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sábado, 16 de janeiro de 2021

Coronavírus: Alemanha passa por aumento no número de mortes por covid-19

 O alívio trazido pelo início da vacinação contra a covid-19 na Alemanha foi atropelado pelo aumento no número de mortes. "O atual lockdown não é tão eficaz", afirmou Lothar Wieler, o presidente do Instituto Robert Koch (RKI), a agência governamental de controle e prevenção de doenças. Nos domingos de dezembro, segundo ele, havia frequentemente mais pessoas passeando do que na primavera.

Com isso, os número de casos aumentou no país europeu, que registra quase 2 milhões de infecções desde o início da pandemia. De acordo com o RKI, os contatos privados são um fator para o crescimento de contágios.

As mortes em decorrência da covid-19 ocorrem com um intervalo de tempo. Segundo o RKI, uma paciente grave com a doença leva, em média, quatro dias para ser internado. Os óbitos nestes casos ocorrem cerca de doze dias depois.

As mortes causadas por infecções que ocorreram durante o final de ano irão aparecer nas estatísticas com um atraso de ao menos 16 dias. Mesmo quando os números diários de casos caem, pode haver um aumento nos óbitos no mesmo período. Eles só começarão a cair também com um intervalo de tempo, quando houver uma queda nos novos contágios.

A taxa de mortalidade entre os mais velhos é particularmente alta, pois o sistema imunológico deste grupo costuma ser mais enfraquecido. O risco de morte e de casos graves de covid-19 entre os idosos é desproporcionalmente maior do que entre os jovens. Cerca de 87% dos mortos pela doença na Alemanha tinha mais de 70 anos, a média está em 83 anos.

De acordo com dados de 12 de janeiro, baseado nos números do RKI, 89% dos óbitos correram em pacientes com mais de 69 anos. A maior proporção de mortes desde o início da pandemia está na faixa etária de 80 a 89 anos: 46,8%. Já na faixa etária entre 0 e 49 anos ela ficou em 0,9%.

AUMENTO EM OUTROS PAÍSES: Um aumento no número de mortes em decorrência da covid-19 também foi registrado em outros países. Um estudo da pesquisadora americana Elizabeth Lee, da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, em Baltimore, investiga os possíveis motivos para esse crescimento. O estudo conclui que grande parte das infecções ocorre em ambientes privados. Nos Estados Unidos, isso representa entre 46 e 66% dos casos.

O México também enfrenta um aumento de mortes e com uma taxa de letalidade de quase 9%, segundo a Universidade Johns Hopkins, lidera atualmente esse ranking. Mais para o final da tabela, estão, lado a lado, Alemanha e Estados Unidos, embora, de acordo com esses números, o país europeu tenha uma taxa pouco acima da americana, com 2,2%, contra 1,7% dos EUA.

A circulação de novas cepas do vírus também é motivo de preocupação. Na Alemanha, elas teriam sido trazidas por viajantes. Os impactos disso não estão claros. "Elas também podem se estabelecer por aqui e gerar um aumento de casos em pouco tempo", afirma Wieler. O presidente do RKI criticou também a alta mobilidade no país apesar do lockdown. Fonte:Deutsche Welle – 15.01.2021

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