O surgimento de uma nova
subvariante do coronavírus, a pouca adesão às doses de reforço das vacinas e as
aglomerações na campanha eleitoral voltaram a aumentar a transmissão do vírus.
Em São Paulo, o retorno da pandemia de covid-19 aumentou rapidamente os
diagnósticos e as internações pela doença no SUS (Sistema Único de Saúde) e em
hospitais da rede privada, como o Albert Einstein e o Sírio Libanês.
"Os dados apontam um crescimento
acelerado nas admissões hospitalares em leitos covid no estado nas duas últimas
semanas", afirmou o coordenador da Info Tracker, plataforma de
monitoramento da pandemia das universidades estaduais paulistas USP e Unesp.
Como o Ministério da Saúde
não consolidou os dados nacionais de internação, a Info Tracker colheu as
informações no estado de São Paulo, capital, Grande São Paulo e interior.
O pesquisador e professor da
Unesp diz que a preocupação é maior na capital e Região Metropolitana, em
"uma escalada que se iniciou há duas semanas".
"A capital tem
concentrado atualmente 60% das novas admissões hospitalares de todo o
estado", calcula. "Esse aumento começa a reverberar, ainda que em
menor grau, nas regiões adjacentes à Região Metropolitana, como Sorocaba,
Campinas e São José dos Campos."
Está previsto para as
próximas semanas um aumento generalizado em todo o estado." Wallace
Casaca, da Info Tracker
Vai ter nova onda?
Casaca prefere chamar o
aumento de casos de repique, uma vez que a gravidade dos casos é menor do que
no passado, com menos internações e mortes. Já a infectologista do Instituto de
Infectologia Emílio Ribas, Rosana Richtmann, diz que "chamaria de uma nova
onda, mesmo que uma marola", em razão do aumento de casos, da chegada das
festas de fim de ano e da flexibilização das medidas sanitárias.
"Não quero assustar
ninguém porque a gravidade dos casos é mesmo muito menor, mas temos uma
tendência", diz Richtmann. "É indiscutível que o número de casos está
francamente aumentando."
O que fazer agora? "Os
vírus mudam, mas as recomendações são as mesmas: um dos vilões de transmissão
são nossas mãos: sempre faça a higienização com álcool em gel ou sabão para
diminuir a possibilidade de contaminação do ambiente e de se contaminar", diz
a médica.
Recomendo aos mais vulneráveis usar máscara em transporte público, principalmente em horários de pico. Se algum familiar estiver sintomático no fim de ano, tenha o bom senso de respeitar os mais vulneráveis e evitar as festas. Fonte: UOL, em São Paulo-12/11/2022 11h51
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