A partir das estatísticas em questão, pode-se ver que a taxa
de desemprego na China tem sido razoavelmente constante em torno de 4% nos
últimos anos. Isso pode ser explicado parcialmente pelo fato de que, devido à
sua herança socialista, a política de pleno emprego historicamente desempenhou
um papel importante nas considerações econômicas do governo chinês.
Outra explicação possível pode ser encontrada na metodologia
do índice, que, de acordo com o National Bureau of Statistics, reúne apenas
dados de emprego para regiões urbanas. O debate sobre se a metodologia deve ser
ajustada adequadamente a fim de criar uma imagem estatística mais precisa ainda
está em andamento entre políticos e estatísticos chineses,
Uma das principais preocupações no atual estado de emprego
da China está nas grandes diferenças regionais. A partir de 2016, a taxa de
desemprego nas regiões mais centrais e ocidentais da China era notavelmente
mais elevada do que nas regiões orientais da China. Em Pequim, o centro
político e cultural da China, o desemprego variou apenas 1,4% em 2016,
O desemprego dos jovens
também é aparente na China, mas, com suas próprias características. É
mais provável que os jovens com curso
superior tenham dificuldades em
encontrar empregos, de acordo com a Pesquisa de Finanças Domésticas da China.
Uma razão para isso pode estar na expansão das matrículas desde 1999, O número
de estudantes recém-matriculados em universidades públicas aumentou de cerca de
2,7 milhões em 2001 para cerca de 7,5 milhões em 2016,
Além da taxa de desemprego, os indicadores mais usados para
medir as atividades econômicas de um país são o crescimento do PIB e a taxa de
inflação. De acordo com uma previsão do FMI, o crescimento do PIB na China
diminuirá para 6,3% em 2019,
representando uma queda de quatro por cento
em relação a 2010. Esta estimativa é baseada por dados trimestrais de
crescimento publicados pela NBS, que recentemente relatou um crescimento de
1,4% do PIB no primeiro trimestre de 2018,
Fonte: Statista
Research Department, 23 de set de 2019
Comentário: Segundo INEP, o Brasil em 2016 tinha 8 milhoes de estudantes matriculados no ensino
superior. A China na mesma época tinha 7,5 milhoes de estudantes matriculados
em universidades públicas. Enquanto o PIB da China cresceu 6,7% em 2016 o Brasil teve uma queda negativa do PIB, 3,6%.
O governo passa a idéia que todo mundo pode e deve ter um
diploma universitário, O ensino superior transformou-se
em profissionalização, a faculdade deixou de ser um centro de saber, de
conhecimento, de inovação e crítica da sociedade, para simplesmente
especializar-se em produzir diploma para
futuros profissionais.
São despejados milhares profissionais a cada ano, de forma descontrolada num
mercado de trabalho saturado
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