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segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Coronavírus: EUA atingem marca de 5 milhões de casos de covid-19

Os Estados Unidos superaram a marca de 5 milhões de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da epidemia no país, segundo dados divulgados no domingo (09/98) pela Universidade Johns Hopkins, que monitora os avanços da covid-19 nos EUA e no mundo.
Além de possuir o maior número de infecções em todo o planeta, o país também contabiliza a maior quantidade de mortes em razão da doença. Até este domingo, segundo a Johns Hopkins, eram mais de 162 mil óbitos no país, quase o triplo do total oficial de americanos mortos na guerra do Vietnã.

Autoridades americanas de saúde afirmam que o número real das infecções no país seria 10 vezes maior do que o oficial, o que significaria um total de 50 milhões de pessoas infectadas. Essa subnotificação se explicaria pela baixa testagem na população e pelo fato de que em torno de 40% dos portadores do coronavírus não apresentam sintomas.
Muitos europeus se dizem espantados com a situação atual da doença nos EUA, uma vez que os americanos tiveram tempo para se preparar para a chegada do vírus, ao contrário do que ocorreu na Europa. O país poderia ter se beneficiado da experiência e conhecimento médico adquirido nos meses anteriores pelos europeus, antes dos pacientes infectados começarem a lotar as UTIs americanas.

Ao invés disso, o governo americano adotou a estratégia de negar ou minimizar a extensão da doença, o que pode ter contribuído para o aumento dos casos e das mortes, assim como diversas outras atitudes tomadas pela Casa Branca.
O líder americano se recusou durante meses a usar máscaras de proteção e chegou a colocar em dúvida alertas de saúde dos próprios especialistas do governo. Ao mesmo tempo, o país vive um processo de politização da resistência ao uso das máscaras e ao confinamento, o que, segundo especialistas, amplifica o risco de contaminação.
Enquanto o coronavírus surgia nos EUA, Trump dizia se tratar de uma farsa e que o vírus desapareceria rapidamente com a chegada do calor no verão do hemisfério norte.

"NÃO HÁ ESTRATÉGIA NACIONAL"
O Dr. David Ho, que coordena uma equipe de cientistas da Universidade de Columbia, nos EUA, que desenvolvem tratamentos contra a covid-19, critica com veemência a forma como o governo americano vem lidando com o problema.

"Não há estratégia nacional, não há liderança e não há um pedido para que a população haja de forma unificada e obedeça em conjunto as medidas ", alertou Ho. "Estamos completamente abandonados como nação", lamentou. Fonte: Deutsche Welle-09.08.2020

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