Número foi mais que o dobro do registrado nos 12 meses de 2020, quando 83 milhões de casos foram oficialmente diagnosticados no planeta. Mortes pela doença em 2021 chegaram a 3,5 milhões no mundo.
O ano de 2021 termina com 198
milhões de casos de covid-19 em todo o mundo confirmados nos últimos 12 meses.
O número representa mais que o dobro dos 83 milhões de casos registrados no
mesmo período de 2020. Já as mortes pela doença em 2021 chegaram a 3,5 milhões,
84% a mais que os 1,9 milhão do ano passado, segundo dados divulgados pela
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Porém, os números, embora
ainda muito elevados, mostram um declínio na mortalidade do coronavírus, que
foi de 2,2% em 2020 e de 1,7% neste ano. Por outro lado, a OMS admite que as
cifras sao conservadores, já que os números reais podem ter sido maiores devido
aos muitos casos e mortes não diagnosticados.
Nos dois anos acumulados
desde o início da crise sanitária com a notificação dos primeiros casos na
China à OMS, foram registrados no mundo 281 milhões de diagnósticos positivos e
5,4 milhões de óbitos.
A pandemia é uma das mais
graves da história, embora seus números ainda estejam distantes dos causados
pela peste bubônica em vários momentos, ou pela gripe de 1918-20, que deixou
dezenas de milhões de mortes.
A pandemia atual também está
passando por uma onda de aumento exponencial de diagnósticos positivos, que se
acredita estar ligada à variante ômicron, com um número recorde de 1,3 milhão
de casos confirmados no último dia 29, embora este "tsunami de
contágios", conforme definido por a OMS, não vem sendo acompanhada por enquanto
por um aumento nas mortes.
O ano de 2021, dedicado à
vacinação do maior número possível de pessoas contra a covid-19, também chega
ao fim com 9,15 bilhões de vacinas administradas em todo o mundo, tendo 58% das
pessoas recebido pelo menos uma dose, segundo os dados fornecidos pelas redes
nacionais de saúde.
Uma dezena de países têm
taxas de vacinação acima dos 80%, incluindo Emirados Árabes Unidos, Singapura,
Espanha, China, Coreia do Sul, Portugal e Cuba, embora quase uma centena de
nações não tenham atingido a meta estabelecida pela OMS de atingir pelo menos
40% da população vacinada em todos os territórios.
CASOS NA EUROPA: No hemisfério norte, a pandemia continua a
avançar. A incidência semanal de covid-19 na Alemanha subiu hoje para 214,9
casos por 100.000 habitantes, em comparação com 207,4 de quinta-feira e 265,8
há uma semana, segundo dados do Instituto Robert Koch (RKI).
Depois de quatro semanas de
declínio, este é o segundo dia consecutivo de tendência ascendente. Nas últimas
24 horas, foram registados 41.240 novos casos, contra 35.431 na sexta-feira
anterior, enquanto os óbitos relacionados com a doença chegaram a 323, abaixo
dos 370 notificados há uma semana.
Desde o início da pandemia, a
Alemanha registou 7.150.422 infeções confirmadas pelo coronavírus SARS-CoV-2,
111.925 pessoas morreram e 6.382.900 se recuperaram.
Em termos vacinais, 71,2% da
população alemã recebeu o esquema completo da vacina, 38,6% recebram a a dose
de reforço e 74,2% receberam pelo menos a primeira dose.
Segundo Christian Drosten,
chefe do departamento de virologia do Hospital Universitário de La Charité, em
Berlim, será necessária uma quarta dose com uma vacina adaptada às
características da variante ômicron. "Penso que todos precisarão de uma
dose de reforço com uma vacina atualizada", afirmou Drosten à rádio
Deutschlandfunk.
O especialista alemão
manifestou a sua expectativa de um aumento da incidência durante o inverno e
adverte que a porcentagem de pessoas não vacinadas, mesmo entre as com mais de
60 anos, ainda é muito elevada na Alemanha.
"Temos muitas pessoas não vacinadas na Alemanha, também entre os
maiores de 60 anos, e estas estão naturalmente em risco", sublinhou.
Para os vacinados, sustentou
Christian Drosten, a pandemia pode terminar no próximo ano, mas ainda terão de
ser considerados os não vacinados e serão necessárias algumas medidas, tais
como o uso de máscaras em espaços fechados.
"Não ficaria
surpreendido se no próximo inverno ainda tivéssemos de usar máscaras nos
interiores. Mas penso que não teremos de novo muita pressão hospitalar",
observou.
FRANÇA: Ainda nesta
sexta-feira, autoridades francesas de saúde afirmaram que a variante ômicron é
já a dominante entre as infecções por covid-19 no país, onde o vírus teve uma
"progressão significativa" nos últimos dias.
"62,4% dos testes
realizados mostraram um perfil compatível com a variante ômicron" no
início da última semana do ano, contra 15% na anterior, segundo o último
boletim semanal das autoridades de saúde, publicado na quinta-feira à noite.
Esta progressão da variante
ômicron era esperada, uma vez que ela é particularmente contagiosa e já vem se
tornando dominante em outros países europeus, como o Reino Unido e Portugal.
A epidemia deixou até o momento um total de 123.552 mortos na França. Fonte: Deutsche Welle - 31.12.2021
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