quarta-feira, 24 de junho de 2020

Coronavírus: A “devastação total” da economia de Las Vegas

A cidade dos cassinos, cuja atividade está completamente ligada ao turismo, está paralisada há dois meses por causa da pandemia e sem perspectivas de recuperação
O conceito de normalidade em Las Vegas já era discutível antes da pandemia. Normal, não é. Mas a imagem dos últimos dias beira o surrealismo. Todos os cassinos da cidade estão fechados por ordem do Estado. Os poucos hotéis que funcionam não têm serviços e operam com 5% da sua capacidade. A comida só é servida em domicílio. O aeroporto está deserto. Na famosa Strip, a rua dos hotéis e cassinos, famílias de moradores passeiam de bicicleta com as crianças no meio da pista. Os adolescentes fazem corridas de skate entre os cassinos. Não há música, nem fontes, nem nada para anunciar. É como se alguém tivesse largado um enorme cenário, vazio e silencioso, no meio do deserto.
Por trás desse cenário está sendo gestada uma catástrofe econômica e, possivelmente, humana. A região de Las Vegas concentra dois dos três milhões de habitantes de Nevada. A Strip de Las Vegas é o coração econômico do Estado. A autoridade de turismo da cidade calcula que 368.000 empregos (37%) dependem do turismo. Las Vegas tem 150.000 leitos de hotel (mais que Nova York) com uma média de ocupação de 90%. O turismo gerou 57,6 bilhões de dólares em 2018, 51% do PIB do sul de Nevada.
A cidade inteira depende de atividades que estão paralisadas e, além disso, não voltarão em um futuro próximo: hotéis, restaurantes, jogos e shows. O que em outros lugares é uma parte da economia em Las Vegas é a economia, ponto. Alan Feldman, ex-executivo da MGM e especialista em Jogo Internacional da Universidade de Nevada, qualifica a situação como “devastação total”. “É um fechamento completo. Tento tomar cuidado com as palavras, porque começam a me faltar. ‘Sem precedentes’ já não vale. É uma destruição completa de tudo.”

AS CIFRAS DE DESEMPREGO NOS EUA SÃO PAVOROSAS
Nesta semana chegou a 14,7%. Las Vegas inveja essa cifra. O índice em Nevada passou de 4% para 22% entre fevereiro e maio, e 80% das baixas são na região de Las Vegas. Ninguém se livra da situação. Uma porta-voz da empresa Caesars Entertainment relata que 90% dos funcionários foram para casa. “Não estamos gerando faturamento”, afirma. O Caesars é um gigante do turismo, dono do Caesar’s Palace e do hotel Paris, dentre outros. Dos 60.000 filiados ao Sindicato da Culinária, que reúne os trabalhadores de hotelaria de Las Vegas, 98% estão sem trabalho, segundo sua porta-voz Bethany Khan. Algumas grandes marcas, como Wynn, aceitaram continuar pagando os salários, mas a maioria, não.

FILAS PARA ENTREGAS DE ALIMENTOS
As filas de gente começam a surgir por toda Las Vegas. Os três cassinos da rede Station viraram centros de distribuição de comida enquanto estão fechados. Larry Scott, diretor-executivo da ONG Three Square, que organiza essas entregas de alimentos, conta que nos primeiros dias do fechamento receberam “centenas de toneladas” de comida perecível dos cassinos. Depois, uma remessa de não perecíveis. “Agora já não recebemos mais nada deles.” Os alimentos continuam sendo oferecidos graças a doações, por enquanto. A Three Square distribui mais de 500 toneladas de produtos por semana.
 “A principal mudança que vimos é nas marcas dos carros que fazem fila para receber comida”, diz Scott. “Isso nos diz que todas as classes sociais foram afetadas.” Segundo Scott, 12% da população de Nevada está com dificuldades para obter alimentos. “As análises dizem que pode subir para 14%. O que veremos são muitos meses em que os trabalhadores pobres cairão na pobreza severa”.
O refúgio Rescue Mission, em Las Vegas, reúne diariamente a face mais miserável da cidade dos cassinos, gente cronicamente sem lar, que vai até lá buscando uma cama e um prato de comida. Heather Enge, diretora-executiva da organização, conta que são oferecidas 1.000 refeições diárias. O número de necessitados subiu em março, mas baixou em abril, quando as pessoas começaram a receber as ajudas federais. “Em umas duas semanas os números voltarão a subir”, prognostica. “Se formos honestos, nenhum de nós está a mais de um par de pagamentos de uma vida diferente”. É esse o tempo que Las Vegas está sem renda: dois meses.

