótulos. Além de socialista, é ecologista, feminista e defensora das minorias. Essa diversidade oferece oportunidades, mas também riscos.

Por um lado, a esquerda se adaptou às mudanças sociais que dizimaram seu eleitorado clássico, os trabalhadores homens. Não se pode viver da nostalgia e, no século XXI, a defesa da igualdade deve incorporar considerações culturais, de gênero e de orientação sexual. A esquerda faz bem em propor medidas contra a discriminação de qualquer grupo em qualquer frente: escola, trabalho ou esfera privada.

Mas tudo o que há de bom nessas políticas integradoras há de mau no discurso político que as acompanha. Esse é o tendão de Aquiles da esquerda contemporânea. À custa de insistir nos direitos de alguns grupos, a esquerda deixou de ser vista como representante da sociedade em seu conjunto. Caiu no que Bo Rothstein, em relação à Europa, e Mark Lilla, em relação aos Estados Unidos, denunciam como a política da identidade. A esquerda enfatiza mais as diferenças entre os distintos grupos sociais do que as semelhanças entre todos os cidadãos.

A falida campanha de Hillary Clinton é uma séria advertência para os progressistas de todo o mundo. Hillary substituiu uma visão geral para o país por menções a grupos concretos: afro-americanos, latinos, LGTBI e, sobretudo, mulheres. Em princípio, parecia ser um bom marketing político. Particularize seu produto. Coloque nome e sobrenome, sexo e etnia em seus potenciais clientes. Mas a política não é como a moda. Quando você tenta atrair um grupo concreto, aliena outro. Nesse caso, o homem branco.

A esquerda em muitos países corre o perigo de escorregar na mesma ladeira: quando a defesa de políticas para os mais desfavorecidos desemboca em um conflito de identidade. Para evitar isso, os progressistas têm que ser como os anjos: inteligentes e assexuados. Fonte: El País - 2 JAN 2017