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domingo, 24 de fevereiro de 2019

Desemprego é o maior dos últimos sete anos em 13 capitais brasileiras em 2018

No primeiro ano de recuo do desemprego no país após três altas seguidas, 13 capitais brasileiras continuam apresentando crescimento no número de desocupados e registraram maior taxa dos últimos sete anos.

São Paulo, por exemplo, tanto sob a ótica da capital, quanto sob os recortes da região metropolitana e do estado, ainda vê o número de desempregados crescer.
Enquanto a taxa de desocupação no país caiu de 12,7% em 2017 para 12,3% no ano passado; na capital paulista o percentual subiu de 13,5% para 14,2%.

Regiões metropolitanas, como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, também viram as suas taxas de desemprego crescerem.
"Percebe-se que o problema é mais forte nos grandes centros urbanos, acompanhando as maiores concentrações da população. É um desemprego metropolitano, bem maior do que no interior do país”, disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Porto Alegre, Vitória, Aracaju, Maceió, Recife, João Pessoa, Teresina, Macapá, Belém, Boa Vista e Porto Velho também registraram maior taxa de desemprego dos últimos sete anos.
 Entre as regiões, Sudeste e Nordeste apresentaram maiores índices de desemprego no ano passado. Já o Sul teve menor taxa, seguido pelo Centro-Oeste, região onde nenhuma das capitais teve avanço do desemprego de 2017 para 2018.
Dos 26 estados e DF (Distrito Federal), 18 deles apresentaram recuo no número de desempregados em 2018. Amapá é o estado com o maior número de desempregados. Santa Catarina, o que tem a menor taxa de desocupação.


2017
2018
Brasil
12,7%
12,3%
Rondônia
8,2%
9,0%
Acre
14,1%
13,5%
Amazonas
15,7%
13,9%
Roraima
9,9%
12,3%
Pará
11,8%
11,1%
Amapá
17,8%
20,2%
Tocantins
11,7%
10,6%
Maranhão
14,3%
14,4%
Piauí
12,9%
12,8%
Ceará
12,6%
11,3%
Rio Grande do Norte
14,5%
13,6%
Paraíba
11,4%
11,1%
Pernambuco
17,7%
16,7%
Alagoas
16,7%
17,0%
Sergipe
14,3%
16,6%
Bahia
17,0%
17,0%
Minas Gerais
12,2%
10,7%
Espírito Santo
13,1%
11,5%
Rio de Janeiro
14,9%
15,0%
São Paulo
13,4%
13,3%
Paraná
9,0%
8,8%
Santa Catarina
7,1%
6,4%
Rio Grande do Sul
8,4%
8,1%
Mato Grosso do Sul
8,5%
7,6%
Mato Grosso
9,0%
7,9%
Goiás
10,6%
9,2%
Distrito Federal
13,2%
12,7%

INFORMALIDADE
Apesar de o desemprego ter recuado no ano passado, isso não quer dizer que houve grande geração de empregos com carteira assinada.
O crescimento de novos postos ocorreu com mais força no mercado informal. O percentual de empregados sem carteira assinada no setor privado, por exemplo, cresceu de 24,3% em 2017 para 25,4%.
A mesma situação ocorreu com trabalhadores por conta própria, que em 2017 eram 25% e, no ano seguinte, subiu para 25,4%.

 “Isso revela a qualidade do emprego sendo gerado nos últimos anos. Com a redução da carteira de trabalho e o aumento da informalidade, a contribuição para a Previdência também cai, o que cria problemas mais à frente”, disse Cimar. Fonte: Folha de São Paulo - 22.fev.2019

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