RECUPERAR A ATIVIDADE ECONÔMICA
A cidade passa por uma condição básica: recuperar o jogo. Não se pode levantar o resto da economia sem esse pilar. “O jogo é 30% a 40% do negócio da Strip”, afirma Feldman, o ex-executivo da MGM. “Os bons hotéis e os shows existem por causa do jogo. Ninguém mais pode se permitir montar produções assim.” Mas como se joga sem tocar em cartas, fichas ou dados, ou sentado a metros de distância, ou sem poder ver o rosto dos outros jogadores? Toda a economia da cidade repousa sobre uma atividade aparentemente incompatível com o distanciamento físico. O hotel-cassino Wynn foi o primeiro a publicar um protocolo sobre como pretende reabrir. As fichas e caça-níqueis serão desinfetados. Os assentos serão retirados. Haverá gel desinfetante nas mesas, os hóspedes usarão máscara…

Mas uma roda de pôquer com máscaras e desinfetante sobre a mesa é, no mínimo, anticinematográfico. A realidade é que “o conceito de normal já não existe mais”, afirma Feldman. “Os cassinos terão que pensar até que ponto se pode usar a tecnologia, para jogar por vídeo com um dealer, por exemplo.” Feldman acredita que será preciso “ser criativo” e imaginar esse futuro para o setor. “Também havia quem achasse que os leitores de jornais jamais renunciariam à experiência do papel”, raciocina Feldman. “Temos que fazer 20 anos de inovação nos próximos 2 anos.” Fonte: El País - Las Vegas - 13 May 2020 

Coronavírus: As principais notícias sobre a pandemia em 22 de junho

REINO UNIDO TEM MENOR CIFRA DE MORTES EM 24 HORAS DESDE MEADOS DE MARÇO
O número de pessoas que morreram no Reino Unido em decorrência da covid-19 aumentou em 15 nesta segunda-feira, chegando a 42.647, afirmaram as autoridades de saúde britânicas.
Com isso, o país tem o menor registro diário de novas mortes devido ao novo coronavírus desde meados de março. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, introduziu as medidas de contenção à pandemia em 23 de março.

ALEMANHA- GOVERNO ALEMÃO PROMETE "FAZER TUDO" PARA CONTER SURTO EM FRIGORÍFICO
Steffen Seibert, porta-voz da chanceler federal alemã, Angela Merkel, afirmou que "tudo precisa ser feito'' para conter um surto de coronavírus ligado a um grande frigorífico no estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália, onde chegou a 1.331 o número de infectados, após terem sido detectados 300 novos contágios entre funcionários da unidade no domingo.
Seibert disse que 20 trabalhadores da sede da empresa Tönnies, situada na região oeste de Guterslöh, foram hospitalizados e vários estão em tratamento intensivo. "Temos grandes esperanças de que todos aqueles que adoeceram sobreviverão", afirmou Seibert em Berlim nesta segunda-feira. "Este é um surto que precisa ser levado muito a sério", acrescentou.
As autoridades têm se esforçado para impedir que o surto se espalhe, ordenando testes em massa de todos os trabalhadores e colocando milhares de pessoas em quarentena. Foram enviados virologistas, contatadas equipes de rastreamento, e o Exército alemão foi acionado para ajudar a conter o surto.
O surto no frigorífico Tönnies, onde muitos funcionários são migrantes do Leste Europeu, contribuiu para o aumento do número de reprodução R do Sars-Cov-2 na Alemanha, que saltou para 1,55 neste sábado, de 1,17 na véspera.
O fator indica o potencial de propagação do vírus, refletindo o transcorrer dos contágios nos últimos oito a 16 dias. Por sua vez, a média dos últimos quatro dias chegou a 1,79.
O Instituto Robert Koch (RKI), agência do governo alemão para controle e prevenção de doenças infecciosas, já registrou 190.359 casos confirmados e 8.885 mortes relacionadas ao vírus.

CHINA-PEQUIM REGISTRA MENOR NÚMERO DE INFECÇÕES DESDE ECLOSÃO DE NOVO SURTO
A Comissão Nacional de Saúde da China reportou nesta segunda-feira que 18 novos casos de covid-19 foram confirmados nas últimas 24 horas no país, nove deles em Pequim. É o menor número de infecções diárias na capital desde que um novo surto eclodiu num mercado da cidade, há 12 dias. Há alguns dias, 26 novos casos chegaram a ser registrados no país em 24 horas, 22 deles na capital.
Para conter o novo surto, as autoridades de Pequim haviam decretado "estado de guerra" na última terça-feira, isolando bairros inteiros da cidade.

