quarta-feira, 15 de abril de 2020

Coronavírus: Situação do Reino Unido em 15 de abril

Número de casos e mortes
Até às 9 horas da manhã de 15 de Abril, foram concluídos 398.916 testes, tendo sido realizados 15.994 testes em 14 de Abril.

Foram testadas 313.769 pessoas, das quais 98.476 apresentaram resultados positivos.
Até às 17h00 do dia 14 de Abril, das pessoas hospitalizadas no Reino Unido com resultados positivos no teste do coronavírus, 12.868 morreram.



Pessoa testada            
Resultado Positivo
Morte

Diário
15.994
11.170
4.605
761
Total
398.916
313.769
98.476
12.868

Fonte: Department of Health and Social Care and Public Health England- Last updated 15 April 2020 

Coronavírus: Situação do Brasil em 14 de abril


Coronavírus – COVID 19
14/04/2020


Casos de Coronavírus:
25.262
Mortes:
1.532
Pacientes em estado grave
6.043
Pacientes internados
 9.704
Recuperados
14.026
Novas confirmações em 24 horas
1.832

ESTADO DE EMERGÊNCIA
Atualmente, os estados do Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Roraima estão em estado de emergência, ou seja, precisam de redobrar os cuidados em relação à prevenção do coronavírus por estarem 50% acima da incidência nacional de casos de coronavírus.

MORTES:
Atualmente, dos 1.532 óbitos confirmados, 73% ocorreram em pessoas com mais de 60 anos e 73% do total das vítimas apresentavam pelo menos um fator de risco.

GRUPOS DE RISCO
Pessoas acima de 60 anos se enquadram no grupo de risco, mesmo que não tenham nenhum problema de saúde associado. Além disso, pessoas de qualquer idade que tenham comobirdades, como cardiopatia, diabetes, pneumopatia, doença neurológica ou renal, imunodepressão, obesidade, asma e puérperas, entre outras, também precisam redobrar os cuidados nas medidas de prevenção ao coronavírus.

SUBNOTIFICAÇÃO
Pesquisas indicam que mais de 80% das pessoas infectadas com o vírus não chegam a apresentar sintomas ou têm apenas sintomas leves e acabam não entrando nas estatísticas oficiais.

ESTADO DE SÃO PAULO
O governo de São Paulo divulgou estimativa, nesta terça-feira, 14, de que já chega a 100 mil o número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no Estado. Entre os casos confirmados, são 8.895 pessoas infectadas, chegando a um total de 608 mortes. A estimativa foi feita pelo secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, ao ser questionado sobre a subnotificação de caso.
"Pelas próprias características da covid-19, no seu contingente total de casos confirmados, 20% irão para o atendimento hospitalar. São esses que estão testados aqui", disse o secretário, referindo-se ao total de testes que aguardam confirmação para a doença e que estão sendo feitos em uma rede de clínicas coordenadas pelo Instituto Butantan. O instituto tem uma fila de cerca de 20 mil testes, e está recebendo nesta terça uma carga de mais de 726 mil exames, vinda da Coreia do Sul, para tentar reduzi-la.

"Então, se você for pensar em uma epidemia do ponto de vista global, são cinco vezes o que está internado, porque o índice de 20% internado faz parte da própria patologia." Germann continuou: "Se hoje nós temos 20 mil pessoas internadas, temos 100 mil acometidos da patologia. Porém, todos esses 80% não aparecem porque, primeiro de tudo, eles não apresentam sintomas, não apresentam necessidade de tratamento, muito menos de tratamento hospitalar."
No momento, São Paulo tem 1.878 pessoas internadas por causa da covid-19, metade delas em UTIs, segundo o secretário Germann.  Fontes: Agencia Saúde - Publicado: Terça, 14 de Abril de 2020, UOL em Brasília-14/04/2020 




terça-feira, 14 de abril de 2020

Coronavírus: Situação da Itália em 13 de abril



Coronavírus – COVID 19
13/04/2020
Recuperado com sintomas
28.023
Unidade de terapia intensiva
3.260
Isolamento em casa
72.333
Total positivo atualmente
103.616
Liberado / curado
35.435
Mortes
20.465
Total de casos
159.516

