ALEMANHA-QUASE CEM INFECTADOS
EM FAZENDA DE ASPARGOS NA BAVIERA
Até agora, 95 pessoas
testaram positivo para o novo coronavírus numa fazenda de aspargos na região
suábia da Baviera. A câmara municipal de Aichach-Friedberg informou na
sexta-feira (12/06) que foram examinados 525 funcionários.
"Atualmente, todas as
pessoas que entraram em contato com infectados estão sendo identificadas",
afirmaram as autoridades locais, explicando que os examinados não apresentavam
sintomas por ocasião da retirada de secreção de mucosa.
Informações anteriores
apontaram que os trabalhadores da colheita de aspargos no distrito de
Inchenhofen foram divididos em pequenos grupos, algo que foi expressamente
elogiado pela Departamento de Saúde de Aichach-Friedberg. A autoridade estima
que o surto afeta apenas a fazenda de aspargos, razão pela qual os limites
estabelecidos para novas infecções não deverão ter consequências de longo
alcance.
A administração da empresa
Lohner Agrar anunciou na sexta-feira que dadas as precauções, como seu próprio
supermercados, sua própria cantina com distanciamento entre as mesas e
alojamentos em quartos de uma
a duas pessoas, não há explicação para como o vírus chegou à fazenda.
Como o teste da mucosa não
faz diferença entre vírus mortos ou ativos na região da garganta, os
trabalhadores temporários da fazenda poderiam ter se infectado antes de chegar
à Alemanha, apontaram autoridades de saúde.
Devido aos primeiros testes
positivos, a empresa interrompeu a colheita e as vendas do vegetal há uma
semana, encerrando prematuramente a temporada de aspargos.
Os funcionários testados
positivo e algumas pessoas com que tiveram contato permanecem separados uns dos
outros, em quarentena, em apartamentos de propriedade da empresa. «O
Departamento de Saúde decidirá nos próximos dias quanto tempo vai durar a
quarentena e a partir de quando os trabalhadores estrangeiros afetados poderão
voltar aos seus países de origem", afirmou a empresa.
A Lohner Agrar informou ainda
que várias pessoas que testaram negativo para o novo coronavírus já retornaram
à Romênia ou voltarão nos próximos dias para seu país de origem.
Segundo o Instituto Robert
Koch (RKI), responsável pelo controle de doenças na Alemanha, a grande maioria
dos municípios e cidades alemãs não apresentaram nenhuma ou poucas novas
infecções pelo novo coronavírus nos últimos sete dias. 365 de 412 municípios
reportaram ao RKI no máximo cinco novos casos por 100 mil moradores nesse
período de tempo.
Nos últimos sete dias, o
distrito de Aichach-Friedberg registrou o maior número de infecções de
coronavírus por 100 mil habitantes na Alemanha, informou o RKI.
ALEMANHA-LUFTHANSA QUER
OFERECER TESTES DE COVID-19 AOS PASSAGEIROS
Segundo reportagem divulgada
pela revista Spiegel, a Lufthansa quer oferecer aos passageiros a possibilidade
de fazerem testes para covid-19 antes de embarcarem nos voos que partem dos
aeroportos de Frankfurt e Munique.
A companhia aérea alemã
deseja disponibilizar centros para a realização dos exames nesses aeroportos já
no mês de julho para os passageiros em viajem para países que exijam a apresentação
dos testes. Os resultados devem ficar prontos em quatro horas.
Segundo uma pesquisa também
divulgada pela Spiegel, 60% dos alemães tem receio de se contaminarem com o
novo coronavírus durante algum voo.
ALEMANHA-BRANDEMBURGO DECLARA
FIM DOS LIMITES PARA REUNIÕES PÚBLICAS
Menos de três meses após a
adoção de medidas para conter o novo coronavírus, o estado alemão de
Brandemburgo anunciou o fim das restrições de contato que impunham limites de
no máximo 10 pessoas ou duas famílias.
O governador Dietmar Woidke
disse, após se reunir com seu gabinete na cidade de Potsdam, que a partir desta
segunda-feira, a questão da higiene e do distanciamento social será o foco
principal.
"Este é um grande passo
ao darmos uma nova responsabilidade à população do estado", observou. O
governo manteve a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção para todas as
pessoas com mais de 6 anos no transporte público, no comércio e hospitais, além
das casas de repouso, ônibus e barcos de turismo.
A partir do dia 15 de junho,
serão permitidos eventos com até mil pessoas, incluindo concertos e serviços
religiosos. Não há limite de público para as manifestações e protestos, mas
devem ser observadas as regras de distanciamento social.
As creches e jardins de
infância reabrirão normalmente a partir da próxima segunda-feira. As escolas
retomarão as aulas após as férias de verão, no dia 10 de agosto.
