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sexta-feira, 17 de junho de 2011

A dinâmica da maconha no organismo

Efeitos no organismo

Ao chegar na corrente sangüínea, a maconha passa por todos os tecidos do organismo. As sensações experimentadas variam com o teor de Delta 9THC das preparações (que varia de acordo com a parte da planta utilizada e o modo como são preparadas), via de introdução e absorção do Delta 9THC. Os efeitos variam muito de indivíduo para indivíduo e dependem da personalidade e mesmo do grau de experiência do indivíduo no uso da droga.

Obs: Delta 9 THC - tetraidrocanabinol (delta-9-tetraidrocanabinol), ou dronabinol (sintético), é a principal substância psicoativa encontrada nas plantas do gênero  Cannabis (maconha) e pode ser obtido por extração a partir dessa planta ou por síntese em laboratório.

A CURTO PRAZO, OS EFEITOS COMPORTAMENTAIS TÍPICOS SÃO:
período inicial de euforia (sensação de bem-estar e felicidade, seguido de relaxamento e sonolência).
quando em grupo, ocorrem risos espontâneos (risos e gritos imoderados como reação a um estímulo verbal qualquer).
perda da definição de tempo e espaço: o tempo passa mais lentamente (um minuto pode parecer uma hora ou mais), e as distâncias são calculadas muito maiores do que realmente são (um túnel de 10 metros de comprimento, pôr exemplo pode parecer ter 50 ou 100 metros). -coordenação motora diminuída: perda do equilíbrio e estabilidade postular.
alteração da memória recente.
falha nas funções intelectuais e cognitivas.
maior fluxo de idéias
pensamento mais rápido que a capacidade de falar, dificultando a comunicação oral, a concentração, o aprendizado e o desenvolvimento intelectual.
idéias confusas.
aumento da freqüência cardíaca (taquicardia). Ligeira taquicardia (os batimentos cardíacos passam a 140/160 por minuto, quando o normal é 80/100), secura na boca e vermelhidão nos olhos.
hiperemia das conjuntivas (olhos vermelhos).
aumento do apetite (especialmente por doces) com secura na boca e garganta.

DOSES MAIS ALTAS DE DELTA 9 THC PODEM LEVAR A:
alucinações, ilusões e paranóias.
pensamentos confusos e desorganizados.
despersonalização.
ansiedade e angústia que podem levar ao pânico.
sensação de extremidades pesadas.
medo da morte.
incapacidade para o ato sexual. Já existem muitas provas que a maconha diminui em até 50-60% a quantidade de testosterona. Conseqüentemente, o homem apresenta um número bem reduzido de espermatozóides no líquido espermático (oligospermia), o que leva à infertilidade. Convém destacar que este é um efeito que desaparece quando a pessoa deixa de fumar a substância. É também importante dizer que o homem não fica impotente ou perde o desejo sexual, as alterações são, apenas, na produção dos espermatozóides.

A LONGO PRAZO, A EXTENSÃO DOS DANOS, BEM CARACTERIZADOS, SE RESTRINGEM AO SISTEMA PULMONAR E CARDIOVASCULAR.

Sistema pulmonar: 
maior risco de desenvolver câncer de pulmão.
diminuição das defesas, facilitando infecções.
dor de garganta e tosse crônica.

Sistema cardiovascular: 
aumenta os riscos de isquemia cardíaca.
percepção do batimento cardíaco.
no sistema imunológico o D-9-THC prejudica a produção de células de defesa no baço, medula óssea e timo. A maconha também diminui a capacidade de coagulação do sangue (diminuindo a agregação plaquetária).
há provas científicas de que se a pessoa tem uma doença psíquica qualquer, mas que ainda não está evidente, ou mesmo quando a doença já apareceu, mas está controlada com medicamentos adequados, a maconha piora o quadro. Ou faz surgir a doença ou neutraliza o efeito do medicamento e a pessoa passa a apresentar novamente os sintomas. Este fato tem sido descrito com freqüência na doença mental chamada esquizofrenia.
Obs: A mulher que amamenta passa as toxinas da droga para a criança através do leite materno.
 
Fonte: Centro Regional De Estudos Prevenção e Recuperação de Dependentes Químicos – CENPRE/FURG e Bibliomed

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