Casos positivos

Lombardia
31.935
Emília-Romanha
13.818
Pionte
12.765  
Vêneto
10.766  
Toscana
6.257  
Ligúria
3.365  
Marche
3.080  
Lazio
3.920  
Campania
3.062  
Província autônoma. de Trento
2.080  
Puglia
2.512  
Friuli Venezia Giulia
1.307  
Sicília
2.050  
Abruzzo
1.778  
Província Autônoma de Bolzano
1.537  
Úmbria
625  
Sardenha
914  
Calábria
791  
Valle d'Aosta
582  
Basilicata
270  
Molise
202  

Fonte: Protezione Civile-13 aprile 2020

Coronavírus: Como o mundo se isolou

As abordagens e estratégias para lidar com a covid-19, doença causada pelo novo vírus, em todo o mundo são muito diversas.

Comentário:
Os países esqueceram que era uma guerra biológica que deveria tomar medidas drásticas imediatamente. O que se viu foi uma guerra de desatenção. Deixaram o inimigo (vírus) assumir o comando da operação. O inimigo utilizou  a tática blitzkrieger, disseminando pânico,  com velocidade relâmpago e surpresa. 
Enquanto a China tomava medidas drásticas para controlar o inimigo, o Ocidente ficava olhando o combate. Esqueceu que o inimigo poderia invadir o território, como o fez, provocando pânico, alguns países não sabiam o que fazer. Estavam em dúvidas,  a “escolha de Sofia” , salvar a economia, salvar vidas ou a política.
Com a  indecisão o inimigo está dominando. . Os países  lentamente estão controlando a situação mas a  custa de uma vitória de Pirro, isto é,  uma vitória obtida a alto preço, com  danos humanos irreparáveis.
"A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é o ruído antes da derrota." Sun Tzu, general chinês 

ALGUNS EXEMPLOS DE  TEMPO REAÇÃO DE ALGUNS GOVERNOS

REPUBLICA DA IRLANDA
No dia 9 de março, o primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, cancelou a celebração do St. Patrick's Day, a maior festa do país. No dia 12 de março, fez um pronunciamento em que disse que escolas, universidades e creches na Irlanda seriam fechadas durante duas semanas (fechamento que depois foi prorrogado), incentivando o trabalho à distância e poucos eventos sociais.
Mandou fechar os pubs (bares típicos do Reino Unido e da Irlanda) e as escolas. Ainda em fevereiro, cancelou um jogo de rúgbi entre a Irlanda e a Itália, um decisão que não foi muito popular na época.
Na sexta-feira (10/04), Varadkar anunciou que as restrições durariam até dia 5 de maio. O primeiro-ministro, que não era popular, está ganhando força pela maneira como vem lidando com a epidemia.

REINO UNIDO
Enquanto isso, o Reino Unido havia adotado a abordagem da "imunidade de rebanho", sem fechar escolas, restaurantes, pubs e sem cancelar grandes eventos. A ideia da imunidade de rebanho era deixar a população se contagiar pelo vírus aos poucos e ter uma população suficientemente imune para que o vírus circule sem perigo.
O governo também foi criticado por permitir que o festival de Cheltenham, um encontro anual de corrida de cavalos que reúne milhares de pessoas, ainda ocorresse em meados de março.
O Reino Unido pediu que a população evitasse socializar ou participar de grandes eventos no dia 16 de março, e estabeleceu quarentena total no dia 23 de março, quase duas semanas depois das primeiras medidas na Irlanda.

ARGENTINA
O governo implementou quarentena rigorosa — chamada de "obrigatória e preventiva" — no dia 20 de março e já a prolongou duas vezes. A quarentena inclui patrulhas lideradas por ministros nas estradas e até  rastreamento dos movimentos de celulares de motoristas para que não desrespeitem o confinamento.

