quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Canoagem-Isaquias é prata e dá primeira medalha da canoagem ao Brasil

O brasileiro travou uma disputa emocionante com o alemão Sebastian Brendel, que levou a melhor nos metrôs finais, fechou em 3 min 56 seg  e ficou com o ouro, o bi, já que ganhara também em Londres-2012. Serghei Tarnovschi, da Moldávia, ficou com o bronze - terminou a prova com 4 minutos.
Em Ubaitaba, no sul da Bahia e a 379 km de Salvador, remar ou andar de canoa é uma necessidade. Depende do que você precisa: ir, vir, ter uma ocupação. Ocupação? Sim, é também o ganha pão de muitos pais de família.

Faz parte do cotidiano. É a cultura, a tradição. Um costume local que, trabalhado, moldou e levou Isaquias Queiroz a se tornar o primeiro medalhista olímpico da história do Brasil na canoagem, prata no C1 1.000m. Fonte: UOL 16/08/2016

Thiago Braz voou

O ouro de Thiago Braz é marcado pela ousadia. O primeiro brasileiro a ser campeão olímpico no salto com vara - feito conquistado na segunda-feira (15), no Engenhão - só conseguiu a façanha porque não se contentou com a prata e colocou o sarrafo 11 cm acima do seu recorde pessoal. Se ele teve condições de fazer isso, é porque no fim de 2014 ele saiu do lugar comum e mudou de país. Abandonou os treinos com Élson Miranda, técnico de Fabiana Murer, e foi parar em Fórmia, na Itália, longe de família e amigos.

Tudo por apostar que valia a pena trocar o conforto e a segurança da sua casa no Brasil pelo desafio de trabalhar integralmente com Vitaly Petrov, o ucraniano que mudou a história do esporte. Foi ele, no fim da década de 1980, que guiou o compatriota Sergei Bubka a 35 quebras de recorde na carreira. Vinte anos depois, ele levou a russa Yelena Isinbayeva a dominar a modalidade no feminino.

Não é coincidência que os dois maiores saltadores da história tenham o mesmo técnico. Só que ao trocar o Brasil pela Itália rendeu dores de cabeça para o brasileiro. Elson, seu antigo técnico, fez críticas públicas ao ex-pupilo e a Petrov, de quem era parceiro. Thiago sofreu em silêncio, acumulou maus resultados e respondeu na hora certa. A ousadia rendeu o quinto ouro do atletismo brasileiro na história e um recorde olímpico. Aos 22 anos, na hora decisiva, ele teve a força mental e a técnica para ocupar o espaço que separava seu histórico do maior título de todos. E não tem dúvida ao ser perguntado se conseguiria o feito sem Petrov:

Acredito que não. De todos os treinadores que passaram comigo, o mais refinado foi o Vitaly, ao meu ver. Eu arrisquei todas as minhas fichas no Vitaly. Eu poderia não estar no atletismo caso não tivesse resultado com ele

Thiago Braz, que não tivera tempo de saltar com o forte temporal, deixou para começar suas tentativas a partir de 5,65 m. Era a mesma marca escolhida pelo francês Lavillenie. O brasileiro superou a marca com facilidade e, apesar de uma falha, também passou pelos 5,75 m. A partir daí, a disputa ficou entre cinco atletas e a medalha ganhava contornos de realidade.

Thiago Braz ultrapassou os 5,85 m na primeira tentativa. Com as falhas do polonês Piotr Lisek e do tcheco Jan Kudlicka, só sobraram três na competição: ele, o favorito Lavillenie e o americano Sam Kendricks. O pódio agora era garantido: só faltava saber a cor da medalha.

Thiago superou os 5,93 m em sua segunda tentativa. Já era o melhor salto em estádio aberto (algumas competições são disputadas em locais fechados) da sua vida: o anterior foi em Baku (Azerbaijão), quando atingiu 5,92 m, em 2015. O americano falhou, e a prata estava assegurada - até aquele momento - no peito do brasileiro.

A disputa, então, era com o francês. E Lavillenie seguia o roteiro dos favoritos: saltou os 5,98 m. A torcida brasileira vaiava cada tentativa do rival. O locutor tentava contê-los com pedidos de silêncio. Os franceses, em grande número, já comemoravam seu provável campeão.

O inesperado, o incrível aconteceu. Thiago Braz correu para saltar sobre uma barreira de 6,03 m, algo que ele nunca havia sequer tentado, e venceu. Os franceses botaram as mãos na cabeça em descrédito, os brasileiros explodiram. Era o recorde olímpico. Lavillenie ainda teve mais um salto, tentando 6,08 m, e falhou.

Thiago entrou como a terceira melhor marca do ano na final, era campeão olímpico. Uma dessas histórias para botar em moldura de ouro no museu da história dos Jogos. Fonte: UOL Olimpiadas - 15.08.2016 

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Zanetti é superado por rival grego nas argolas

Depois de chocar o mundo em Londres-2012 – ao conquistar o primeiro ouro brasileiro na ginástica -, Arthur Zanetti não conseguiu repetir o feito no Rio de Janeiro e terminou com uma medalha de prata nas argolas. Nesta segunda-feira, na Arena Olímpica localizada na Barra da Tijuca, o brasileiro terminou na segunda posição ao ser superado pelo grego Eleftherios Petrounias, que ficou com o ouro. O russo Denis Abliazin completou o pódio com um bronze ao somar 15,700.

