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sábado, 12 de novembro de 2022

Coronavírus: Internações por covid-19 disparam em São Paulo

O surgimento de uma nova subvariante do coronavírus, a pouca adesão às doses de reforço das vacinas e as aglomerações na campanha eleitoral voltaram a aumentar a transmissão do vírus. Em São Paulo, o retorno da pandemia de covid-19 aumentou rapidamente os diagnósticos e as internações pela doença no SUS (Sistema Único de Saúde) e em hospitais da rede privada, como o Albert Einstein e o Sírio Libanês.

"Os dados apontam um crescimento acelerado nas admissões hospitalares em leitos covid no estado nas duas últimas semanas", afirmou o coordenador da Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia das universidades estaduais paulistas USP e Unesp.

Como o Ministério da Saúde não consolidou os dados nacionais de internação, a Info Tracker colheu as informações no estado de São Paulo, capital, Grande São Paulo e interior.

O pesquisador e professor da Unesp diz que a preocupação é maior na capital e Região Metropolitana, em "uma escalada que se iniciou há duas semanas".

"A capital tem concentrado atualmente 60% das novas admissões hospitalares de todo o estado", calcula. "Esse aumento começa a reverberar, ainda que em menor grau, nas regiões adjacentes à Região Metropolitana, como Sorocaba, Campinas e São José dos Campos."

Está previsto para as próximas semanas um aumento generalizado em todo o estado." Wallace Casaca, da Info Tracker

Vai ter nova onda?

Casaca prefere chamar o aumento de casos de repique, uma vez que a gravidade dos casos é menor do que no passado, com menos internações e mortes. Já a infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Rosana Richtmann, diz que "chamaria de uma nova onda, mesmo que uma marola", em razão do aumento de casos, da chegada das festas de fim de ano e da flexibilização das medidas sanitárias.

"Não quero assustar ninguém porque a gravidade dos casos é mesmo muito menor, mas temos uma tendência", diz Richtmann. "É indiscutível que o número de casos está francamente aumentando."

O que fazer agora? "Os vírus mudam, mas as recomendações são as mesmas: um dos vilões de transmissão são nossas mãos: sempre faça a higienização com álcool em gel ou sabão para diminuir a possibilidade de contaminação do ambiente e de se contaminar", diz a médica.

Recomendo aos mais vulneráveis usar máscara em transporte público, principalmente em horários de pico. Se algum familiar estiver sintomático no fim de ano, tenha o bom senso de respeitar os mais vulneráveis e evitar as festas. Fonte: UOL, em São Paulo-12/11/2022 11h51

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