A cassação do mandado do deputado afastado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) será votada no plenário da Câmara. O peemedebista sofreu, na quinta-feira (14/07), uma derrota na Comissão de Constituição e Justiça. Por 40 votos a
11, o colegiado aprovou um relatório que negou recurso do parlamentar que
buscava anular a decisão do Conselho de Ética, que em junho recomendou a
cassação. O ex-presidente da Casa agora está a um passo de perder direito ao
foro privilegiado, o que pode deixá-lo nas mãos do juiz da Operação Lava Jato
Sérgio Moro. A votação da cassação no plenário deve ocorrer após o recesso da
Câmara, a partir de agosto.
O desfecho do processo de cassação de Cunha no plenário ainda é uma incógnita. A derrota de Rogério Rosso (PSD-DF), candidato apoiado por ele para assumir a presidência da Câmara em votação realizada na quarta-feira pode ser um termômetro da sua perda de influência sobre aquilo que ficou conhecido como sua bancada pessoal, o chamado centrão. No entanto, o peemedebista ainda possui influência na Casa - e no Governo interino de Michel Temer. O presidente eleito da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou pouco após o pleito que a votação da cassação no plenário "tem que ter quórum elevado, se houver 300 deputados de 513 a imprensa pode dizer que o presidente ajudou ou prejudicou o Eduardo. Então, isso ocorrerá no momento certo e com quórum adequado". Ele, que votou em Cunha para a presidência em janeiro de 2015, mas se afastou do deputado nos últimos meses, afirmou que não vai "protegê-lo nem persegui-lo". Fonte: El País - São Paulo 14 JUL 2016
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