BRASIL-PANDEMIA AVANÇA NA
AMAZÔNIA E AMEAÇA POVOS INDÍGENAS
Com menos de dois meses de
vida, o bebê S.D, da etnia kalapalo, está internado numa UTI neonatal em
Cuiabá, Mato Grosso, para que tenha chances de sobreviver à covid-19. O recém‑nascido
é mais um infectado pelo novo coronavírus dentro da Terra Indígena Xingu - a
primeira a ser criada no Brasil, em 1961.
"Os parentes [como
indígenas se referem a outros indígenas] estão muito assustados. A gente sabia
que, quando a covid-19 chegasse, a gente não teria estrutura. É muito triste o
que está acontecendo”, diz Watatakalu Yawalapiti, liderança na TI Xingu.
Devido à gravidade do caso, a
Justiça atendeu a um pedido do Ministério Público Federal e obrigou o governo
do estado a remover o bebê para algum hospital público ou particular. A
transferência ocorreu na última quinta-feira (11/02), três dias depois da
decisão judicial.
Além do recém-nascido, pelo
menos dois outros casos de covid-19 foram confirmados entre os indígenas do
Xingu. Para evitar uma disseminação mais rápida, lideranças tentam isolar as
aldeias e pregar o distanciamento social, o que é antinatural na cultura indígena,
totalmente baseada na coletividade. No estado, a primeira vítima da doença foi
um bebê da etnia xavante, de oito meses.
"Temos que proteger os
parentes porque não temos apoio do governo, que é ausente. Pedimos muitas vezes
que colocassem barreiras sanitárias, mas não aconteceu até agora”, afirma
Yawalapiti.
Aterrorizados com o avanço da
pandemia nos territórios isolados, eles clamam por apoio. "A gente está
pedindo socorro”, diz Eliane Xunakalo, da Fepoimt (Federação dos Povos e
Organizações Indígenas de Mato Grosso).
"Não podemos esperar que
os povos sejam dizimados, extintos, como já aconteceu no passado. A gente não
pode contar com governo federal, porque para ele não é interessante que a gente
receba ajuda”, afirma Xunakalo.
Contrário à demarcação de
terras indígenas, o presidente Jair Bolsonaro repete desde sua campanha
eleitoral que tem intenção de autorizar atividades econômicas, como mineração e
monocultura, nos territórios.
Desde o início da pandemia,
264 indígenas morreram vítimas do novo coronavírus, segundo dados da
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), atualizados nesta
quinta-feira. A maior parte dos casos ocorrem em Amazonas (133), Pará (52) e
Roraima (29).
REINO UNIDO-COMPANHIAS AÉREAS
PROCESSAM GOVERNO BRITÂNICO
As companhias aéreas British
Airways, EasyJet e Ryanair lançaram uma ação legal contra o governo britânico
para eliminar a quarentena imposta aos viajantes que chegam ao Reino Unido.
Em comunicado conjunto, as
empresas declararam que a quarentena em vigor desde segunda‑feira "terá um
efeito devastador no turismo e na economia do Reino Unido e destruirá milhares
de empregos"
O Reino Unido decretou uma
quarentena obrigatória de 14 dias, a ser reavaliada a cada três semanas, para
todas as chegadas por terra, mar e ar, independentemente de os viajantes
residirem ou não no Reino Unido.
As companhias aéreas pediram
que o assunto fosse levado à Justiça o mais depressa possível.
Segundo as empresas, a
quarentena é restritiva demais e não se baseia em nenhuma consulta ou evidência
científica.
O governo britânico
argumentou que poderia estabelecer pontes aéreas para certos países, a fim de
não comprometer o renascimento do turismo há muito aguardado pelo setor aéreo.
Mas as três empresas
questionam esse dispositivo e pedem ao governo que restabeleça a quarentena
introduzida em 10 de março, para que seja válida apenas para viajantes de
países de alto risco. Uma medida similar foi anunciada na quinta-feira pela
União Europeia.
REINO UNIDO-PANDEMIA DERRUBA
ECONOMIA BRITÂNICA
O Reino Unido anunciou nesta
sexta-feira (12/06) a maior queda mensal de seu PIB da história: 20,4% em
abril, na comparação com o mês anterior.
A queda é um efeito direto da
pandemia de coronavírus, que paralisou a economia britânica. Na comparação com
o mesmo mês do ano anterior, o recuo chega a 24,5%, também um recorde.
O Reino Unido decretou
confinamento obrigatório em 23 de março, e a medida só foi relaxada em maio.
Abril foi, portanto, provavelmente o mês mais afetado pela pandemia.
O país era, até o início
desta sexta, o segundo em número de mortes por coronavírus – no total, foram
mais de 41.300 óbitos.
Para muitos, o confinamento
obrigatório foi decretado tardiamente. Segundo admitiu nesta semana Chris
Whitty, assessor do governo britânico para questões de saúde, um “lockdown”
apenas uma semana mais cedo poderia ter salvado 20 mil vidas. Fonte: Deutsche
Welle - 12.06.2020
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