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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O Futuro do Trabalho

Primeiro a Reengenharia (fazer mais com menos), depois a Globalização (abertura de fronteiras internacionais) e agora as Inovações Tecnológicas (informática e robotização), responsáveis pelo grande avanço na sociedade, têm sido responsáveis pelo grande enxugamento dos postos de trabalho e, por conseguinte, pelos grandes índices de desemprego estrutural. O cenário no mundo do trabalho nos apresenta uma nova realidade: o fim do emprego formal.

Segundo estimativas, em um futuro próximo apenas 25% da população economicamente ativa conseguirá registro na carteira de trabalho. Isso significa que os 75% da população economicamente ativa restante deverá trabalhar como autônomos e oferecendo algum produto ou serviço à sociedade para, em troca, garantir seu sustento.
A verdade é que a estabilidade no emprego está em extinção. O mundo empresarial que está para vir não prevê mais a segurança do trabalho que tiveram antigamente os nossos pais, os nossos avós.

No novo mundo do trabalho, a tendência geral é o auto-emprego, isto é, cada um tendo que gerar seu próprio trabalho, ser agente do seu próprio negócio, patrão de si mesmo.
José Pastore, sociólogo e professor da USP especialista em relações do trabalho e desenvolvimento institucional, afirma que “O mercado de trabalho foi dividido em dois mundos: o do emprego, com carteira assinada, e o do trabalho. O segundo está em alta. Você que é jovem,  entenda que, no mundo moderno, o emprego formal não é a única maneira de ganhar a vida nem será a mais abundante daqui para a frente.”

No novo mundo o trabalhador será empregado em algumas ocasiões e trabalhador autônomo na maioria das vezes. O seu salário poderá ser formado de uma parte fixa e outra variável, conforme os resultados do negócio ou, ainda, comissionado, isto é, todo o seu salário dependerá do que foi produzido ou vendido. Isso não significa obstáculo, incapacidade ou fracasso pessoal – o trabalho no novo mundo será assim mesmo: nada será permanente ou estável.

Segundo Cláudia Giunta, fundadora e criadora do modelo de negócio da empresa General Motors (GM) do Brasil, “a mistura de pessoas com formações diferentes, sejam funcionários, sejam trabalhadores temporários, faz parte dos novos tempos”

Tom Peters, celebrado escritor e guru secular do mundo dos negócios, faz a seguinte afirmação sobre o futuro do trabalho: “Não existem mais empregos para a vida inteira. Empregos estáveis em grandes empresas são coisa do passado. A carreira média das pessoas provavelmente abarcará duas ou três “ocupações” e meia dúzia de empregadores. A maioria de nós passará longos períodos da carreira realizando algum tipo de trabalho autônomo . Resultado líquido: estamos por nossa conta, pessoal. Isso não é teoria. Já é uma realidade

Se por um lado o emprego é “coisa do passado”, por outro surgem novos modos de trabalhar: por projetos, por produtividade, por comissão, contrato temporário, consultoria, facção, freelancer, estágio remunerado, diarista etc. Já se reconhece nessas novas formas de trabalhar oportunidades de geração de renda e melhoria da qualidade de vida. Muita gente já descobriu esse novo caminho: viver sem patrão.

Para Ricardo Neves, consultor de empresas e escritor, “Provavelmente, os jovens do meio do século XXI estarão mais confortáveis num mundo onde o emprego, da forma como o entendemos, restará apenas de forma marginal.”

A estabilidade do emprego fixo acabou, é coisa do passado. O trabalhador cristão precisa encarar essa nova realidade. O crente em Jesus precisa ter uma visão ampliada do que é trabalho. Trabalho é mais que um “emprego”. Trabalho é forma de geração de renda existente.
Concluímos o seguinte: no século XXI não há desemprego, o que há é o fim do emprego formal; o trabalho não desaparecerá, estará mais em alta do que nunca.
Fonte: O Futuro do Trabalho por Roberto Marques

Comentário:
O artigo é interessante, mas não concordo,  não há trabalho para todos. A oferta e demanda de profissionais estão em desequilíbrios.
O mercado mundial mudou, estamos na era do conhecimento tecnológico, não há necessidade de ter tantas fábricas e empregos  como antigamente. Existe uma reorganização industrial onde o excedente de mão de obra  não há como ser aproveitado, acrescido com crescimento demográfico e imigrações. Esse é grande problema da maioria dos países, não há emprego para toda  a  população. Cada vez mais a indústria utiliza menos mão de obra para fabricar um produto, gerando um excedente de mão de  obra cada vez maior. O crescimento do PIB de qualquer país não é suficiente para gerar novos empregos  para os trabalhadores que estão entrando no mercado de trabalho e os demais que perderam empregos que estão procurando.  E com mais um agravante,  novos países que antigamente não fazia parte do comercio mundial, tornaram-se fornecedores desse comércio afetando os demais países tradicionais, substituindo-os na produção de produtos 

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