A Alemanha fechou 2018 com um superávit de 58 bilhões de
euros, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (22/02) pelo Departamento
Federal de Estatísticas (Destatis). Esse foi o maior excedente registrado no
orçamento desde a Reunificação, em 1989.
As receitas, arrecadadas pelo governo nos níveis federal,
estadual e municipal, somaram 1,543 trilhão de euros, enquanto as despesas
foram de 1,485 trilhão de euros. O excedente de 58 bilhões representa 1,7% do
Produto Interno Bruto (PIB) do país, que totaliza 3,4 trilhões de euros.
Segundo o Destatis, 2018 foi o quinto ano consecutivo em que
a Alemanha bateu o recorde do superávit. O governo federal é o responsável pela
maior fatia do excendente, 17,9 bilhões de euros, seguido pelos municípios, com
14,9 bilhões de euros, e pelos estados, com 11,1 bilhões de euros.
A receita total do ano passado foi 4,7% maior do que a de
2017. As despesas, porém, também cresceram 3,2%.
O Destatis atribuiu o crescimento da receita à força do
mercado de trabalho, ao aumento da base contribuinte e à taxação de ganhos de
capital, além do incremento de 4,3% nas contribuições do fundo de assistência
social feitas por empregados e empregadores.
Em relação às despesas, a Alemanha se beneficiou com as
baixas taxas de juros da Europa e a diminuição de 8,5% de sua dívida pública.
Embora o quadro geral seja positivo, vários municípios
alemães possuem dívidas elevadas e alertam constantemente para o peso das
tarefas de assistência social estipuladas pelo governo federal em seus
orçamentos.
Apesar dos bons resultados do orçamento, a economia alemã
desacelerou no segundo semestre de 2018 e terminou o ano escapando por pouco da
recessão. O PIB alemão cresceu 1,4%, menos que o 1,5% previsto pelo Destatis e
por economistas. Foi o nono ano seguido de expansão da economia alemã, apesar
de o ritmo de crescimento ter diminuído. Em 2017 e em 2016, a alta havia sido
de 2,2%.
Para este ano, institutos de pesquisa econômica,
organizações internacionais e o governo alemão reduziram as projeções de
crescimento do PIB, fortemente dependente de exportações. Os principais motivos
apontados para a redução foram a desaceleração da economia mundial, conflitos
comerciais internacionais e a imprevisibilidade gerada pelo Brexit – a
planejada saída do Reino Unido da União Europeia.
O governo alemão projeta para 2019 uma alta do PIB de 1%, o
crescimento mais baixo desde 2013, quando a expansão foi de 0,5%. Em sua última
previsão, a expectativa do governo ainda era de um crescimento de 1,8% para
este ano.Fonte: Deutsche Welle-22.02.2019
Comentário: Enquanto isso o Brasil fica na plataforma
esperando o trem passar, ou melhor, a Maria Fumaça.
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