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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Coronavírus: Alemanha passa de 4.500 novas infecções diárias

O Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental de controle e prevenção de doenças infecciosas, anunciou na manhã desta sexta-feira (09/10) que contabilizou 4.516 novas infecções e 11 óbitos nas últimas 24 horas no país. Ao todo, a Alemanha registra 314.660 casos e 9.589 mortes na pandemia de covid-19.

Todos os estados alemães estão enfrentando um aumento acentuado no número de casos, principalmente nas grandes cidades.

O aumento repentino dos casos da doença levou as autoridades alemães de saúde a alertarem que a segunda onda da covid-19 poderá ser ainda mais grave do que a primeira, ocorrida no primeiro semestre deste ano.

A chanceler federal, Angela Merkel, disse na quinta-feira que deseja evitar a imposição de medidas de confinamento mais duras no país, como as adotadas no mês de março, durante o início da pandemia. "Não quero que uma situação como aquela se repita", disse.

A decisão de então levou a uma queda acentuada da atividade econômica e abriu caminho para o que a chanceler descreveu como uma "recessão historicamente grave". Merkel realizará nesta sexta-feira uma videoconferência com os prefeitos das 11 maiores cidades alemãs – Hamburgo, Munique, Colônia, Düsseldorf, Essen, Dortmund, Leipzig, Stuttgart, além de Berlim, Frankfurt e Bremen – para discutir a situação.

O governo alemão admitiu na quarta-feira que teme a propagação descontrolada na doença com a explosão no número de casos. "Com o aumento de casos, é fácil temer que as autoridades sanitárias cheguem à beira do abismo ou além de suas capacidades ", afirmou o porta-voz do governo, Steffen Seibert. Ele destacou que a única maneira de conter a pandemia é "identificar e quebrar as cadeias de infecção".

O presidente do RKI, Lothar Wieler, também alertou contra a expansão descontrolada do coronavírus na Alemanha. "É possível que tenhamos mais de 10 mil novos casos por dia e que o vírus se espalhe sem controle. A atual situação me preocupa muito, e não está claro como ela evoluirá nas próximas semanas", destacou. Fonte: Deutsche Welle – 09.10.2020 

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