segunda-feira, 18 de abril de 2016

Raixo X da votação do impeachment

O avanço do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) foi aprovado neste domingo (17) por 367 deputados. Mais da metade deles (184) são filiados a partidos que ajudaram a reeleger a presidente há um ano e meio.

A coligação que reelegeu Dilma Rousseff à Presidência era composta por nove partidos: PT, PMDB, PSD, PP, PR, PROS, PDT, PCdoB e PRB. Juntas, essas siglas tinham 306 dos 513 deputados inscritos para votar neste domingo.

De todos esses deputados, contudo, apenas 40% (122 congressistas) mantiveram-se fiel à presidente Dilma e votaram contra seu afastamento. Os outros 60%, que antes faziam parte da base de apoio ao governo, votaram pelo impeachment de Dilma.

Confira a votação dos partidos que foram base de Dilma:
306 deputados votaram
184 foram favoráveis ao impeachment
113 foram contrários
7 preferiram se abster na votação
2 estiveram ausentes
Fonte: UOL, em São Paulo 18/04/2016

Votação por Estados

Favor
 Contra
Abstenção
Ausência
Região Norte:




Acre
4
4


Amapá
3
4
1

Amazonas
8
0


Pará
10
6
1

Rondônia
8
0


Roraima
7
1


Tocantins
6
2







Região Nordeste:




Alagoas  
6
3


Bahia  
15
22
2

Ceará  
9
11
1
1
Maranhão  
10
8


Paraíba  
9
3


Pernambuco  
18
6
1

Piauí  
5
5


Rio Grande do Norte  
7
1


Sergipe  
6
2







Região Centro-Oeste:




Goiás  
16
1


Mato Grosso  
6
2


Mato Grosso do Sul  
5
3


Distrito Federal  
7
1







Região Sudeste:




Espírito Santo  
8
2


Minas Gerais  
41
12


São Paulo  
57
13


Rio de Janeiro  
34
11

1





Região Sul:




Paraná  
26
4


Rio Grande do  Sul
22
8
1

Santa Catarina  
14
2


Total
367
137
7
2
Total de Deputados - 513

Votação por partidos
Partidos
Favor
Contra
Abstenção
Ausente
DEM
28



PCdoB

10


PDT
6
12
1

PEN
1
1


PHS
6
1


PMB
1



PMDB
59
7

1
PP
38
4
3

PPS
8



PR
26
10
3
1
PRB
22



PROS
4
2


PSB
29
3


PSC
10



PSD
29
8


PSDB
52



PSL
2



PSOL

6


PT

60


PTB
14
6


PTdoB
2
1


PTN
8
4


PV
6



REDE
2
2


SD
14




sexta-feira, 15 de abril de 2016

Câmara começa análise do impeachment de Dilma

Em meio à crescente debandada de parlamentares da base aliada do governo, é aberta a primeira sessão do rito de votação que pode culminar no impedimento da presidente.
 
A Câmara dos Deputados iniciou nesta sexta-feira (15/04) a primeira sessão do rito de votação que pode culminar no impedimento da presidente Dilma Rousseff.

A sessão foi aberta pontualmente às 8h55 (horário de Brasília), como estava previsto. Para esta sexta‑feira  está previsto tempo para a denúncia de crime de responsabilidade contra a presidente e para a sua defesa. A seguir, o palanque passa a ser dos partidos com representação no Congresso.

Votação alternada
Cunha definiu que a votação no plenário seguirá a ordem Norte-Sul, alternada por estados. Assim, o primeiro estado a votar será Roraima, seguido do Rio Grande do Sul. Alagoas será o último. Dentro da bancada de cada estado, a ordem de votação dos deputados será alfabética. Fonte: Deutsche Welle - Data 15.04.2016

STF rejeita suspender votação do impeachment

Ministros do Supremo Tribunal Federal dão sinal verde para a votação no plenário da Câmara dos Deputados e também mantêm a ordem estabelecida pela presidência da casa parlamentar.

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, na madrugada desta sexta-feira (15/04), um mandado de segurança apresentado pelo governo e que pedia à corte a concessão de uma liminar suspendendo a votação no plenário da Câmara dos Deputados do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, alegando lesão ao "direito de defesa".

Com essa decisão, adotada por oito votos contra dois, o Supremo deu sinal verde para as três sessões que começarão nesta sexta-feira na Câmara dos Deputados e terminarão no domingo, numa votação que decidirá se o processo será aberto e seguirá para o Senado. O STF também manteve a ordem de votação estabelecida pela Câmara.

O mandado de segurança foi apresentado pela Advocacia Geral da União (AGU), que pediu a suspensão da votação até a análise pelo STF do mérito da ação. A AGU pedia a anulação do parecer aprovado por uma comissão de 65 deputados, que examinou se existem méritos jurídicos para o processo de impeachment, e a nulidade da maior parte dos atos tomados pela Câmara na tramitação, apontando irregularidades e vícios no relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO). No relatório, Arantes aceitou a acusação de que Dilma incorreu em manobras contábeis ilegais para maquiar os resultados do governo em 2014 e 2015, modificar orçamentos mediante decretos, acumular dívidas e contratar créditos com bancos públicos.

Processo começa somente no Senado
No entanto, o STF esclareceu que tanto essa comissão como a Câmara dos Deputados se limitam a decidir se aceitam as acusações, já que o processo de impeachment como tal será aprovado e realizado pelo Senado.
Na votação, Fachin foi acompanhado por sete dos dez ministros presentes em plenário. Acompanharam o relator os ministros Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Celso de Mello. Os votos vencidos foram de Marco Aurélio Mello e do presidente do STF, Ricardo Lewandowski.
Desse modo, na votação de domingo na Câmara, o processo passará ao Senado se for aprovado por dois terços dos deputados (342 de um total de 513).
Se a maioria qualificada for atingida, em um prazo ainda não definido, mas que pode ser de aproximadamente 15 dias, os 81 senadores decidirão, por maioria simples, se efetivamente será aberto o processo de impeachment de Dilma.

Se isso acontecer, a presidente deverá se afastar do cargo durante os 180 dias que o Senado terá para realizar o julgamento e, nesse período, será substituída pelo vice-presidente, Michel Temer, que completará o mandato que termina em 1º de janeiro de 2019 se o impeachment for consumado. Fonte: Deutsche Welle