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domingo, 9 de junho de 2013

Coréia do Norte: entre a guerra, a paz e o futuro

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) repudia as ameaças de agressão militar imperialista à  República Popular Democrática da Coréia e presta total solidariedade ao governo e ao povo norte-coreanos na defesa de sua soberania, de seu direito de desenvolver-se plenamente e de seguir com o caminho que escolheu para sua construção socialista.

Nesse momento de provocações por parte do imperialismo, queremos ressaltar que a Coréia do Norte precisa do apoio solidário dos governos e povos amantes da paz, de todos os que se opõem ao imperialismo, para que possa desenvolver-se livre e plenamente, em todas as esferas da vida social, para um futuro de igualdade e justiça social.

Constatamos que é grande a pressão internacional contra o país, comandada pela grande mídia burguesa e pelo governo dos EUA, centrada, principalmente, em ações de propaganda anti-socialista, em medidas políticas e econômicas e em mobilização militar para impedir que a Coréia do Norte desenvolva plenamente a  capacidade nuclear de que necessita para fazer mover sua economia, movimento que se intensificou a partir dos anos 90, com o fim da União Soviética. São freqüentes palavras como “ditador”, usadas para referência ao dirigente máximo (o termo não é usado para os Emires, Príncipes e outros monarcas absolutistas que governam países árabes) e alusões à “ajuda humanitária” da qual a população norte-coreana dependeria para sobreviver. As reportagens falam do “autoritarismo” e do “atraso” da Coréia do Norte, atribuídos, é claro, ao estilo do socialismo lá vigente. O objetivo dessas ações é isolar o país,  destruir as conquistas sociais e tentar agredir e ocupar militarmente o país, em função de sua localização estratégica na disputa hegemônica com a China e a Rússia. .

A imprensa, naturalmente, não traz informações sobre as conquistas sociais do país, atestadas por fontes insuspeitas como o Banco Mundial e o Factbook da agência de inteligência dos EUA, a CIA: 60% da população vive em cidades; 97% da água consumida é tratada; a expectativa de vida é, hoje, 69 anos (era 67 anos em 2001); o acesso ao saneamento chega a 80% dos domicílios, o anafalbetismo é de 1%. A saúde, a educação, os esportes e outros serviços sociais são gratuitos, há moradias para todos. O país tem centrais nucleares, termo e hidroelétricas, produz automóveis, tratores, aço, máquinas diversas, cimento, tecidos, fertilizantes e um grande número de outros produtos industriais. Além do domínio do ciclo do urânio, a Coréia do Norte logrou pôr um satélite em órbita com um foguete construído no próprio país.

A história recente do país ajuda a explicar o quadro atual: com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a União Soviética passou a controlar a região norte da península coreana, ao passo que os EUA controlavam a parte sul. Em 1948, após 3 anos de negociações frustradas para uma possível reunificação do país, foi criada a República Popular e Democrática da Coréia, na região norte, após a realização de eleições gerais ganhas pelos comunistas e outros partidos aliados (dois dos quais participam até hoje da coalizão que governa o país). No sul seria criada, na mesma época, a República da Coréia. Após a guerra entre os dois lados, no começo dos anos 50 - uma guerra provocada pelos EUA, que iniciava assim a Guerra Fria -, a Coréia do Norte viveria um período de crescimento e prosperidade que duraria mais de duas décadas.

No entanto, a situação econômica do país viria a deteriorar-se após a queda da União Soviética, país que lhe oferecia equipamentos, petróleo e muitas outras formas de cooperação econômica e técnica, além de ser seu principal aliado político. Sem a URSS, aumentaria sobremaneira a pressão dos EUA  e seus aliados sobre a Coréia do Norte.

