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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Bebês nascidos viciados em drogas

Segundo o serviço público de saúde da Grã-Bretanha, o NHS, em média três bebês nascem viciados em drogas a cada dia na Inglaterra devido ao hábito das mães.
Uma instituição de caridade, a única do país, tenta manter os recém-nascidos junto com os pais durante o programa de reabilitação.
O problema se repete em todo o Reino Unido. Na Inglaterra, 1.087 bebês nascidos em 2014 e 2015 foram afetados pelo uso de drogas pelas mães.
Na Escócia, foram 987 bebês entre 2012 e 2015, enquanto no País de Gales foram 75 casos, entre drogas e bebidas alcoólicas em 2015 e neste ano.
Quase todas as drogas passam da mãe para a corrente sanguínea do feto durante a gravidez. Estas crianças já nascem viciadas e sofrendo os efeitos da abstinência - o que é conhecido como síndrome de abstinência neonatal.

BRASIL
Entre os sintomas comuns dos recém-nascidos viciados em opiáceos, como heroína e metadona, está tremor incontrolável, choro estridente e manchas na pele.
No Brasil, o Ministério da Saúde informou que nos últimos cinco anos o número médio anual de registros de "sintomas de abstinência neonatal de drogas utilizadas pela mãe" foi de 76.

REABILITAÇÃO RIGOROSA
Depois do fechamento de outras organizações, a Trevi House é o único centro deste tipo na Grã-Bretanha. Inaugurada em 1993, a instituição pode receber até dez mulheres de uma vez. Elas não tem permissão para sair do local sem supervisão.
Cada mãe segue um plano rigoroso de reabilitação que inclui sessões de terapia diárias, encontros em grupo, exames médicos e checagens dos serviços sociais.
O custo para manter uma mãe e o um bebê no centro é de 1,5 mil libras por semana (cerca de R$ 6,3 mil).
A verba para manter uma mãe e seu filho no programa frequentemente vem de acordos entre serviços que cuidam de adultos viciados em drogas e serviços sociais voltados para crianças.
Entre dezembro de 2013 e dezembro do ano passado, 65% das crianças saíram da Trevi House acompanhadas das mães, que já não estavam mais viciadas em drogas ou bebidas alcoólicas.
Porém, alguns analistas ressalvam que a rotina na instituição de caridade, com cuidados 24 horas por dia, não reflete a vida real e temem que, fora do programa, as mães sofram recaída. Fonte: Resumo - UOL Noticias - BBC-26/12/2016

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