ESTADOS UNIDOS
Os EUA relataram seu primeiro caso em 21 de janeiro. Dez dias depois, o governo tomou a primeira medida de peso, decretando a proibição de entrada no país de estrangeiros que haviam visitado a China nos últimos 14 dias.
Mas somente em março foram tomadas outras medidas como recomendar que cidadãos cumprissem as regras de distanciamento social..

NOVA ZELÂNDIA
O país começou a aplicar a quarentena de todos os viajantes vindos do exterior em 15 de março. Apenas quatro dias depois, a política cresceu para o fechamento de fronteiras.
Em 23 de março, a primeira-ministra anunciou "a restrição mais dura à movimentação na história moderna da Nova Zelândia", avançando para o nível 4 do seu plano de contingência com duração de quatro semanas.
Ninguém pode sair de casa, exceto para comprar comida ou remédios, ou para se exercitar nos arredores da casa. O contato é permitido apenas no círculo doméstico e as autoridades informam constantemente como sair com segurança.
Os profissionais de serviços considerados essenciais são os únicos que podem estar nas ruas.

ESPANHA
Só um mês e meio - 43 dias - depois do primeiro caso de covid-19 é que o governo espanhol declarou o Estado de Emergência. Com a declaração chegou a quarentena obrigatória, o fechamento das escolas, o trabalho em casa passou a ser regra e a circulação da maioria da população ficou limitada apenas ao necessário. Sem obrigação, os centros comerciais acabaram por fechar por falta de clientes. O primeiro caso de covid-19 foi detectado nas Canárias a 31 de Janeiro, mas Espanha continental começou a registar infectados a partir de 26 de fevereiro - quando também começaram a ser detectados novos casos diariamente. Durante esse mês, o Governo e as autoridades de saúde subestimaram  surto, mesmo sabendo o que se passava em Itália.
Espanha já contava com cerca de 430 casos e uma região isolada mas, ainda assim, realizaram‑se, a 8 de março, manifestações pelo Dia da Mulher por todo o país (só em Madrid juntou 120 mil pessoas) que poderão ter potenciado o surto.

PORTUGAL
Portugal respondeu de forma bastante mais rápida ao problema. O  governo demorou menos tempo a reagir do que a vizinha Espanha. As escolas fecharam 14 dias após o primeiro caso (detectado a 2 de março) e tinha confirmado  apenas 331 casos. O Estado de Emergência chegou 17 dias depois do primeiro caso.

BRASIL
8 de janeiro de 2020 — o alerta de emergência foi elevado ao nível 2 de 3, considerando um "perigo iminente" para o Brasil. O Ministério da Saúde do Brasil confirmou três casos suspeitos de COVID-19, localizados em Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba. O Ministério não deu detalhes sobre os pacientes de Porto Alegre e Curitiba e tampouco informou sobre o estado de saúde de ambos. Entretanto, sabe-se que a paciente de Minas Gerais apresentou sintomas compatíveis com o protocolo de prevenção, sendo que ela esteve na cidade de Wuhan, o epicentro do surto do vírus.

. O início do contágio da COVID-19 no Brasil ocorreu em 26 de fevereiro de 2020, após um homem de 61 anos de São Paulo que retornou da Itália testou positivo para a SARS-CoV-2

16 de março: estado do Rio de Janeiro determina quarentena, com fechamento de escolas, shows, cinemas e cancelamento de eventos públicos e culturais e restrição de aglomerações em bares e restaurantes; em São Paulo, escolas públicas e particulares do estado começam a suspender aulas, e outros diversos estados também adotam medidas de restrição de circulação.
24 de março: começa a valer a quarentena em todo o estado de São Paulo, com fechamento de serviços não essenciais.
25 de março: Brasil completa 1 mês do primeiro registro do novo coronavírus e tem 2.555 casos e 59 mortes, segundo contabilizou a Universidade Johns Hopkins.