No campo econômico, o país já vinha tomando iniciativas para atrair investimentos externos desde os anos 1980, e esforços vêm sendo feitos para uma aproximação com a Coréia do Sul, a China e outros países. Entre outros empreendimentos conjuntos, há um complexo industrial gerenciado pelas duas Coréias. Mas esses esforços não têm sido suficientes para reverter o quadro de dificuldades por que passa o país.

O anúncio feito há poucos dias pelo governo sulcoreano, de que estaria disposto a abrir uma rodada de negociações, pode ser o primeiro sinal de que a crise pode estar começando a se dissipar. Mas as pressões para impedir o desenvolvimento da Coréia do Norte, por parte dos EUA, certamente continuarão.

Não cabe aos comunistas do PCB dizer como deve ser o governo da Coréia do Norte, como se dá a escolha de seus dirigentes ou quais devem ser as suas prioridades. Tampouco nos cabe questionar o mérito ou as bases teóricas do pensamento político que orienta as decisões do estado. Mas repudiamos fortemente as ameaças de agressão militar imperialista àquele país, e prestamos total solidariedade ao governo e ao povo norte-coreanos na defesa de sua soberania, de seu direito de desenvolver-se plenamente e de seguir com a sua forma de construção socialista. Fonte: PCB – Partido Comunista Brasileiro - Comissão Política Nacional-27 abril 2013     

Comentário: Ainda existe partido comunista no Brasil? Os comunistas lembram muito os robôs orgânicos criados geneticamente chamados de replicantes iguais aos humanos e comandados pela poderosa ex-Mãe Russa. Seu uso na Terra atual é raro, mas continuam vivos. Eles são contrários a política de retrofit, isto é, modernização de idéias. Sonham com coletivização, pobreza para todo mundo, fome, miséria, etc.

Podemos comparar as duas Coreias quanto aos respectivos PIB

Coreia do Sul - PIB (nominal) Estimativa de 2011´Total        US$ 1,163 trilhões (15.º)
 - renda per capita       US$ 23.7493  (32.º)
Coreia do Norte - PIB (nominal) Estimativa de 2011- Total   US$ 12,4 bilhões 
 - renda per capita       US$ 5063 

Problemas que o PCB  esqueceu de mencionar
A Coreia do Norte queria reunificar as duas Coreia sob regime comunista. A situação se transformou em guerra aberta quando as forças norte-coreanas invadiram a Coreia do Sul em 25 de junho de 1950

A China e a Coreia do Sul são os maiores doadores de alimentos da Coreia do Norte. Em 2005, a China e a Coreia do Sul combinaram fornecer 1 milhão de toneladas de alimentos, cada um contribuindo metade.Para além da ajuda alimentar, a China fornece uma estimativa de 80 a 90 % das importações de óleo da Coreia do Norte a "preços amigáveis" que são nitidamente inferiores com preço do mercado mundial.

A fome da Coreia do Norte, conhecida como "Marcha Árdua", resultou em mortes de entre 300 000 e 800 000 norte-coreanos por ano durante uma fome de três anos, atingindo em 1997, 2 milhões de mortos, sendo "a maior estimativa possível". As mortes foram provavelmente causadas por doenças relacionadas à fome, como a pneumonia, a tuberculose, e a diarreia, ao invés da inanição.

Em 2006, a UNICEF, viu que 7% das crianças eram gravemente desnutridas; 37% eram cronicamente desnutridas; 23,4% eram abaixo do peso; e uma dentre três mães foram desnutridas e/ou anêmicas, como resultado do efeito prolongado da fome.

Em 2011-05-26 - Mais de seis milhões de norte-coreanos, cerca de um terço da população do país, "estão à beira de morrer de fome" e "necessitam de ajuda urgente", alertou o Programa Mundial de Alimentação da ONU.

2013 - O Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, alertou que a falta de verbas está a limitar as operações de ajuda na Coreia do Norte.

Na última década, a ONU e seus parceiros disseram observar uma drástica redução nas doações para o país que registra uma das mais longas emergências humanitárias do mundo.

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