Mais de 17 estados da Venezuela entram no terceiro dia de
apagão nesta quarta-feira (27), 20 dias depois do começo do maior blecaute da
história do país, informou a imprensa local.
As pessoas relatam já sentir os reflexos da falta prolongada
de energia. "As mercadorias estragam, não há água, o transporte quase não
funciona, não há comunicação. Não sei o que acontece com a minha família, a
insegurança aumenta", afirmou à AFP Néstor Carreño, gerente de uma
pizzaria de um bairro nobre de Caracas que teve que fechar as portas.
Panelaços e buzinaços foram registrados na madrugada de
terça-feira para quarta-feira, com a capital completamente no escuro, de acordo
com a agência AFP. Em alguns bairros, a energia chegou a ser reestabelecida,
mas logo depois foi cortada.
2° APAGÃO DO MÊS
A falha começou na segunda-feira (25) às 13h22 (14h22 de
Brasília) e provocou o colapso do fornecimento de água, das redes de telefonia
e internet e dos bancos eletrônicos.
Segundo um comunicado divulgado por Nicolás Maduro pelo
Twitter, "o sistema nacional de eletricidade sofreu dois ataques
terroristas desonestos nas mãos de violentos" com "objetivos
desestabilizadores".
O primeiro ataque, afirmou Maduro, teria ocorrido às 13h29,
horário local, na segunda-feira, na área de geração e transmissão da usina
hidrelétrica de Guri, no estado de Bolívar, que fornece 80% da energia da
Venezuela. O segundo teria sido registrado às 21h47.
As falhas no fornecimento de energia são comuns no país.
Enquanto o regime de Maduro diz que o problema é causado por sabotagem da
oposição e dos Estados Unidos, a oposição afirma que o problema é consequência
da falta de investimento em infraestrutura e da corrupção.
APAGÃO MAIS LONGO DA HISTÓRIA
No dia 7 de março começou um apagão que paralisou o país por
uma semana, sendo o mais longo da história da Venezuela.
O apagão afetou 22 dos 23 estados venezuelanos, além da
capital, Caracas, provocando a interrupção da água e o colapso do setor
eletrônico bancário e dos hospitais. Fonte: Por G1-27/03/2019
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