ITÁLIA
Em 21 de fevereiro, a Itália confirmou sua 1ª morte por Covid-19. O país já  registrava 17 casos confirmados da doença. Logo no dia seguinte, o governo italiano anunciou um toque de recolher para 11 cidades da região mais afetada pela doença.

Mas foi apenas em 8 de março que a Itália decidiu isolar toda a região da Lombardia, responsável por parte importante da economia italiana, em uma medida que afetou cerca de 16 milhões de pessoas. No dia seguinte, o isolamento foi estendido para todos os 60 milhões de habitantes do país que naquele momento já registrava mais de 400 mortes pelo novo coronavírus.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Coronavírus-Situação do Brasil em 13 de abril

Foram 1.261 novas confirmações em 24 horas. São Paulo concentra a maior parte das notificações da lista nacional e apenas Tocantins não tem óbito pela doença no país

Subiu para 23.430 o número de casos confirmados de coronavírus no Brasil. Foram 1.261 novas confirmações em 24 horas. O número de óbitos também aumentou, agora são 1.328. Os números estão consolidados com as informações que foram repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde ao Ministério da Saúde até às 14h desta segunda-feira (13).

A maior parte das notificações da lista nacional está em São Paulo, com 8.895 casos confirmados e 608 mortes. Apenas o estado de Tocantins não tem, até o momento, óbito pela doença, mas também registrou casos confirmados, assim como todos os demais estados brasileiros.

ESTADO DE EMERGÊNCIA
Atualmente, os estados do Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro estão em estado de emergência, ou seja, precisam de redobrar os cuidados em relação à prevenção por estarem 50% acima da incidência nacional de casos de coronavírus.

HOSPITALIZAÇÕES E GRUPOS DE RISCO
Do total de casos, 4.926 estão em estado grave, necessitando de internação em hospitais de referência em todo o Brasil. Atualmente, dos 1.328 óbitos confirmados, 74% ocorreram em pessoas com mais de 60 anos e 75% do total das vítimas apresentavam pelo menos um fator de risco.
Fonte: Agencia Saúde - Publicado: Segunda, 13 de Abril de 2020,  

Coronavírus – COVID 19
13/04/2020


Casos de Coronavírus:
23.430
Mortes:
1.328
Estado grave
4.926
Numero de confirmações em 24 horas
1.261























domingo, 12 de abril de 2020

Coronavírus: As últimas notícias sobre a pandemia

Pela primeira vez, número de recuperados é maior que infectados na Alemanha. EUA têm 1,9 mil mortes em 24 horas. No mesmo período, China não registra nenhuma morte por covid-19.

Resumo de sábado/domingo (12/04):
•Mundo tem mais de 1,78 milhão de casos confirmados e 110 mil mortes
•Boris Johnson deixa hospital em Londres
•EUA registram 1,9 mil mortes em 24 horas
•Brasil tem 20.727 casos confirmados e 1.124 mortes, segundo o Ministério da Saúde
•Mais recuperados do que infectados na Alemanha
•Mundo tem mais de 1,7 milhão de casos confirmados e 107 mil mortes; 395 mil se recuperaram
•Com mais de 2 mil óbitos em 24h, EUA passam Itália e são país com mais mortes no mundo
•Escolas de Nova York ficarão fechadas até o fim do ano letivo
•Número de novas mortes cai pelo terceiro dia seguido na Espanha
•Índia decide prolongar quarentena

ITÁLIA REGISTRA MENOR NÚMERO DE MORTES DESDE 19 DE MARÇO
A Itália registrou neste domingo mais 431 mortes por covid-19. É menor número observado desde 19 de março. Também representa um decréscimo significativo em relação ao sábado, quando foram registradas 619 mortes.
O número de novos casos da doença contabilizado neste domingo também foi menor em relação ao dia anterior: 4.092. No sábado, o país havia registrado 4.694 novos casos. 
O número total de mortos desde o início da pandemia no país, em 21 de fevereiro, chegou a 19.899, informou a Agência de Proteção Civil da Itália. O número de mortos só fica atrás dos Estados Unidos. O recorde diário de mortes foi registrado em 27 de março, quando 919 pessoas morreram.

