Pedro Pablo Kuczynski (PPK) continuará sendo o presidente do
Peru. No último momento, e por somente nove votos, conseguiu evitar o
impeachment pretendido pela oposição. A moção que provocaria sua queda por
“permanente incapacidade moral” precisava de 87 votos para seguir adiante, mas
só conseguiu 79. Houve 19 votos contra o pedido e 21 abstenções. No final foi
salvo pela esquerda, já que os parlamentares ligados a Verónika Mendoza se
negaram a votar, e um grupo de 10 fujimoristas desobedientes, que decidiram
abster-se mostrando a divisão entre Keiko Fujimori, a irmã mais velha, que era
favorável à destituição, e Kenji, o caçula, que se negava a apoiá-la e prefere
manter Kuczynski para negociar o indulto a seu pai, já muito avançado.
Em uma sessão dramática após uma longa noite de negociações,
PPK lutou até o final para continuar no poder após o escândalo por suas
ligações com o caso Odebrecht., que divulgou um documento sobre as consultorias de
quase oito milhões de dólares feitas pela empresa de Kuczynski.
Para conseguir apelou ao antifujimorismo, o movimento mais
poderoso do Peru, e pediu aos demais congressistas que não colaborassem no
“golpe” do grupo do caudilho. “Está em suas mãos salvar a democracia ou
afundá-la por muito tempo”, disse. Esses argumentos, e a ameaça de entregar o
poder ao fujimorismo e gerar uma grande instabilidade, por fim convenceram os
parlamentares suficientes. Fonte: El País - 22 DEZ 2017
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