quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Morre a cantora Natalie Cole

Morreu na quinta-feira (31/12), aos 65 anos, a cantora Natalie Cole, vencedora de nove Grammys e a voz de sucessos como Inseparable, Pink Candillac e Unforgettable, um dueto virtual com seu pai, Nat King Cole, que dominou as paradas de sucesso no início dos anos 1990.
Sua morte foi noticiada nesta sexta-feira, mas as causas não foram reveladas. O site especializado em celebridades TMZ diz que Natalie morreu de insuficiência cardíaca após complicações de um transplante de rim e de uma hepatite C, doença diagnosticada em 2008.
Natalie Cole cresceu em meio a lendas do jazz, entre elas seu pai, que morreu em 1965. A cantora alcançou sucesso nos anos 1970, com estilo próprio dentro do R&B. Seu primeiro disco, Inseparable, lhe rendeu dois Grammys. E o segundo, Sophisticated Lady, mais um.
Sua carreira entrou em declínio nos anos 1980, em parte devido à dificuldade de lidar com a dependência de drogas. O retorno veio apenas no início dos anos 1991, ao unir, em estúdio, a legendária voz de Nat King Cole à sua num dueto. Por Unforgettable, ela recebeu três prêmios Grammy, incluindo de melhor álbum e melhor gravação do ano.
O disco vendeu 14 milhões de cópias, e o sucesso de uma música gravada pela primeira vez décadas antes, por seu pai, surpreendeu a própria Natalie. Deutsche Welle - Data 01.01.2016


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Lembrando Paulo Moura, clarinetista

Paulo Moura  morreu no Rio de Janeiro, em 12 de Julho de 2010  foi um compositor, arranjador, saxofonista e clarinetista brasileiro de choro, samba e jazz.
Paulo Moura foi um dos maiores nomes da música instrumental brasileira, tendo tocado com Ary Barroso, Dalva de Oliveira, Elis Regina, Milton Nascimento e Sérgio Mendes.

Sempre trafegando entre a música clássica, o jazz e a música popular, o clarinetista e saxofonista também foi um assíduo frequentador do Beco das Garrafas, o reduto em Copacabana que concentrava os principais bares e clubes noturnos da bossa nova e do samba-jazz, no início dos anos 1960. Como instrumentista e arranjador, trabalhou com artistas como Elis Regina, Milton Nascimento e Sérgio Mendes (com este, no grupo Bossa Rio, participou em 1964 do clássico álbum "Você ainda não ouviu nada", um marco do instrumental brasileiro). 

A partir de fim dos anos 1960, liderou seus próprios grupos, gravando discos como "Fibra", "Mistura e manda", "Confusão urbana, suburbana e rural", que também fizeram escola no instrumental brasileiro, fundindo elementos do jazz com o choro e o samba.

As duas últimas décadas foram de muito trabalho, excursionando pelo mundo e gravando discos como, entre outros, "Dois irmãos" (em 1992, ao lado do violonista Raphael Rabello), "Instrumental no CCBB" (em 1993, com o saxofonista e flautista Nivaldo Ornelas), "Brasil musical" (em 1996, com o pianista Wagner Tiso), "Pixinguinha: Paulo Moura & Os Batutas" (de 1998), "Mood ingênuo" (em 1999, com o pianista americano Cliff Korman), "Paulo Moura visita Gershwin & Jobim" (em 2000), "El negro del blanco" (em 2004, com o violonista Yamandú Costa), "Dois panos para Manga" (em 2006, belo reencontro musical com um amigo de juventude, o pianista João Donato) e "AfroBossaNova" (em 2009, em dupla com o guitarrista e bandolinista Armandinho Macedo). Fonte: O Globo - 13/07/2010