OMS REPORTA RECORDE DE NOVOS CASOS EM 24 HORAS
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reportou neste domingo um número recorde de novos casos de covid-19 em 24 horas, totalizando 183.020. O recorde anterior havia sido registrado na última quinta-feira, com 181.232 casos.
Em seu boletim diário, a maior contagem de novos casos diários ficou com o Brasil, com 54.771 novas infecções, seguido dos EUA, que reportou 36.617. A Índia registrou mais de 15.400 casos.
Especialistas dizem que a alta pode ser devida tanto a um aumento das infecções quanto à maior realização de testes.
O número de mortos aumentou em 4.743, dos quais mais de dois terços (3.241) foram registrados nas Américas, região onde também foi contabilizado o maior número de novos casos (116.041).

BRASIL TEM MAIS DE 50 MIL ÓBITOS POR COVID-19, SEGUNDO MINISTÉRIO DA SAÚDE
O Brasil teve 641 novas mortes por covid-19 registradas em 24 horas, de acordo com os dados atualizados do Ministério da Saúde divulgados na noite deste domingo (21/06). Com a soma dos novos números, o país chegou ao total de 50.617 mortos em decorrência da doença causada pelo novo coronavírus.
Segundo o Ministério, 17.459 casos de covid-19 foram registrados entre sábado e domingo, totalizando 1.085.038 infectados no país. Destes, 549.386 se recuperaram.
O consórcio de veículos da imprensa brasileira que compila dados das secretarias estaduais de Saúde sobre a covid-19 em todo o país já havia apontado na noite de sábado que o país superou a marca de 50 mil óbitos. Neste domingo, o levantamento indicou 601 novas mortes decorrentes do novo coronavírus registradas em 24 horas, com o total de mortos pela doença chegando a 50.659.
Os dados são levantados pelos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, Extra e dos portais G1 e UOL. Segundo o consórcio, o país tem 1.086.990 casos confirmados, sendo que 16.851 foram registrados nas últimas 24 horas. Fonte: Deutsche Well – 22.06.2020

terça-feira, 23 de junho de 2020

Coronavírus: Situação do Estado de São Paulo até 23 de junho

Coronavírus – COVID 19 – Estado de São Paulo
23/6/2020
22/6/2020


Casos Totais  Acumulados
229.475
221.973
Óbitos:
13.068
12.634
Casos recuperados:
39.227
38.557


Casos Ativos:


Pacientes atualmente infectados:
177.189
170.782
Pacientes internados - total
13.954
13.929
Internados em UTI
5.659
5.680
Internados em enfermaria
8.295
8.249


Casos Encerrados


Casos com resultados
52.295
51.191
Recuperados
39.227
38.557
Óbitos
13.068
12.634


Casos novos
7.502
2.788
Obitos Novos
434
46
Óbitos/ últimas 24 h
xx
xx
Novos casos
xx
xx
Taxa de letalidade
5,69%
5,69%
Índice de isolamento no Estado
46%
46%
Índice de isolamento na Capital
47%
47%
Taxa de ocupação dos leitos de UTI no Estado de São Paulo
65,7%
65,6%
Taxa de ocupação dos leitos de UTI na Grande São Paulo
68,7%
68,8%
Municípios afetados
605
604
Fontes: Portal do Governo -Ter, 23/06/2020 - 17h16
Portal do Governo - Seg, 22/06/2020 - 16h46

Coronavírus:: Situação do Brasil até 23 de junho

Coronavírus – COVID 19 - BRASIL
23/06/2020
22/06/2020


Casos- total acumulado
1.145.916
1.106.470
Óbitos:
52.645
51.271
Casos recuperados:
613.345
571.649



Casos- Ativo:


Pacientes atualmente infectados, internados.
479.916
483.550
Em condição Branda/Leve :
470.327
473.879
Em condição séria ou crítica:
9.589
9.671



Casos- Encerrado:


Caso com resultado
666.290
622.920
Recuperado
613.345
571.649
Óbito
52.645
51.271



Casos novos confirmados
39.436
21.432
Óbitos Novos    
1.374
654
Óbitos/últimas 24h
556
267
Óbitos em investigação
3.911
3.912
Taxa de letalidade    
4,6%
4,6%
Taxa de mortalidade    
25,1/100mil hab.
24,4/100mil hab.
 População – 210.147.125


Fontes: Agência Saúde - Publicado: Terça, 23 de Junho de 2020, 19h40
Agência Saúde - Publicado: Segunda, 22 de Junho de 2020, 20h14
Painel Coronavírus – 23/06/2020, 19:00; Painel de Coronavírus – 22/06/2020, 17:15

Região
23/6/2020
23/6/2020
22/6/2020
22/6/2020
Casos Confirmados
Óbitos
Casos Confirmados
Óbitos
Norte
227.560
8.932
218.464
8.813
Nordeste
395.938
16.849
384.892
16.467
Centro Oeste
69.379
1.260
66.096
1.191
Sudeste
397.068
24.366
384.247
23.617
Sul
55.961
1.238
52.771
1.183
Total
1.145.906
52.645
1.106.470
51.271