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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Hiroshima lembra 67 anos da bomba atômica

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Da cerimônia participaram representantes de 71 países, inclusive Estados Unidos e outras potências atômicas como Reino Unido e França

Hiroshima lembrou nesta segunda-feira (6) as vítimas da bomba atômica que há 67 anos arrasou a cidade e deixou 140 mil mortos, em uma data marcada ainda pela sombra do acidente de Fukushima no ano passado e um movimento antinuclear cada vez mais consolidado.

Cerca de 50 mil pessoas se reuniram no Parque da Paz de Hiroshima para homenagear as vítimas com um minuto de silêncio às 8h15 locais (18h15 do domingo, no horário de Brasília), a mesma na qual a bomba caía sobre a cidade.

"Little Boy", o nome com o qual Estados Unidos batizou a primeira bomba nuclear da história, reduziu a cinzas uma municipalidade hoje convertida em uma ativa cidade de mais de um milhão de habitantes que, a cada dia 6 de agosto, pede ao mundo que a tragédia não seja esquecida.

Da cerimônia participaram representantes de 71 países, inclusive Estados Unidos e outras potências atômicas como Reino Unido e França, que escutaram a chamada pela paz e pelo desarmamento nuclear do prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui.

Em seu discurso, Matsui pediu que as experiências dos idosos sobreviventes da bomba atômica sejam compartilhadas com o mundo e urgiu que o Japão lidere o movimento pela abolição total das armas nucleares.

Perante um público entre o qual se encontrava também o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, o prefeito solicitou ao governo do Japão mais ajudas para os "hibakusha", como são conhecidas as vítimas das bombas atômicas, que durante anos tiveram que suportar o estigma da discriminação.

Na cerimônia esteve presente neste ano o neto do presidente americano Harry Truman, que ordenou o lançamento das bombas de Hiroshima e Nagasaki nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente, no capítulo final da Segunda Guerra Mundial.

Clifton Truman Daniel, de 55 anos, viajou ao Japão convidado por uma organização não governamental para participar das cerimônias nas duas cidades e reunir-se com sobreviventes de ambas tragédias.

Em declarações no final de semana em Tóquio, antes de viajar para Hiroshima, Truman Daniel ressaltou que para sua família é muito importante entender o que aconteceu e as "consequências totais" das decisões tomadas por seu avô. Fonte: Gazeta do Povo - 06/08/2012 

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