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domingo, 12 de fevereiro de 2017

Apagando ciberpassado

Comentários em sites de notícias e fóruns online, fotos constrangedoras marcadas por amigos em redes sociais, vídeos que jamais deveriam ter sido publicados no YouTube. Se há 10 anos (5?) as pequenas irresponsabilidades que todos cometemos na infância e na adolescência viravam apenas histórias entre amigos, para as novas gerações elas ficam guardadas e disponíveis na internet. E como escapar de tudo isso na vida adulta, na hora de procurar um emprego ou impressionar os pais da(o) futura(o) esposa(o)?

Para o CEO do Google, Eric Schmidt, num futuro próximo os jovens poderão mudar seus nomes para escapar do "ciberpassado" quando chegarem à vida adulta. Sugerindo que as questões de privacidade no mundo atual vão muito além do Google, Schmidt disse durante uma entrevista ao Wall Street Journal que a vida das pessoas hoje é tão documentada que essa pode ser a única saída.

- Não acho que a sociedade compreenda o que acontece quando tudo está gravado e disponível para todo o tempo inteiro - disse ele.

Presidente-executivo de uma empresa que já se envolveu em diversas disputas ligadas à questão da privacidade, Schmidt já deu outras declarações polêmicas sobre o tema. A mais marcante até então, no ano passado: "Se tem algo que você não quer que as pessoas saibam, talvez você não devesse ter feito isso para começar".  

Na entrevista, Schmidt comentou também qual será a estratégia do Google quando a busca não estiver mais no centro das nossas vidas online. Segundo ele, no futuro próximo o Google saberá tanto sobre seus usuários que poderá ajudá-los a planejar suas vidas.
- Eu acredito que a maioria das pessoas não quer que o Google responda suas perguntas. Elas querem que o Google diga o que devem fazer em seguida.

Com as informações coletadas em seus diversos sites, o Google "sabe mais ou menos quem você é, o que te interessa, quem são seus amigos". As possibilidades a partir dessas informações são imensas. O Android é obviamente uma parte importante dessa estratégia, já que com ele a empresa sabe também onde você está.
Segundo Schmidt, 200 mil aparelhos com o sistema operacional são ativados por dia. Apesar do Android ser gratuito, o CEO garante que o Google tem outras formas de ganhar dinheiro com ele.
- Se você tem um bilhão de pessoas usando algo, existem diversas maneiras de se ganhar dinheiro. Com certeza, acreditem em mim. Nós vamos ganhar muito dinheiro com ele (Android) - afirma. Fonte:Globo Online - 18/08/2010

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