ISRAEL - REABERTO MONTE DO
TEMPLO EM ISRAEL
Como medida de relaxamento
das restrições ditadas pela pandemia de covid-19, o Monte do Templo, no centro
histórico de Jerusalém, foi reaberto. A mesquita Al Aksa, terceiro sítio mais
sagrado do islã, estava fechada desde meados de março, devido ao alastramento
do novo coronavírus. Centenas de fiéis visitaram o local, também sagrado para
judeus e cristãos.
REINO UNIDO - CHANCELER
BRITÂNICO DEFENDE FLEXIBILIZAÇÃO
O ministro britânico do
Exterior, Dominic Raab, defendeu o relaxamento "cauteloso" das
restrições relativas ao coronavírus por seu governo: "Estamos confiantes
de que esse é o passo correto a tomar neste momento. Tomamos essas medidas
muito cautelosamente, baseados na ciência, mas também em nossa atual capacidade
de monitorar o vírus", declarou à emissora Sky News.
Diversos cientistas britânicos criticaram o
primeiro-ministro Boris Johnson por aliviar o confinamento após dez semanas,
sob o pretexto de ajudar a reaquecer a economia, considerando a iniciativa
prematura e arriscada. O país é o
quarto em volume de casos registrados de covid-19 (274.220) e o segundo em
mortes (38.458).
ESPANHA ESTENDE CONFINAMENTO
O presidente do governo
espanhol (premiê), Pedro Sánchez, anunciou a "última prorrogação" do
estado de alerta, que permite limitar a circulação de pessoas durante o
desconfinamento progressivo do país, até 21 de junho.
"Nós precisamos agora de
uma última prorrogação de 15 dias do atual estado de alerta, que termina em 7
de junho", afirmou o primeiro-ministro espanhol numa conferência de
imprensa em Madri. Ele felicitou o país por estar chegando a um porto-seguro
nesta tarefa de desconfinamento.
O prolongamento de mais duas
semanas de estado de alerta - o sexto desde o fim do confinamento - deverá ser
ratificado na próxima semana pela Câmara dos Deputados.
A Espanha é um dos países com
mais casos de mortes e infecções, num 'ranking' que é liderado pelos Estados
Unidos, onde já morreram mais de 103 mil pessoas.
PAPA ADVERTE CONTRA
PESSIMISMO
O papa Francisco advertiu
neste domingo contra o pessimismo perante o lamento de muitas pessoas de que
nada volte a ser como era, após o fim do confinamento devido à pandemia de
covid-19.
Durante a missa na Basílica
de São Pedro para assinalar o Domingo de Pentecostes, Francisco disse que este
receio leva a que "a única coisa que certamente não regresse é a
esperança".
E exemplificou com a
fragmentação da sua própria igreja, referindo que esta tem de se unir. O mundo
vê conservadores e progressistas, mas todos são "filhos de Deus",
disse, apelando aos fiéis para se concentrarem no que os une.
"Nesta pandemia, tão
errado é o narcisismo", disse o papa Francisco, lamentando a tendência de
se pensar apenas nas próprias necessidades, ser indiferente às dos outros e não
admitir as próprias fragilidades e erros.
"Neste momento, no
grande esforço de começar de novo, quão prejudicial é o pessimismo, a tendência
de ver tudo da pior maneira e para continuar a dizer que nada voltará a ser
como antes", disse o papa, acrescentando: "Quando alguém pensa assim,
a única coisa que certamente não regressa é a esperança".
Algumas dezenas de fiéis,
usando máscaras e sentados num banco, assistiram à cerimônia respeitando as
medidas de segurança para evitar a propagação da covid-19.
Embora o Vaticano tenha
reaberto a basílica aos turistas, os fiéis ainda não podem assistir às missas
celebradas pelo papa por receio de aglomerações.
ÍNDIA-EPIDEMIA AVANÇA
A Índia registrou mais de
oito mil novos casos de covid-19 num único dia, um novo recorde desde o início
da pandemia no país, como anunciou neste domingo o governo.
O número de casos confirmados
de covid-19 na Índia subiu para 182.143, com 5.164 mortes, incluindo 193 nas
últimas 24 horas.
Mais de 60% dos óbitos
causados pela covid-19 tiveram origem em dois estados indianos - Maharashtra,
um centro financeiro, e Gujarat, o estado de onde é originário o
primeiro-ministro Narendra Modi.
BRASIL - PANDEMIA SUFOCA
AGRICULTURA FAMILIAR
Em todo o país, no campo e na
floresta, epidemia vem afetando agricultores familiares e extrativistas, setor
do qual dependem 18 milhões de brasileiros. Eles sofrem com perda de espaço e
falta de renda emergencial.
BRASIL É QUARTO EM NÚMERO DE
MORTES
Entre sexta-feira e sábado, o
Brasil contabilizou 956 mortes por covid-19, chegando ao total de 28.834
óbitos. Tornou-se, assim, o quarto país em número absoluto de vítimas pela
doença em todo o mundo, ultrapassando a França (28.717), segundo balanço da
Universidade Johns Hopkins.
Agora, o Brasil fica atrás
apenas de Estados Unidos (103.685), Reino Unido (38.458) e Itália (33.340) em
número de mortes na pandemia do novo coronavírus.
De acordo com os dados do
Ministério da Saúde, o Brasil teve 33.274 novos diagnósticos de covid-19 em
apenas 24 horas e agora já tem 498.440 casos confirmados. É a maior cifra
diária já registrada no país, superando o recorde de sexta-feira (26.928). O
número de recuperados é de 200.892. Há 3.862 mortes sob investigação, ainda não
computadas como vítimas de covid-19.
BRASIL - QUASE 60 MILHÕES
RECEBEM RENDA BÁSICA EMERGENCIAL
Cerca de 59 milhões de
brasileiros estão recebendo a renda básica emergencial, criada para minimizar
os efeitos econômicos da pandemia da covid-19. O benefício, programado para
acabar em junho, se mostrou eficaz para evitar uma tragédia social ainda maior
no país e instalou um debate sobre mantê-lo por mais tempo ou mesmo torná-lo
permanente.
O ministro da Economia, Paulo
Guedes, disse considerar manter o benefício por mais dois meses, a R$ 200 por
mês. O Congresso também analisa propostas para prorrogar a renda básica por
mais tempo. E pesquisadores de diversas universidades estão fazendo as contas e
propondo cenários para alongar o benefício ou fazer dele um programa sem prazo
para acabar.
O auxílio emergencial paga R$
600 por adulto que não esteja empregado, não receba seguro‑desemprego ou
aposentadoria e tenha renda familiar de até 3 salários mínimos. Em lares nos
quais a mãe sustenta a casa sozinha, o auxílio é de R$ 1,2 mil. Nesse formato,
o benefício custa cerca de R$ 150 bilhões por trimestre. Mantido por um ano,
teria um custo anual de R$ 600 bilhões, próximo ao que o governo federal gasta
com a Previdência Social.
No Bolsa Família, que hoje
atende cerca de 13 milhões de famílias pobres ou extremamente pobres, o auxílio
médio é de cerca de R$ 200 por família, e o custo total é de R$ 30 bilhões por
ano.
Devido ao custo do auxílio
emergencial, transformá-lo em um programa permanente, com as mesmas regras em
vigor, enfrentaria sérias restrições fiscais. As alternativas em análise se
aproximam da criação de um novo programa de transferência de renda, com valor
superior ao do Bolsa Família, mas inferior ao da renda básica emergencial, e
com critérios mais restritos, com o objetivo de reduzir a pobreza no país.
Fonte: Deutsche Welle – 31.05.2020