sexta-feira, 11 de junho de 2021

Coronavírus: Uruguai, vacinas reduzem mortes e internações em UTI

As internações em terapia intensiva e mortes por covid-19 foram reduzidas em mais de 90% na população geral do Uruguai que tomou as duas doses das vacinas CoronaVac e Pfizer, mostrou relatório divulgado pelo governo nessa terça-feira (8).

O país, com 3,5 milhões de habitantes, tem conduzido uma bem-sucedida campanha de vacinação, que o coloca junto com o Chile na vanguarda na América do Sul. Ainda assim, os uruguaios enfrentam uma forte onda de contágios, que situam o país entre os primeiros do mundo em número de mortes por milhão de habitantes.

Segundo dados do Ministério da Saúde Pública, quase 52% da população receberam uma dose da vacina contra a covid-19 e 29% foram imunizados com as duas doses até o dia 1º de junho. Os resultados do relatório incluem as pessoas vacinadas com ambas as doses, depois de mais de 14 dias após a aplicação da última.

Sobre a vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, o estudo mostrou que "em todos os subgrupos analisados o percentual de eficácia para reduzir casos incidentes supera os 61%; a redução de entrada nas unidades de terapia intensiva (UTIs) é acima de 92%, e a de redução de mortes pela doença passa de 95%".

Os subgrupos para a CoronaVac correspondem às populações entre 18 e 49 anos de idade, e entre 50 e 69 anos.

Em relação à vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech, o documento acrescenta que "o índice de eficácia para reduzir casos incidentes supera os 78%, em reduzir admissões na UTI passa de 94% e de evitar mortes supera os 94%". O imunizante da Pflzer foi destinado a pessoas com 80 anos ou mais, e aos profissionais de saúde. Fonte: Agência Brasil - Publicado em 09/06/2021

Coronavírus: Chile fecha capital novamente após disparada de casos

 As autoridades sanitárias do Chile anunciaram um lockdown em toda a capital Santiago nessa quinta-feira (10), após a divulgação dos piores números de novos casos de covid-19 desde o início da pandemia, apesar de o país já ter vacinado mais da metade de sua população.

O número diário de casos confirmados disparou 17% nas últimas duas semanas em todo o país e 25% na região metropolitana que inclui Santiago, onde está concentrada metade da população.

As unidades de tratamento intensivo na região da capital estão operando com 98% da capacidade. José Luis Espinoza, presidente da Federação Nacional de Associações de Enfermagem do Chile (Fenasenf), disse que seus membros estão "à beira do colapso".

O Chile tem uma das maiores taxas de vacinação do mundo. Cerca de 75% de seus 15 milhões de habitantes já receberam pelo menos uma dose da vacina e cerca de 58% estão completamente imunizados.

O país sul-americano utilizou quase 23 milhões de doses até agora - 17,2 milhões da Sinovac, 4,6 milhões da Pfizer/BioNTech, e menos de 1 milhão de doses da AstraZeneca e da CanSino.

As vacinas não têm 100% de eficácia, como apontam os especialistas médicos, e há um intervalo de tempo até que elas atinjam o máximo de eficiência. Por trás da nova onda também estão o cansaço com a pandemia e o surgimento de novas variantes mais contagiosas do vírus.

Das 7.716 pessoas com infecções confirmadas de covid-19 entre quarta e quinta-feira, 73% não foram totalmente imunizadas e 74% tinham menos de 49 anos de idade, informou o Ministério da Saúde. Fonte: Agência Brasil - Publicado em 11/06/2021

 Coronavírus – COVID 19 - Chile

11/06/2021

Total de casos confirmados

1.461.491

Total de casos novos

7.972

Casos novos com sintomas

5.413

Total de casos ativos confirmados

77.777

Mortes

30.472

Casos recuperados

1.382.124

Fonte: Ministerio de Salud de Chile–  Reportes Diarios  - 11/09/2021

domingo, 6 de junho de 2021

G7 fecha acordo sobre imposto mínimo global para empresas

Decisão das sete maiores economias daria fim a competição entre os governos para atrair multinacionais com tributação baixa. G7 também debateu melhor coordenação de exigências climáticas a grandes companhias.

Os ministros de Finanças dos países sete principais países industrializados anunciaram neste sábado (05/06) a intenção de adotar um imposto empresarial global mínimo de 15%. A medida visa forçar as multinacionais, sobretudo as gigantes de tecnologia, a contribuírem mais para os cofres estatais dos países mais atingidos pela pandemia.

"Estou feliz de anunciar que hoje, após anos de discussão, os ministros de Finanças do G7 chegaram a um acordo histórico para reformar o sistema fiscal global", declarou o chefe de pasta britânico, Rishi Sunak, que presidiu o encontro.

Seu colega alemão, Olaf Scholz, comentou, em comunicado: "A decisão do G7 sobre justiça tributária é histórica. É muito boa notícia para a justiça e a solidariedade, e má notícia para os paraísos fiscais por todo o mundo."

O ministro da França, Bruno Le Maire, classificou o comprometimento do grupo como um "ponto de partida", propondo que seja levado mais adiante: "Nos próximos meses, lutaremos para assegurar que esse imposto seja aplicado no nível mais alto possível." Fonte: Deutsche Welle – 05.06.2021

OBS: POR QUE MUDAR AS REGRAS?

Os governos enfrentam há muito tempo a dificuldade em tributar empresas globais que operam em vários países ao mesmo tempo.

Esse desafio ficou ainda maior com o crescimento vertiginoso de grandes corporações de tecnologia, como Amazon e Facebook.

De acordo com as regras atuais, as empresas podem abrir filiais e declarar seu lucro a partir de países que oferecem impostos mais baixos e vantajosos.

Na prática, isso significa que elas pagam apenas as taxas dos lugares onde estão as filiais, mesmo que parte importante desse lucro venha de vendas realizadas em outros países.

Essa estratégia não é ilegal e costuma ser algo comum entre as multinacionais.

O novo acordo visa impedir que isso continue a acontecer de duas maneiras diferentes.

Em primeiro lugar, o G7 quer que as empresas paguem mais impostos nos países onde elas oferecem produtos ou serviços, e não apenas onde declaram seus lucros.

Segundo, a ideia de uma alíquota global mínima de 15% evitaria que os países criem regras próprias, o que estimularia alguns locais a adotarem porcentagens mais baixas e prejudiciais aos demais. Fonte: BBC News – 06.06.2021