Cientistas que assessoram o
governo federal da Alemanha em meio à pandemia de coronavírus afirmam que
medidas de isolamento social e de fechamento de estabelecimentos só poderão ser
relaxadas se houver máscaras respiratórias suficientes para a população.
Em entrevista à revista Der
Spiegel, um especialista membro da Leopoldina, academia nacional de ciências da
Alemanha, instituição de referência no país, disse que a universalização do uso
de máscaras faciais, que cubram boca e nariz, é um requisito para o retorno à
normalidade.
"A máscara deve se
tornar um novo padrão social", disse o cientista. "Somente com
proteção sanitária suficiente será possível voltar à vida normal. [A máscara]
tem que ser a nova moda."
Portanto, a reabertura de lojas
e, gradualmente, de instituições de ensino depende em grande parte de quantas
máscaras estarão disponíveis para a população, algo que é difícil prever em
meio a problemas na importação desses produtos.
Tais recomendações estão
presentes num relatório da Leopoldina. O governo da chanceler federal alemã,
Angela Merkel, disse que o relatório da academia terá um papel importante no
debate sobre quando e como o país poderá voltar à normalidade, após controlada
a pandemia do coronavírus Sars-Cov-2.
Ao contrário de outros países
europeus, como a Itália e a França, a Alemanha não decretou um confinamento
rigoroso em nível nacional, mas impôs uma série de medidas que acabaram por
reduzir a circulação de pessoas.
As escolas permanecem
fechadas, bem como a maioria das lojas. Restaurantes só podem vender refeições
para viagem. Aglomerações com mais de duas pessoas estão proibidas, e os
infratores podem sofrer sanções. Alguns estados mais atingidos, como a Baviera,
impuseram medidas mais severas, como toque de recolher. Fonte: Deutsche Welle –
11.02.2020
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