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terça-feira, 7 de agosto de 2018

Escravidão moderna atinge mais de 40 milhões no mundo

Cerca de 40,3 milhões de pessoas em todo o mundo foram submetidas a atividades análogas à escravidão em 2016, segundo um relatório Índice Global de Escravidão 2018, publicado pela fundação Walk Free.

CONCEITO DE ESCRAVIDÃO MODERNA
No contexto do relatório, o conceito de escravidão moderna abrange um conjunto de conceitos jurídicos específicos, incluindo trabalho forçado, servidão por dívida, casamento forçado, tráfico de seres humanos, escravidão e práticas semelhantes à escravidão.

De acordo com o documento, 71% das vítimas são mulheres, enquanto 29% são homens. Das 40,3 milhões de pessoas afetadas, 15,4 milhões estavam em casamentos forçados, enquanto 24,9 milhões se encontravam em condições de trabalho escravo. A Ásia representa 62% da estimativa global de pessoas em regime de escravidão.

A escravidão moderna é mais comum na Coreia do Norte e em outros regimes repressivos, mas as nações desenvolvidas também são responsáveis porque importam 350 bilhões de dólares em mercadoria produzidas em circunstâncias suspeitas, afirmou a fundação Walk Free. Na Coreia do Norte, por exemplo, 104 em cada mil pessoas viviam em tais condições.

Completam o ranking dos países com maior percentual de escravidão moderna em relação à própria população;
·      Eritreia (93 para mil),
·      Burundi (40 para mil),
·      República Central Africana (22 para mil),
·      Afeganistão (22 para mil),
·      Mauritânia (21 para mil),
·      Sudão do Sul (20,5 para mil),
·      Paquistão (17 para mil),
·      Camboja (17 para mil) e
·      Irã (16 para mil).

AMÉRICA
A Venezuela é, junto ao Haiti, o país com a maior incidência proporcional da escravidão moderna na América. Segundo o índice, 174 mil pessoas vivem nessa situação em território venezuelano, uma taxa de 5,6 para cada mil habitantes. Essa proporção é similar à do Haiti, onde 59 mil pessoas seriam vítimas – uma proporção amplamente acima da de outros países da região.

O Brasil registrou uma taxa de apenas 1,8 pessoas em condição de escravidão moderna para cada mil habitantes. Por outro lado, em números absolutos, o Brasil detém a segunda maior quantidade de pessoas em regime escravocrata na região, com 369 mil habitantes. Os EUA registraram 403 mil pessoas (1,3 para mil).

No total, a organização estimou que quase 2 milhões de pessoas em toda a América estavam em 2016 em situação de escravidão – dois terços forçados a trabalhar. O número absoluto representa apenas 5% da estimativa global.

MUNDO- NÚMERO ABSOLUTO
No número absoluto de pessoas consideradas em regimes de escravidão moderna,
·      Índia (7,99 milhões de indivíduos estimados),
·      China (3,86 milhões),
·      Paquistão (3,19 milhões),
·      Coreia do Norte (2,64 milhões),
·      Nigéria (1,39 milhões),
·      Irã (1,29 milhões),
·      Indonésia (1,22 milhões) e
·      República Democrática do Congo (1,05 milhões)
São os oito países acima de um milhão de "escravos".

Por outro lado, Mauritânia, Luxemburgo, Suriname e Barbados são os quatro países com um número de casos estimados igual ou inferior a mil.

O Índice Global de Escravidão utiliza pesquisas de referência no mundo para estimar a prevalência da escravidão moderna em mais de 160 países. Pela primeira vez, o relatório se baseia também em dados comerciais sobre produtos em risco de ser produzidos pela escravidão moderna. Fonte: Deutsche Welle-20/07/2018

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