Os estudantes brasileiros devem levar mais de 260 anos para
atingir a proficiência em leitura dos alunos de países desenvolvidos. Em
matemática, a previsão é que eles atinjam o mesmo nível em 75 anos. Os dados
são de um relatório divulgado pelo Banco Mundial.
As estimativas apresentadas no estudo foram feitas com base
no desempenho dos alunos brasileiros em todas as edições do Programa
Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) – uma prova organizada pela
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O teste é realizado a cada três anos entre os 35 Estados-membros
da OCDE e 35 países parceiros, incluindo o Brasil. A prova avalia uma série de
questões, como o conhecimento dos estudantes em ciências, leitura e matemática.
Com base nesses dados, o Banco Mundial produziu seu World
Development Report, um relatório publicado anualmente pelo órgão para debater
diferentes aspectos do desenvolvimento mundial. Neste ano, o documento é
dedicado totalmente à educação e à crise global de aprendizagem.
O Brasil é um dos países que vivem essa crise, embora os
alunos brasileiros de 15 anos tenham registrado uma melhora em seu desempenho
em avaliações recentes, ressalta o Banco Mundial. A nota geral no último Pisa,
no entanto, manteve-se a mesma em leitura e caiu em matemática.
"Esse lento início da aprendizagem significa que mesmo
os alunos que chegam ao final da escola primária não dominam conhecimentos
básicos", destaca o relatório.
O Banco Mundial menciona ainda casos de países que
promoveram novas políticas e reformas na educação e conseguiram melhorar seu
desempenho em avaliações mundiais, como Peru, Vietnã e Coreia do Sul – este
país, por exemplo, contava com taxas baixíssimas de alfabetização na década de
1950, mas conseguiu superar esse índice e ter sucesso em rankings recentes. Fonte: Deutsche Welle – 28.02.2018
Comentário: Dados educacionais:
1-O Brasil ainda tem cerca de 11,8 milhões de analfabetos, o
que corresponde a 7,2% da população de 15 anos ou mais. Os dados, divulgados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fazem parte da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e se referem ao ano
de 2016.
2 - Cerca de 24,8 milhões das pessoas de 14 a 29 anos estão
fora da escola no Brasil. O motivo principal para o afastamento das salas de
aula foi o trabalho, citado por 41% dos jovens. A segunda causa evidencia um
dos principais desafios da educação brasileira: a atratividade. Segundo dados
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 19,7%
das pessoas não estão no sistema educacional por falta de interesse. As
informações fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua) e são referentes ao ano de 2016.
3- Dos 51,6 milhões de brasileiros que têm entre 14 e 29
anos, 20% não trabalham e nem estudam, seja frequentando a escola ou fazendo
qualquer tipo de curso de qualificação profissional. Os dados, que se referem
ao ano de 2016 e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad Contínua).
4-Analfabetismo funcional: O Instituto Paulo Montenegro
identificou que apenas 22% dos universitários ou graduados são proficientes em leitura. Uma matemática
simples leva à conclusão de que quase 80% dos universitários brasileiros não
atingiram o nível ideal de alfabetização. Isso é diferente da definição
clássica de analfabetismo funcional. Mas, como os números evidenciam, a
situação é ruim. Fonte: Gazeta do Povo - 30/05/2017
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