Quinze dias após a
Organização Mundial da Saúde (OMS) ser notificada sobre a descoberta da
variante Ômicron, o número de novos casos de Covid-19 registrados na última
semana na África do Sul aumentou 255%.
A informação foi divulgada
nesta quinta-feira (9) pelo braço regional da OMS, que afirmou que entre as
infecções há casos provocados pelas variantes Delta e Ômicron.
Um estudo da principal
instituição privada de saúde do território, a Netcare, citado pelo "The
Guardian", também confirmou os dados e revelou que menos de um terço dos
pacientes hospitalizados após uma infecção pela Ômicron está em estado grave,
em comparação com mais de dois terços registrados nas ondas anteriores do
vírus.
"A principal observação
que fizemos nas últimas duas semanas é que a maioria dos pacientes nas
enfermarias de Covid não depende de oxigênio", afirmou o médico Fareed
Abdullah, do Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul.
As autoridades sanitárias
explicam que não há um crescimento paralelo de doentes gravemente enfermos, o
que faz aumentar as evidências científicas de que a Ômicron causa sintomas
"mais leves" do que outras cepas.
De acordo com a OMS, os
primeiros sinais que emergem do continente são mistos: se a variante parece ter
ao menos algum grau de escape vacinal e maior transmissibilidade, também
aparenta causar quadros mais leves da doença.
Até o momento, segundo a
Organização Mundial de Saúde, pelo menos 46% dos casos mundiais de Ômicron
foram registrados na África. Em um mês, entre 8 de novembro e 8 de dezembro, a
média móvel sul-africana disparou de 264 casos diários para 13,5 mil. A
tendência é que haja uma nova alta nesta semana.
Para conter a disseminação da variante, diversas nações impuseram restrições contra viajantes da África meridional, apesar de a OMS já ter criticado essa medida. Fonte: Ansa Brasil - 09 Dez 2021
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