Já o total de casos oficialmente confirmados chega a 156.363, o terceiro maior número global atrás dos Estados Unidos e da Espanha.
As autoridades italianas informaram ainda que havia 3.343 pessoas em terapia intensiva neste domingo contra 3.381 no sábado – marcando um novo declínio pelo nono dia consecutivo.
Neste domingo, também subiu para 34.211 o número de pessoas infectadas que foram declaradas curadas, contra 32.424 no dia anterior.

REINO UNIDO-NÚMERO DE MORTES PASSA DE 10 MIL
O Reino Unido registrou mais 737 mortes em hospitais nas últimas 24 horas, elevando para 10.612 o total de óbitos provocados pela covid-19 no país, segundado dados Ministério da Saúde britânico.
Na atualização deste domingo, o número de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus aumentou para 84.279 casos positivos, mais 5.288 do que no dia anterior.
No sábado, o balanço diário tinha registado mais 917 mortes e mais 5.234 novas infeções em relação ao dia anterior. Na sexta-feira, o balanço diário das autoridades britânicas apontou 980 óbitos de pacientes com covid-19, o maior aumento número de mortes num só dia na Europa, superando os recordes de Itália (919) e Espanha (961).

O Reino Unido encontra-se em regime de confinamento desde 23 de março para tentar barrar a propagação da pandemia covid-19. O governo britânico foi acusado de ter reagido demasiado tarde no combate à pandemia, demorando a proibir eventos de grande dimensão ou a fechar escolas.
Nas últimas semanas, o governo também foi criticado pela falta de capacidade de realizar mais testes, atualmente limitados a menos de 20.000 por dia, e pela falta de disponibilidade de equipamento de proteção individual para os profissionais de saúde - 19 já morreram.

ALEMANHA-MAIS RECUPERADOS DO QUE INFECTADOS  
De acordo com informações fornecidas pelo Instituto Robert Koch (RKI), é provável que o número de pessoas novamente saudáveis após uma infecção comprovada pelo patógeno Sars-CoV-2 seja, pela primeira vez desde o início do surto de coronavírus na Alemanha, maior que o número de pessoas atualmente infectadas.
Segundo o RKI, a agência de controle de doenças da Alemanha, até às 8h30 deste domingo (12/04), o país contabilizava 122.141 infecções, 2.730 mortos, 60.200 pessoas recuperadas e 59.211 contaminados.

Essas 60.200 pessoas que demonstraram ter contraído o coronavírus e estão agora totalmente saudáveis e recuperadas representam quase mil pessoas a mais do que o número atual de infecções ativas comprovadas. No caso da China, esse ponto marcou o momento em que a primeira onda da pandemia havia sido superada, apontou o Instituto Robert Koch.
A agência alemã de controle de doenças ressaltou, no entanto, que ainda não é possível dizer com certeza se esse desenvolvimento já pode ser visto como indício de uma inflexão no número de novos infectados a partir da Páscoa.

CHINA VOLTA A NÃO REGISTRAR MORTES
Pequim anunciou neste domingo (12/04) que não foram registradas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Isso acontece pela segunda vez desde que começaram a ser divulgadas as estatísticas oficiais no país asiático.
A Comissão Nacional de Saúde chinesa informou também que foram registrados 99 novos casos de infecção pelo novo coronavírus, o que significa um aumento em relação aos 46 reportados no sábado.

Dos 99 novos casos, 97 tiveram proveniência do exterior, os chamados casos "importados".
Pequim havia lançado um veto temporário à entrada de cidadãos estrangeiros no país em 28 de março último, porém, a medida ainda não levou a uma redução do número de casos "importados", que já são 1.280.
Segundo a Comissão Nacional de Saúde chinesa, o número de doentes dados como recuperados foi de 50, nas últimas 24 horas, havendo um total de 1.138 pessoas infectadas naquele país asiático, o que leva a uma interrupção na tendência de redução do número de pessoas contaminadas na China.

EUA REGISTRAM 1,9 MIL MORTES EM 24 HORAS
Os Estados Unidos registraram 1.920 mortes causadas pela covid-19, em 24 horas, de acordo a Universidade Johns Hopkins.
O número de mortes por dia causadas pela covid-19 sofreu uma ligeira redução frente à contagem de sexta-feira, em que os Estados Unidos da América tinham ultrapassado, pela primeira vez, as duas mil mortes no espaço de 24 horas (2.108), segundo o mais recente levantamento do Centro de Recursos de Coronavírus da universidade americana.

O número total de mortos nos Estados Unidos é agora de 20.506, sendo o país do mundo com mais mortes causadas pela covid-19.
Os Estados Unidos são também, de longe, o país com mais casos confirmados, tendo ultrapassado, na sexta-feira, o meio milhão de pessoas infectadas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 109 mil mortos e infectou mais de 1,78 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Fonte: Deutsche Welle – 12.04.2020

Comentário:
Medidas restritivas impostas pela Alemanha
·    Ao contrário de outros países europeus, como a Itália e a França, a Alemanha não decretou um confinamento rigoroso em nível nacional, mas impôs uma série de medidas que acabaram por reduzir a circulação de pessoas.
·    As escolas permanecem fechadas, bem como a maioria das lojas.
·    Restaurantes só podem vender refeições para viagem.
·    Aglomerações com mais de duas pessoas estão proibidas, e os infratores podem sofrer sanções.
·    Alguns estados mais atingidos, como a Baviera, impuseram medidas mais severas, como toque de recolher.

92 mil pessoas vindas de países foco de coronavírus desembarcaram no Brasil na última semana de fevereiro

Na semana em que o Brasil confirmou seu primeiro caso de Covid-19, mais de 90 mil pessoas chegaram ao país vindas de nações com transmissão local do coronavírus reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De 23 de fevereiro a 1º de março, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), desembarcaram nos aeroportos brasileiros 91.932 pessoas provenientes de Itália, Espanha, Estados Unidos, China, Reino Unido, Alemanha, França e Emirados Árabes.
O Brasil decidiu restringir a entrada de estrangeiros nos aeroportos apenas em 19 de março.

Os países citados são aqueles em que, segundo os critérios da OMS, o vírus já circulava, enquanto em outros locais os doentes haviam sido contaminados em viagens ao exterior. Não é possível dizer quantos dos viajantes são brasileiros nem quantos são turistas.
Na semana do dia 23 de fevereiro, em que muitos brasileiros voltavam de viagem após o feriado do Carnaval, o número de casos confirmados no mundo ainda era tímido, se comparado com a situação atual.

A escalada da epidemia nos dias seguintes, porém, indica que o vírus circulava de maneira mais generalizada do que se acreditava naquele momento.
Isso pode ser explicado pelo período de incubação (tempo entre a infecção e o aparecimento dos sintomas), que varia de 2 a 14 dias.

Naquela época, o epicentro da epidemia ainda era a China, onde o vírus surgiu.
Em 1º de março, havia quase 80 mil infectados entre os chineses, e a província de Hubei, a mais atingida, estava em quarentena havia mais de um mês.

De Pequim, naquela semana, os registros mostram que chegaram ao Brasil apenas 342 passageiros. O número pode ser maior, já que o trajeto costuma incluir conexões, muitas vezes não rastreadas pela Anac.

Outros 20 mil (22%) chegaram da Espanha e da França. Os franceses já tinham dois óbitos confirmados em 27 de fevereiro, enquanto os espanhóis, hoje com a segunda maior quantidade de mortes, ainda contavam 15 casos.
O número total de passageiros pode ser maior, já que o levantamento da Anac não permite identificar todos os trajetos dos viajantes.

Uma pessoa que estava em Madri e voou para Lisboa, para daí trocar de avião e vir ao Brasil, por exemplo, pode ser contabilizada pela agência como um passageiro que veio de Portugal.
Da Itália, que pouco depois se tornou o país com maior número de mortos em todo o mundo, vieram quase 7.000 pessoas (7% do total). Cerca de 19% delas saíram do aeroporto de Milão, na Lombardia, região onde a epidemia italiana se concentrou.

Na Itália, o vírus se alastrou com rapidez. Em 23 de fevereiro, eram 155 casos confirmados. Sete dias depois, em 1º de março, 1.694 contaminados e 34 mortos. No domingo seguinte, dia 8, 366 pessoas já haviam morrido, e 7.375 estavam infectadas. Hoje, são mais de 17 mil mortes.

O primeiro paciente com Covid-19 no Brasil contraiu a doença justamente na Itália. Era um homem de São Paulo, de 61 anos, que esteve no país de 9 a 21 de fevereiro.
Segundo o Ministério da Saúde, ele procurou um hospital poucos dias depois da viagem. A confirmação de que estava com a doença veio no dia 26. Pouco antes, porém, ele havia participado de uma reunião familiar, o que deixou 30 pessoas em observação.

A maior parte dos passageiros veio dos Estados Unidos. Foram 49,8 mil, 54% do total que desembarcou vindo dos países analisados.

Desses, 11 mil (22%) saíram dos aeroportos de Nova York, onde a epidemia se concentrou nos EUA. Nesta terça (7), a cidade teve 731 mortos, o número mais alto que já registrou em um só dia até agora.
No fim de março, o país se tornou o epicentro da pandemia. Já tem mais de 11 mil mortos (29% em Nova York) e quase 380 mil casos.
Os EUA entraram em 3 de março na lista definida pelo Ministério da Saúde brasileiro de países cujo histórico recente de viagens por pacientes deveria ser observado para definir casos de suspeita de coronavírus.
A mudança ocorreu após análise de que havia transmissão local do vírus em algumas regiões. Naquele momento, eram pouco mais de cem casos em solo americano. Dez dias depois, eram mais de 2.000.

Quando o Brasil passou a restringir a entrada de estrangeiros, porém, os Estados Unidos ficaram de fora. Em 19 de março, o governo decidiu barrar cidadãos da Ásia e da Europa, salvo em situações específicas, como residentes ou pessoas em missão de órgãos internacionais.

Três dias antes, a União Europeia havia anunciado o fechamento de suas fronteiras.

Até então, não havia restrição à entrada por via aérea de estrangeiros no Brasil, e medidas estabelecidas a mando de governadores, como controle de temperatura em aeroportos, foram recriminadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Em 13 de março, o Ministério da Saúde chegou a recomendar que pessoas vindas do exterior cumprissem quarentena de sete dias, mas recuou após ordem do  presidente.
O presidente, que se diz contra medidas duras de isolamento social para conter a propagação do vírus, também relutou em fechar fronteiras.
Já os EUA proibiram a entrada de quem chegasse da China em 2 de fevereiro, e o bloqueio a voos da Europa foi anunciado em 11 de março. 

Origem dos passageiros que chegaram ao Brasil

§Reino Unido: quase 6 mil turistas
5.000 pessoas vindas do Reino Unido entraram no Brasil na semana do dia 23.fev, quando o país tinha apenas 23 casos; hoje são mais de 55 mil
Itália: quase  7 mil turistas
19% dos passageiros que chegaram da Itália vieram de Milão, epicentro da epidemia; em 1º.mar, país tinha 1.694 casos

§Espanha: 10 mil turistas
11% dos passageiros chegaram da Espanha, maior parcela entre os países europeus

§Estados Unidos  50 mil turistas
Nova Iorque
11 mil pessoas chegaram de Nova York, que hoje tem sozinha 5% dos casos no mundial

§Flórida
25 mil pessoas chegaram da Flórida no período
Fonte: Folha de São Paulo - 8.abr.2020