Petrounias fez uma prova bem executada, firme, sem cometer nenhum erro. Por fim, ainda cravou a saída com perfeição e recebeu um 16,000, igualando a melhor nota de toda sua carreira. Zanetti, para isso, precisava atingir a maior nota da sua vida, um 16,050, que conseguiu em uma etapa da Copa do Mundo realizada em maio do ano passado, em São Paulo. Mas não deu. Apesar de uma boa apresentação, tirou apenas 15,766 e terminou em segundo lugar. Fonte: UOL - 15.08.2016 

domingo, 14 de agosto de 2016

Brasileiros fazem história com pódio duplo no solo

Pela primeira vez, dois atletas da ginástica do Brasil subiram no pódio ao mesmo tempo: Diego Hypolito, para receber a prata, e Arthur Mariano Nory, para levar o bronze na ginástica de solo masculina. As medalhas coroam histórias distintas: a de superação e autocontrole de Hypolito e a de insistência e performance surpreendente de Nory. Fonte: El País - 14 AGO 2016  

Top Gun Michael Phelps

Aos 31 anos, Michael Phelps percorreu no sábado,  os últimos 100 metros da piscina em uma Olimpíada no nado borboleta. Antes, nas 63 baterias em que competiu e percorreu uma distância de quase 12 quilômetros, acumulou uma coleção de medalhas de fazer inveja a qualquer mortal. Agora ele se despede como o atleta olímpico mais condecorado de todos os tempos.
Com a vitória, Michael Phelps chegou a 28 medalhas olímpicas: 23 ouros, três pratas e dois bronzes.

Número total de medalhas da equipe americana de natação Rio 2016: 33
Ouro -16 ; Prata – 8; Bronze – 9

Número total de medalhas da equipe brasileira de natação Rio 2016: 01 Bronze

Total de medalhas de natação – 1896 - 2012
Países
Ouro
Prata
Bronze
Total
Estados Unidos
205
151
118
474
Brasil
1
4
8
13








quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Senado torna Dilma ré em processo de impeachment

Por 59 votos a favor e 21 contra, a Casa aprovou parecer da Comissão Especial de Impeachment, tornando a presidente afastada ré no processo.  A decisão abre caminho para que ela seja julgada por crime de responsabilidade. Fonte: O Estado de S. Paulo-10 Agosto 2016

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Propina era custo operacional

No primeiro depoimento à Justiça depois que virou delator da Operação Lava Jato, o ex-presidente do grupo Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, afirmou que o pagamento de propina era visto como "algo natural" dentro da empresa.

"Era um custo comercial", afirmou Azevedo, em audiência realizada nesta quinta-feira (28).

Segundo ele, os custos da propina eram inseridos na composição do orçamento da obra, junto com gastos administrativos, de locação, mão de obra e afins.

Além dos percentuais devidos para agentes da Petrobras, a Andrade Gutierrez afirmou, em delação premiada, que pagava 1% de propina ao PT sobre todos os contratos que tinha com o governo federal -a pedido do então presidente do partido, Ricardo Berzoini.

Foram R$ 40 milhões de propina pagos entre 2008 e 2014, segundo Azevedo, a maior parte feita por meio de doações eleitorais.
"A gente não via de uma maneira criminalizada. Era uma contribuição para um partido político", afirmou Azevedo. "Era um bônus eleitoral; se enquadrava dentro de um processo formal [na empresa]."
Segundo ele, a propina era paga para "manter o status de relacionamento" com o governo federal e evitar problemas –embora o executivo não tenha relatado ameaças ou retaliações.

Azevedo ainda afirma que a empresa se arrependeu. "Sem dúvida, vendo sob a ótica correta, da exigência de uma contribuição, é óbvio que não é certo", disse. "A gente viu que errou. E por isso confessou, e por isso está fazendo um mea culpa público."
A Andrade Gutierrez pagará uma indenização de R$ 1 bilhão, como parte de seu acordo de colaboração.
O PT tem afirmado, em nota, que refuta totalmente as acusações e diz que todas as doações recebidas pelo partido "foram realizadas estritamente dentro dos parâmetros legais e posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral".

INVESTIGAÇÃO

Azevedo também levantou a suspeita, em seu depoimento, de que mais uma fornecedora de campanha do PT tenha sido paga irregularmente pela Andrade Gutierrez, por meio de um contrato de fachada.
Seria um caso semelhante ao da Pepper, agência de comunicação que prestou serviços à campanha de Dilma Rousseff (PT) em 2010.
Os pagamentos à nova empresa, cujo nome não foi revelado, foram feitos nas campanhas de 2010 e 2012. Segundo Azevedo, pode ser "uma questão semelhante à Pepper".
"Nós não temos a conclusão; está sendo analisado contrato, pagamento, serviços que foram feitos", afirmou o executivo. "Porque essa empresa tem histórico de trabalhar para a Andrade com produtos reais. Mas pode ser que surja mais uma." Fonte: Folha de São Paulo - 28/07/2016