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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

História: Alemães suspendem ataque a Verdun


Entre fevereiro e dezembro de 1916, travou-se em Verdun, no nordeste da França, uma das mais sangrentas batalhas da Primeira Guerra Mundial, que durou 300 dias, e 300 noites e deixou centenas de milhares de mortos de cada lado. Tudo inútil, pois, ao longo de todo esse período, quase nada mudou na linha de frente.

A 15 de dezembro de 1916, depois de quase dez meses de batalha, os militares alemães suspenderam a grande ofensiva de Verdun, a mais sangrenta batalha da Primeira Guerra Mundial.
Quando, em meados de dezembro de 1916, as detonações de granadas e canhões cessaram no campo de batalha de Verdun, no nordeste da França, chegavam ao fim 300 dias e noites de luta entre alemães e franceses.

Não há dados exatos sobre o número de mortos nas batalhas de Verdun, nos combates para tomar o Forte Douaumont e os povoados de Fleury, Vaix, Froideterre e Vauxquois, mas se estima que tenha ultrapassado os 600 mil. Hoje, o cemitério militar de Douaumont tem afixadas 15 mil cruzes, enquanto no ossário estão os esqueletos de mais de 100 mil mortos nas batalhas.

A Batalha de Verdun havia começado no dia 21 de fevereiro de 1916. A artilharia alemã, chefiada pelo general Erich von Falkenhayn, abriu fogo contra as fortificações francesas em torno de Verdun, no lado direito do rio Mosa. Os 1,5 mil canhões lançavam projéteis ininterruptamente contra os inimigos. Depois de poucos dias de ofensiva, o plano de desgastar o contingente francês revelou-se um fracasso.
Impiedosa guerra de trincheiras

Apesar de alguns avanços, os alemães não conseguiram penetrar nas linhas francesas. O marechal Joffre e o general Petain barraram a ofensiva de Falkenhayn. Começou aí uma impiedosa guerra de trincheiras, com a explosão de 60 milhões de granadas e o uso de gases tóxicos. Jovens soldados de baionetas em punho enfrentaram rajadas de metralhadoras e desafiaram a morte nas lutas corpo a corpo.

No final de 1916 ficou evidente que a guerra não seria decidida pela conquista de alguns quilômetros quadrados. Tanto os invasores alemães como as tropas francesas haviam sofrido perdas enormes. Também não houve conquistas significativas nas batalhas seguintes da Grande Guerra, como os franceses ainda chamam o conflito, enquanto os alemães dizem Primeira Guerra Mundial.
O fator decisivo foi o ingresso dos Estados Unidos, depois que um submarino de guerra alemão bombardeou navios norte-americanos. No dia 11 de novembro de 1918 e depois de 8,5 milhões de mortos, o Deutsches Reich reconheceu oficialmente a sua derrota. Fonte: Deutsche Welle – 15.12.2015

Comentário: As baixas militares francesas em Verdun, em 1916, eram, oficialmente, de 377 231, incluindo 162 308 mortos ou desaparecidos. O total de vítimas alemãs, entre Fevereiro e Dezembro de 1916, estava registrado em 337 000, com cerca de 100 000 mortos ou desaparecidos.
Entre os incontáveis monumentos aos 300 dias de Verdun, nenhum é tão impressionante quanto o Ossário de Douaumont, erguido em 1927 diante do forte mais poderoso e setentrional da zona de batalha. Na torre principal dessa sepultura de massa jazem os restos mortais de cerca de 130 mil soldados franceses e alemães, todos desconhecidos. Até hoje ainda são depositados lá ossos da época, achados por acaso em jardins, campos e bosques da região.

Estimativas mais recentes aumentam o total de baixas para 542 000 do lado francês, e 434 000 do alemão. De acordo com estatísticas, 70% das baixas em Verdun, de ambos os lados, resultaram do fogo de artilharia. O total de projéteis lançados pela artilharia francesa, entre 21 de Fevereiro e 30 de Setembro, foi de 23,5 milhões. A maioria deles, 16 milhões, foi disparado das baterias do canhão francês 75 (cerca de 1000 armas, 250 baterias). Fontes alemãs registram que a sua própria artilharia, pesada e super-pesada, lançou mais de 21 milhões de projéteis entre Fevereiro e Setembro de 1916.


Fotografias da época e visitantes atuais do campo de batalha de Verdun, atestam o elevado número de crateras de bombas, que em muitas vezes se sobrepõem, em cerca de 100 km². Florestas plantadas no anos 30 escondem os campos destruídos da "Zone Rouge" (a Zona Vermelha) onde tantos homens perderam a vida ou ficaram gravemente feridos. No terreno de Verdun estarão enterrados mais de 100.000 soldados desaparecidos. Ainda hoje, o Serviço de Florestas Francês descobre restos de ossadas que os entrega ao Ossário de Douaumont. Wikipédia

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