Nós
bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido
demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos
muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos
nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos
raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver;
adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos
e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo
vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos
muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a
alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas
aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos
a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar
mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.
Estamos
na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno;
lucros acentuados e relações vazias.
Essa
é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa
é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos
cérebros ocos e das pílulas "mágicas".
Um
momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Uma
era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão
ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se
de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para
sempre. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.
Fonte:George
Denis Patrick Carlin (Nova Iorque, 12 de maio de 1937 — 22 de junho de 2008)
foi um comediante, ator e autor norte-americano, pioneiro, com Lenny Bruce, no
humor de crítica social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário